DOIS AMORES
Alderico Leandro
- Capitulo Um –
- A BRIGA -
O relógio marcava quinze para as
seis horas da tarde. O movimento era intenso na rua com os carros para passar
de um lado e para outro sem contar com os apressados pedestres em busca do seu
destino antes da noite chegar. O mês de dezembro era do mesmo modo em toda a
parte, com os consumidores levando as suas compras adquiridas a qualquer jeito
com a pressa irritante de acertar por um e por outro para poder alcançar com
mais pressa possível o seu ponto de ônibus ou o carro onde estacionara a não se
sabe quantas horas naquele dia frenético de final de semana. Um veículo cruzou
com outro na entrada de um edifício de moradia havendo um choque sutil, caso de
nem mesmo amassar qualquer coisa de leve. A mulher saltou do seu veículo. Ela,
irritadíssima com a fúria de uma leoa a indagar do outro motorista se ele
estava cego de não enxergar a sua preferencia de entrada. O homem, com bastante
calma saltou do seu veiculo e apenas disse ter a preferência de entrada. A
mulher, ainda mais largou o bofete na cara do homem. Esse não chegou a atingir
o alvo dado à pressa do homem em segurar a mão da mulher.
Caio:
--- Peça desculpas e eu solto a
sua mão. – disse Caio com bastante calma.
A mulher, Dalva Teixeira, fez um
rufado antes e pedir desculpas e se ver livre do homem.
Dalva:
--- Desculpe! – e sentiu a sua
mão ser largada.
Caio:
--- Agora a questão da batida:
vejamos o que amaçou por completo. – disse Caio se dirigindo a traseira do seu
carro e verificar o amasso. Ele e a mulher logo atrás. E aproveitando, declarou.
Caio:
--- A senhora bateu na traseira
do meu carro. A senhora leve isso em consideração. – e caminhou devagar com seu
corpo altaneiro e um pouco barrigudo. A sua cabeça era como se fosse corcunda,
porém nem tanto. Braços firmes, pele clara, porém de se pouco notar. Sua profissão: Detetive policial.
A mulher, Dalva, trabalhava em um
escritório onde desempenhava algo como consultora de novos empregados da firma.
O homem foi até a traseira do seu carro e examinou como um mestre e viu o para-choque
meio barulhento. Mesmo assim, era um carro antigo e já estava com equipamentos
quase soltos. Ele se voltou para a mulher e ainda indagou:
Caio:
--- E então? Como se faz? –
indagou o homem policial
A mulher nada estava consolada e
sacudiu os ombros como a dizer:
Dalva;
--- Eu? Também vou joga-lo fora
amanhã de manhã! – declarou Dalva displicentemente.
Ela, de altura mediana, corpo esguio,
vestindo cetim de cores leves, com uma bolsa a tiracolo nem percebia o defeito
resultante. Olhava então para as estrelas a surgir enquanto na rua pessoas
paravam para ver o tira-teima. Caio
observou as pessoas e logo determinou para a sua bela vizinha de quartos.
Caio:
--- Vai entrar? – perguntou com
voz serena.
Dalva:
--- Se o senhor deixar! –
respondeu a mulher com voz calma.
E os dois pegaram o seu rumo em
direção da garagem do edifício. E entrado, se olharam. Ele indagou qual andar
era a sua preferencia. Dalva nada respondeu e acionou o décimo andar. Em
seguida, Caio fez o mesmo: décimo andar.
E olhou para a mulher dos seus quase trinta anos de idade como averiguar
um todo dos pés a cabeça. Faz a cara como se fosse um homem feio e apenas falou:
Caio:
--- O meu carro é um velho
trambolho. Não vale a pena fazer questão. – reclamou Caio.
Dalva olhou para o homem dos pés
a cabeça e nada respondeu. Apenas guardava silencio com sua bolsa pregada entre
o busto como se tivesse a ninar uma criança. O elevador parou no décimo andar e os dois
caminharam para os seus aposentos. Ela ao lado dele. E ao se acercarem do
aparamento notaram que os dois moravam de frente um para o outro. Então, Caio
se lembrou de algo ao abrir a porta do seu apartamento. Estavam lá: as cartas
para Dalva Tavares. Ele retirou o pacote de cartas e devolveu a Dalva. Ao mesmo
tempo, a mulher lhe entregou as correspondências dirigidas a Caio Teixeira. O
pacote estava atado em sua estrada de apartamento. A troca se deu sem qualquer
palavra. Após isso, as portas foram abertas. Mas um problema surgiu: as chaves.
Dalva procurou as suas chaves e não as encontrou. E estava a vasculhar a sua
bolsa quando a mão de Caio se acercou por perto:
Caio:
--- As suas chaves! – pronunciou
o homem e pediu as do seu apartamento.
Dalva notou assim ter as chaves
dadas por equívoco à faxineira da manhã e a mulher fez então a confusão de
trocar as chaves. Após o desacordo, Caio pegou as suas chaves e entregou as de
Dalva com a sua cara amarrada como sempre estava e olhar de peixe morto ao
contrário da sua vizinha, com a sua veste e suave rosto a deslumbrar orquídeas
em vaso de alabastro.
Pouco tempo depois, alguém bateu
à porta de Caio Teixeira com suavidade e espera. O homem estava na cozinha a
assar o seu peixe e se voltou com pressa para atender de imediato sem perguntas
a fazer. Ao chegar à porta, ele encontrou uma mulher enrolada em uma toalha de
cores róseas e foi de imediato perguntar:
Dalva:
--- Escova? – indagou a entrar de
repente no apartamento.
O homem se tomou estupefato e de
imediato expôs.
Caio:
--- No quarto! – e apontou para o
quarto logo a seguir a caminhar em direção à cozinha. Em lá chegando viu o
peixe a estar tostado e nada mais de se poder fazer. Ainda queimou os dedos de
sua mão. Ele jogou a fritadeira dentro da pia e voltou à sala onde buscou uma
lata de cerveja para matar a tremenda desgraça do peixe queimado. Nesse
instante a moça saiu do seu quarto e veio até a sala penteando o cabelo de
forma desajeitada a dizer:
Dalva:
--- Deixei a minha no escritório.
– relatou a jovem mulher ao tentar puxar o pente do cabelo cheio ainda de
shampoo.
Caio estirou os pés em uma
cadeira enquanto soltava um arroto por culpa da cerveja. Com seu olhar de peixe
morto procurou enxergar da melhor forma a esguia dama. Dalva se sentou nos
degraus a dar acesso à sala de jantar e toca a puxar os cabelos para um lado e
outro. Caio propôs para a moça ter uma
senha para dois, em uma peça a passar no Teatro aquela noite.
Caio:
--- Tenho entradas para o Teatro
esta noite! Queres? – indagou sem receio.
Dalva:
--- Shakespeare? – indagou ainda
a repuxar o cabelo.
Caio:
--- Parece. Não sei. Cervantes ou
Moliere. – Ele se levantou e arrotou grosso de novo ao buscar mais uma lata de
cerveja para entregar a Dalva.
Dalva sentiu um cheiro de assado
queimado e se pôs a pesquisa.
Dalva:
--- Cheiro ruim! – falou a moça.
Caio:
--- Peixe tostado. – disse o
homem apontando para a cozinha.
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