- RUA DE PARIS -
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CASAMENTO
E Lenira saiu às pressas, a correr pelos
labirintos da Casa “Estilo” a procurar um local onde pudesse recompor a bexiga
repleta de urina. Logo atrás estava amedrontada a sua amiga Nair a querer saber
de tanta correria por entre molduras e cavaletes a levar pelos irremediáveis
tombos algo nem sabe o que. Mesmo assim, a virgem não obteve resposta. Apenas
um murmúrio de quem estava a cumprir necessidades. Após longos curtos minutos a
porta é aberta. A virgem núbia soltou um suspiro de alívio ao perceber a cara
da moça bem de perto, a sua frente. Nair, também com pressa, entrou em um
gabinete a declarar ser a hora de experimentar do vexame dado àquela altura.
Duas mulheres saíram dos gabinetes a tagarelar em língua desconhecida por
Lenira. Mesmo assim a moça encontrou o termo de “carestia”, pela expressão das
mulheres. Nesse instante a virgem ficou a supor de numerário necessário para as
compras. Enquanto isso, a divina núbia
se acercou de Lenira a se recompor por excelência.
Nair;
--- Eu estava também a precisar. – fez
ver a noiva
Lenira:
--- Oui! – declarou a procurar um fone
emergencial
Aqui, alí, acolá. E Lenira torceu
caminho um busca de seu Oráculo, a divindade pessoal. Nome: Edgar. Discou,
chamou, atendeu! Era para o noivo da outra (Nair), o senhor doutor das quantas
idades. Atendeu o pai. Ela indagou pelo tio. O Comandante respondeu sem graça
ter ele de estar no banheiro ou na sauna.
Em troca veio à resposta. Malcriadamente:
Lenira:
--- Merda! Eu estou procurando saber se
ele já tem o traje. – indagou vexada.
França;
--- Traje? Que traje? – indagou o comandante.
Lenira:
--- Mau paisinho lindo do amor divino.
Traje é uma roupa que se veste. E eu preciso saber se ele comprou algum traje.
– respondeu delicadamente, em murmúrio e com bastante raiva.
França:
--- Ah sim. Vou saber. E não precisar
ser assim tão malcriada! – falou forte o Comandante.
De qualquer forma a virgem moça sorriu
ao falar ter seu pai o direito em saber do seu tio. O seu modo de sorrir foi
encolher os ombros, de modo sincopado. Lenira era uma artista em seus hábitos
de poder falar algo. Tinha vez que ela gritava estridente. Em outras ocasiões,
a virgem falava murmurando. Porém dentro de si uma ira ensurdecedora era capaz
de ferir mortalmente alguém. Com efeito, a virgem era desse modo como na
ocasião em que falou a Nair de serem todos paupérrimos, apesar de ter dinheiro
para dar e vender. O telefone ficou a espera de uma vil resposta. A moça já não
aguentava de tanta impaciência. Às vezes dizia palavrões. Em outra chamava pela
Virgem Santa, Nossa Senhora. E caso não terminava então. Até o ponto em que a
virgem destratou a todos (os tio e pai) a uma vez e por demais.
Lenira:
--- MERDA!
– e prolongou o termo enquanto pode.
Nesse ponto a moça desligou o aparelho
telefônico e saiu com pressa a relatar horrores. Lenira não se importava com a
sua amiga, Nair, pois queria ir ao Hotel de classe onde buscaria a fala do
senhor seu tio. A virgem Nair correu atrás de Lenira a chamar:
Nair:
--- Lenira! Espera! A roupa! A roupa! A
roupa! – dizia sem questão a formular.
No Hotel, toda enraivecida, Lenira já
chegara. O homem do balcão de espera a olhou, porém não disse algo. Apenas
prestava atenção. Em seguida, a moça tomou o elevador e quase deixa de fora a
sua amiga Nair. Essa, sem ter conhecimento e causa, começa a indagar ter a
virgem sido tomada de pânico. A virgem nada responde. Apenas bate com seu pé no
assoalho do elevador. Um homem estava com elas. Ele indaga:
Homem:
--- Brasileiras? – pergunta sem sorrir.
