- Noomi Rapace -
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CHEGADA
Nesse
ponto ouviu-se um ruído de entrada na porta do quarto quando entrava o enfermo
Toré, ainda sonolento. O carro de mão no qual vinha o enfermo era empurrado por
um rapaz forte e negro. A frente o enfermo estava uma enfermeira orientando o
rapaz a conduzir o carrinho de modo a não afetar em qualquer coisa o enfermo
cirurgiado. Após esse rapaz a conduzir Toré vinha outro, um pouco moreno,
magro, afilado e sempre a sorrir. Com esse segundo moço estava uma auxiliar de
enfermagem com uma tabuleta presa em uma espécie de prancha com as indicações
do enfermo. Tão logo a auxiliar entrar foi direto para a cama de Toré a pregar
a tabuleta. Depois, a moça ficou ao lado dos maqueiros. A enfermeira orientava
os rapazes enquanto a família do enfermo caía em pratos. A mãe de Toré era a
mais nervosa possível a argumentar:
Dulce:
---
Meu filho. Meu filhinho. Como está você? – perguntava a mulher aos prantos.
A
enfermeira mandava a mulher ficar ao lado. Enquanto isso a esposa Otilia,
soluçava constante a procurar agarrar a mão do rapaz. E enfermeira falado
moderado dizia:
Enfermeira:
---
Ele está sonolento. – respondia a enfermeira preocupada em sentar o rapaz na
sua cama.
A
filha Silvia e a irmã de Toré nada diziam. A mulher Luiza aguardava se por o
rapaz na cama. Do lado de fora estava o
investigador Silva. Esse nada reportava. Apenas ligava em seu rádio para o
delegado informado ter Toré já em seu quarto e perguntava se saía de onde
ficara a manhã inteira. A resposta negativa veio com outra indagação.
Silva:
---
Em preciso de muda de roupas. – falou baixo o investigador.
Delegado:
---
Aguarde! Mando já as suas roupas! – falou grave o delegado.
Silva:
---
E a história de Mão Branca? – indagou para saber.
Delegado:
---
Aguarde! – disse o homem e desligou o rádio de comunicação.
Silva:
---
Merda. Eu matei Mao Branca. – falou baixo o investigador fora do fone.
E
com a cara obtusa o homem largou o rádio comunicação e ficou na porta do quarto
com o semblante de quem não gostava nem um pouco de estar no seu lugar.
No
interior do quarto os maqueiros firmaram o enfermo em seu lugar. A enfermeira
disse para Otilia algo dele está sem a roupa de baixo, pois tudo estava sujo de
sangue. E mesmo se ele precisasse
urinar, um aparador estava em baixo da cama.
Enfermeira:
---
Hoje ele não faz mais outras necessidades. Ele foi submetido a uma lavagem
estomacal. Eu vou fazer uma injeção contra dores e outras necessidades mais
urgentes. A auxiliar vira a cada duas horas ver o estado de saúde do paciente.
Seria melhor ter menos gente no quarto. – relatou a enfermeira. E chamou a
auxiliar a dizer ter ela de ficar no quarto para alguma necessidade. A auxiliar
teceu um sorriso amargo e concordou.
Nesse
pontou a enfermeira saiu com um bolo de papel nas mãos.
Enquanto
isso a noticia de Toré chegava ao Bar de Isabel através de um mecânico. Ele não
muito que contar e apenas disse:
Mecânico:
---
Toré foi internado. Levou um balaço no peito! – falou o mecânico se mais
histórias.
Isabel:
---
Toré?! Quando?! – perguntou surpresa a mulher.
Gonzaga:
---
Toré? Você esta brincado! – vez ver o homem assustado.
Mecânico:
---
Sério! Hoje de manhã. O ladrão atirou nele. – falou sem mentir o rapaz
Isabel:
---
Vou já prá lá. Você cuida das coisas! Das Dores! Ajuda aqui! Ai meu Deus!
Otilia! – disse Isabel meio atormentada.
Das
Dores:
---
Pode deixar. Eu ajeito. Ora mais! – responde a mulher.
Isabel
saiu apressada direto para o Hospital a procura de maiores informações sobre o
enfermo. A chegar na porta de atendimento se topou com Luiza, irmã do enfermo,
e a filha de Toré, a menina Silvia. Ela então se dirigiu a Luiza, com a face de
desespero. E perguntou:
Isabel:
---
Otilia! Como está Otília! – indagou apressada a mulher.
Luiza
até se assombrou com tal situação. Mesmo assim, respondeu:
Luiza:
---
Ela está bem. Você pode subir. Ela está fazendo companhia a Toré. Minha mãe
saiu um pouco mais cedo. – respondeu a irmã do doente.
Isabel:
---
Ave Maria! Você nem sabe como eu fiquei triste com essa notícia. Eu fiquei
sabendo inda há pouco. Eu tinha de vir depressa. Ave meu Deus. Otilia está bem?
E Toré? – indagou apressada a mulher.
Luiza:
---
No momento ele está dormindo. Mas, Otilia, depois de muita gritaria, ela vai
passando normal. – relatou a irmã do enfermo.
Isabel:
---
Gritos? Houve gritos? – indagou Isabel tomada de surpresa.
Luiza:
---
É. Você sabe como é Otilia. Ela chegou ao desespero no hospital. Mas agora está
calma. E vai ficar. A enfermeira disse que Toré vai passar uns três dias no
quarto. – falou a simpática Luiza.
Isabel:
---
Ave Maria! Só rezando! Eu vou subir! Posso? – indagou mais uma vez a moça.
O
investigado Silva esteve no banho para trocar de roupa. O outro investigador
trouxe a roupa para Silva e uma ordem do mesmo ficar por mais algumas horas até
chegar o seu substituto. Isabel não viu o investigador Silva. Ela falou apenas
como o segundo investigador para poder entrar no apartamento de primeira
classe. E assim a mulher entrou no
quarto estreito, porém bem ornamentado, coberto de cortinas. A cama onde Toré
se encontrava estava coberta com um véu transparente de seda. Isabel nem olhou
esse luxo. A auxiliar estava na quina da cama no aguardo de algo para ser
feito. Outra auxiliar entrou depressa para examinar as injeções aplicadas no
doente. A mulher averiguou e fez um aceno para a outra auxiliar como quem dizia
“tudo bem”. E voltou para outros cômodos. Isabel se abraçou com Otilia e se pôs
a chorar com a situação do doente. Otilia também chorou. Então as duas ficaram
solitárias e procuraram se sentar em um acolchoado para por em dias a situação
de Toré.
Otília:
---
Eu não vi coisa alguma. Apenas cheguei quando a multidão estava alarmada. E
então fiquei sabendo ser vitimado o meu
marido. Eu entrei em pânico. Arrumei um carro não sei de quem e estou aqui
desde as oito horas. – relatou a mulher ainda em prantos.
Isabel:
---
Mas mulher? Como foi isso? – indagou perplexa a mulher
Otilia:
---
Eu não sei. Não ouvia nada. Tive desmaios ao chegar aqui. E pronto! – respondeu
Otilia.
Isabel:
---
O povo está falando em Mão Branca? Não é possível! – comentou com tristeza a
mulher.
Otília:
---
Mão Branca? O criminoso? Não é possível! – fez vez Otilia um tanto assombrada.
Isabel:
---
Pois é. Eu digo o mesmo. – vez ver a mulher.
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