- Kristen Stewart -
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NOVIDADES
Instantes após
receber a notícia, Bartolo estava fazendo a ligação para o aparelho celular de
Caio Teixeira. Esse ouviu o som e de imediato ligou para saber de alguma
novidade. Bartolo, do outro lado do fio tinha apenas a chorar e a declarar com
ênfase e emoção.
Bartolo:
--- Eu vou ser
mãe! Eu vou ser mãe! Eu vou ser mãe! – gritava a todo peito o rapaz.
De início o
homem não entendeu bem o que estava se passando. Mas com a continuação, Caio
ficou um pouco mais sossegado e disse:
Caio:
--- Parabéns!
E por onde vai sair à criança? – perguntou sorrindo.
Bartolo não
entendeu e indagou novamente como quem querendo saber.
Bartolo:
--- Heim? O
que? Ora! Lá vem voce com suas pilhérias. E a minha mulher sua anta. Ela está
grávida! Vê se me entende! – reclamou o arteiro homem da notícia.
E Caio soltou
uma bela gargalhada e enfim declarou:
Caio:
--- Bravo!
Bravo! Eis aí o homem! Então, que se comemore! Vamos juntar toda a turma na
quinta feira, feriado. – declarou contente o agente.
Bartolo:
--- Ora! Eu
pensei que nós íamos comemorar hoje? – reclamou amuado.
E o tempo
passou bem depressa com os enjoos de Dalva e o corre-corre apresado de Bartolo
para socorrer a mulher e o gato a miar juntos aos pés de sua nova dona a pedir
um pouco de leite ou de presunto, com certeza. O nome dado ao gato era
simplesmente Bujago!
Bartolo:
--- Bujago?
Por que Bujago? – indagou o rapaz.
Dalva:
--- Não sei.
Foi o nome que me ocorreu. – sorriu a linda mulher.
Então, pelo
sim e pelo não, Bujago se fez. Para o gato pouco importava qual era o seu nome.
Ele atendia a qualquer um, contanto que lhe dessem refeição apropriada. As
deves Bujago sumia. Três ou quatro noites. Em outros tempos Bujago estava no
colo de sua dona sempre a rosnar e então dormir. Em certas ocasiões, era um
fedor. E a bela dama se levantava apressada deixando o gato cair ao solo.
Dalva:
--- Hum! Tá
podre! Vai fazer as tuas necessidades no mato animal asqueroso. – reclamava com
raiva então.
Na quinta
feira, dia feriado, quando se comemorava qualquer evento, juntaram-se Dalva,
Bartolo, Caio e Fernando, o homem do Banco. Oliveira continuava com seus
afazeres: estudar filosofia. Se alguém perguntasse por que ele estudava tanto,
recebia então uma pronta e inesperada resposta de quem estava absorto:
Oliveira:
--- É a
“merda” daquela professora que só quer que eu estude mais ainda! – respondia de
verdade embrutecido.
Nas andanças
que a turma fazia, percorrendo no Hyundai de Dalva, alguém passou em outro
veículo a trafegar pela ponte do Forte em busca da zona norte da cidade. O
vidro traseiro da porta do carro estava semiaberto para um alguém provavelmente
cuspir. Foi nesse instante que o agente Caio Teixeira vislumbrou um rosto
pálido, talvez até cadavérico e calvície quase total. O agente pode observar
tudo isso em um relance de alguém acostumado a verificar a natureza dos
fatos. E logo estremeceu de razão.
Caio:
--- O General?
Siga esse carro! Depressa! Não o perca de vista! – declarou atento
Bartolo
conduzia o veículo de sua mulher e não entendeu muito bem. Por isso mesmo
indagou com a face enrugada.
Bartolo:
--- Carro? Que
carro? Aquele? – indagou com pressa.
Caio:
--- Sim.
Aquele. Não o perca de vista. Um rosto me diz que dentro vai o General Rahner.
