terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O SENHOR DE LUTO - Capítulo Quarenta e Seis -

- RUA DE PARIS -
- 46 -
CASAMENTO
E Lenira saiu às pressas, a correr pelos labirintos da Casa “Estilo” a procurar um local onde pudesse recompor a bexiga repleta de urina. Logo atrás estava amedrontada a sua amiga Nair a querer saber de tanta correria por entre molduras e cavaletes a levar pelos irremediáveis tombos algo nem sabe o que. Mesmo assim, a virgem não obteve resposta. Apenas um murmúrio de quem estava a cumprir necessidades. Após longos curtos minutos a porta é aberta. A virgem núbia soltou um suspiro de alívio ao perceber a cara da moça bem de perto, a sua frente. Nair, também com pressa, entrou em um gabinete a declarar ser a hora de experimentar do vexame dado àquela altura. Duas mulheres saíram dos gabinetes a tagarelar em língua desconhecida por Lenira. Mesmo assim a moça encontrou o termo de “carestia”, pela expressão das mulheres. Nesse instante a virgem ficou a supor de numerário necessário para as compras.  Enquanto isso, a divina núbia se acercou de Lenira a se recompor por excelência.
Nair;
--- Eu estava também a precisar. – fez ver a noiva
Lenira:
--- Oui! – declarou a procurar um fone emergencial
Aqui, alí, acolá. E Lenira torceu caminho um busca de seu Oráculo, a divindade pessoal. Nome: Edgar. Discou, chamou, atendeu! Era para o noivo da outra (Nair), o senhor doutor das quantas idades. Atendeu o pai. Ela indagou pelo tio. O Comandante respondeu sem graça ter ele de estar no banheiro  ou na sauna. Em troca veio à resposta. Malcriadamente:
Lenira:
--- Merda! Eu estou procurando saber se ele já tem o traje. – indagou vexada.
França;
--- Traje? Que traje? – indagou o comandante.
Lenira:
--- Mau paisinho lindo do amor divino. Traje é uma roupa que se veste. E eu preciso saber se ele comprou algum traje. – respondeu delicadamente, em murmúrio e com bastante raiva.
França:
--- Ah sim. Vou saber. E não precisar ser assim tão malcriada! – falou forte o Comandante.
De qualquer forma a virgem moça sorriu ao falar ter seu pai o direito em saber do seu tio. O seu modo de sorrir foi encolher os ombros, de modo sincopado. Lenira era uma artista em seus hábitos de poder falar algo. Tinha vez que ela gritava estridente. Em outras ocasiões, a virgem falava murmurando. Porém dentro de si uma ira ensurdecedora era capaz de ferir mortalmente alguém. Com efeito, a virgem era desse modo como na ocasião em que falou a Nair de serem todos paupérrimos, apesar de ter dinheiro para dar e vender. O telefone ficou a espera de uma vil resposta. A moça já não aguentava de tanta impaciência. Às vezes dizia palavrões. Em outra chamava pela Virgem Santa, Nossa Senhora. E caso não terminava então. Até o ponto em que a virgem destratou a todos (os tio e pai) a uma vez e por demais.
Lenira:
--- MERDA! – e prolongou o termo enquanto pode.
Nesse ponto a moça desligou o aparelho telefônico e saiu com pressa a relatar horrores. Lenira não se importava com a sua amiga, Nair, pois queria ir ao Hotel de classe onde buscaria a fala do senhor seu tio. A virgem Nair correu atrás de Lenira a chamar:
Nair:
--- Lenira! Espera! A roupa! A roupa! A roupa! – dizia sem questão a formular.
No Hotel, toda enraivecida, Lenira já chegara. O homem do balcão de espera a olhou, porém não disse algo. Apenas prestava atenção. Em seguida, a moça tomou o elevador e quase deixa de fora a sua amiga Nair. Essa, sem ter conhecimento e causa, começa a indagar ter a virgem sido tomada de pânico. A virgem nada responde. Apenas bate com seu pé no assoalho do elevador. Um homem estava com elas. Ele indaga:
Homem:
--- Brasileiras? – pergunta sem sorrir.
