segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CREPÚSCULO - 41 -

- Kristine Hermosa -
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O LIVRO
Quando Orlando Martins tomou assento a sua escrivaninha, ele notou logo a presença do livro de nome O MUNDO DAS ESTRELAS. Orlando manuseou a brochura e, de imediato indagou ter sido Augusta Muniz quem colocou a obra alí. Ela afirmou. E disse ter encontrado em um sebo da cidade. Para Augusta Muniz o livro era em todo interessante. E podia ser levada para a moça Marina, filha de Orlando Martins. O homem folheou o tomo e enfim declarou:
--- Vou mostrar aquela irresponsável! – ditou a sua fala ainda com bastante raiva.
--- Não faça assim. São coisas de moças mimadas. E ela tem o jeito do seu pai. – sorriu Augusta Muniz querendo apaziguar o animo do homem..
--- É. Ânimo! Eu sei! – disse Orlando por demais neurastênicos.  
 E o homem ficou a folhear o livro. E teve a surpresa quando leu no tomo a questão discos voadores existentes há muito tempo, inclusive na Índia quinze mil antes de ser o País verdadeiramente a Índia.  E anotou o caso do Ahnihotra-Vimana, com dois motores, e o Vimana-Elefante possuído de outros nomes, inclusive Íbis com propulsão a vibração ou pulsos. O Vimana é descrito como uma esfera movida a grande velocidade, em todas as direções possíveis e impulsionado pelo forte vento. Sua fabricação era feita em aço saem emendas. Os equipamentos cósmicos foram produzidos em cavernas do Turquistão e no deserto de Gobi. Diz mais o articulista que tais objetos eram esféricos de vidro ou porcelana. Por fim, suado como que, o homem se voltou para Augusta Muniz e declarou:
--- Você encontrou esse livro em um sebo? – indagou perplexo o doutor Orlando Martins.
--- Foi. E sem querer. Eu caminhava quando olhei por acaso e vi em uma prateleira esse tomos com o título bem sugestivo: O MUNDO DAS ESTRELAS! Então eu pedi ao rapaz e ele foi lá e buscou esse livro. Muito interessante, por sinal – sorrio a moça parando de pesquisar em seu computador.
--- Eu bem que podia não dar esse livro. É interessantíssimo. Mas eu vou levar essa noite e entregar de presente àquela braba. Eu bem podia lhe dar umas boas cinturanzadas. – refletiu o homem enquanto refletia a tudo o que dissera.
E passado alguns minutos Orlando Martins voltou a falar com a senhorita Augusta Muniz sobre a crença que ele mantinha sobre Deus. E afirmou Orlando que, não sua opinião esse Deus que se prega por aí nunca existiu, uma vez ser um deus material. E Deus-Matéria, para Orlando, Ele não existe.
--- O que eu posso afirmar é que existe energia que preenche todo o Universo. Uma energia carregada de toda a inteligência. Para mim, eu sou Deus, porque eu sou um elo entre o meu pai e o meu filho. E todos nós fazemos parte desse elo. Eu por meu pai, meu avô, meu bisavô e assim por diante. E você também por seu pai, seu avô e seu bisavô. Todos eles nos fundem uma inteligência vital. O que eu sei eu estarei depositando nos meus filhos como você vai depositar nos seus filhos. Acontece um, porém: quando eu chego a fecundar um filho, isso quer dizer que eu não fecundei só um. Na procriação do pai seguem mais de quarenta milhões de espermatozoides e somente um é o que vai existir. Pois bem: esse UM ele leva em seu cérebro todo o conhecimento que eu adquiri. E mais: ele tem o seu conhecer. Diz um escritor que nós temos o código de Deus impresso em nós.  Mas, com isso não quero dizer que acredito nesse ser como se manda acreditar. Ser Universo é outra coisa bem diferente. O Universo é formado a cada minuto quando ele se movimenta. No Universo tem fendas gigantes que não são buracos negros. O Universo efeito igual uma teia de aranha. Em certas partes há um vazio. É nesse vazio que se formam as estrelas. Quando nós ficamos calados é porque alguma coisa tem a acontecer. O mesmo é com o Universo. Quando ele está calado é porque algo está ocorrendo. E então se forma uma nova galáxia que se expande. A origem do Universo não tem nada de big bem.  Ele é feito como sempre se faz. A Terra é o nosso planeta. Mas tem vez que a Terra vai morrer. Mas em lugar da Terra, dos demais planetas e do Sol, surgem outros planetas. Há cientistas que descobriram há pouco tempo dezoito novos planetas fora do sistema solar. São planetas gigantes do tamanho de Júpiter que circunda estrelas maiores que o Sol. Há poucos meses cientistas divulgaram a descoberta de cinquenta novos mundos tudo fora do nosso sistema solar. A lista de planetas fora do sistema solar está para mais de setecentos. E cresce a cada dia. É por isso que eu espero na formação de um Universo muito além do que nós estamos a conhecer. – falou Orlando.
--- Mas o senhor acredita mesmo que nós não fomos os primeiros? – indagou Augusta Muniz.
--- Tá! Uma coisa que eu acredito! Os viajantes do tempo estiveram aqui há cerca de vinte mil anos. Isso é o que se sabe. As pirâmides do Egito foram feitas por maquinas, e não pela força bruta de escravos. – disse Orlando mais afogueado.
--- Eu nunca ouvi falar das pirâmides ou dos escravos. E se ouvi não me recordo. – falou Augusta Muniz.
