- Moro Anghileri -
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GALÁXIAS
Após alguns
dias na Terra, bastante feliz, Orion de Nereu teve que voltar à sua terra, pois
a nave já o estava à espera na parte de forra do nosso planeta. O tempo que
passou Orion conversou com o professor e mestre Sisenando ditando lhe culturas
do seu conhecer ainda mais pesadas, como as galáxias. Orion de Nereu explicou
sobre a nossa Via Láctea com aproximadamente doze bilhões de anos e deu conta
ser a galáxia um disco enorme com braços espirais gigantescos e uma
protuberância no meio. É apenas uma da imensa quantidade de galáxias no
Universo. Levando-se em conta as galáxias têm cem bilhões de estrelas. Elas são
o berçário estelar. É onde as estrelas nascem e morrem. As estrelas de uma
galáxia nascem em nuvens de poeira e gás chamadas de nebulosas. Estes são os
conhecidos núcleos da criação na nebulosa da Águia, um berçário de estrelas no
coração da Via Láctea. A nossa galáxia contém muitos bilhões de estrelas e em
volta de muitas delas existem planetas e luas. Orion de Nereu explicou que em
nosso Universo temos bilhões de galáxias, como já é do nosso saber. A galáxia
do Roda Moinho possui dois braços espirais gigantescos e contém cerca de cento
e setenta milhões de estrelas. Outra é a galáxia elíptica gigante, uma das mais
antigas do Universo. Suas estrelas tem brilho dourado. E temos a galáxia do
“Sombrero” com o seu núcleo enorme e brilhante
circundada por um anel de gás e poeira. As galáxias são estupendas como
unidade básica do próprio Universo como cata-vento girando no espaço, fogos de
artifícios criados pela mãe natureza. As galáxias são enormes, realmente
enormes. Na Terra, o homem mede distância em quilômetros. No espaço os
astrônomos usam anos-luz, a distância que a luz viaja em um ano, ou seja, nove
trilhões e trezentos bilhões de quilômetros.
Orion:
--- A nossa
galáxia pode ser grande para nós. Mas comparada em outra ao seu redor é até bem
pequena. A galáxia de Andrômeda, a nossa vizinha mais próxima, tem mais de
duzentos mil anos luz de extensão, o dobro do tamanho da Via Láctea. A galáxia “Virgo”
é a maior galáxia elíptica da nossa vizinhança cósmica e muito maior do que
Andrômeda. Já a IC-1011 é a maior galáxia já descoberta sendo sessenta vezes
maior do que a Via Láctea. – relatou o estrangeiro.
Sisenando:
--- O senhor,
caro estrangeiro Orion de Nereu, já está deixando-me confuso com tanta ciência
em um pouco tempo. Algo de tudo isso eu já verifiquei nos estudos que eu faço,
pois desde os anos vinte cientistas têm descobertos novas galáxias. Mas com a
vossa excelência a história muda toda por completo, uma vez ter eu a companhia
de um grandioso mestre do ensino cósmico. – confessou o mestre professor.
Orion:
--- É provável
ter vós esse seu conhecer um pouco mais estabelecido. Contudo, nossa gente de
há muito estuda toda essa história. – sorriu o estrangeiro. – Veja bem o que
vos lhe digo: as primeiras galáxias eram desordenadas. Um amontoado de
estrelas, gases e poeira. Mas hoje as galáxias são elegantes e organizadas. A
gravidade dá forma às galáxias e controla o seu futuro. Existe uma fonte de
gravidade incrivelmente poderosa e destrutiva no centro da maioria das
galáxias. Existe um bem no meio da Via Láctea. Há de se convir que as galáxias
existam há mais de doze bilhões de anos. Hoje se sabe que esse vasto império de
estrelas existe em todos os formatos e tamanhos. As espirais que giram até
enormes bolas de estrelas. Mas ainda há muita coisa que não sabemos sobre as
galáxias. – relatou o estrangeiro.
Sisenando:
--- O que, por
exemplo? – perguntou o grande mestre.
Orion:
--- A força
que une estruturas menores é a gravidade. Lentamente ela puxa as estrelas para
dentro. Elas começam a girar cada vez mais rápido e se comprimem em um disco.
Estrelas são varridas para enormes braços espirais. Esse processo se repete
bilhões e bilhões em todo o Universo. Cada uma dessas galáxias parece
diferente. Mas elas têm uma coisa em comum: todas parecem evitar algo que está
no centro: um Buraco Negro. Um Buraco Negro gigantesco, supermaciço. Ele emite
uma enorme quantidade de energia e a se alimentar do material a sua volta. O
Buraco é formado por gases e estrelas que as devora. Não raro esses Buracos
devolvem de volta ao espaço o que o Buraco comeu num feixe de energia pura.
Esse feixe é um quasar. Quando se observa um quasar sendo lançado se tem a
certeza ter alí um Buraco Negro supermaciço. A ciência um dia descobre se tem
ou não um Buraco Negro no centro de vossa galáxia através de fotos de estrelas
a orbitar no meio desse composto. Talvez se chegue a algo impressionante: o
mover das estrelas a milhões de quilômetros por hora. As estrelas orbitam pela
força de atração um Buraco Negro supermaciço no centro da galáxia. Esse Buraco
Negro no centro da Via Láctea é por deveras gigantesco com vinte e quatro
milhões de quilômetros de diâmetro. Na verdade, a Terra está bem longe do
Buraco Negro. Há vinte e cinco mil anos luz desse sugador, o que representa
muitos trilhões de quilômetros. – explicou o viajante do tempo.
