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MULTIUNIVERSO
O noviço Euclides de Astúrias continuava a seguir na
companhia da Sacerdotisa Maja Magda os locais mais sombrios da nave-mãe onde
podia se observar às oficinas dos consertos de naves, os restaurantes
existentes, a parte de arte dos mais diversos povos, alguns pintores a
trabalhar em suas artes, o ensino para os adultos, as artes maciais, a prática
das oferendas entre outras coisas de maior importância. Viam-se nos diferentes
locais homens, mulheres, crianças a aprender o canto e um maestro a ensinar.
Partituras musicais as mais diversas de povos distintos e não sumérios e nem
das existentes na Terra. Locais onde se cultivavam os alimentos naturais, com
as hortaliças, cebolas, e até pepinos. Era uma verdadeira cidade em pleno
coração da nave. Havia centros médicos, locais de experiências cientificas,
fabricas de artefatos nucleares antimatéria e tudo mais do que se podia
pesquisar com atenção. A certo instante o noviço indagou da Sacerdotisa:
Noviço
--- Existe vida de verdade em outro Universo? – quis saber de
modo estanho.
A Sacerdotisa sorriu antes de falar para tal indagação
estonteante. E então falou:
Sacerdotisa:
--- Existe sim. Em muitos lugares. Cada um mais distante. Por
trás da nossa realidade existe um mundo fascinante meu garoto. – respondeu a
Sacerdotisa.
Noviço:
--- Eu não posso acreditar. Aliás, eu não devo acreditar. Se
existe outro mundo tudo leva a crer que nós não morremos de verdade? – indagou
perplexo.
A Sacerdotisa então voltou a sorrir e tentou explicar:
Sacerdotisa:
--- Veja bem. O Sol é o vosso satélite. Ele dá calor. Mas no
Sol existe um buraco negro. E por ele nós transitamos para novos Universos.
- tentou rever a Sacerdotisa.
Noviço:
--- Mas não pode. O Sol é um inferno. Ele é tão quente que
até pode derreter qualquer corpo do espaço. – falou sem jeito.
Sacerdotisa:
--- Escute com atenção. Esse Sol é bem quente sim. Mas
existem outros de maior grandeza. O Sol, ele é quente por demais. Porém, nem
tudo é quente em todo ele. Na parte norte do Sol tem esse buraco por onde nós
passamos independente de ser quente. Todo o que vós aprendeis sobre o Sol ou
Universo está errado. Há o multiverso, meu rapaz. Nas escolas vos ensinam ser a
Via Látea uma galáxia. Mas não se fala em bilhões de galáxias existentes no
Universo. E como esse Universo é uma parte mínima do ser, vem então os outros
Universos onde pode está até a vós. A noção de um Universo, mais um tudo até
parece impossível. Mas a se ver além do nosso sistema solar, além da Via
Láctea, além mesmo de outras galáxias distantes descobre-se que existe mais. E
muito mais de um só Universo. Isso quer dizer que o nosso Universo não está
sozinho. Outros Universos existem. E eles nascem a todo o tempo. Quem dizer que
estamos vivendo em um mar de Universo em multiplicação. Esse é o Multiverso. Se
fosse possível visitar todos os Universos que se pode observar a matéria
conhecida não existe. Outros têm as suas galáxias, estrelas até mesmo um
planeta que parece familiar. Apenas diferente dos outro planeta. Pode mesmo até
haver um Universo onde existe algum lugar onde tudo é idêntico ao que sabemos existir. Os físicos
tendem não fazer perguntas como sobre metafísica ou mesmo religião. Se vós me
perguntais por que não religião eu vos direi; Esse é a fase critica da questão.
Religião é um atraso da mente. Quando nós estivemos aqui, na Terra, os seres
viventes nos chamaram de “deuses”. E em tempo depois, surgiu um homem que o
povo intitulou de Deus. Esse homem foi Jesus. – falou a Sacerdotisa.
Noviço:
--- E Jesus não é Deus? – indagou perplexo o aluno.
Sacerdotisa:
--- “Tu dizes. Eu o Sou”. Foi a sua resposta. Ele costuma
dizer que o Deus está dentro de vós. Por isso ele logo disse. Ele era Deus da
forma como vós sois. – falou a sacerdotisa.
Noviço:
--- Eu costumo interpretar completamente ao contrário o
termo. Muito embora eu mantenha as minhas dúvidas. – relatou cheio de dúvidas.
Sacerdotisa:
--- Muito Bem. Agora vamos seguir a história do
Multiuniverso, pois não? – a sacerdotisa abriu bem os olhos a sorrir
O noviço sorriu e se pôs a ouvir o relato.
Noviço:
--- Sou todo ouvido. – respondeu o rapaz a se ajeita no
assento do pequeno carro.
