- ALEGRIA -
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GRITOS
Gritos ensurdecedores se fizeram ouvir por todo amplo sistema
de som embutido da nave-mãe de uma forma impressionante. Eram urras de apupos,
e um barulho infernal os quais não se podia nem ao menos perceber. E todos os
que estavam no salão de audiências vibravam como um cão. A poderosa nave tinha
seu sistema de som por toda a cadeia de noticia e informações por onde o
veículo estivesse. O alarde se fez presente naquela hora onde o Sacerdote Ótaka
se mantinha calado, porém com um breve sorriso. Ele era a maior autoridade da
nave mãe e estava à espera de alguma decisão dos governantes da Terra. E a
decisão se fez presente onde todos os sumerianos congratulavam-se de plena
alegria e regozijo total. A informação era dada a todos os habitantes da nave.
A votação se procedeu como os sumérios queriam. Cinco votos “sim” e um voto “não”. O voto negativo tinha sido dado por Israel. Por essa razão os
Sumérios já esperavam. De há muito a desavença existia entre as duas raças,
mesmo com os sumérios sendo os primeiros na Terra. Os Anannukis foram os
primeiros homens e mulheres a habitarem a Terra mesmo tendo encontrado uma raça
bruta na faixa da Mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates. Os Anunnakis são
a divindade suméria conhecidos como “aqueles
de sangue real” ou “prole do
príncipe” evidentemente. Os
Anunnakis eram um grupo de “deuses”
mais conhecidos como “Igigi” antigos
nomes de “grandes deuses” ou “aquele que vigia e vê”. Essa é a
tradução para Anunnaki. Eles tiveram na Mesopotâmia da época do dilúvio de Atrahasis. O nome Anunnaki também se refere aos deuses do Céu
coletivamente. Eles aparecem no mito da criação. Na versão final ampliada,
Marduque, é o deus protetor. Marduque foi declarado Deus Supremo da Babilônia e
dos Quatro Cantos da Terra. Essa é a história contada pelos Sumérios e deixada
em uma Pirâmide do Egito. Foi nesse contexto que Moises usurpou o Livro
(Sagrado) sumeriano e declarou ser ele o feitor. Moises era judeu e tornou-se
príncipe do Egito. Desde aquelas épocas havia guerra entre Sumérios e Judeus
mesmo muitos tempos depois de ter sido feita a raça humana pelos Anunnakis, aqueles que vieram do Céu como o povo
da Terra os chamava.
Com essa vitória acachapante do povo sumério, em todo o mundo
começava o festejo. Dos Estados Unidos à China, de Moscou a Inglaterra era o
povo a tremer de alegria. Isso se podia chamar em um verdadeiro “carnaval”.
Naves saíam da Terra enquanto que outras chegavam. O povo nas ruas, a miúde, e
logo após a grande massa batucando em tambores e latas. A soprar os instrumentos
de forma desigual e ao compasso desavisado dos alegóricos delirantes acadêmicos
populares. As naves zuniam no céu aberto e em baixo a multidão arrebatada a se
abraçar e cantar. Nos altos dos
edifícios de Nova York o povo gritava de alegria. O símbolo sumério foi de
imediato mostrado em uma das janelas de um apartamento de uma avenida americana.
O Símbolo da Águia de Dupla Cabeça assentada com suas garras sobre um leão. As
penas das asas da águia eram das corres marrons avermelhadas. As duas cabeças
eram de cores brancas. E as patas que sangravam o leão eram também de cores
brancas. Em volta do corpo do leão pairava um arco de cor amarela. Um fundo
negro de projetava de dentro do arco. Acima das duas cabeças da águia uma coroa
ostentando um triângulo. Por dentro do triângulo havia um número indecifrável.
E dos lados das garras projetavam-se estrelas com tonalidades amarelas. E o
leão sangrava de morto. Esse era o símbolo dos Sumérios. O Símbolo da Águia. Esse
pavilhão sumério nunca mais tinha sido exposto ao povo de qualquer nação. Os
Sumérios dormiam calados ao longo do tempo. Apenas nas naves espaciais um
logotipo surgia com esse símbolo. Na Terra, era o total e enigmático silêncio.
Com a notícia de sua libertação o povo foi às ruas em todas as capitais e
cidades do mundo inteiro com exceção de Tel Aviv e cidades do país de Israel. As
festividades de emoções duraram dias e noites. Bares abriram suas portas após a
meia noite em locais onde já estavam fechadas. O ruído começou aos poucos e
indo engrossar com o levar das horas por toda aquela eternidade. A Quinta
Avenida de Nova York foi um atropelo total. Das janelas dos arranha-céus a
mocidade cantava delirante como em êxtase embriagadora. Bandeiras da Águia
tremulavam na mistura entre outras bandeiras dos Estados Unidos, França, Espanha,
Rússia, Alemanha, Itália, Japão, China e até mesmo do Brasil. Era uma só para
quem pudesse ver. Em todo esse clã a bandeira que mais tremulava era a dos
Sumérios. Nunca se tinha isto uma bandeira daquela forma. A águia de duas
cabeças a matar o seu leão com as suas garras afiadas. No Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até mesmo na Bahia ou na
Capital Federal era uma estrondosa ovação. O povo emotivo a cantar e assobiar
com as suas bandeiras e os seus tambores. Era uma alegria sem precedentes a
demonstrar os homens, mulheres rapazes, moças e crianças. Eles cantavam marchas
de carnaval ou algo parecido. Uma ampla faixa era levada por grupo de ruídos
rapazes pela Avenida de Copacabana onde se lia: “Viva a Suméria”. A turba aparentemente enfurecida gritava por todos
os cantos: “VIVA A SUMÉRIA!”. Um grupo de audazes manifestantes socou com força
um rapaz por eles identificado como “judeu”. Quando a tropa policial chegou ao
recinto a turba já estava misturada com o grosso de foliões e não mais se podia
identificar. O pobre judeu foi levado para o Hospital Israelita para onde
seguiam outros enfermos da pancadaria dados pelos ferozes manifestantes.
