- Alyson Hannigan -
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CATÁSTROFE
Naquele dia a
imprensa estampou o caso dos explosivos colocados nos apartamentos do nono e
décimo andares dos apartamentos do edifício onde Caio e os seus amigos moravam.
Em quase todos os casos envolvidos houve retardo de detonação violenta dos
petardos alguns de cobertura plástica. Em meio a esse conflito, a Polícia Civil
do Estado manteve contato com a Polícia Federal, delegacia de Natal e ficou
notificada de outro explosivo o qual tinha sido posto em uma residência
particular onde morava um dos seus agentes. O caso tomou maior envergadura a
partir desse momento. Houve reunião entre as duas Polícias e combinou-se,
inclusive se manter contato com o Exército para a proteção maior da mulher
Joana Vassina, principal vítima dos atendados. Em um local de maior segurança a
mulher podia ficar enquanto se buscava o alemão Wagner Rahner por qualquer
parte do Estado. Noite adentro os peritos fizeram a verificação dos petardos e
de quem podia ser os responsáveis de expor locais até então tranquilos.
Enquanto isso,
após ter vistoriado o seu apartamento, a linda dama Dalva Tavares teve de
voltar ao seu trabalho onde teria de resolver assuntos pendentes. Após o
serviço, a mulher voltou ao seu apartamento para cuidar de algum desmantelo
existente. Na volta a mulher viu alguém. Era uma anciã dos seus 80 anos ou
mais. A mulher era meio corcunda, quebrando em forma de “L” ao contrário. Já
era quase noite quando Dalva Tavares tentava entrar no portão de acesso para o
seu apartamento. Nesse instante a anciã caminhava lenta pela calçada, com uma
bengala na mão para melhor se apoiar. Embora estivesse com bastante pressa,
Dalva teve mesmo que esperar a anciã transitar todo o seu pequeno trecho. Sem
falar com mais ninguém, a anciã caminhava da forma como podia a passos lentos.
Nesse momento, Dalva a olhar a mulher pensava quando ficaria daquela forma:
Dalva:
--- Ah meu
Deus! Que sacrifício! Uma mulher a passos lentos tendo de atravessar um portão!
E deve fazer muito tempo para atravessar! Coitada! – falou em murmúrio.
Carros a
buzinar para poder entrar na garagem não dava conta daquela anciã. Um guarda de
transito com seu estridente apito. Ele chegou depressa para organizar o
desorganizado. E fazia gestos exagerados com os seus braços para o alto. O
estridente apito dava a ordem de espera a quem pudesse ter certeza. A anciã caminhava a passos lentos pela
abertura do portão sem se incomodar com os atarantados motoristas. Moças e
homens faziam seu trajeto pelo mesmo espaço onde a anciã parecia dormir ao som
do acalanto. Já desnorteados. O guarda imprimia temeroso apito para todos os
demais – carros e gentes -. Enquanto isso, em seu volante, a mulher sentia
compaixão da figura tenra da mulher de idade avançada. Em determinado instante
o guarda do apito chegou para Dalva orientando a dar partida no seu Hyundai. A
mulher, então se atreveu a falar.
Dalva:
--- O senhor
não está vendo uma mulher com idade de ser sua avó a caminhar lento em frente
ao meu Buíque? Ora! Tenha sentimentos! E
vá pra merda! – alertou a linda mulher.
Com o terminar
de sua viagem pela frente do portão da garagem, a anciã enveredou em seu
caminho não dando sequer ciência do ocorrido. Ela conduzia tão somente apenas a
certeza da sua existência amarga e cruel.
No décimo
andar, Dalva Tavares encontrou Caio Teixeira, o seu vizinho de apartamento com
outros companheiros a verificar todo o seu compartimento e colocando outro
sistema defensor de alarme em posição adequada, porém bem mais disfarçado do
anterior. De inicio, Dalva nada falou. Cumprimentou os técnicos e indagou sobre
o paradeiro do seu amante. E ninguém sobre dizer ao certo. Apenas o seu vizinho
Caio aventurou a informar ter ele saído logo à tarde. A linda dama se pôs
inquieta por saber o seu amante não estar mais na redação no avançado da hora.
Caio:
--- Com
certeza teve mais serviço. – declarou com cisma.
Dalva:
--- Ainda é
cedo. É o seu costume chegar pelas 8 horas. – dialogou.
Perito:
--- Teve outro
caso de bomba. Talvez ele tenha sabido também. – relatou o homem.
Dalva:
--- Bomba?
Além daqui? - - indagou assustada.
Perito:
--- Sim. Em
outra residência. – falo o homem a ajeitar algo.
