sexta-feira, 20 de setembro de 2013

"VADAS PASSADAS" - III PARTE

MESAS ESPÍRITAS
PARTE III
 

Em certa ocasião, há alguns anos, eu sonhei – eu gosto de dizer “mentalizei” – com um amigo já morto há alguns anos. Esse amigo, quando em vida, se chamava Zé de Melo. Veio-lhe a morte de forma repentina, quando ele se levantou (da cama) por ter ouvido, possivelmente alguém a tentar abrir a porta do seu pequeno comércio. Ela mantinha esse comércio para sustentar a família com o dinheiro apurado. Nessa manhã cedo, ainda não havia luz do sol, Zé de Melo se levantou quase que apressado para pegar o possível “ladrão”, provavelmente de frutas, uma vez que o meu amigo não deixava qualquer apurado na gaveta já temendo os larápios da noite. Mas, o homem não teve tempo nem mesmo de abrir a porta da sua casa para chegar ao local de vendas de frutas. Quando Zé de Melo tentou abrir a porta da casa, ele veio a cair no chão já quase morto. Houve a celeuma dentro da casa e ele olhou para a sua filha e responde que de nada se importasse. E logo depois morreu. Essa foi à história de Zé de Melo quando em vida. No meu sonho, ele aparecia, como de repente, vindo à rua da sua casa em direção ao Cemitério bem próximo e onde ele foi sepultado. Eu então indaguei com surpresa.

Eu:

--- José? Você não morreu?! – disse-lhe eu um tanto assombrado.

E Zé de Melo, sorrindo, então me respondeu:

Zé:

--- Estou aqui! Não está vendo? – e sorriu de um modo agradável.

Eu fiquei sem ação, pois eu tinha a certeza de que o homem morrera de verdade. E voltei a indagar.

Eu:

--- Então foi mentira ou estás aqui de verdade? Mas, o que eu quero saber é de como se morre e como se vive outra vez.

E Zé sorriu para poder voltar a falar com toda paciência.

Zé:

--- Amigo, não há morte. Há uma passagem. Eu estou aqui e passo para o outro lado. Na verdade, eu fico mesmo no igual lugar. Apenas você não me percebe, pois eu estou em outra posição. É como se estivesse em um braço. Eu estou no braço direito e passo para o esquerdo. – respondeu Zé a sorrir.

No entanto eu não entendi perfeitamente e continuei a indagar:

Eu.

--- Mas eu quero saber é como você faz para vir ou ir para essa outra dimensão. – eu indaguei ainda cheio de surpresa.

Zé de Elo voltou a sorrir para então explicar:

Zé:

--- Veja bem. Tem uma espécie de senha. Eu peço a senha e espero a minha vez. Quando a senha é dada, então eu venho para um determinado lugar. Eu não vou a todos os lugares. Mas ao que eu escolhi. Agora, eu estou aqui. – respondeu Zé cheio de sorrisos.

Eu.

--- Não entendi coisa alguma. Quer dizer que você não pode ir a outro lugar? – perguntei então atônito.

Esse foi o sonho ou a “mentalização” que eu mantive com o “espírito” de Zé de Melo. Outros vieram após esse episodio. Nas sessões espíritas que eu já frequentei, tive o ensino no qual um espírito ao desencarnar, ele vai para um lugar nunca previsto. A minha mãe – já morta – vive em outro lugar onde não pode vir a ser a sua antiga casa. Lembro-me bem de que, quando ela morreu, estava no quarto hospitalar apenas uma nora. A moça declarou que, quando ela estava a morrer, olhou para nora e dai então, o espírito “subiu” para um lugar remoto e a minha mãe então sucumbiu de vez. Há caso em que o “espírito” de alguém, quando morre, ele retorna quase que de imediato a fica a observar o corpo que era seu. No caso de minha mãe, a moça me contou certos meses após, ter o “espírito” vindo a sua presença e apenas indagar sobre com estava o seu filho. A moça respondeu está muito bem. Ao que se supõe, o filho era um elo entre o espírito de sua mãe e o tempo presente. E eu pergunto: Por que a minha mãe não foi saber de todo ao seu próprio filho? Então, esse é o enigma.

