- JESUS -
- A PAZ -
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Eram passados alguns meses com a vida rotineira a retomar o
seu ciclo onde o novo Abade Euclides costumava-se a se conhecer cada vez melhor
e mais autêntico. O Sol do verão faria tanto bem quando as sombras primaveris
de cada dia. Os monges seguiam o seu ritmo normal de trabalho e devoção com
cada qual a executar as suas obras. Não caía uma folha de um cedro que não
fosse do agrado de um monge. Muitas vezes, um Irmão rogava graças aos céus por
aquela ventura prestimosa. No salão dos Grandes Atos o Monge Euclides fazia
seus despachos normais e atendia a outros Monges vindos de longe para cumprimentar
o recente Abade e colher informes preciosos no Observatório da Serra, quando
era o caso. Em outros instantes da vida diuturna, o Abade estava a sentir no
canto formoso gregoriano dos monges escolhidos a sua bem vida paz celestial.
Nos campos floridos de árvores frondosas, as abelhas faziam o seu mel e as
juritis entoavam o seu cantar sem precisar ser presas em gaiolas muito bem
ornadas. Apenas os Monges coletavam as águas para colocar em vasilhas
apropriadas onde os pássaros apreciavam o seu sabor. Nas horas marcadas o
sineiro estava a conclamar os Monges para fazer suas orações diurnas. Após esse tempo, todos eles voltavam ao
trabalho os quais competiam a fazer. O que se parecia monótono, para os Monges
já era um habito normal a executar todos os dias dentro de um clima de orações.
O gado, porcos, as ovelhas, as cabras davam-lhes sustento para as suas
tradicionais refeições diárias. Junto com esses, tinha o plantio das verduras,
feijão, arroz, e tudo mais com o fabrico dos pães e bolos, não raro vendidos às
pastelarias da cidade muito embaixo, bem longe do Mosteiro. Em tudo isso, os
Monges conseguiam apurar os dividendos para o seu sacro monastério afora as
ofertas dadas pelos patronos do Santo Colégio onde se aplicava o ensino da
filosofia e da teologia além das aulas religiosas. Enfim havia um clima de paz
e aumento da produção agrícola atendendo ao povoado com esses cultivos. Não
raro, havia o destacamento de alguns monges para executar obras sociais em
diversas comunidades bem como a peregrinação aos lugares santos. A regra geral
era de haver jejum, abstinência e meditação. Além do mais a obediência ao
divino silêncio. O Mosteiro de São Simplício era totalmente isolado do mundo
com muros erguidos e casas cobertas no seu interior. Os Monges prestavam assistência aos doentes,
peregrinos e mendigos a toda horas, quando se fazia necessário. No interior da
Biblioteca, além de vastos livros e grossos pergaminhos, tinham os monges
copistas a dedicação de traduzir à mão os demais pergaminhos já então desgastados
pelo tempo. No seu interior, no coração da construção, ficava o lugar de Deus,
um ambiente como uma cruz latina. Ao Sul, o claustro. A ala nascente era
destinada as funções espirituais onde havia capítulo, escola e escritório. O
Santo Graal era o plano ideal do mosteiro desenhado por seu autor, São
Simplício. Os Guardiões do Saber eram destinados à biblioteca, aos filósofos,
academias, sábios e professores de cultura.
Certa vez, o Abade Euclides estava novamente a vasculhar a
Biblioteca do Mosteiro a procura de maior saber. E no recinto encontrou um
achado de remotas eras onde o autor havia escrito sobre o Sol. E dizia assim:
-- Desde o ano dez mil antes de Cristo o povo adorava essa
elementar estrela por sua admiração de respeito. Esse astro surgia todas as
manhãs trazendo a luz com o seu calor pondo o fim na escuridão da noite. Sem o
Sol, não haveria cultura nem vida no planeta. Com essa realidade se fez do Sol
o astro mais adorado de todas as estrelas. Todavia, muitos pesquisadores
estavam também a refletir pelas estrelas. Esses astros permitiam saber os
eventos a ocorrer de tempos em tempos, tais como eclipses e luas cheias. E as
constelações foram tão logo catalogadas nesses primórdios. E mostra a Cruz do
Zodíaco, uma das mais antigas imagens na história da humanidade. Ela representa
o trajeto do Sol através das doze maiores constelações no decorrer de um ano.
