- BASÍLICA DE SÃO PAULO -
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DEUS EXISTE - PARTE III
A continuar sua leitura, o Abade tomou-se de surpresa com as
declarações feitas pelas autoridades da ciência. Em por isso mesmo deu a
prosseguir com bastante supres afetas por esse grupo de diferentes escolas
mundiais. A brisa fazia-se forte em plena manha de uma estação de primavera. As
belas juritis gorjeavam iguais a pombos e se espantavam a qualquer ameaça de se
ver de fato prisioneiras. De cores cinzentas e azuladas beliscavam a todo
instante as sementes do campo. Durante a manhã e a tarde, as juritis faziam
ninho nas alturas do Mosteiro se aninhado para a postura. O abade sentiu uma
leve sensação de apanhar uma das aves mais se conteve afinal. Pois, do mais
tinha o monge a leitura a fazer.
De repente os soldados olham em sua volta e uma montanha de
água os pegam com imensa força. E a tempestade varreu os soldados para o mar.
Essas pororocas são raras. Num modelo matemático preciso para prever esse
magnífico fenômeno tem frustrado cientistas há séculos. Somente com o advento
dos supercomputadores as previsões de fluidos dinâmicos dessa complexidade
foram possíveis. A tecnologia está abrindo uma nova fronteira na busca de Deus.
Mas enquanto esses fenômenos naturais oferecem alguma explicação científica dos
acontecimentos em Êxodo, somente isso não prova Deus.
Depoimento:
--- Pode ser que Moises tivesse muita sorte. Pode ser que ele
soubesse prevê o tempo muito bem. E então se pergunta: por que chamamos isso de
milagre? Foi por causa da precisão. Eles teriam sido destruídos.
Para os cientistas, a existência de Deus não está nos eventos
naturais, mas sim na sua milagrosa precisão. Em última análise está além dos
poderes da ciência explicar como uma tempestade ocorre uma vez na vida, foi
acontecer na hora e no lugar exato para resgatar os judeus.
Depoimento:
--- Como isso aconteceu? E a religião responde-lhes por que.
Depoimento:
--- Algumas pessoas pensam ser possível explicar o milagre,
pode se explicar tudo. Nós devemos esperar que Deus operasse no Universo dentro
das regras que ele mesmo construiu.
Por enquanto a fé é necessária para preencher as últimas
lacunas. Em sua busca para encontrar a Arca da Aliança perdida e a prova de
Deus que pode haver nela Bob Cornuke seguiu a trilha de pistas até o norte da
África. Se a Arca foi tirada do seu lugar de repouso de trezentos anos na Ilha
Elefantina, Cornuke acha que a rota segura mais provável teria sido seguir o
Nilo até a Etiópia. E é até aquele local que o policial o conduziu. Em Gonda,
habitada pelos judeus eles admitem serem descendentes as próprias pessoas que
levaram a Arca da Aliança para a Etiópia.
Nesse local, os judeus constituem menos de um por cento da
população. Mas a existência dessa comunidade isolada não é prova concreta de
que a Arca passou nesse local. A maioria dos especialistas acredita de judeus
no vilarejo é pura coincidência. Estudiosos contestam como sendo ridícula a
Arca da Aliança ter sido posta naquele local. Contudo, eles poderão estar
errados. Na aldeia Palati, na Etiópia, cidade mais singular do mundo onde
crianças vestem trapos, houve época em que nesse canto perdido era uma
florescente comunidade judaica. Atualmente os judeus de Palati sumiram deixando
as marcas da sua presença no passado. Na aldeia há informes de judeus há 500
anos antes de Cristo. Sepulturas existentes na região têm milhares de anos. Os
habitantes, na maioria, seguem as tradições judaicas típicas. Exceto uma: Eles
fazem sacrifício de sangue. Isso não é feito em nenhum lugar do mundo. É feito
na aldeia Palati há milhares de anos. Os judeus estão naquela área desde 500
anos antes de Cristo, declarou um morador. Ele eles faziam rituais de sague,
testemunhou um Palati. Os rituais de sangue apontam para a Arca. Mas a história
não prova nada. O que falta encontrar é encontrar evidencias biológicas, umas
ligações genéticas entre a comunidade isolada dos judeus e a Ordem dos
sacerdotes que protegia a Arca da Aliança há milhares de anos.
A ciência procurou assegurar o DNA dos judeus encontrados.
Será uma busca intensiva que ainda tem de procurar resultados. Mas uma
descoberta de ligação genética aos levitas antigos poderia ser uma bomba. Se
for possível mostrar uma marca de DNA dessa população aos levitas antigos será
de fato uma teoria de que a Arca esteve na Etiópia. A triagem genética moderna
pode ser uma ferramenta essencial em determinar uma ligação com a Arca. Mas a
meio mundo de distância outra equipe de pesquisadores pode ter tropeçado em uma
ligação mais direta a Deus escondida em nosso DNA. A prova científica de Deus.
Alguns a procuram no nascimento do Universo. Outros, nos
desertos da África e do Oriente Médio. Mas, e se a prova mais surpreendente de
Deus não estiver num Templo ou num Santuário? E se estiver dentro de todos nós?
Uma procura genética recente provocou um debate explosivo: explorar se
estivermos programados em acreditar em Deus. Foi então que a ciência descobriu
os genes de Deus. A prova de que a crença em Deus ou do próprio Deus está codificada
no DNA de todas as pessoas. Os
cientistas tentam desmentir a existência de Deus há muito tempo. Não deu certo.