Sisenando:
--- A Terra
está segura. Pelo menos por enquanto. -
suou frio e grande mestre.
O viajante do
tempo então sorriu por perceber Sisenando bastante preocupado. E Orion
consultou o seu relógio do tempo e falou ter de ir para a nave espacial. Que o
professor não incomodasse, pois haveria outras visitas e entrevistas nesse e em
outros anfiteatros. Sisenando indagou se ele levaria consigo o corpo de José
Rodrigues e o visitante extraterrestre deu como resposta.
Orion:
--- Ele vai
ter que se acostumar com a nova vida. – sorriu o viajante.
Sisenando:
--- E tem
burros no seu Planeta? –indagou perplexo o mestre.
Orion:
--- Dar-se um
jeito. Não é como vós dizeis? – sorriu o homem do espaço.
E deixando
anotações para o mestre, Orion de Nereu partiu por encanto direto para a sua
nave estelar. Estava então concluída a missão.
Sisenando nada
pode ver em face do imediato desaparecer de Orion. Apenas um frio intenso
baixou por sua espinha dorsal ao sentir nada haver para o homem poder falar.
Ele olhou para o alto e deu adeus ao viajante sem nada haver para saudar. Então
o mestre saudou o amigo estelar sacudido por suas mãos o histórico deixado por
Orion. Algum momento se passou e de onde Sisenando estava o vento cortante
harmonizou o instante. Após o tempo o mestre olhou os apontamentos deixados
pelo visitante de longe.
Os Buracos
Negros supermaciços estão do centro das galáxias apontava as anotações de Orion
de Nereu. Os Buracos atraem as estrelas
de modo impressionante. Mas eles não têm força suficiente para manter juntas
todas as estrelas de uma galáxia gigantesca. E precisou de se haver uma Matéria
Escura agindo como uma capa protetora. Tal matéria passa através de um ser como
se nada existisse em sua volta. E o Universo está repleto dessa Matéria. Ela
compõe seis vezes mais o peso do que a matéria normal. Nas profundezas do
espaço foi detectado o que a luz pode fazer, curvando-se formando a lente
gravitacional. A Matéria Escura é o ingrediente vital do Universo fazendo
surgir às galáxias evitando que elas se desfaçam. O homem não consegue ver ou
detectar. Mas mesmo assim a Matéria Escura comanda o Universo. As galáxias
estão a trilhões de quilômetros umas das outras. Mas elas vivem em grupos
chamados com sentido de aglomerados. E esses aglomerados de galáxias estão
unindo em superaglomerados contendo dezenas de milhares de galáxias. A Via
Láctea e a Andrômeda fazem parte de um grupo de galáxias, não mais de trinta,
formando-se as duas maiores do grupo. O Universo parece uma esponja. Cada um
dos filamentos encontrados abriga milhões de aglomerados de galáxias, todos
unidos pela Matéria Escura. E tal Matéria brilha ao longo do filamento como a
cola a segurar toda a estrutura do Universo. E tudo isso está entrelaçado numa
teia de filamentos. Sem a Matéria Escura essa rica estrutura do Universo não
existiria. Essa é a grande imagem de nosso Universo. Essa a explicação deixada
por Orion de Nereu em seus apontamentos.
Sisenando
verificou todos os apontamentos e nada falou. Apenas interpretou o que estava
em suas mãos. Havia alí tanta informação capaz de levar até mesmo dezenas de
anos para se concluir. Vivendo em um País pobre no avanço das pesquisas
espaciais todo aquele manancial levaria o professor e mestre a interpretar sem
meios de avanços, pois nada além dos escritos o homem tinha para poder, algum
dia dissertar. E dissertar sobre tão volumoso conteúdo, era quase impossível de
se atar e todos os outros cientistas o levariam como um débil louco.
Sisenando:
--- É uma pena
se estar em um País totalmente atrasado em tal assunto. – falou em murmúrio.
Enquanto isso
o tempo passou e no virar da historia, por acaso em um determinado dia um homem
buscou informações no armazém do velho Amaro Borba sobre algo bastante incomum
o qual a jovem moça Rócia nada sabia informar.
Certo dia, tal homem buscou informações sobre certo alemão de nome
Humberto Paulo. Nada a jovem podia informar, uma vez de apenas saber ser um
homem criador de gado. A pessoa agradeceu e, de vez, saiu do local de vendas
sem nada mais falar. Rócia ficou a matutar.
Rócia:
--- Quem será
esse homem? Ele nem mesmo se identificou. – falou em murmúrio.
O vaqueiro
José Tomaz ouviu a conversa e de imediato falou o seu pensar também sem
conhecer o homem alvo, de estatura alta e até certo ponto bastante forte.
Tomaz:
--- Esse homem
também é alemão? – indagou meio cismado o vaqueiro.
Rócia:
--- Não sei.
Mas tem um sotaque estranho mostrando não ser brasileiro. – falou com suspeita.
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