Nair:
--- Sim. Nordeste. – comentou sem causa.
Homem:
--- Somos vizinhos. Eu sou do Ceará. –
relatou.
Nair:
--- Que tem feito? – pergunta.
Homem:
--- Negócios! – afirma.
O elevador parou e Lenira saiu depressa
como quem pega onça. Palavrões não faltaram para a clássica virgem pura. Nair
chegou às pressas com a curiosidade de sempre. Lenira na frente e Nair um pouco
atrás. O homem do elevador prosseguiu viagem para outro andar. Um cuidadoso
rapaz do andar olhou a virgem disfarçadamente e nada falou. Ele continuou a sua
jornada a atendente a hospedes do seu local. O garoto vestia um terno vermelho
clássico, calça, e boné. Provavelmente ele usava camisa. Porém não se observava
tanto. Sapatos eram feitos com peles de carneiro a não fazer ruídos. O gajo
tinha um rosto singelo. Como estava vindo, assim passou com suas longas marchas,
apesar de ser um irrequieto petit enfant. Logo à porta Lenira empurrou sem
delicadeza. E disse:
Lenira:
--- Onde está o homem? – indagou irada
com as mãos nos quadris.
França:
--- Voce não esperou nem um minuto! –
comento feita brasa.
Edgar:
--- Pronto! Voce perguntou? – enfatizou
o tio com a cabeça pensa para frente.
Lenira:
--- Ô meu Deus do jumento! Tem trajes? –
indagou inquieta para querer saber.
Edgar:
--- Que tem o jumento? – perguntou
intrigado.
Lenira:
--- Nada! Roupas! Tem? – voltou à
pergunta.
Edgar:
--- Claro que eu tenho! Qual? – indagou
cismado.
Lenira:
--- Do baile de formatura! Vamos! Deixa
pra lá. Eu sei que o senhor não tem nenhum trapo. À Loja! – quis gritar a
virgem.
Edgar:
--- Espera! Não é assim! Que traje? –
indagou perplexo.
Lenira:
--- Que traje! E para aonde os senhor
estão indo? – pergunta com ira.
França:
--- Teatro! – respondeu em voz
interminável.
Lenira:
--- Agora não tem espetáculo. Vamos à
loja! E depressa! – respondeu a moça com bastante ira.
Edgar:
--- Mas tá! Quem já viu uma coisa
dessas? – perguntou de surpresa.
No fim a festa todas as parelhas estavam
na Casa “Estilo”, um mundo de atrações para casais de noivos. Veste um aqui.
Veste outro ali. E tudo não dava certo. Era um sacrifício àquela tardia hora
onde as mariposas volteavam nos iluminados candelabros italianos. Gente muita a
passar constante. Um carro fúnebre transitou com pressa pela rua sem ninguém
notar. Vendedores das ruas corriam céleres em seus cavalos velhos brancos
chamados Horus. À bem da palavra, Horus era filho de Osíris, o deus do Egito,
marido de Isis. Osíris foi morto por seu irmão, Seth. Mas ressuscitou ao
terceiro dia por unção de sua virgem e santa mulher. O santuário dos cavalos
era mais bem conservado que no Egito, a pátria de Osíris. Varias personalidades
costumava passear a cavalo pelas magnificas ruas de Paris a imperial cidade do
passado. Era tráfego como para a gente rica ou pobre ir de passeio. Então era
comum se passear pelas ruas de loja onde material para cozinha tinha de ser o
forte da majestosa capital. Simon,
bela loja tinha a fama de fornecedora para Hotéis de luxo. Artigos de excelente
qualidade apesar de ser de alto custo. Mora
era outra loja para a venda de material para padarias e cozinha em geral.
Lenira:
--- Pronto! Exímio elegante! – falou com
ênfase a pequena dama
Edgar:
--- Está acochado no lado! – reclamou o “atleta”.
Lenira:
--- Isso se endireita. – falou mansa a
núbia felina.
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