- Hedy Lammar -
- OITO -
- REVOLTA -
Do outro lado da ponta a mulher
Dafne desligou o seu aparelho telefônico. E nesse caso, do lado oposto, Dalva
ficou a indagar a seu recente amigo ou conhecido, o motivo da separação tão
brusca a causar revolta intensa em Dafne a ponto de a mulher jogar na cara que
o seu ex-marido tinha levado por roubo um celular. O homem então falou o
possível. Não havia roubo. Esse celular ele estava com Dafne porque Bartolo
tinha comprado e dado a sua ex-mulher. Na hora em que foi buscar as suas
roupas, a mulher – Dafne - não se encontrava no instante em seu apartamento.
Então, Bartolo juntou tudo e inclusive o celular, levando para ao lugar onde
estava.
Dalva:
--- Curioso! Ela reclama por algo
que não é dela! – advogou a linda mulher.
Bartolo:
--- A senhora ainda não sabe de
nada. Nós nos casamos há dez anos. Há cinco não fazemos sexo. Cinco ou seis. Eu
não sei bem. Eu fico a pensar em “outro” caso. Quando eu chego a casa, ela está
dormindo. Quando saiu para o trabalho ela ainda dorme. Se eu procurava, ela se
fazia de mouca. Enrolava-se toda e virava a bunda. Eu só sentia a “catinga” da
bufa. Eu findei por dormir no sofá. E comendo um saco de pipocas! – reclamou o
homem.
Dalva gargalhou por demais. E
Caio sorriu leve como já sabendo do assunto. Ou pelo menos adivinhando o tal
tema. E Bartolo se levantou da poltrona. Então começou a falar:
Bartolo:
--- Na verdade, era uma tolice.
Eu pensei muito em me suicidar por perder Dafne. Agora, vejo a vida de outra
forma. Já não havia vida em comum entre nós. E nem sexo. Eu me contentava com
meus sonhos. Eu sonhava com um alguém a fazer amor. Era um delírio toda aquela
emoção. E acaba quando eu acordava. – comentou o homem a olhar o horizonte
profundo perdido da amplidão..
Dalva:
--- O homem pensa muito em ter
sexo com a mulher. Eu vejo o caso diferente. Para mim, a vida é um conjunto de
afeição. – lembrou a mulher com emoção.
Caio:
--- A vida continua meu amigo.
Com ou sem sexo. Isso é um mero acaso. Voce se encontra com uma mulher em plena
rua e olha para trás vendo aquele volume. Parece para o homem que é uma coisa
do outro mundo. Mas algum coração palpita por aquela mesma senhora ou moça
jovem. – advertiu com paciência o homem.
Dalva:
--- Eu já vi muitos casos assim.
O homem por termo a vida por causa de uma prima-dama. Não pensa ele que aquela
mulher é uma entre outras que ele olha e não vê. – salientou.
Bartolo de voltou para a mulher e
voltou a indagar com eterna paciência.
Bartolo:
--- A senhora é casada? – indagou
sem perceber nem aliança.
Dalva:
--- Fui. Agora, não sou. Hoje ele
segue o seu caminho e eu o meu. – salientou sem orgulho
Bartolo:
--- Eu já casos assim. Casa e
separa. Casa de novo. Pode ser até o destino. – disse o homem.
Caio:
--- Para mim, não há destino. –
declarou o homem a prosseguir seu caminhar em busca da janela.
Bartolo:
--- Minha mãe sempre dizia: “Não
case com italiana”. Mas eu nem refleti nisso. – comentou.
Dalva:
--- Quem é a sua mãe? – indagou.
Bartolo:
--- Espanhola. Mora na Espanha. Granada.
Meu pai é dessa terra, aqui mesmo. Parece que fruto de índio com português. Ela
se encantou por ele e ambos casaram. Eu sou nem do mar nem da terra. Nasci a
bordo de um navio. – falou a fazer o meio ambiente com as mãos.
Dalva gargalhou e depois
declarou:
Dalva:
--- Eu sou PFB. – declarou a
sorrir.
Bartolo:
--- Que é isso? – indagou a
estranhar.
Dalva:
--- Portugal, França e Brasil. –
gargalhou ainda mais.
Caio.
--- Ainda bem. E eu nem sei quem
sou. – se voltou da janela com as mãos para trás.
Dalva:
--- Por que sua mãe é contra as
italianas? – falou mansa.
Bartolo:
--- Não sei. Talvez por causa do
sangue. Não se misturam bem. Mas, quando eu estava na Universidade, olhei
aqueles ubres ousados e belos. E fiquei por tanto embevecido. Dali foi só um
casamento. – trincou as mãos.
Dalva:
--- De onde ela veio? – indagou.
Bartolo:
--- Os avós são de Verona. Ela é
brasileira da gema. Mas o sague ferve. – respondeu com as mãos fechadas feitas
um muque.
Novamente Dalva gargalhou. E Caio
fez o mesmo com seus muques a mostrar os plenos dentes serrados. Logo após, Dalva falou:
Dalva:
--- Eu não sei. Mas acho que nada
tem isso com outro. Russos, Alemães, Gregos. Tudo é uma coisa só. – falou reticente.
Caio:
--- Os Sumérios foram os
culpados! – falou grave com a mão para o alto.
Dalva:
--- Sumérios? Que sumérios? –
indagou estranhando.
Caio:
--- Sumérios! Eles chegaram aqui
na Terra há 450 mil anos em busca de ouro. E fornicaram com as nossas mulheres.
Os Anunnakis fizeram os primeiros homens e mulheres da Terra! Noé era Anunnaki.
Esse negócio da Bíblia está tudo errado. Moises roubou a Bíblia da Pirâmide
para ensinar ao povo. E os Judeus dizem hoje que foi Deus. Esse Deus não
existe. Existem Deuses. E esses deuses são todos sumérios. A linhagem de Adão,
que não foi só um apenas. E foram vários. Eles foram Adamus. Depois os judeus
que também são sumérios, ficaram a falar que eles são “filhos” de Jeová. E são.
Nós todos somos. Filhos dos Anunnakis, homens de cabeças negras vindos do
planeta Nibiru. Nós somos do espaço. – relatou entusiasmado.
Bartolo:
--- E o que tem essa gente com os
italianos? – perguntou abismado.
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