- A TERRA -
- 24 -
UNIVERSO
Enquanto o rapaz percorria o infindo satélite mãe em
companhia da sacerdotisa Maja Magda, os debates entre o Monge Ambrósio e o
Sacerdote Ótaka prosseguiam sem momentos para terminar. O Monge tinha sido
chamado para por fim a desigual situação entre o Planeta Nibiru e a Terra. Foi
da Terra que os Governos de alguns países acionaram bombas atômicas para
destroçar o Nibiru. Este a se ver ameaçado aniquilou os torpedos com bombas
antimatérias. E essa conversa prosseguia a falar então o Sacerdote Ótaka dando
ênfase ao Universo. Nessa hipótese o Sacerdote Ótaka falou ter o planeta Terra
com o seu fim mais próximo aos vinte e seis milhões de anos.
Ótaka:
--- Haverá chuva periódica com enorme explosão. Tudo om
milhares de quilômetros perecerá. – falou com brio o Sacerdote.
Monge:
--- Então haverá ondas gigantescas? – empalideceu o monge.
Ótaka:
--- Um calor enorme. Incêndios por todo o globo. E depois,
escuridão! – falou com entusiasmo.
Durante milhões de anos imensos objetos espaciais tem se
chocado contra a Terra com resultados desastrosos. Um impacto das águas na
península de Iucatã, México, teria causado a extinção dos dinossauros há
sessenta e cinco milhões de anos. Mas não foi a primeira extinção em massa no
Planeta e, provavelmente, não será a última. Para alguns cientistas esses
períodos de morte e destruição ocorrem regularmente. Essas extinções ocorrem
segundo um cronograma. A extinção periódica é causada por uma estrela anã
vermelha que espreita na borda do sistema solar. Uma estrela chamada de
Nêmeses, uma companheira desconhecida do Sol. A estrela desloca-se de um a três
anos luz a partir do centro do sistema solar traçando uma órbita elíptica.
Quando Nêmese fica mais próxima do Sol a cada vinte e seis milhões de anos sua
órbita atravessa a nuvem Oort uma coleção de trilhões de cometas que cercam o
sistema solar. E ao fazê-lo perturba a ordem do sistema. A perturbação
gravitacional causada por essa pequena estrela faz com que cometas a muito
estáveis saiam de suas órbitas na nuvem Oort. Atraídos pela gravidade do Sol,
um bilhão de cometas se precipitam em direção ao sistema solar interno. Alguns,
inevitavelmente se encontram com a Terra causando enormes impactos e
extinções em massa. A ideia de que o Sol
tenha uma estrela mortal como companheira é controvertida. Para a maioria dos
cientistas o Sol é uma estrela solitária. Mas no Universo, estrelas em duplas e
até em trios agrupadas pela gravidade são a norma. Mesmo que o Sol tenha uma
companheira, os astrônomos nunca observaram um sistema binário em que as
estrelas estejam tão distantes como se afirma que o Sol e Nêmeses estariam. Era
preciso provar que Nêmese existia. Então a NASA lançou um projeto com o
potencial de desvendar esse mistério. O equipamento da NASA usava dois
telescópios com radiação infravermelha para varrer o Universo em busca de
estrela desconhecida.
O equipamento se concentrou em corpos difíceis de encontrar
nessa galáxia e suas proximidades. E já produziu mais de dois milhões de
imagens. Se Nêmese existisse o equipamento deveria ter detectado. Mas o projeto
nunca encontrou a real descrição. Outra possibilidade é que Nêmese é uma anã
marrom. Essas estrelas fracassadas são bem menores que as anãs vermelhas. Como
tem órbita muito elíptica uma anã marrom permaneceria longe da Terra a maior
parte do tempo e fora do alcance dos astrônomos:
Monge:
--- É o tal negócio. Se a estrela Nêmeses não foi localizada,
o mesmo ocorre com o buraco negro do Sol. Pode haver algum buraco. Mas não se
pode chegar a outro Universo. Já tenho ouvido dos cientistas da Terra histórias
surpreendentes de buracos negros aqui e ali. Tenho ouvido até a existência de
buraco branco, uma saída para o astro que entra em um buraco negro. Mas esta
questão é um autêntico conto de carochinhas – falou o Monge com a sua cabeça
apoiada nas mãos.