– falou com pressa o agente.
O veiculo
seguiu com pressa o carro da frente. Em um dia feriado, era terrível o tráfego
de veículos para a zona norte da cidade com imensa quantidade de autos para o
norte a tomar lugar. Por isso mesmo, Bartolo sentiu certa dificuldade em
governar o seu veículo através da ponte e seguir o auto em determinado
instante. Era uma viravolta tremenda com Dalva atemorizada e as ordens de Caio
eram definitivamente mais precisa em não se perder de vista o auto a mergulhar
em alta velocidade atravessando carro por carro. A zoada dos pneus fazia com
que a jovem gestante ficasse angustiada.
Em um determinado ponto a dama se aguentou em um cinto de segurança. Um
veículo tomou a frente do Hyundai por ser o auto da polícia. A guarda observou
a velocidade em que passava o carro de Dalva não teve outra solução a não ser
parar o veículo em momento definitivo. Bartolo se viu de momento impiedosamente
cercado pelos homens da Polícia. Ao sentir o vexame de Bartolo, o agente foi de
imediato, conversar com a guarda policial e relatar ser ele quem perseguia o
automóvel em debandada correria. Foram minutos terríveis aqueles que o
automóvel ficou parado. Nesse instante, Bartolo se voltou ao desespero. O jovem
repórter perdeu de vista o procurado ancião.
Bartolo:
--- Merda!
Merda! Merda! Perdemos o carro de vista! – reclamou com bravura.
No seu habitat,
a mulher Joana Vassina despertou do seu sono em meio da noite por ter sido
perseguida por uma pantera. O animal queria lhe tragar a qualquer força. Ela
tremeu de pavor por conta daquela negra e perversa fera. Uns gorilas
gargalhavam de sua impotência brutal. Ela tentava se livrar da fera e não
podia. As hienas sorriam por ver a mulher quase morta. A sanha assassina da
pantera era grotesca. O selvagem animal até que sorria com sua boca trágica
emitindo um cheiro de horror. Joana sentia-se combalida e era obrigada a pedir
a sua proteção a vil pantera. O tempo passava e as garras afiadas da pantera
negra roçava a carne de Joana. Ela se sentia despida. E voltava-se para unas
folhas de plantas do mato onde podia se cobrir por inteiro. Nada feito. A
pantera rasgava as suas vestes. A mocinha de momento estava sem proteção. A
noite imensa rugia como um selvagem e feroz demônio. Um grito horrendo ecoou no
espaço sem fim. Então, Joana, amedrontada, despertou de vez. No pequeno cômodo
onde Joana dormia era tudo escuro. Ouvia-se uma sirene constante a tocar. Nada
de novo barulho por perto. As paredes em tons rosados guardava toda a ampla
área do seu habitat. Houve um som de uma marcha cadenciada. Eram homens a
seguir avante para o seu local de serviço. Um porco grunhiu groso ali por
perto. Fazia um ronronar nervoso. Após esse terror, um grunhido de alguém a
puxar o suíno. Ela, já desperta, indagou:
Joana:
--- Onde
estou? – quis saber de repente.
Edna:
--- Na casa do
homem dos porcos. – disse a mulher ao lado
Joana:
--- Porcos?
Que porcos? – indagou assustada,
Edna:
--- Porcos!
Bicho do mato! A senhora chegou aqui na noite passada. Estava desacordada. A
guarda colocou a senhora aos meus cuidados. – falou
Joana:
--- Guarda?
Que Guarda? – indagou ignorando.
Edna:
--- Da Base
Aérea. A senhora estava desacordada há certo tempo por força da dosagem de um
forte medicamento. – reportou.
Joana:
--- Ah. Mas me
diga: Eu estou em Natal? – indagou.
Edna:
--- Não. Aqui
é outro lugar. – falou a mulher.
Joana:
--- Outro?
Outro qual? – indagou estranhando.
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