--- A Igreja monopoliza tudo. Mesmo o Islamismo não tem meios de divulgação. E se tem talvez não tenham interesse em divulgar. Pelo menos não chega até a gente. - falou Orlando com um pouco de cisma.
--- Mas o que o senhor falava e tem aí nesse livro, sobre as Vimanas? – indagou preocupada a moça.
--- Ah. Vimanas. Certo. Agni vem do sânscrito. Quer dizer: fogo. E Gaja também vem do sânscrito. Significa: elefante. Bem. Alguns Ufólogos atribuem às Vimana a evidencia de civilizações avançadas do passado. Ao que tudo indica Vimana quer dizer em suma: “Uma área de terra medida e separada para ser usada para fins sagrados”. Em escritos indianos Vimana quer dizer veículos voadores. De um modo ou de outro Vimana quer dizer Disco Voador apesar de várias interpretações do texto. Os antigos textos sânscritos também revelam que as primeiras Dinastias Indianas teriam sido governadas pelas “Raças do Sol” que reinava em uma região chamada Ayodha, e a “Raça da Lua”, governantes em territórios diferentes cujo nome era Pruyag. Esses antigos visitantes em tempos remotos lá se estabeleceram. – relatou Orlando esperando ter alertado a expectativa da moça.
--- Eu vou estudar sobre esse assunto. Certa vez apareceu um livro que fez um bruto sucesso nas livrarias aqui mesmo da capital. Mas nem mesmo esse livro trouxe assunto tão importante como esse. Aliás, o senhor sabe demais sobre o tema. Seria ótimo que escrevesse sobre tão importante tema. – alertou com firmeza Augusta Muniz.
O homem sorriu e após alguns instante disse a moça.
--- Não. Eu não. Ninguém quer ler o que eu escrevo. – falou Orlando  com muito receio.
--- Pelo menos UM o senhor vai vender! A mim! – sorriu Augusta de modo amável.
O homem levantou a cabeça em direção a Augusta Muniz e, olhando para a moça, fez apenas um saltitar com um lápis-borrada em cima da escrivaninha ficando a pensar no que a jovem falou. Por sua mente não se sabia o que o homem estaria a pensar. Ele ficou por alguns momentos a meditar sobre o caso de sua filha Marina e talvez sobre o que lhe dissera a moça Augusta Muniz do mesmo publicar alguma coisa a respeito sobre discos voadores. Afinal era assunto palpitante. Após esse breve e tenso instante, Orlando se expressou:
--- Sabe! Em minha cidade tem coisas raras. Um homem do município de Panelas, onde eu resido, diz ter sabido de muitas coisas a respeito dos Discos. Tudo bem. Tudo bem. Mas, eu sempre soube dito por meu pai, ter na Serra do Monte Sagrado algo como uma oficina de fabricar esses tais Discos. Eu nunca ouvir falar por Gafanhoto sobre tais oficinas. – relatava Orlando Martins quando a moça estranhou:
--- Gafanhoto? – exclamou a moça bastante espantada.
--- É. O homem. Ele se chama Aquiles Gafanhoto. – discorreu Orlando.
--- Ah bom. Estranho! – falou a moça por saber o nome de Gafanhoto.
--- Pois bem. A oficina de fabrico dos Discos data de pelo menos dez mil anos. Eu digo: pelo menos. E todo esse objeto de navegação era feito de um material resistente. Não pegava fogo, apesar de lançar fogo pela calda quando era acionado. – fez ver Orlando Martins.
--- E como o senhor sabe dessas coisas? – indagou perplexa Augusta Muniz.
--- Meu pai me contava. Esse negócio de portal de Vimana, isso eu já sabia de há muito. Na serra tem um local que se diz “sagrado”. É um ponto de rezas, orações. Chama-se de Monte Sagrado. Eu, inda menino ou quase rapaz, fui até ao Monte. Meu pai me dizia ser aquele monte cheio de mistérios. E, certa vez eu caminhei até o local de fabrico das naves espaciais. Eu quis entrar, mas estava tudo fechado. É um local enorme dentro de uma gruta. – falou temeroso o homem.
--- Meu Deus do Céu. Que horror! – pronunciou a jovem Augusta Muniz.
--- É. Mas não tem nada de horror. Tem de mistérios. Mistérios!. – relatou o homem a sorrir com o rosto tenso para fabricar maiores temores a Augusta.
--- Está louco! O senhor teve muita coragem! – se arrepiou por completo a jovem.
--- Eu era menino. Menino. – sorriu Orlando ao descrever tal situação.
Augusta Muniz ficou a olhar a face do homem e a meditar de quanta sabedoria tinha aquele senhor sabedor de tantos episódios jamais ditos por ele. Não valia compreender para não se ter uma conversa mais vagarosa para que se soubesse da verdade única do homem então adulto e calado para conversar em tempos cálidos de emoções e desapegos. Do seu amplo birô o homem adulto fazia um sorriso discreto para a moça cismada com a franqueza dita pelo nobre senhor das quimeras.
--- Eu lembro, agora, da Ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico. Tem naquela Ilha estátuas de dez mil metros cúbicos. Há quem diga que, Pascoa, foi uma das sete cidades Rishi. Existem por Páscoa pirâmides do Antigo Continente Pacifico. – relatou o doutor Orlando Martins de Barros.
--- Por isso é que insisto: escreva! – falou Augusta de forma inquieta. 
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