- Rafaela Mandelli -
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A VÍTIMA
Um
dia, pela manhã, logo cedo, caminhava por a calçada das oficinas e lojas o
investigador de polícia conhecido por
Silva. Vinha o homem de cabeça baixa a pensar no seu numerário a receber por
esses dias. De encontro, Silva pode observar carros chagados a momentos e a
estacionar próximos ao meio fio das calcadas das lojas de automóveis, por um
lado e outro da rua, dividida ao meio por umas frondosas árvores e de boa
altura. Homens passavam de um lado e do outro das calçadas. Carros a buzinar
constante para evitar acidente imprevisto. Nem por isso o investigado se
assustava. Estava ele a caminhar com seu rosto tenso, uma vez ter o saldo
insuficiente para cobrir um contrato de tal coisa assumida. Homens corriam pela
rua a oferecer artigos de comida ou frutas como caju e manga. Quando Silva se
acercou do ponto de entrada de automoves em conserto, mal avistou o homem a
sair do seu interior. O homem era Toré e vinha a caminhar com pressa, descendo
os degraus de uma escada existente na
sua loja de vendas de peças de automóveis.
Quando os dois se encontraram o temor total assustou Toré.
Toré:
---
Opa! Que susto! – declarou Toré ao encontrar com Silva na porta da calçada.
Silva:
---
Susto eu foi quem tive! – respondeu Silva evitando um encontrão.
E
os dois homens se cumprimentaram pelo desacerto daquela manhã tão cedo. Após
trocarem bom dia os dois seguiram caminho. Silva em busca do seu destino. Toré
ao descer para a calçada da oficina. Nesse instante, o disparo de arma de fogo.
Pegou quase em cheio ao rapaz Toré. O impacto da bala fez um homem cair na calçada.
O pessoal de fora olhou perplexo. Silva
se voltou do seu prosseguir e viu um rapaz se aproximar para cima de
Toré. Ele não contou conversa. Puxando da arma carregada na cintura, fez seu disparo contra o rapaz. Seu tiro foi
certeiro atingindo o rapaz quase ao meio do peito. Silva segurou a arma e fez
novo disparo atingindo o rapaz mortalmente com o tiro na cabeça do algoz. E
correu para cima a ver se seu disparo matou o facínora. Silva olhou o rapaz já
quase morto e caminhou em direção ao ferido Toré. Esse continuava caído ao chão
a sangrar terrivelmente. O rapaz não tinha forças para se levantar. E era
sangue demais a jorrar da parte do ombro onde o disparo o atingiu. O pessoal da
oficina acorreu com pressa vendo Toré ser ferido à bala naquela hora da manhã.
Juntou gente até demais. Um carro estacionou próximo ao local do crime. Silva
juntou forças e acudiu Toré ponde dentro do carro. Pelo rádio, Silva chamou a
Polícia, uma vez ter sido ferido o rapaz no batente da calçada. E o pessoal o
olhava atormentado. Alguns diziam:
Alguns:
---
Ele morreu! – falou com desespero alguém.
Outros:
---
Quem atirou? – perguntava alarmado outro passante.
Demais:
---
Puta-merda! Foi tiro certo! Ele está morto! – dizia outra pessoa.
Alguém:
---
Quem é o morto? Quem é? Quem é? – perguntava alguém com curiosidade.
Enquanto
alguns questionavam o carro seguia viagem com Toré e o investigador de polícia
Silva para chegar o mais rápido possível ao hospital. O motorista conversava
com pressa uma vez ter sido o tiro feito por alguém não de perto da loja. No
trafegar o auto, Toré continuava desmaiado. A mulher de Toré, dona Otilia,
chegou de repente ao local da cena, pois a sua casa era no primeiro andar da
oficina. Ela não viu o marido ferido. Atônita, procurou ajuda de alguém da oficina,
e a chamar a sua filha Silvia. Desnorteada da vida, a mulher chorava às mil
preces e clamar pela proteção divina pela saúde de Toré. Um auto se aproximou
de Otilia e Silvia tendo feito o pedido de socorro à desesperada esposa e
seguiu viagem com destino ao pronto-socorro. A mulher gritava como uma louca embravecida
e a sua filha chorava bastante ao desespero de sua mãe. Ninguém atentou
identificar o morto a continuar estirado no piso da rua. O funcionário da
oficina correu para dar a notícia do ferimento em Toré à sua mãe, dona Dulce
Ponte. O rapaz chegou à casa de Dulce com os olhos arregalados e quase não
dizendo nada compreensível. Apenas ele falava atormentado.
Funcionário:
---
Minha senhora. ....Toré....Toré...Toré....Ele esta ferido! – procurava dizer o
rapaz.