Ela também representa os dozes meses do ano, as quatro estações – solstícios e
equinócios. As primeiras civilizações não só seguiam o Sol e as estrelas como
também as personificavam através de mitos que envolviam seus movimentos e relações. O Sol com seu poder de dar vida e salvar
foram também personificados como se fosse um criador, um “deus”. Deus sol, a
luz do mundo, o salvador da humanidade. Igualmente as doze constelações
representaram lugares e viagens para o deus Sol e foram nomeados por elementos
da natureza que pertenciam a esses períodos de tempo. Por exemplo: “Aquários”,
o portador da água que traz a chuva na primavera. Hórus, o deus sol do Egito de
três mil anos antes de Cristo. Ele é o Sol antropomorfizado e sua vida é uma
série de mitos alegóricos que englobam o movimento do sol no céu. E também “o
olho que tudo vê”. Dos antigos hieróglifos egípcios conheceu-se muito sobre
esse “Messias” solar. Por exemplo: Hórus, sendo o Sol, tinha como inimigo o
deus Seth que era a personificação das Trevas ou da noite. Será importante
frisar “que “trevas” versos “luz” ou ‘bem” versos “mal” tem sido uma dualidade
mitológica onipresente ainda por longos tempos. No geral a história de Hórus é
a seguinte: Hórus nasceu no dia 25 de dezembro da virgem Isis Maria. O seu
nascimento foi acompanhado por uma estrela no oeste que, por sua vez foi
seguida por três Reis em busca do Salvador recém-nascido. Aos doze anos era uma
criança prodígio nos ensinamentos. E aos trinta anos ele foi batizado por uma
figura conhecida por Anuket à deusa do Rio Nilo. E assim começou o seu
ministério. Hórus teve doze discípulos e viajou com eles fazendo milagres tais
como curar os enfermos e andar sobre as águas. Hórus era também conhecido com
vários nomes como A VERDADE, A LUZ, O
FILHO ADORADO DE DEUS, O BOM PASTOR entre muitos outros. Depois de ser
traído por Tiffany, o deus Hórus foi crucificado, enterrado por três dias e
então ressuscitou. Esses atributos de Hórus parecem influenciar várias culturas
mundiais e muitos deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica. Attis,
da Perígina, Grécia, nasceu da Virgem Nana em 25 de dezembro. Crucificado, foi
posto na tumba e três dias depois ressuscitou. Krishina, da Índia, nasceu da
virgem Dava e uma estrela no ocidente anunciando a sua chegada. Fez discípulo e
após a sua morte, ressuscita. Dionísio da Grécia nasceu de uma virgem em 25 de
dezembro. Foi um professor peregrino que fez milagres como transformar água em
vinho e é referenciado como “Rei dos Reis”, filho unigênito de Deus – O Início
e o Fim – entre muitas outras coisas. E
após a sua morte, ressuscitou. Mithra, da Pérsia, nasceu de uma virgem em 25 de
dezembro. Ele teve doze discípulos e fazia milagres. E após a sua morte foi
enterrado por três dias. Então ressuscitou. Ele também foi chamado de A VERDADE e a Luz entre outros.
Curiosamente o dia sagrado de adoração a Mithra é um domingo. O que importa
salientar é que existiram inúmeros Salvadores em diferentes períodos em
diversos lugares da Terra que preenchem essas mesmas características.
Jesus Cristo nasceu em 25 de dezembro em Belém. O seu
nascimento foi anunciado por uma estrela a surgir no ocidente e foi seguida por
Três Reis Magos para encontrar e adorar o novo Salvador. Tornou-se pregador aos
doze anos e aos trinta anos foi batizado por João Batista e então iniciou seu
ministério. Jesus teve doze discípulos que viajaram com ele praticando
milagres, curar doentes, andar sobre a água e ressuscitar mortos. Ele também é
conhecido como o Rei dos Reis, a Luz do Mundo, o Cordeiro de Deus entre muitos
atributos. Depois de ser traído por seu discípulo Judas por trinta moedas de
prata, ele foi crucificado, posto em uma tumba e após três dias ele ressuscitou
e ascendeu aos Céus.
