sexta-feira, 7 de março de 2014

DOIS AMORES - TRINTA E SEIS -

- Kristen Stewart -
- 36 -
CHAMAS
O fogo consumia tudo. Nesse mesmo instante chegou ao local viatura da Polícia da Base Aérea, Polícia Civil, Polícia de Trânsito e de reportagem. O fogo subia ao céu como um raio de luz imenso. O povo dos ônibus e dos automóveis saiu apavorado a gritar por conta das labaredas a se alastrar sem sossego. Era gente vinda por três lados do cruzamento das avenidas uma vez ter sido o outro interditado de repente. Um grupo de pessoas entrou em pânico no alto da loja existente em uma esquina. O Midway, conglomerado recente inaugurado era batizado pelas chamas devoradoras. Com um rastro, o fogo se aproximou das portas imensas do Midway como querendo tragar com voracidade os existentes seres vivos. As explosões sufocavam o então corrompido ambiente. A correria era maior ainda pelas ruas mais próximas de gente pisando em gente, gente matando gente e a maior parte fugindo inclemente. Ônibus vindos da parte da entrada da cidade foram parados e o povo se largou a correr com terror. O mesmo ocorria com carros e ônibus vindos do centro da cidade pelo lado da pista a ligar os bairros do Tirol e Petrópolis ou mesmo vindos do Alecrim, pela Avenida Bernardo Vieira. Era na verdade um pandemônio. Quem morava em apartamentos distantes podia ver as labaredas a consumir sem tréguas então as casas de comércio já fechadas, pois era noite sombria. As portas do Midway foram trancadas e o aglomerado de clientes era guiado a sair pela parte de trás a fugir sem trégua por uma rua oposta. Alguém procurava buscar seu carro. Nada podia ser feito
Depoimento:
--- É o fim do mundo! – dizia alguém do alto de um edifício.
Em poucos instantes surgiram os caminhões do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Os demais carros estavam fechando o local do lamentável acidente. Bombeiros de emergência cuidavam de sacudir pó contra as ensandecidas chamas dos dois veículos. E o caminha a se carbonizar estava enroscado como uma serpente entre a ambulância onde estavam os corpos esturricados dos seus ocupantes.
Depoimento:
--- Que horror! Chamem os bombeiros. – dizia a mulher do alto de sua ignorância. 
De imediato faltou à iluminação domiciliar em ampla redondeza. A Companhia de eletricidade de Natal fulminou todo o sistema ao redor do local do desastre. Hidrantes foram abertos e o Corpo de Bombeiros  entrou em ação protegendo os tanques de combustíveis de um posto mais próximo, na esquina da Rua Alberto Silva. Outro comando foi deslocado para o combate das imensas chamas a penetrar nos departamento da loja Midway.  Enquanto isso, os homens do fogo combatiam sem sossego o enorme fogaréu a destruir os carros presos no cruzamento das duas avenidas.  Do alto do céu, helicópteros sobrevoavam o local da catástrofe fornecendo informes à turma contra o fogo logo abaixo. O escuro pela falta de energia na região era aplacado pela imensa chama do incêndio pavoroso a consumir o Midway. De momento, os jornalistas falavam das tormentas atacadas em toda a região. As emissoras de radio e televisão abriram janelas em sua programação para dar informes tão precisos e instantâneos do flagelo destrutivo a se registrar naquela parte do mundo.
Repórter
--- Meu Deus do céu! É fogo muito! De onde estamos é possível informar a situação de calamidade arrasadora. Talvez haja vítimas fatais nesse acidente catastrófico. – relatava um repórter de tv. 
Jornalista:
--- Há falta de luz elétrica em toda a região. Apenas o imenso fogo a destruir a loja Midway, é o que se pode contar. – fornecia na reportagem um jornalista para a sua central.
Radialista;
--- Tantas mortes têm nesse acidente desastroso. Gente sem vida por todo o local. – falava o repórter de uma estação de rádio.
Repórter:
--- Tudo começou com a fuga de um detento do Hospital do Coração. A ambulância se chocou com Trucado a conduzir diesel para um posto de combustível nas imediações. – relatou com assombro.