Eu não sei se o ”espírito” vive de acordo com o seu ambiente. Quem é do sertão, vive no sertão. E assim acontece com que é da cidade. Há alguns relatos onde várias pessoas morrem em um trágico acidente. Essas pessoas são de nacionalidades diversas. Mesmo assim, o destino lhe reservar juntar todos em um só meio para então recolher. Esse é outro enigma. No caso da menina do Sri Lanka, certa vez o médico Erlendur Haraldsson foi ao País em um marco muito conhecido: o famoso Templo de pedra de Dambulla. Isso porque Dilukshi falou dele. A família resolveu fazer algo sobre o que ela disse: perguntar ao abade do Templo se conhecia uma garota que morreu naquela região e que se encaixa na descrição de Dilukshi. Muitos países com casos assim crêem em reencarnação. Quando uma cultura permite a idéia da reencarnação isso torna relatos de outras vidas mais prováveis? É uma das razões para os melhores casos serem encontrados em lugares como Sri Lanka?  Em Sri Lanka muitos casos são em famílias budistas. A maioria nesse País é budista, dois terços, mas também há casos entre cristãos e alguns entre muçulmanos. Então os casos em Sri Lanka estão entre todas as religiões principais. A chave do caso de Dilukshi pode ser o abade do Templo. O médico Erlendur Haraldsson pode contar com o fato de que naquele local sua investigação será levada a sério. A reencarnação é algo comum para um monge budista. Então, o monge Sumangala Abbot, do Templo de Dambulla Rock declarou o budismo ensina que a reencarnação existe. Ela se dá devido às ações boas e ruins e o que se chama de carma. O desejo de viver nesse mundo nos faz nascer de novo. O número de ações boas e ruins que fizemos determina as circunstâncias do próximo nascimento. Mas no caso de Dilukshi o abade não pode ajudar. Ele não conhece nenhuma família que se encaixe na história. E recomenda que se procure o jornal local. Um amigo do abade é um jornalista e decidiu investigar o caso após falar com o monge:

Jornalista:

--- Aconteceu o seguinte. O Sr. Abeypala soube do caso. Entrevistou Dilukshi e os pais sobre a vida passada. Alguns dias depois publico tudo. Este jornal é distribuído no país inteiro.

Para o jornalista era uma boa história.

Jornalista:

--- Esse caso é único. Há trinta anos pesquiso casos assim. Conheci várias pessoas que falaram de outras vidas. Mas esse caso é único.

Todos ficaram pasmos com as lembranças misteriosas e os detalhes notáveis dos quais ela – Dilukshi – se lembrava. Mas, uma pergunta ainda continua sem resposta. Os cientistas encontrarão provas da sua vida anterior e morte? Um jornalista escreveu sobre a lembrança de Dilukshi sobre uma vida passada. O artigo diz que ela viveu perto do Templo de Dambulla. Algumas semanas após a publicação o correio chegou à casa dos Nissanka. Quando o carteiro entregou a correspondência ele ficou surpreso em ver uma carta de Dambulla. Não tinha amigos nem parentes naquela região. Quando abriu a carta o pai de Dilukshi ficou surpreso:

Siriwardana: (pai)

--- Fiquei surpreso com a carta do Sr. Ranatunga de Dambulla. Sua filha morreu do modo que Dilukshi sempre descreveu. Ele falou do rio e da ponte. Sua filha se chamava Shiromi.  

A carta finalmente convenceu os pais de Dilukshi. Eles iriam levá-la para o lugar onde a menina acha que morreu. A família fez uma viagem de seis horas até Dambulla. Quando a família se aproximou da cidade a mocinha reconheceu os pontos de referência. Dilukshi até dirigiu o motorista para a casa onde sua outra família morava. Até hoje, após vários encontros é uma reunião emocionante. Para o doutor Haraldsson é uma chance rara de testemunhar o que pode ser a interseção de duas vidas.

Haraldsson: (médico)

--- É um encontro emocional. Só em um terço dos casos em Sri Lanka encontram-se uma conexão entre uma o que a criança diz e outra família ou alguém que morreu que se encaixa na descrição. É muito raro.

 

 

 

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