E não há sinal de que vá funcionar no futuro.
Dean Hamer - Biologista
--- Há algo do fundo
do nosso cérebro, na maneira como a espiritualidade toca em nossa consciência.
E isso serviu de razão para a nossa pergunta: existe alguma base genética para
essa característica?
O Doutor Hamer se deparou com um tópico por acidente;
Dean Hamer – Biologista
--- Eu estava estudando o papel do gênese em outros fosseis
de personalidade sexual por ter conhecido um componente biológico. Aconteceu de
eu estar estudando um questionário de personalidade que incluía o item
autotranscedência.
O doutor Hamer define o termo autotranscedência como a
inclinação de ver um mundo maior e mais amplo do que o visível. Um mundo de
espiritualidade do que o reino físico do dia-a-dia.
Dean Hamer – Biologista
--- Pode ser mostrado numericamente de que uma religião
católica ou protestante depende totalmente do ambiente em que vive. Mas a
espiritualidade tem muito menos a ver com o ambiente e muito mais com a
genética. É provável que as pessoas olhem com mais frequência de que faz ao
sexo, por exemplo.
Hamer cruzou os dados do DNA de duas mil pessoas de todas as
religiões, assim como os ateus.
Dean Hamer – Biologista.
--- Selecionamos um grupo de gêneses procurando por qualquer
coisa que se relacionasse de forma consistente com o nível de
autotranscedência.
Após várias rodadas de teste a equipe do doutor Dean Hamer
identificou um tipo determinado de gene aparentemente a fortes sentimentos à espiritualidade.
Esse gene por acaso foi chamado de remate dois, que significa transportador de
monomania vesicular. Hamer acredita que ele tem a ver com a capacidade ou
susceptibilidade das pessoas acreditarem em conceito como DEUS. Seria isso que
Deus está constituído em nosso código genético? Uma coisa interessante sobre a
espiritualidade é que ela é um traço de personalidade independente. É puramente
diferente da personalidade. E ela contém um emocional muito forte que faz com
que as pessoas acreditem nas coisas mais loucas ou nas mais importantes. Essa é
a razão das Cruzadas – movimento religioso -, essa é a razão de todas as ações
da Igreja e de todas as coisas terríveis também.
O doutor Dean Hamer disse que o gene Deus age como uma droga
que banha o cérebro humano com um neurotransmissor chamado monoamina que regula
o humor e a percepção. O gene de Deus equilibra essas monoaminas enquanto elas
são transportadas de célula a célula e afeta as respostas emocionais do indivíduo.
O gene existe em todas as pessoas. Os genes emater 2 existem em todas as
pessoas. Assim como as pessoas tem o gene da cor do cabelo que determina se o
cabelo é louro ou preto ou se a pessoa é maior ou menor no nível de
autotranscedência. Quanto mais forte for o alelo ou a versão do gene que a
pessoa tiver é mais provável que ela sinta a presença de Deus.
Durante sua pesquisa a equipe de Hamer detectou outro
fenômeno. Os efeitos da poderosa forma dos genes de Deus às vezes podem ser
reforçados ou copiados por drogas alucinógenas. Se olhar para algumas drogas
psicodélicas como o LSD, elas são equivalentes a serotonina. E se acha que a
alteração de consciência que ocorre como uma droga como o LSD é um pouco
parecida com o que acontece com as pessoas em experiências intensamente religiosas.
Seja Jesus atravessando o deserto ou Buda sentado sob sua árvore. De repente
tudo parece meio diferente. De acordo com as descobertas de Hamer as reações
químicas reguladas pelo gene de Deus poderiam ter sido responsáveis por alguns
dos milagres descritos n Bíblia, como Moises e a sarça ardente:
Hamer:
--- Moises estava viajando, basicamente. Agora, pode ser que
ele estivesse em uma viajem porque Deus estava falando com ele na sarça ardente
ou pode ser que ele estivesse numa viagem porque ele estivesse apenas para
viajar com o seu Deus de sua cabeça. Houve mudança nas monoaminas em seu
cérebro. Isso não quer dizer que as experiências religiosas são como drogas. Só
que dizer que ambas funcionam no mesmo caminho do cérebro. Possuir o gene de
Deus os torna mais as pessoas espiritual
é como pessoa ter um pouco mais de psirocidina em toda a sua vida. Isso só faz
o cérebro mais susceptível a esse tipo de ideia. Se a pessoa tem fé diz: “isso
prova que Deus fez para que possamos compreendê-lo”. Isso comprova a existência
de Deus. Se for um ateu: “isso prova que o cérebro inventa Deus de qualquer
maneira”. “É um monte de química”. “Deus não existe”.
Abade:
--- É uma confusão sem fim. Eu creio em Deus. Então eu digo o que se faz de
bom ou de mal foi pela graça Deus. Mas o ateu tem outra conversa. Ele não
acredita em um ser sobrenatural. Então se acontece o bem ou o mal, foi porque
aconteceu. E não porque tinha de acontecer. Eu creio em Deus, um supremo ser a
que nós tememos. – relatou o abade cheio de duvidas em sua escrivaninha.
A amanhã se acercava do meio dia e estava na hora de todos no
Mosteiro se reunirem para fazer o seu repasto. Até mesmo Zé Velhinho, aquele
que sofria de asma e passava a noite a tossir quase sem dar trégua. Para o
monge velho o médico já receitara um medicamento. Mas o problema era que o
ancião não podia colocar da boca e inalar porque o medicamento continha uma
substancia não indicada para quem sofresse de problemas cardíacos.
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