Ótaka:
--- Caro Monge. Estamos num embate formidável. Mas, não
dirimindo as dúvidas então vamos aos pontos básicos da visita de sua Eminencia.
Mesmo disposto a debater convosco por milhares de anos temos que verificar a
questão pendente. E essa questão é o bombardeamento da na Nibiru. Nós sabemos
que vossa Eminencia toma conta do Observatório da Serra. Isso de há muito.
Quando vimos os senhores Governantes projetarem um terrível impacto como o
nosso sistema, eu, por exemplo, não alimentei dúvidas. Haveria apenas um
personagem em quem confiaria essa questão. Por isso vos chamei para um dialogo.
E sendo assim, vossa Eminencia conclamaria os notáveis Governantes para
cessarem esse embate. E cuidaremos de por a salvo seus equipamentos de rádio e
de televisão os quais foram interrompidos por nós. O que tendes a dizer? –
falou Supremo sacerdote.
Monge:
--- Mas logo eu? Eu nunca tive questão com esses tais
governos. Eu tenho sim. Um Observatório para apenas vasculhar o espaço em busca
de estrelas ou coisa mais. A questão do bombardeio, eu tive a informação de que
haveria algo. Mas não me disseram que era bombardeio atômico. É uma pena. Mas é
a pura verdade. – falou o monge a procura de outro fulano de tal.
Ótaka:
--- É pura verdade. E por isso, por não estar envolvido na
questão e por isso é o mais indicado para falar com os governantes. Sendo um
sacerdote, é bem melhor para se acreditar em vossa palavra. O que me diz? –
falou o teólogo das estrelas.
O dialogo se prolongou por varias horas sem se chegar a um
acordo global. Era um sim e um não de ambas as partes até se chegar a um
entendimento capaz. O monge falaria por um circuito de televisão e rádio
abertos naquele momento. O Monge solicitaria o apoio incondicional do todos os
Governantes com o propósito de se assinar a paz no mundo Terra. E por fim houve
entendimento com a palavra do Monge erudito. Assim, foi o começo:
Monge:
--- Ilustres Governantes da Terra. Quem vos fala é o Monge
Ambrósio de Escócia, responsável pelo Observatório da Serra do Mosteiro São
Simplício. Saúde e Paz com a Graça do Senhor Deus do Universo. Eu estou em
missão de paz. E vejo que todas as fontes de áudio e televisão estão cobrindo o
meu falar. Vejo em cada qual o interesse do que eu vou dizer. Planeta Terra.
Até onde sabíamos era o único planeta do Universo a existir vida. Pois bem. As
perguntas são fáceis de identificar. E as respostas estão num passado remoto da
Terra. Nós voltaremos no tempo e veremos os primeiros humanos a povoarem a
Terra. Precisamos voltar no tempo em que a Terra nasceu. Só assim se pode
montar o quebra cabeça da incrível história desse planeta e descobrir o porquê
de tudo isso e porque nós estamos aqui. Nossa jornada a quase cinco bilhões de
anos atrás. Apenas uma estrela recém-nascida. O nosso Sol rodeado por toda a
poeira que o trouxe. E dessa poeira teve origem a Terra. Seria quase impossível
que um planeta fosse formado de poeira e rochas. Durante milhões de anos a
gravidade juntou essas rochas para formar o Planeta Terra. Mas a 4 bilhões e
500 milhões de anos nosso planeta parece mais com um inferno do que com o nosso
lar. Passaram-se milênios quando a vida surgiu nas águas do mar. Vidas
microscópicas. A formação do planeta estava pronta. O oxigênio surgiu. Três
bilhões de anos.. E nos próximos dois bilhões de anos o nível de oxigênio
continua aumentado. O planeta gira de forma devagar com os dias mais longos.