Nair:
--- Sim. Nordeste. – comentou sem causa.
Homem:
--- Somos vizinhos. Eu sou do Ceará. – relatou.
Nair:
--- Que tem feito? – pergunta.
Homem:
--- Negócios! – afirma.
O elevador parou e Lenira saiu depressa como quem pega onça. Palavrões não faltaram para a clássica virgem pura. Nair chegou às pressas com a curiosidade de sempre. Lenira na frente e Nair um pouco atrás. O homem do elevador prosseguiu viagem para outro andar. Um cuidadoso rapaz do andar olhou a virgem disfarçadamente e nada falou. Ele continuou a sua jornada a atendente a hospedes do seu local. O garoto vestia um terno vermelho clássico, calça, e boné. Provavelmente ele usava camisa. Porém não se observava tanto. Sapatos eram feitos com peles de carneiro a não fazer ruídos. O gajo tinha um rosto singelo. Como estava vindo, assim passou com suas longas marchas, apesar de ser um irrequieto petit enfant. Logo à porta Lenira empurrou sem delicadeza. E disse:
Lenira:
--- Onde está o homem? – indagou irada com as mãos nos quadris.
França:
--- Voce não esperou nem um minuto! – comento feita brasa.
Edgar:
--- Pronto! Voce perguntou? – enfatizou o tio com a cabeça pensa para frente.
Lenira:
--- Ô meu Deus do jumento! Tem trajes? – indagou inquieta para querer saber.
Edgar:
--- Que tem o jumento? – perguntou intrigado.
Lenira:
--- Nada! Roupas! Tem? – voltou à pergunta.
Edgar:
--- Claro que eu tenho! Qual? – indagou cismado.
Lenira:
--- Do baile de formatura! Vamos! Deixa pra lá. Eu sei que o senhor não tem nenhum trapo. À Loja! – quis gritar a virgem.
Edgar:
--- Espera! Não é assim! Que traje? – indagou perplexo.
Lenira:
--- Que traje! E para aonde os senhor estão indo? – pergunta com ira.
França:
--- Teatro! – respondeu em voz interminável.
Lenira:
--- Agora não tem espetáculo. Vamos à loja! E depressa! – respondeu a moça com bastante ira.
Edgar:
--- Mas tá! Quem já viu uma coisa dessas? – perguntou de surpresa.
No fim a festa todas as parelhas estavam na Casa “Estilo”, um mundo de atrações para casais de noivos. Veste um aqui. Veste outro ali. E tudo não dava certo. Era um sacrifício àquela tardia hora onde as mariposas volteavam nos iluminados candelabros italianos. Gente muita a passar constante. Um carro fúnebre transitou com pressa pela rua sem ninguém notar. Vendedores das ruas corriam céleres em seus cavalos velhos brancos chamados Horus. À bem da palavra, Horus era filho de Osíris, o deus do Egito, marido de Isis. Osíris foi morto por seu irmão, Seth. Mas ressuscitou ao terceiro dia por unção de sua virgem e santa mulher. O santuário dos cavalos era mais bem conservado que no Egito, a pátria de Osíris. Varias personalidades costumava passear a cavalo pelas magnificas ruas de Paris a imperial cidade do passado. Era tráfego como para a gente rica ou pobre ir de passeio. Então era comum se passear pelas ruas de loja onde material para cozinha tinha de ser o forte da majestosa capital. Simon, bela loja tinha a fama de fornecedora para Hotéis de luxo. Artigos de excelente qualidade apesar de ser de alto custo. Mora era outra loja para a venda de material para padarias e cozinha em geral.
Lenira:
--- Pronto! Exímio elegante! – falou com ênfase a pequena dama
Edgar:
--- Está acochado no lado! – reclamou o “atleta”.
Lenira:
--- Isso se endireita. – falou mansa a núbia felina.
 

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