Dalva:
--- Não pode
ser! É no mundo todo! – falou em pânico.
Caio:
--- E eu tenho
que sair. Vou deixar vocês atentos e logo em seguida tenho serviço a executar.
– falou com calma.
Perito:
--- Pode sair.
Estamos terminando. A senha é essa. – entregou uma senha ao homem.
Caio:
--- Vou
precisar. Dalva. Se eu encontrar Bartolo, eu aviso ter voce chegado. – disse o
homem
Dalva:
--- Está bem.
Mas com certeza ele chega antes das oito. – argumentou a linda moça
Logo após as
sete horas da noite, a mulher Joana Vassina foi levada para o Quartel General,
órgão do Exército, onde teria de passar o tempo todo em um local de maior
segurança. De certo modo o Quartel era um verdadeiro cerco não se permitindo
entrar gente de fora sem a sua identificação precisa. Em companhia de Julia
Vassina estavam agentes da Polícia Federal e igualmente Caio Teixeira. Por
certo tempo, o homem Caio Teixeira ficaria a par de tudo o que era segredo
militar de alta esfera. Após aquietar a mulher em seus novos aposentos, o homem
e alguns militares e pessoais da Polícia Federal saíram no encalço do local já
identificado como sendo a Base do alemão Wagner Rahner. O cerco foi montado com
precisão para pegar de surpresa o homem capaz de assassinar tantos quantos
policiais ou civis quanto quisesse. O campo de pouso estava às escuras. Com
certeza não havia qualquer movimento para aquela noite. Além do pátio de
estacionamento de aeronaves havia igualmente uma residência de maior segurança
ao largo do ponto de pouso. Havia um cerco em toda área com uma turma de
soldados e oficiais entre os civis da Polícia. Pelos informes traçados, o
alemão Wagner Rahner tinha contratado pistoleiros e peritos em explosivos
quando de sua recente estada na região do Paraguai. Eram artífices duros de
matar ou mesmo de prendê-los vivos. Os executores eram capacitados em matar sem
chance de defesa homens, mulheres e crianças. Após tamanha execução os
pistoleiros se evaporavam sem deixar pistas. Vários desses bandoleiros tinham
treinamento na Alemanha e nos países do Oriente Médio. Principalmente os
peritos de armar bombas. Uma historia de guerra como sendo o maior prazer do
homem.
No campo de
pouso do aeroporto particular em um recanto remoto para os lados de São José,
estava tudo na mais completa escuridão. Essa talvez, fosse uma tática de guerra
ou guerrilha muito bem arquitetada pelo General Wagner Rahner conhecedor profundo
nos esquemas dessas artes marciais. Tais artes são disciplinas físicas e
mentais codificadas em diferentes graus, que tem como objetivo um alto
desenvolvimento de seus praticantes para que possam defender-se ou submeter o
adversário mediante diversas técnicas. É sistema de treinamento de combate. Passadas
as horas, já pela madrugada, um ruído de um aeroplano vindo da região do sul do
País. O corpo de defesa de camuflou o mais quanto pode e esperou uma senha de
ataque.
Comandante:
--- Atenção.
Inimigo à vista! Silencio absoluto. – recomendou o comandante.
A avioneta
traçou no ar um vou cujo destino era colocar o aparelho novamente para o sul.
Os seus potentes holofotes vasculhavam toda a área compreendida para o pouso e
nada pode observar com eficiência. O aparelho seguiu a rota de pouso e os pequenos sinais luminosos foram
acionados para indicar o campo de pouso onde o avião estava a ponto de tocar o
solo. As luzes da casa grande acenderam e o aparente general Rahner surgiu como
para embarcar naquele momento. Os militares então encobertos pela escuridão
receberam ordem de avançar e aprisionar o homem da casa e todos os componentes de voo.
Comandante:
--- Avante!
Já! – gritou o comandante
E foi um
avanço único. O general Rahner não teve tempo nem mesmo de gritar, pois em um
segundo estava agarrado por todos os lados. O avião tinha chegado àquela hora
da madrugada por ordem recebida quando o General embarcaria com destino
ignorado. Mas, não lhe sobrou tempo. A Base Aérea deslocou um grupo de
militares a bordo de helicópteros enquanto aviões faziam rotineira demanda em
busca de alguns pistoleiros. Pelo rádio, o pessoal de terra ficava sabendo a
posição dos pistoleiros e peritos em explosivos. Apesar de intensas buscas não
se conseguiu encontrar os armadores de petardos.
Caio:
--- Foi uma
ação torpedo, essa! – disse o policial se alegrando
Agente:
--- E ainda
tem mais. Esperamos encontra-los. – salientou com seu sorriso amargo
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