quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ACASO - 37 -

- Olivia Wild -
- 37 -
LUA
Em certa noite o garoto Joel estava sentado no batente do portão do muro de sua casa, olhando o Céu prateado, enorme até como se dia fosse. Ele ouvia o som do velho radio na sala e em sua mente acudia o que a lua podia então refletir. Era uma lua branca. Porem já ouvira de alguém ser aquela a lua azul. De mão no queixo Joel apenas olhava a lua azul. E ele imaginava poder ir até esse satélite conhecer São Jorge, ver de perto o dragão a ser morto pela cruel lança de aço assim como se contava em histórias simples nas noites sem luar. A solidão da lua fazia ao garoto sentir uma dor de paixão em taful instante de pergunta amena. Ao saber ser a lua uma rocha, ele ficava desanimado em não poder ter São Jorge e o dragão. Mesmo assim, essa sua preocupação se desvanecia a observar a solitária azul a caminhar lenta e preguiçosa pelo espaço aberto e sem fim. Ao notar Joel as informações prestadas pela sua professora Eugenia de a lua estar a mais de 384 mil quilômetros de nossa amada Terra, ele resmungou por estar tão longe assim:
Joel:
--- Trezentos e oitenta e quatro mil é tao longe assim? – indagava Joel a si mesmo.
E a lua azul contemplar o menino como se quisesse dia a ele:
Lua:
--- Vem para cá, vem! – sorria a lua azul em eloquente prece de amor.
Joel:
--- Mas você esta longe. E eu não tenho sapatos para ir. – disse o garoto com vergonha.
Lua:
--- Que sapato que nada! Aqui é frio. Se não quiser ficar no lado claro, eu tenho noite sombria! – respondeu a lua a sorrir.
Joel:
--- E como eu chego até você? – indagou Joel cheio de dúvidas.
Lua:
--- Em um trenó de papai Noel! – respondeu a lua ao menino sempre a sorrir.
Joel:
--- Mas ele está longe e eu não conheço o caminho. – respondeu  garoto a lua azul.
Lua:
--- É longe sim. Mas papai Noel está preparando os presentes infantis e ele tem os gnomos. – respondeu a lua azul a sorrir.
Joel:
--- Gnomos? Que são gnomos? – indagou perplexo o garoto.
Lua:
--- Gnomos seus seres pequenos. Espíritos de lendas da Escandinávia. – respondeu sorrindo a lua azul.
Joel:
--- Es o que? – estranho de certo modo com o resto franzido o garoto.
A lua azul sorriu imensamente e logo após declarou:
Lua:
--- Escandinávia. Fica perto da Finlândia. É um país Nórdico. –  sorriu a lua azul.
Joel:
--- E eu sei lá onde fica esse Nórdico! Tem bicho lá? – perguntou Joel a lua azul.
Lua:
--- Ah tem. Alces, Renas, Cães, Ursos. Mas são mansinhos, mansinhos. – relatou a lua azul ao admirado garoto.
Joel:
--- E o que se come nesse Nórdico? – perguntou o garoto a bela lua azul.
A lua deu uma bela gargalhada. E depois disse ao mocinho.
Lua:
--- Ah bom. Pode-se dizer ter os escandinavos o costume de comer o peixe bacalhau. Além disso, tem o gado, do qual se tira a carne, o leite, o queijo, a manteiga. E o porco, que se obtém igualmente a carne e a gordura. E ainda se tem a cabra e ovelhas além das aves. – explicou a lua azul ao garoto.
Joel:
--- Quer dizer: de fome ninguém morre no Nórdico? – perguntou para saber de fato como era a situação da Escandinávia.
Lua:
--- Não. Não. E ainda tem o vinho, conhaque, passas e amêndoas. – sorriu a lua azul a diz tal cardápio ao garoto.
Joel:
--- Mas menino não pode tomar cana! – explicou o garoto a lua azul.
Essa deu uma alegre gargalhada e em seguida declarou.
Lua:
--- Ah bom. E tem a cafeína, o cacau, chocolate, chá, guaraná, noz de cola e refrigerantes. Não falta o que beber para a criançada. – sorriu admiravelmente a lua azul.
Joel coçou a cabeça, fez careta e após de tudo isso respondeu:
Joel:
--- Roupas? O que existe no Nórdico? – pesquisou o garoto a indagar a lua azul.
A lua azul sorriu como pode. E depois relatou:
Lua:
--- Ah. Tem de tudo. Sapatos, botas. Jaquetas, casacos. Lã, camisolas e mesmo as camisetas. Tudo o que necessita tem na Escandinávia. Por falta de roupa ninguém morre. – relatou com o espirito infantil a bela lua azul.
E o garoto pesquisou e pesquisou em sua mente. Por fim veio o melhor:
Joel:
 --- E onde se mora no Nórdico? Hum? – indagou cheio de esperança em derrubar a lua azul de sua sapiência.
A lua azul não teve tempo de parar uma bela gargalhada. E disse em seguida ao tom de pergunta:
Lua:
--- No campo ou na cidade? – indagou de maneira sutil a ociosa lua azul.
“Peguei. Sabia que pegava!”– pensou o garoto para em seguida perguntar;
Joel:
--- Na cidade! – vibrou o garoto de contente.
A lua quase morre de rir. E depois declarou:
--- Em casas, vivendas, mansões. Tem casas até a beira-mar. Cozinha, sala de estar, casa de banho, frigorifico, maquina de lavar louça, forno, congelador, micro-ondas, cafeteira, ducha, ar-condicionado e tudo mais que você necessita. Até a lenha. – sorrio a lua azul do alto de sua sapiência.
Joel:
--- Tá danado! Não tem nada que ela não responda. – fez ver o garoto a seu modo.

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