quinta-feira, 20 de março de 2014

DOIS AMORES - QUARENTA E SETE -

- Kristen Stewart -
- 47 -
NOVIDADES
Instantes após receber a notícia, Bartolo estava fazendo a ligação para o aparelho celular de Caio Teixeira. Esse ouviu o som e de imediato ligou para saber de alguma novidade. Bartolo, do outro lado do fio tinha apenas a chorar e a declarar com ênfase e emoção.
Bartolo:
--- Eu vou ser mãe! Eu vou ser mãe! Eu vou ser mãe! – gritava a todo peito o rapaz.
De início o homem não entendeu bem o que estava se passando. Mas com a continuação, Caio ficou um pouco mais sossegado e disse:
Caio:
--- Parabéns! E por onde vai sair à criança? – perguntou sorrindo.
Bartolo não entendeu e indagou novamente como quem querendo saber.
Bartolo:
--- Heim? O que? Ora! Lá vem voce com suas pilhérias. E a minha mulher sua anta. Ela está grávida! Vê se me entende! – reclamou o arteiro homem da notícia.
E Caio soltou uma bela gargalhada e enfim declarou:
Caio:
--- Bravo! Bravo! Eis aí o homem! Então, que se comemore! Vamos juntar toda a turma na quinta feira, feriado. – declarou contente o agente.
Bartolo:
--- Ora! Eu pensei que nós íamos comemorar hoje? – reclamou amuado.
E o tempo passou bem depressa com os enjoos de Dalva e o corre-corre apresado de Bartolo para socorrer a mulher e o gato a miar juntos aos pés de sua nova dona a pedir um pouco de leite ou de presunto, com certeza. O nome dado ao gato era simplesmente Bujago!
Bartolo:
--- Bujago? Por que Bujago? – indagou o rapaz.
Dalva:
--- Não sei. Foi o nome que me ocorreu. – sorriu a linda mulher.
Então, pelo sim e pelo não, Bujago se fez. Para o gato pouco importava qual era o seu nome. Ele atendia a qualquer um, contanto que lhe dessem refeição apropriada. As deves Bujago sumia. Três ou quatro noites. Em outros tempos Bujago estava no colo de sua dona sempre a rosnar e então dormir. Em certas ocasiões, era um fedor. E a bela dama se levantava apressada deixando o gato cair ao solo.
Dalva:
--- Hum! Tá podre! Vai fazer as tuas necessidades no mato animal asqueroso. – reclamava com raiva então.
Na quinta feira, dia feriado, quando se comemorava qualquer evento, juntaram-se Dalva, Bartolo, Caio e Fernando, o homem do Banco. Oliveira continuava com seus afazeres: estudar filosofia. Se alguém perguntasse por que ele estudava tanto, recebia então uma pronta e inesperada resposta de quem estava absorto:
Oliveira:
--- É a “merda” daquela professora que só quer que eu estude mais ainda! – respondia de verdade embrutecido.
Nas andanças que a turma fazia, percorrendo no Hyundai de Dalva, alguém passou em outro veículo a trafegar pela ponte do Forte em busca da zona norte da cidade. O vidro traseiro da porta do carro estava semiaberto para um alguém provavelmente cuspir. Foi nesse instante que o agente Caio Teixeira vislumbrou um rosto pálido, talvez até cadavérico e calvície quase total. O agente pode observar tudo isso em um relance de alguém acostumado a verificar a natureza dos fatos.  E logo estremeceu de razão.
Caio:
--- O General? Siga esse carro! Depressa! Não o perca de vista! – declarou atento
Bartolo conduzia o veículo de sua mulher e não entendeu muito bem. Por isso mesmo indagou com a face enrugada.
Bartolo:
--- Carro? Que carro? Aquele? – indagou com pressa.
Caio:
--- Sim. Aquele. Não o perca de vista. Um rosto me diz que dentro vai o General Rahner. – falou com pressa o agente.
O veiculo seguiu com pressa o carro da frente. Em um dia feriado, era terrível o tráfego de veículos para a zona norte da cidade com imensa quantidade de autos para o norte a tomar lugar. Por isso mesmo, Bartolo sentiu certa dificuldade em governar o seu veículo através da ponte e seguir o auto em determinado instante. Era uma viravolta tremenda com Dalva atemorizada e as ordens de Caio eram definitivamente mais precisa em não se perder de vista o auto a mergulhar em alta velocidade atravessando carro por carro. A zoada dos pneus fazia com que a jovem gestante ficasse angustiada.  Em um determinado ponto a dama se aguentou em um cinto de segurança. Um veículo tomou a frente do Hyundai por ser o auto da polícia. A guarda observou a velocidade em que passava o carro de Dalva não teve outra solução a não ser parar o veículo em momento definitivo. Bartolo se viu de momento impiedosamente cercado pelos homens da Polícia. Ao sentir o vexame de Bartolo, o agente foi de imediato, conversar com a guarda policial e relatar ser ele quem perseguia o automóvel em debandada correria. Foram minutos terríveis aqueles que o automóvel ficou parado. Nesse instante, Bartolo se voltou ao desespero. O jovem repórter perdeu de vista o procurado ancião.
Bartolo:
--- Merda! Merda! Merda! Perdemos o carro de vista! – reclamou com bravura.
No seu habitat, a mulher Joana Vassina despertou do seu sono em meio da noite por ter sido perseguida por uma pantera. O animal queria lhe tragar a qualquer força. Ela tremeu de pavor por conta daquela negra e perversa fera. Uns gorilas gargalhavam de sua impotência brutal. Ela tentava se livrar da fera e não podia. As hienas sorriam por ver a mulher quase morta. A sanha assassina da pantera era grotesca. O selvagem animal até que sorria com sua boca trágica emitindo um cheiro de horror. Joana sentia-se combalida e era obrigada a pedir a sua proteção a vil pantera. O tempo passava e as garras afiadas da pantera negra roçava a carne de Joana. Ela se sentia despida. E voltava-se para unas folhas de plantas do mato onde podia se cobrir por inteiro. Nada feito. A pantera rasgava as suas vestes. A mocinha de momento estava sem proteção. A noite imensa rugia como um selvagem e feroz demônio. Um grito horrendo ecoou no espaço sem fim. Então, Joana, amedrontada, despertou de vez. No pequeno cômodo onde Joana dormia era tudo escuro. Ouvia-se uma sirene constante a tocar. Nada de novo barulho por perto. As paredes em tons rosados guardava toda a ampla área do seu habitat. Houve um som de uma marcha cadenciada. Eram homens a seguir avante para o seu local de serviço. Um porco grunhiu groso ali por perto. Fazia um ronronar nervoso. Após esse terror, um grunhido de alguém a puxar o suíno. Ela, já desperta, indagou:
Joana:
--- Onde estou? – quis saber de repente.
Edna:
--- Na casa do homem dos porcos. – disse a mulher ao lado
Joana:
--- Porcos? Que porcos? – indagou assustada,
Edna:
--- Porcos! Bicho do mato! A senhora chegou aqui na noite passada. Estava desacordada. A guarda colocou a senhora aos meus cuidados. – falou
Joana:
--- Guarda? Que Guarda? – indagou ignorando.
Edna:
--- Da Base Aérea. A senhora estava desacordada há certo tempo por força da dosagem de um forte medicamento. – reportou.
Joana:
--- Ah. Mas me diga: Eu estou em Natal? – indagou.
Edna:
--- Não. Aqui é outro lugar. – falou a mulher.
Joana:
--- Outro? Outro qual? – indagou estranhando.
 

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