- Kristen Stewart -
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CHAMAS
O fogo consumia
tudo. Nesse mesmo instante chegou ao local viatura da Polícia da Base Aérea,
Polícia Civil, Polícia de Trânsito e de reportagem. O fogo subia ao céu como um
raio de luz imenso. O povo dos ônibus e dos automóveis saiu apavorado a gritar
por conta das labaredas a se alastrar sem sossego. Era gente vinda por três
lados do cruzamento das avenidas uma vez ter sido o outro interditado de repente.
Um grupo de pessoas entrou em pânico no alto da loja existente em uma esquina.
O Midway, conglomerado recente inaugurado era batizado pelas chamas
devoradoras. Com um rastro, o fogo se aproximou das portas imensas do Midway
como querendo tragar com voracidade os existentes seres vivos. As explosões
sufocavam o então corrompido ambiente. A correria era maior ainda pelas ruas
mais próximas de gente pisando em gente, gente matando gente e a maior parte fugindo
inclemente. Ônibus vindos da parte da entrada da cidade foram parados e o povo
se largou a correr com terror. O mesmo ocorria com carros e ônibus vindos do
centro da cidade pelo lado da pista a ligar os bairros do Tirol e Petrópolis ou
mesmo vindos do Alecrim, pela Avenida Bernardo Vieira. Era na verdade um
pandemônio. Quem morava em apartamentos distantes podia ver as labaredas a
consumir sem tréguas então as casas de comércio já fechadas, pois era noite
sombria. As portas do Midway foram trancadas e o aglomerado de clientes era
guiado a sair pela parte de trás a fugir sem trégua por uma rua oposta. Alguém
procurava buscar seu carro. Nada podia ser feito
Depoimento:
--- É o fim do
mundo! – dizia alguém do alto de um edifício.
Em poucos
instantes surgiram os caminhões do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Os
demais carros estavam fechando o local do lamentável acidente. Bombeiros de
emergência cuidavam de sacudir pó contra as ensandecidas chamas dos dois
veículos. E o caminha a se carbonizar estava enroscado como uma serpente entre
a ambulância onde estavam os corpos esturricados dos seus ocupantes.
Depoimento:
--- Que
horror! Chamem os bombeiros. – dizia a mulher do alto de sua ignorância.
De imediato
faltou à iluminação domiciliar em ampla redondeza. A Companhia de eletricidade
de Natal fulminou todo o sistema ao redor do local do desastre. Hidrantes foram
abertos e o Corpo de Bombeiros entrou em
ação protegendo os tanques de combustíveis de um posto mais próximo, na esquina
da Rua Alberto Silva. Outro comando foi deslocado para o combate das imensas
chamas a penetrar nos departamento da loja Midway. Enquanto isso, os homens do fogo combatiam sem
sossego o enorme fogaréu a destruir os carros presos no cruzamento das duas
avenidas. Do alto do céu, helicópteros
sobrevoavam o local da catástrofe fornecendo informes à turma contra o fogo
logo abaixo. O escuro pela falta de energia na região era aplacado pela imensa
chama do incêndio pavoroso a consumir o Midway. De momento, os jornalistas
falavam das tormentas atacadas em toda a região. As emissoras de radio e
televisão abriram janelas em sua programação para dar informes tão precisos e
instantâneos do flagelo destrutivo a se registrar naquela parte do mundo.
Repórter
--- Meu Deus
do céu! É fogo muito! De onde estamos é possível informar a situação de
calamidade arrasadora. Talvez haja vítimas fatais nesse acidente catastrófico.
– relatava um repórter de tv.
Jornalista:
--- Há falta
de luz elétrica em toda a região. Apenas o imenso fogo a destruir a loja
Midway, é o que se pode contar. – fornecia na reportagem um jornalista para a
sua central.
Radialista;
--- Tantas mortes
têm nesse acidente desastroso. Gente sem vida por todo o local. – falava o
repórter de uma estação de rádio.
Repórter:
--- Tudo
começou com a fuga de um detento do Hospital do Coração. A ambulância se chocou
com Trucado a conduzir diesel para um posto de combustível nas imediações. –
relatou com assombro.
Nesse instante
a linda moça Dalva Tavares estava a acompanhar o capítulo de uma novela por
outra estação de televisão quando ouviu em outro canal de um apartamento
vizinho o assombroso drama relatado pela rede. Ela procurou escutar melhor e
logo observou ser algo concernente a uma explosão em plena cidade do Natal.