Nesse instante a linda moça Dalva Tavares estava a acompanhar o capítulo de uma novela por outra estação de televisão quando ouviu em outro canal de um apartamento vizinho o assombroso drama relatado pela rede. Ela procurou escutar melhor e logo observou ser algo concernente a uma explosão em plena cidade do Natal. Depressa, Dalva mudou de canal para saber por inteiro o que se passava àquela hora da noite. Em um instante Dalva notou o abalo da corrente elétrica, porem de imediato se refez o fornecimento da energia. Por isso mesmo pouca importância ela prestou. Em seguida a moça acertou o sinal da nova estação. Era uma reportagem rápida por ser horário comercial. A estação aproveitou um break para divulgar os acontecimentos do momento. Eram fatos de três minutos. As estações de rádio tinham maior tempo. E Dalva buscou com pressa um rádio e voltou a ligar a procura de uma estação. Enquanto sintonizava a televisão ela verificava as transmissões por rádio.
Dalva:
--- Loucura! Loucura! Loucura! Essa era a oportunidade de Bartolo! – confessava a mulher.
E Dalva se voltou para o quarto onde dormia a sono solto o seu amante. E então Dalva preferiu não acordar o rapaz a dormir por força de medicamentos. Então, a linda mulher ligou para o celular de Caio Teixeira. Esse atendeu. E de pronto perguntou de imediato onde estava sendo aquele incêndio. O homem respondeu ter a ligação sofrida muitos cortes e ele estava no local próximo.
Caio:
--- Eu estou distante do local. Mas é fogo no Midway. Causa da morte do General nazista. – respondeu ele a custo de intenso sacrifício.
Dalva:
--- Como eu chego ao local? – indagou perplexa.
Caio:
--- Tudo está bloqueado. Eu entrei por ser agente policial. – reportou o agente.
Dalva:
--- Mas eu posso chegar onde voce está? – perguntou assombrada.
Caio:
--- Nem pensar. Esta tudo no escuro. É impossível se encontra a mim. Além do mais tem gente morta pelo meio do caminho. – falou aos prantos o agente.
Dalva:
--- Isso é uma merda! – e desligou o celular.    
O fogo intenso destruía o complexo Midway com labaredas ao alcance do céu.  A inalação da ardente fumaça era o maior perigo possível, principalmente por causa de vapores de produtos químicos, com monóxido de carbono e cianureto. Na verdade, era imenso o fogo. O corpo de bombeiro protegido contra as chamas se resguardava a todo instante lançado jatos de água e de pó químico tentando combater as flamas. O calor no ar era incômodo. Por todos os meios estava a causa da asfixia por falta de oxigênio. A lesão pelo calor provocava grave edema das vias aéreas, obstruindo a passagem do ar para os pulmões. Havia bombeiro intoxicado apesar do uso de máscaras. O grande incêndio empatava a franca ventilação e reduzindo enorme quantidade de oxigênio.  Os mortos estavam estirados na rua por causa da falta de ar ou por serem pisoteados pelo volume inimaginável de gente espavorida a correr na tentativa de escapar da morte certa. O Hospital Central da capital se enchia de enfermos onde não cabia tanta gente desse modo. Carros e ambulâncias chegavam a todo instante ao Hospital a despejar os doentes, feridos e moribundos.  Dos imensos edifícios da cercania, procuravam-se mais enfermos, pois a cena trágica da chama era um horror. Os cordões de isolamento se estendiam por vários quarteirões. A ordem era de ninguém ultrapassar a barreira isolante.
Comandante:
--- Não passa ninguém! É a ordem! – dizia de modo trágico.
No cruzamento das avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira a tragédia consumia o restante dos destroçados veículos onde o fogo teve início. Helicópteros sobrevoavam a imensa área a registar tudo em filmes. Mesmo assim, os pilotos evitavam se acercar próximo do imenso fogo enfocado o incendo com suas máquinas de filmagem ao largo. Ordens eram dadas para se evacuar pessoas fora do trabalho com a máxima urgência. Corpos de vitimas eram registrados pelos militares. Eram vários corpos e não se denunciavam os números. A multidão corria apavorada com as chamas. Gritos e jovens e idosos eram tudo o que se ouvia. Apesar da imensa tragédia, tal fato a reportagem não denunciavam por não ter acesso a tais casos. Ninguém esperava pelo dia seguinte. Era tudo de vez no momento. O incêndio pavoroso no edifício do Midway continuava a crescer. Bombeiro tentava sufocar as chamas. Os carros vindos naquela altura da tragédia não podiam mais seguir e foram todos abandonados. Os veículos de dentro do edifício Midway eram tostados e explosão se ouvia a cada instante. Na verdade, tudo estava acabado.

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