Sacerdotisa:
--- Por mais exótico e estranho que o multiverso possa
parecer, um número cada vez maior de cientistas da Terra acredita que ele venha
ser o último passo de uma série de reformas radicais na vossa visão sobre o
Cosmos. Houve um tempo de se acreditar a Terra no centro do Universo. E todo o
resto girava em torno da Terra. Mas cientistas como Galileu e Copérnico se
mostraram que o sol e não a Terra estava no centro do vosso sistema solar. E
esse sistema solar é apenas um pequeno bairro na periferia de uma galáxia
gigantesca. A Via Láctea é uma em centenas de bilhões de galáxias que compõem o
Universo. A ideia de multiverso é bem parecida. Surge apenas uma mudança rápida
na perspectiva do cosmo. Várias descobertas impressionantes sugerem realmente
que vós podeis ser parte do multiverso. Com essas hipóteses se trabalhou
durantes centenas de anos. Se existisse um Multiuniverso então estávamos
dispostos a descobrir o caminho. E esse caminho existe. E o Sol é um dos astros
que nos dá proporções para se chegar ao nosso habitat natural em outra
dimensão. Falava-se com uma explosão muito violenta dando início a formação
desse Universo. E ao longo de bilhões de anos o Universo esfriou e se aglutinou
permitindo a formação de estrelas, planetas e galáxias. Como o resultado dessa
explosão o Universo continua se expandindo até o momento. Mas se fosse possível
passar a história do Universo ao contrario até o começo de tudo, a teoria da
grande explosão não disse nada do que arremessou tudo para fora. Então, qual
foi o combustível dessa explosão violenta? Que força pode ter arremessado tudo
para fora? E tais respostas colocaram os cientistas, cara a cara com o
multiverso. E então nós descobrimos que no ambiente extremo do Universo a
gravidade podia atuar ao contrário. Ao invés de aproximar os objetos essa
gravidade repulsiva afastaria tudo de si há grande expansão. Ao descobrir essa
gravidade repulsiva os cientistas levantaram a hipótese da grande explosão. Era
uma força tão poderosa que pegaria um espaço tão pequeno e expandi-lo para o
tamanho da Via Láctea em menos de um bilionésimo, de um bilionésimo de um
piscar de olhos. Depois dessa curta explosão para fora o espaço continuaria a
expandir. E se chamou esse estouro de expansão de “inflação”. E então se
explicava o que fez com que o universo se expandisse. A poderosa gravidade
repulsiva da “inflação” era o inicio ao contrário da grande explosão. Então
estava começando a radiação cósmica de fundo. São os próprios vestígios de
calor da grande explosão. E ficou comprovada a inflação do Universo. O nosso
Universo não estava sozinho. Como uma região do espaço poderia sair da
“inflação”? Mas acontece que o fim da inflação não acaba em todos os lugares ao
mesmo tempo. Então ela está acontecendo em alguma parte do espaço. Nesse
cenário, o big band não é um evento único que aconteceu. Várias explosões
aconteceram antes da nossa no Universo. E inúmeras outras acontecerão no
futuro. Novas grandes explosões estão sempre acontecendo. Novos Universos estão
sempre nascendo criando o multiverso em eterna expansão. E essa “inflação” pode
não acabar nunca a gerar um Universo atrás do outro. E tal ideia ficou
conhecida como inflação eterna. O espaço se expande em enorme velocidade com
descargas de energia com energia estática em escala cósmica. E quando as
descargas então acontecem toda a energia é rapidamente transformada em matéria.
Esse processo é o nascimento de um novo Universo. Dentro desses novos Universos
o espaço continua se expandindo e são formadas galáxias e planetas. O no
restante do Universo se encontra muita energia não liberada. O mesmo está se
expandindo numa velocidade enorme. Mais espaço em expansão, mais energia para
ser liberada.
Noviço:
--- Puxa! Como a senhora é sábia! Toda essa explicação me
deixa tonto! – falou surpreso.
Sacerdotisa:
--- Não é ser Sábia. São anos de estudos. No nosso planeta,
como vós podeis tê-lo visitado, não é um todo. Aqui dentro, temos um pequeno
núcleo do que se faz caro noviço. – falou a mulher. E prosseguiu.
Sacerdotisa
--- A inflação não dura para sempre em todos os
Universos. Ela é de uma durabilidade mais em alguns do que em outros. Após dez
anos a ideia do multiverso ganhou o apoio inesperado de duas áreas da ciência
completamente diferentes. Uma delas era a chamada Teoria das Cordas criada para
explicar como o Universo funciona nas menores escalas. A outra foi uma
descoberta impressionante feita por astrônomos que exploravam o Universo nas
maiores escalas. Uma descoberta que é totalmente misteriosa que tem a ver com a
expansão do Universo. Tal expansão não está desacelerando. Ela está acelerando.
Algum tipo de energia no espaço deve estar afastando as galáxias umas das
outras, acelerando a expansão. Essa é a singular energia escura. A força dessa
energia escura é ainda mais surpreendente. É a formação de um multiverso. Se
realmente vivemos em um multiverso, a energia
escura pode não ser tão misteriosa no final das contas. Uma teoria
inovadora surgida do estudo no Universo na menor escala. É sabido que dentro de
átomos existem pedações de matéria ainda menores: os prótons e átomos que são
compostos por partículas ainda menores chamadas de coach. Mas esse não é o fim
da linha. As partículas subatômicas podem se compostas ainda de algo menor.
Minúsculos filamentos ou anéis vibrantes de energia chamadas de Cordas. Esse
conjunto de ideias tem o nome de Teoria das Cordas e afirma que tudo que existe
é composto por esse único tipo de ingrediente. Essa teoria abre caminho para a
teoria do multiverso. A teoria das cordas desperta que no espaço se precisa de
nove dimensões em lugar de três. Em cada ponto do espaço se encontra outras
dimensões do espaço enroladas em pequenos nós que não se pode ver por serem
muito pequenos. A forma dessas outras dimensões determina as características
fundamentais do nosso Universo
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