sábado, 29 de junho de 2013

"NARA" - 86 -

- Moro Anghileri -
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GALÁXIAS
Após alguns dias na Terra, bastante feliz, Orion de Nereu teve que voltar à sua terra, pois a nave já o estava à espera na parte de forra do nosso planeta. O tempo que passou Orion conversou com o professor e mestre Sisenando ditando lhe culturas do seu conhecer ainda mais pesadas, como as galáxias. Orion de Nereu explicou sobre a nossa Via Láctea com aproximadamente doze bilhões de anos e deu conta ser a galáxia um disco enorme com braços espirais gigantescos e uma protuberância no meio. É apenas uma da imensa quantidade de galáxias no Universo. Levando-se em conta as galáxias têm cem bilhões de estrelas. Elas são o berçário estelar. É onde as estrelas nascem e morrem. As estrelas de uma galáxia nascem em nuvens de poeira e gás chamadas de nebulosas. Estes são os conhecidos núcleos da criação na nebulosa da Águia, um berçário de estrelas no coração da Via Láctea. A nossa galáxia contém muitos bilhões de estrelas e em volta de muitas delas existem planetas e luas. Orion de Nereu explicou que em nosso Universo temos bilhões de galáxias, como já é do nosso saber. A galáxia do Roda Moinho possui dois braços espirais gigantescos e contém cerca de cento e setenta milhões de estrelas. Outra é a galáxia elíptica gigante, uma das mais antigas do Universo. Suas estrelas tem brilho dourado. E temos a galáxia do “Sombrero” com o seu núcleo enorme e brilhante  circundada por um anel de gás e poeira. As galáxias são estupendas como unidade básica do próprio Universo como cata-vento girando no espaço, fogos de artifícios criados pela mãe natureza. As galáxias são enormes, realmente enormes. Na Terra, o homem mede distância em quilômetros. No espaço os astrônomos usam anos-luz, a distância que a luz viaja em um ano, ou seja, nove trilhões e trezentos bilhões de quilômetros.
Orion:
--- A nossa galáxia pode ser grande para nós. Mas comparada em outra ao seu redor é até bem pequena. A galáxia de Andrômeda, a nossa vizinha mais próxima, tem mais de duzentos mil anos luz de extensão, o dobro do tamanho da Via Láctea. A galáxia “Virgo” é a maior galáxia elíptica da nossa vizinhança cósmica e muito maior do que Andrômeda. Já a IC-1011 é a maior galáxia já descoberta sendo sessenta vezes maior do que a Via Láctea. – relatou o estrangeiro.
Sisenando:
--- O senhor, caro estrangeiro Orion de Nereu, já está deixando-me confuso com tanta ciência em um pouco tempo. Algo de tudo isso eu já verifiquei nos estudos que eu faço, pois desde os anos vinte cientistas têm descobertos novas galáxias. Mas com a vossa excelência a história muda toda por completo, uma vez ter eu a companhia de um grandioso mestre do ensino cósmico. – confessou o mestre professor.
Orion:
--- É provável ter vós esse seu conhecer um pouco mais estabelecido. Contudo, nossa gente de há muito estuda toda essa história. – sorriu o estrangeiro. – Veja bem o que vos lhe digo: as primeiras galáxias eram desordenadas. Um amontoado de estrelas, gases e poeira. Mas hoje as galáxias são elegantes e organizadas. A gravidade dá forma às galáxias e controla o seu futuro. Existe uma fonte de gravidade incrivelmente poderosa e destrutiva no centro da maioria das galáxias. Existe um bem no meio da Via Láctea. Há de se convir que as galáxias existam há mais de doze bilhões de anos. Hoje se sabe que esse vasto império de estrelas existe em todos os formatos e tamanhos. As espirais que giram até enormes bolas de estrelas. Mas ainda há muita coisa que não sabemos sobre as galáxias. – relatou o estrangeiro.
Sisenando:
--- O que, por exemplo? – perguntou o grande mestre.
Orion:
--- A força que une estruturas menores é a gravidade. Lentamente ela puxa as estrelas para dentro. Elas começam a girar cada vez mais rápido e se comprimem em um disco. Estrelas são varridas para enormes braços espirais. Esse processo se repete bilhões e bilhões em todo o Universo. Cada uma dessas galáxias parece diferente. Mas elas têm uma coisa em comum: todas parecem evitar algo que está no centro: um Buraco Negro. Um Buraco Negro gigantesco, supermaciço. Ele emite uma enorme quantidade de energia e a se alimentar do material a sua volta. O Buraco é formado por gases e estrelas que as devora. Não raro esses Buracos devolvem de volta ao espaço o que o Buraco comeu num feixe de energia pura. Esse feixe é um quasar. Quando se observa um quasar sendo lançado se tem a certeza ter alí um Buraco Negro supermaciço. A ciência um dia descobre se tem ou não um Buraco Negro no centro de vossa galáxia através de fotos de estrelas a orbitar no meio desse composto. Talvez se chegue a algo impressionante: o mover das estrelas a milhões de quilômetros por hora. As estrelas orbitam pela força de atração um Buraco Negro supermaciço no centro da galáxia. Esse Buraco Negro no centro da Via Láctea é por deveras gigantesco com vinte e quatro milhões de quilômetros de diâmetro. Na verdade, a Terra está bem longe do Buraco Negro. Há vinte e cinco mil anos luz desse sugador, o que representa muitos trilhões de quilômetros. – explicou o viajante do tempo.