Seus
olhos eram um boticão e tudo o que ele dizia repetia de novo. A irmã de Toré estava em casa de sua
mãe e foi obrigada a dar um bofete na cara do rapaz de modo que ele sossegasse
e disse o havido com Toré. Só assim, o
rapaz sossegou. Com a mão no rosto, a olhar a moça, ele procurou dizer ser Toré
atingido por um tiro desfechado por um desconhecido. E a mulher mãe ficou ao
desespero procurando onde pudesse se agarrar. E foi na filha o melhor apoio. E
a mulher dizia.
Dulce:
---
Ai meu Deus! Mataram meu filho! – recitava a mulher toda atônita.
O
enfermeiro do carro viu o que se passava na casa próxima e veio de imediato
para ouvir melhor a conversa. Josino enfermeiro não se conteve com a história
contada pelo rapaz e chamou dona Dulce e sua filha para que fossem ao hospital
de imediato a procura de noticias mais precisas. Em um minuto Josino estava com seu carro à porta de dona
Dulce. A mulher a delirar. E a filhar ao desespero. As pessoas moradoras
próximas a linha do trem se acercavam para saber a verdade. Eram mulheres e
crianças:
Mulher:
---
Tá vendo no que dá? Eu bem que disse! – relatava uma das tais.
Outra:
---
Mas o que foi que o rapaz fez? – indagava outra a querer saber.
Mas
outra:
---
Essas mulheres de vida livre só dá no que deu! – respondia outra.
E
o carro do enfermeiro Josino fumegou em debandada a correr demais com as suas
passageiras, cada qual a lamentar a sorte de Toré. E a mãe do rapaz dizia:
Dulce:
---
É a bebida! É a bebida! Ai meu Deus! Quero ver se ele não para agora! –
reclamava dona Dulce por conta da bebida.
Mas,
então, a irmã do rapaz logo afirmou está o filho sem beber a um bom tempo.
Luiza:
---
Mas ele não bebe minha mãe. Deve ter sido outra coisa. Aposto! – reclamava
Luiza.
A
sala de entrada do hospital estava cheia de gente. A maioria a esperar de
parentes a estar sendo atendidos por qualquer razão. A esposa de Toré chegou a
prantos a procura do marido. Acompanha Otilia estava à criança Silvia um pouco
desnorteada pelo pessoal no ambulatório a espera de um alguém a estar dentro do
pronto-socorro. A mulher, aos pratos, gritava pelo seu marido tendo sido segurada por um agente da casa de
saúde. A menina chorava. O povo não aguentava tanto choro daquele jeito. Alguns
se retiravam. Um enfermeiro chegou com uma injeção tranquilizante e aplicou em
Otilia pondo a mulher sentada em uma cadeira dura. Os maqueiros iam e vinham
pelo corredor do hospital na ajuda a outros pacientes. Silva esteve por perto
de Otilia e recomendou paciência.
Otilia:
---
Silva. Por favor. Onde está meu esposo? – delirava a mulher já um pouco mais
serena pelo efeito do tranquilizante. – era um que perguntava a mulher.
Silva:
---
Ele está bem. Foi só um arranhão. Mas está bem. Sossegue. – dizia Silva.
Otilia:
---
Eu quero meu marido! – chorava a mulher.
Nesse
ponto, o carro do enfermeiro Josino atracou na porta de entrada. A mãe do rapaz
correu em pânico a procura de ver seu filho. De braços abertos como uma imagem
de Jesus, ela entrou aos gritos implorando pelo amor de Deus deixassem ver o
seu querido. A irmã do rapaz acudia a mulher e procurava dar maior
tranquilidade para a sua mãe. De repente, Luiza notou a presença de sua
cunhada, Otilia, e chamou a moça para segurar dona Dulce Pontes. Nesse ponto,
Otilia não mais conseguia enxergar alguma coisa, pois a medicação fez efeito de
surpresa e a mulher caiu no banco adormecendo afinal. O policial Silva chamou
um enfermeiro e ambos colocaram Otilia em uma maca lavando para dentro do
pronto socorro. Silva era conhecido das equipes por ser policial e logo desapareceu
com a mulher. A mãe de Toré teve um desmaio e filha de pronto chamou a equipe
de socorro.
Luiza:
---
Socorro! Acudam aqui um de vocês. A minha mãe teve um desmaio. – gritava Luiza.
Um
maqueiro passou por perto e não deu a menor importância. Todos estavam imbuídos
nas suas tarefas do dia a dia. E notaram ter sido a mulher cometida de uma
síncope e nada mais. Outros caminhavam a indagar situações não entendidas pela
moça Luiza.
Maqueiro:
---
O dinheiro sai hoje? – perguntava o rapaz da maca a outro companheiro.
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