Nosso planeta, uma bela esfera azul, é formado de ilhas vulcânicas. Há um
bilhão e meio de anos abrigava formas de vida primitivas. Há quatrocentos
milhões de anos o nosso continente é formado. Para encontrar vida aqui
precisamos avançar no tempo. Então agora a Terra está despertando e a vida vai
nascer. E floresce nos oceanos. O avanço da vida se torna incontrolável. Após
um longo caminho percorrido se chega até o homem. O homem entre peixes, plantas
e uma libélula. A vida conquista o Planeta. Passaram-se trezentos milhões de
anos. E o Homem surgiu após um tempo de um milhão e meio de anos. Começa aqui e
agora. O Mar Vermelho é estreito para um pequeno grupo atravessar. Era o homon
sapiens. E nessa casa surgiram também os Sumérios. Homens vindos do Céu. Vieram
e cultivaram a nossa Terra. Agora, eles estão de volta. E pedem o favor de
poder habitar entre nós como amigos, como irmãos. Eles vieram de longe. E
chegaram para tão perto de nós. Aos Governos da Terra eu peço a gentil
paciência com esse povo. Uma vez eles formaram os núcleos de civilização. E
então, agora pedem para ficar e formar também, conosco os novos núcleos na
Terra. Aos países beligerantes eu vos peço agora a abaixar as armas. Amem. Deus
seja louvado! – concluiu o Monge o seu apelo.
Logo após o pronunciamento do Monge Ambrósio de Escócia houve
um repleto diálogo entre os ocupantes da rede televisiva englobando China,
Israel. EUA, França, Inglaterra e Rússia, as quais formaram o campo de detonação
das bombas nucleares em direção ao Planeta Nibiru. Os artefatos nucleares
falharam por causa do contra arremesso de outros petardos antimatérias feito
por Nibiru aniquilando o armamento agressor e dizimando por completo tornando
tudo em nada. O antimatéria tem o poder destrutivo de aniquilar a matéria.
Outros petardos agressores nunca foram dirigidos para o Nibiru, pois a carga
antiatômica o dizimaria igualmente. Na televisão, os Governantes dos seis
países envolvidos na sua proteção discutiam por demais quem era o Monge a
discursar e de onde ele falara. Pouco ou quase ninguém sabia relatar de próprio
o seu paradeiro. Apenas os Estados Unidos sabia, por alto, que seria o Monge
Ambrósio de Escócia visto ter ele o cuidado de informar algo quando aparecia do
Céu. Logo após os Governantes discutiram a forma de se aceitar ou não o pedido
de se permitir ficarem os Sumérios em solo terrestre para o respeito do seu
povo. Sabia-se do poder de fogo dos sumérios e Israel, não se importando com o
caso, foi de imediato contra. O fato gerou uma celeuma interminável com os
outros cinco países. A China, por sua parte concordou em se deixar os Sumérios
permanecerem no ponto desejado. A França ficou de coçar a cabeça e se obteve em
votar. A Rússia foi favorável, desde que o povo Sumério não invadisse seu
território. A Inglaterra votou contra. Com o impasse gerado cabia aos Estados
Unidos votar no desempate. E com isso se suspendeu a sessão para logo depois. O
voto de minerva ainda estava longe de se aceitar. Israel foi duramente cesurado
por ter votado contra em bloco. A França foi mais amena e até poderia rever a
sua posição. A Inglaterra decidiu rever o caso. O bloco formado por seis países
era de um fracasso total. Se admitir outro não era possível. Poderia ser Japão
ou um país do Islam. Esse estava de fora do arremesso de bomba. A questão se
resumia apenas os seis. E não se via acordo com um sétimo país. Os Estados
Unidos eram uma forte potencia. A China já havia se pronunciado. E de sua base
no satélite artificial, à nave mãe, os Sumérios ficaram com atenção redobrada.
No ultimo caso haveria guerra. O Monge falou ao Sacerdote Ótaka.
Monge:
--- Não! Pelo amor de Deus! Guerra não! Vamos conversar! Essa
bosta do Israel foi um desacerto total. – falou totalmente decepcionado.
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