- Polly Bergen -
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AO PASSADO
Na manhã de um dia qualquer os alunos tiveram folga para participar de uma. Um palhaço caía para frente e para trás ao som dos risos espetaculares da meninada. Os palhaços de perna de pau eram de todos os mais curiosos. E palhaços anões eram o contratempo com manhã de lazer onde havia cinema, teatro, cantores de ambos os sexos, patinadores, palhaços entre as demais atrações. Além disso, tinham pipocas, salgados, sorvetes, alfenins, picolés, água muita para os que estivessem com sede e coisas mais. Os garotos e garotas foram de ônibus com as suas mestras da escola até o parque de entretenimento. Palhaços era a graça da meninada. Gigantescos palhaços. Além do mais, tinham os cantores com as suas rabecas fazendo curiosas distrações em uma parte do parque. O teatro de bonecos era o encanto a parte. Havia de tudo naquele teatro. Entre outras coisas a cacetada da mulher em seu marido por causa de não se sabe o que. Tudo isso tomava a atenção da garotada a morrer de rir. E na sala de cinema havia a projeção de um filme antigo onde ainda não tinha o som. Era um filme mudo para todos os efeitos.
Joel e Elizabete estavam a sentar ocupando um espaço junto ao outro em cadeiras da frente. A mocinha sorria como queria com as peripécias vistas da tela dos considerados heróis daqueles tempos passados. O garoto acompanhava a mocinha. E tudo então era alegria. O filme era do Gordo e o Magro. E durava pouco tempo para depois vir outro também engraçado. Todos eram aparentemente mudos. Apenas uma trilha musical que se adaptou com o passar dos tempos servia de arranjo. Mas isso não impressionava a garotada. Nesse momento, acercou-se de Joel a fada Isabel. A infante ao menos delicada aproximou do local e perguntou a Joel tão displicentemente:
Isabel:
--- Queres ir ao passado? – perguntou a fada Isabel ao garoto.
Joel:
--- O que? Passado? Que passado? – falou relutante o garoto Joel.
Isabel:
--- Onde se está fazendo esse filme. – respondeu a fada Isabel.
Joel:
--- Filme? Esse daí? Como? – respondeu cheio de duvidas o garoto.
Isabel:
--- Indo! Em um vapt-vupt. Eu vou com você! Quer? – perguntou a fada Isabel.
Joel:
--- Mas eu estou assistindo agora, aqui! – respondeu desconfiado o garoto.
Isabel:
--- Você está assistindo uma fita. Mas eu te levo ao lugar onde está sendo feito agora a fita! Diga se quer? – perguntou outra vez a fada Isabel persuadindo o garoto.
Joel:
--- E eu posso ir? Mas como? Se eu estou aqui! – respondeu cheio de dúvidas o garoto.
Isabel:
--- Viajando no tempo. Você pode ir a qualquer lugar. A esse estúdio. Às ruas da cidade. E a muitos outros locais! É só pensar! – sorriu a fada Isabel.
Joel:
--- Pensar? Mas como? – estranhou o garoto em poder pensar.
Isabel:
--- Do mesmo modo como você pensou em ver os pescadores. – sorriu a fada ao garoto.
Joel:
--- Ah! Já sei! Eu penso logo eu vou! – sorriu o garoto para a fada Isabel.
Isabel:
--- Está vendo como é fácil? Vamos! – sorriu Isabel a contemplar o garoto arteiro.
E logo os dois seguiram ao passado. E entraram no set de filmagem; e observaram de tudo um pouco. Desde as moças a dançar em um salão até chegar a ver dois artistas: um muito gordo e outro magricela. Eles estavam sentados esperando a vez de entrarem em cena. E Isabel teve de explicar ao garoto Joel:
--- Eles vão entrar em cena. Espere! – disse-lhe Isabel a contemplar o cenário modesto.
Joel:
--- E eu posso conversar com os artistas? – indagou o garoto já presunçoso.
Isabel:
--- Não! De jeito algum! Você está invisível aqui! Você é o futuro! E ninguém sabe que voe existe ainda! Você é o futuro! – respondeu de forma abrupta a fada Isabel.
--- Futuro? Mas que futuro? – indagou perplexo Joel.
Isabel:
---Futuro é o que vai acontecer. E você está no passado! Então ninguém pode ver você! E nem você pode tocar em nenhum deles. Entendes agora? – perguntou a fada Isabel com o ar de seriedade.
Joel:
--- Hum! Mais ou menos! – respondeu Joel em um caso de dúvidas.
Isabel:
--- Vamos sair daqui para eu te mostra outros setores do passado que você deverá conhecer em algum tempo! Chegue! – chamou a fada em um dado momento.
E ambos saíram do set de filmagem e foram parar em um local de alguma cidade em outro Estado. Por lá havia um fotógrafo a fazer imagens de uma porção de gente, em um tempo remoto. Todos estavam em fileira juntos e separados a uma só vez. Uma senhora com um menino de seus oito anos, passavam ao lado do fotógrafo. Esse com a cabeça enfiada por baixo de uma espécie de lençol a ajeitar o foco da maquina. E a senhora a passar com máxima pressa. O seu vestido longo e elegante a cobri-lhe os pés. A blusa fina de seda cobria-lhe até o pescoço. O chapéu redondo e branco era tudo o que se ver. Um cinto escuro separava a saia de franjas rodadas era o máximo da moda. E o menino, era um vestir emplumado, camisa branca com colarinho ao pescoço, chapéu escoteiro, branco, calças longas de tecido enfiadas nas perneiras do meio da canela até os pés. A diva chamou Joel a sua atenção, pois, no momento onde eles estavam a passear, ela sobrava ao ouvido do menino. Mas, de sua parte, o menino só fazia com o dedo como se fosse uma coceira a lhe perturbar. E isso, Isabel fez:
O garoto Joel ficou a espiar e logo viu o menino coçar a sua orelha. Ele perguntou a sua diva se poderia fazer igual. E Isabel respondeu com justa causa:
Isabel:
--- De modo algum. Você é o futuro! – advertiu a ninfa ao seu garoto.
Isabel:
--- Vou te mostrar outra proeza. Você está a ver aquelas moças sentada a frente ao fotografo? Eu vou até lá me por atrás e sair na foto!. Eu estou toda de branco!. Veja!. – disse a moça a sorrir e saindo para o local apropriado.
Com pouco tempo a ninfa retornou sorrir. E quando o garotou perguntou a Isabel:
Joel:
--- Eu posso também? – perguntou Joel cheio de vida.
Isabel:
--- Não! Você é o futuro! Por isso, não existe ainda! – reclamou a ninfa ao garoto.
E Joel respondeu enigmaticamente:
Joel:
--- Eu sou o futuro! – relatou o garoto sem sorrir.
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