Em primeiro lugar, a sequência do nascimento é completamente
astrológica. A estrela no ocidente é Sirius, a mais brilhante do céu noturno
que a cada vinte e quatro de dezembro se alinha com outras três estrelas
brilhantes no cinturão de Órion. Essas três estrelas são chamadas como as “Três
Marias”. As estrelas mais brilhantes, todas apontam para o nascer do Sol em 25
de dezembro. Esta é a razão pela qual os “Três Reis” seguem a estrela a oeste
em uma ordem que aposta o amanhecer. O
nascimento do Sol. A Virgem Maria é a Constelação de “Virgem”. Também é
conhecida Virgem como a Casa do Pão. Isso quer dizer – agosto e setembro, a
época das colheitas. Por sua vez Belém é a tradução de A Casa do Pão. Belém é
também a referencia a constelação de Virgem, um lugar no céu. Não na Terra.
Existe outro fenômeno muito interessante que ocorre em 25 de dezembro: é o
solstício de inverno. Do solstício de verão ao solstício de inverno os dias se tornam mais curtos e frios. Da
perspectiva de quem está no hemisfério norte o sol parece se mover para o sul
ficar menos e mais fraco. O encurtamento dos dias e o fim das colheitas,
conforme se aproxima o solstício de inverno, simbolizando o processo de
“morte”. Era a morte do Sol. Pelo vigésimo segundo dia de dezembro o
falecimento estava completamente realizado e faz com que atinja seu ponto mais
baixo no Céu. Então algo curioso acontece: o Sol para de se mover por três
dias. Durante esses três dias o sol fica pelas redondezas da constelação do Cruzeiro
do Sul. Depois desse período, em 25 de dezembro, o Sol se move um grau, dessa
vez para o norte, trazendo perspectiva de dias maiores, mais calor e a
primavera. E assim se diz: o Sol morreu na Cruz. Ficou morto por três dias
apenas para ressuscitar ou nascer mais uma vez.
Esse é a razão pela qual Jesus e muitos deuses solares
compartilham da ideia de crucificação e morte por três dias e o conceito da
ressureição. Todavia não se celebra a ressureição do sol até o equinócio da
primavera ou “pascoa”. Isso é porque no equinócio da primavera o Sol domina
oficialmente o mal, as trevas assim como o período diurno ficam maiores que o
noturno. E o revitalizar da vida da primavera emerge. Agora, provavelmente a
analogia mais óbvia de todos esses simbolismos astrológicos são os dozes
discípulos de Jesus. Eles são simplesmente as doze constelações do zodíaco com
que Jesus sendo o sol viaja.
De fato o número DOZE está sempre presente ao longo da
Bíblia. Doze tribos de Israel; Doze filhos de Jacob; 12 judeus de Israel; Doze
grandes patriarcas; Doze profetas; Doze Reis de Israel; Doze Príncipes de
Israel. Voltando a Cruz do Zodíaco, o elemento figurativo é o Sol. Ele
representa ainda um símbolo espiritual pagão. Sem representar o cristianismo. A
chave quer dizer a cruz pagã do zodíaco. Esta é a razão pela qual Jesus nas
suas primeiras representações era sempre mostrado com a sua cabeça na Cruz.
Jesus é o Sol, filho de Deus, a luz do mundo, o Salvador a erguer-se e
renascerá, assim como o sol faz todas as manhãs. A glória de Deus que defende
contra as forças das Trevas. Assim como nasce a cada manhã e que pode ser visto
através das nuvens, lá em cima nos Céus, com a sua coroa de espinhos ou os raios de sol. Agora, nas muitas referencias
astrológicas ou astronômicas na Bíblia uma das mais importantes tem a ver com o
conceito de eras. Através das escrituras a inúmeras referencias a essa “era”. Para compreender isso é preciso
se estar familiarizados com a precessão dos equinócios. Os antigos egípcios
assim como outras culturas antes deles reconheceram que, aproximadamente, de
2.150 em 2.150 anos o nascer do Sol durante o equinócio de primavera percorria
em diferentes signos do Zodíaco. Isso tem a ver com a lenta oscilação angular
que a Terra tem quando roda sobre o seu eixo. É chamada de precessão porque as
constelações vão para trás em vez de permanecerem em ciclo anual normal. O
tempo que demora cada precessão através dos doze ciclos é de 25.765 anos. Esse
ciclo completo é chamado também de grande ano e algumas civilizações ancestrais