Sisenando:
--- A Terra está segura. Pelo menos por enquanto. -  suou frio e grande mestre.
O viajante do tempo então sorriu por perceber Sisenando bastante preocupado. E Orion consultou o seu relógio do tempo e falou ter de ir para a nave espacial. Que o professor não incomodasse, pois haveria outras visitas e entrevistas nesse e em outros anfiteatros. Sisenando indagou se ele levaria consigo o corpo de José Rodrigues e o visitante extraterrestre deu como resposta.
Orion:
--- Ele vai ter que se acostumar com a nova vida. – sorriu o viajante.
Sisenando:
--- E tem burros no seu Planeta? –indagou perplexo o mestre.
Orion:
--- Dar-se um jeito. Não é como vós dizeis? – sorriu o homem do espaço.
E deixando anotações para o mestre, Orion de Nereu partiu por encanto direto para a sua nave estelar. Estava então concluída a missão.
Sisenando nada pode ver em face do imediato desaparecer de Orion. Apenas um frio intenso baixou por sua espinha dorsal ao sentir nada haver para o homem poder falar. Ele olhou para o alto e deu adeus ao viajante sem nada haver para saudar. Então o mestre saudou o amigo estelar sacudido por suas mãos o histórico deixado por Orion. Algum momento se passou e de onde Sisenando estava o vento cortante harmonizou o instante. Após o tempo o mestre olhou os apontamentos deixados pelo visitante de longe.
Os Buracos Negros supermaciços estão do centro das galáxias apontava as anotações de Orion de Nereu.  Os Buracos atraem as estrelas de modo impressionante. Mas eles não têm força suficiente para manter juntas todas as estrelas de uma galáxia gigantesca. E precisou de se haver uma Matéria Escura agindo como uma capa protetora. Tal matéria passa através de um ser como se nada existisse em sua volta. E o Universo está repleto dessa Matéria. Ela compõe seis vezes mais o peso do que a matéria normal. Nas profundezas do espaço foi detectado o que a luz pode fazer, curvando-se formando a lente gravitacional. A Matéria Escura é o ingrediente vital do Universo fazendo surgir às galáxias evitando que elas se desfaçam. O homem não consegue ver ou detectar. Mas mesmo assim a Matéria Escura comanda o Universo. As galáxias estão a trilhões de quilômetros umas das outras. Mas elas vivem em grupos chamados com sentido de aglomerados. E esses aglomerados de galáxias estão unindo em superaglomerados contendo dezenas de milhares de galáxias. A Via Láctea e a Andrômeda fazem parte de um grupo de galáxias, não mais de trinta, formando-se as duas maiores do grupo. O Universo parece uma esponja. Cada um dos filamentos encontrados abriga milhões de aglomerados de galáxias, todos unidos pela Matéria Escura. E tal Matéria brilha ao longo do filamento como a cola a segurar toda a estrutura do Universo. E tudo isso está entrelaçado numa teia de filamentos. Sem a Matéria Escura essa rica estrutura do Universo não existiria. Essa é a grande imagem de nosso Universo. Essa a explicação deixada por Orion de Nereu em seus apontamentos.
Sisenando verificou todos os apontamentos e nada falou. Apenas interpretou o que estava em suas mãos. Havia alí tanta informação capaz de levar até mesmo dezenas de anos para se concluir. Vivendo em um País pobre no avanço das pesquisas espaciais todo aquele manancial levaria o professor e mestre a interpretar sem meios de avanços, pois nada além dos escritos o homem tinha para poder, algum dia dissertar. E dissertar sobre tão volumoso conteúdo, era quase impossível de se atar e todos os outros cientistas o levariam como um débil louco.
Sisenando:
--- É uma pena se estar em um País totalmente atrasado em tal assunto. – falou em murmúrio.
Enquanto isso o tempo passou e no virar da historia, por acaso em um determinado dia um homem buscou informações no armazém do velho Amaro Borba sobre algo bastante incomum o qual a jovem moça Rócia nada sabia informar.  Certo dia, tal homem buscou informações sobre certo alemão de nome Humberto Paulo. Nada a jovem podia informar, uma vez de apenas saber ser um homem criador de gado. A pessoa agradeceu e, de vez, saiu do local de vendas sem nada mais falar. Rócia ficou a matutar.
Rócia:
--- Quem será esse homem? Ele nem mesmo se identificou. – falou em murmúrio.
O vaqueiro José Tomaz ouviu a conversa e de imediato falou o seu pensar também sem conhecer o homem alvo, de estatura alta e até certo ponto bastante forte.
Tomaz:
--- Esse homem também é alemão? – indagou meio cismado o vaqueiro.
Rócia:
--- Não sei. Mas tem um sotaque estranho mostrando não ser brasileiro. – falou com suspeita.
 
 

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