Nos aeroportos do mundo inteiro os aviões recebiam ordens de
decolagem para as capitais dos demais países do Oriente e do Ocidente. Dos
Estados Unidos partiram voos lotados de israelitas em busca de maior segurança
nos países do Oriente Médio. Outros aviões chegavam repletos de turistas para
festejar com emoção a vitória almejada. França, Inglaterra, Espanha, Rússia,
Alemanha, China, Japão eram os maiores países da demanda de turistas. Toda essa
gente se dizia descendente sumeriana. Era um caso impressionante essa chegada
aos países do norte e do sul. Os menores países do mundo, como o Reino do Bhutão,
igualmente festejavam com exultação a vitória esperada ao logo do tempo pelos
países envolvidos na tragédia do espaço. Ramalhetes de flores eram entregues
aos que chegavam das nações não envolvidas nesse drama pelas recepcionistas dos
aeroportos. Viam-se gentes da Índia, Myanmar, Sri Lanka e até mesmo do Vietnã
ou Afeganistão. Exultantes os viajantes
trajando roupas multicoloridas se enfeitavam com os buquês de rosas dadas por
seus anfitriões.
Do fundo do Oceano Atlântico as naves interplanetárias
jorravam como jatos de água para o espaço sideral onde se metiam entre a
nave-mãe após um curto voo. Era enorme a quantidade dos chamados Discos
Voadores. E na sua volta a nave-mãe os tripulantes das naves eram todos exultantes
com a vitória conseguida pelos Governos da Terra. E transmitiam as últimas e
quentes noticias colhidas e não transmitidas pela rede televisiva. Com relação
a essa rede, os aeronautas diziam está tudo bem. Todos os campeonatos de
beisebol, futebol, boliche e outros mais voltavam a ser praticados no final de
semana dando continuidade ao que fora interrompido. Os voos das naves espaciais
tinha feito vistas aos campos do Peru, México e Egito. Tudo estava resolvido
sem maiores atropelos.
Entre todos os atropelos havidos um deles se passou em um
Estado do Brasil. Duas mulheres se encontraram da rua em meio à multidão
entusiasmada e um indagou por tanta vibração não vista antes:
Mulher-1
--- Olá Mabel. Estás vendo o povo contente? – indagou à
primeira.
Mulher-2
--- Estou. É o campeonato do time São Paulo? – responde
assustada com um balaio de compras nas mãos.
--- Que nada. Você não tem televisão? – indagou à primeira.
Mulher-2
--- Não. A da minha casa pifou e o homem não ajeitou ainda. –
disse a mulher desconsolada.
Mulher 1
--- Ah. Então você na sabia? – indagou a mulher Um.
Mulher-2.
--- Não. De que? – perguntou assustada a segunda mulher.
Mulher-1
--- Os americanos deram vitória ao México. Veja a cantoria. –
disse a mulher um a gargalhar.
Mulher-2
--- Então foi isso? Então eles vão poder viajar para a
Alemanha. – teceu de imediato a mulher dois.
Mulher-1
--- É. Parece. Quem sabe? Eu sou quem não vai lá! – disse a
mulher Um torcendo a cara e saindo.
Nas Igrejas Evangélicas os fieis se amontoava para as suas
orações pelo ocorrido. Todos estavam inquietos com a barulheira infernal dos
batuqueiros. Era tudo mundo a gritar louvores da Jesus e pedir a paz para
todos. No meio das orações uma mulher transtornada se pôs a rezar:
Mulher:
--- Ave Maria, cheia de Graça, o Senhor é convosco, Bendita
sois vós. ... – e neste ponto foi interrompida por outra mulher.
Outra:
--- Não é essa oração, sinhá burra. É outra! – falou
embrutecida a mulher.
Mulher:
--- Ah! É mesmo. É a outra. Mas é o costume. Visse? – fez de
conta que não sabia a oração.
E dessa forma meteu o pau a cantar a reza que ela sabia muito
bem.
Mulher:
--- Piedade, Senhor. Piedade. – cantava a mulher.
E a outra, não se conformado levantou do banco e marchou para
frente com todo o ímpeto.
Outra:
--- Eu vou embora mesmo porque não tenho cara para ver tenta
burrice. – disse a outra empertigada.
O pastor que viu a cena indagou a mulher segunda o que estava
a ocorrer:
Outra:
--- Nada não seu vigário. É que eu esquecia a panela no fogo.
– e dizendo isso se largou a correr.
O pastor ficou a olhar a mulher ele espantado com a esquisitice.
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