sabiam disso. Essas civilizações referiam-se a cada 2.150 anos como “era”. De 4.300 antes de Cristo foi a
era de Touro. De 2.150 foi à era de Aries. E posteriormente veio a era de
Peixes. E por volta de 2.150 entra-se na nova era. A era de Aquários. No Velho
Testamento quando Moisés desce do Monte Sinai com os Dez Mandamentos ele está
perturbado ao ver sua gente adorar um bezerro de ouro. De fato ele partiu as
pedras dos Dez Mandamentos e pediu ao povo para se matar. Ele julgou está o
povo adorando a um Deus. Mas na verdade, o povo reverenciava apenas ao signo de
Touros. E Moises representa a nova era de Aries. Esse é a razão que os judeus
ainda hoje sopram com o chifre do carneiro. Moises representa a nova Era de
Aries. Outras divindades, como Mithra, marcam essa tradição também. Agora Jesus
é o representante da era seguinte: a Era de Peixes. O simbolismo de Peixes é
abundante no Novo Testamento, assim como Jesus alimenta cinco mil pessoas com
pão e dois peixes. Nos veículos de hoje há um simbolismo pagão com o desenho de
um peixe e a inscrição de Jesus. Poucas pessoas sabem disso. O reinado do Sol
para a era de Peixes. Jesus também assumiu que a data do seu nascimento era a
mesma data para o inicio da era de Peixes. Quando Jesus mandou seguir um homem
a levar um cântaro de água ele estava de referindo a Aquários, portador de água
o qual representava em um gesto uma porção de água. Ele representa a Era depois
de Peixes. Uma coisa importante: O fim do mundo. A espinha dorsal dessa ideia
aparece no livro de Mateus (28:20) onde Jesus diz: “Eu estarei convosco até o
fim do mundo” o que significa “Era”. Com isso o personagem de Jesus representa
o Deus Sol Hórus do Egito. Inscrito há 3.500 anos nas paredes do Templo de
Luxor, no Egito, estão imagens da Enunciação
da Imaculada Conceição, do nascimento e da adoração a Hórus. As imagens
começam com o anúncio à Virgem Isis e que ela irá gerar Hórus. O Espírito Santo
irá engravidar a Virgem. E depois o parto e a adoração. Na verdade, a
semelhança entre Hórus e Jesus é flagrante. E o plágio continua. A história de
Noé e sua arca são tiradas diretamente das tradições. O conceito de “dilúvio” é
presente em todas as civilizações em mais de 200 citações em diferentes
períodos e tempos. Contudo não será preciso ir muito mais a frente da fé cristã
para encontrar a Epopeia de Gilgamesh escrita nos 2.600 antes de Cristo. Essa
história fala sobre grandes inundações ordenadas por Deus. Uma arca com animais
salvos e até mesmo e até mesmo a pomba libertada que volta a seu pouso entram
em concordância com a história bíblica entre muitas outras semelhanças. E por
fim, a misteriosa historia de Moisés que foi posto numa barca e criada por uma
princesa, entra em conflito com mesma história milênios antes com a do Rei
Sargão. Depois de nascer, Sargão foi posto numa cesta e lançada ao rio. Foi
depois salvo e criado por Aki, uma esposa da realeza Arcádia. Além disso,
Moises é conhecido como legislador, portador dos Dez Mandamentos e da Lei
mosaica. Contudo a ideia de a lei ser passada de um Deus para um profeta numa
montanha é também antiga. Na Índia, Manô foi um grande legislador. Ilha de
Creta Minos ascendeu lhe deu as Leis sagradas enquanto que no Egito, Moises
tinha nas suas Pedras tudo que Deus lhe disse. A religião egípcia a base
fundamental para a teologia judaico cristã. Em outra situação quase igual. No
antigo Testamento temos José. No Novo Testamento temos Jesus. José nasceu de um
milagre. Jesus nasceu de um milagre. José tinha doze irmãos. Jesus tinha doze
discípulos. José foi vendido por vinte pratas. Jesus foi vendido por trinta
pratas. Irmão Judá sugere a venda de José. O discípulo Judas sugere a venda de
Jesus. José começa os seus trabalhos aos trinta. Jesus começa aos trinta anos
também. Os paralelismos continuam.
Ao final, o Abade Euclides enrolou o velho livro e o guardou
em local seguro para evitar que outrem pudesse apanha-lo, com certeza. Dali
seguiu para o Santuário e contrito ficou em sublime oração.
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