Depressa, Dalva mudou de canal para saber por inteiro o que se passava àquela
hora da noite. Em um instante Dalva notou o abalo da corrente elétrica, porem
de imediato se refez o fornecimento da energia. Por isso mesmo pouca
importância ela prestou. Em seguida a moça acertou o sinal da nova estação. Era
uma reportagem rápida por ser horário comercial. A estação aproveitou um break
para divulgar os acontecimentos do momento. Eram fatos de três minutos. As
estações de rádio tinham maior tempo. E Dalva buscou com pressa um rádio e
voltou a ligar a procura de uma estação. Enquanto sintonizava a televisão ela
verificava as transmissões por rádio.
Dalva:
--- Loucura!
Loucura! Loucura! Essa era a oportunidade de Bartolo! – confessava a mulher.
E Dalva se
voltou para o quarto onde dormia a sono solto o seu amante. E então Dalva
preferiu não acordar o rapaz a dormir por força de medicamentos. Então, a linda
mulher ligou para o celular de Caio Teixeira. Esse atendeu. E de pronto
perguntou de imediato onde estava sendo aquele incêndio. O homem respondeu ter
a ligação sofrida muitos cortes e ele estava no local próximo.
Caio:
--- Eu estou
distante do local. Mas é fogo no Midway. Causa da morte do General nazista. –
respondeu ele a custo de intenso sacrifício.
Dalva:
--- Como eu
chego ao local? – indagou perplexa.
Caio:
--- Tudo está
bloqueado. Eu entrei por ser agente policial. – reportou o agente.
Dalva:
--- Mas eu
posso chegar onde voce está? – perguntou assombrada.
Caio:
--- Nem
pensar. Esta tudo no escuro. É impossível se encontra a mim. Além do mais tem
gente morta pelo meio do caminho. – falou aos prantos o agente.
Dalva:
--- Isso é uma
merda! – e desligou o celular.
O fogo intenso
destruía o complexo Midway com labaredas ao alcance do céu. A inalação da ardente fumaça era o maior
perigo possível, principalmente por causa de vapores de produtos químicos, com
monóxido de carbono e cianureto. Na verdade, era imenso o fogo. O corpo de
bombeiro protegido contra as chamas se resguardava a todo instante lançado
jatos de água e de pó químico tentando combater as flamas. O calor no ar era
incômodo. Por todos os meios estava a causa da asfixia por falta de oxigênio. A
lesão pelo calor provocava grave edema das vias aéreas, obstruindo a passagem
do ar para os pulmões. Havia bombeiro intoxicado apesar do uso de máscaras. O
grande incêndio empatava a franca ventilação e reduzindo enorme quantidade de
oxigênio. Os mortos estavam estirados na
rua por causa da falta de ar ou por serem pisoteados pelo volume inimaginável
de gente espavorida a correr na tentativa de escapar da morte certa. O Hospital
Central da capital se enchia de enfermos onde não cabia tanta gente desse modo.
Carros e ambulâncias chegavam a todo instante ao Hospital a despejar os
doentes, feridos e moribundos. Dos
imensos edifícios da cercania, procuravam-se mais enfermos, pois a cena trágica
da chama era um horror. Os cordões de isolamento se estendiam por vários
quarteirões. A ordem era de ninguém ultrapassar a barreira isolante.
Comandante:
--- Não passa
ninguém! É a ordem! – dizia de modo trágico.
No cruzamento
das avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira a tragédia consumia o restante dos
destroçados veículos onde o fogo teve início. Helicópteros sobrevoavam a imensa
área a registar tudo em filmes. Mesmo assim, os pilotos evitavam se acercar
próximo do imenso fogo enfocado o incendo com suas máquinas de filmagem ao
largo. Ordens eram dadas para se evacuar pessoas fora do trabalho com a máxima
urgência. Corpos de vitimas eram registrados pelos militares. Eram vários
corpos e não se denunciavam os números. A multidão corria apavorada com as
chamas. Gritos e jovens e idosos eram tudo o que se ouvia. Apesar da imensa
tragédia, tal fato a reportagem não denunciavam por não ter acesso a tais
casos. Ninguém esperava pelo dia seguinte. Era tudo de vez no momento. O
incêndio pavoroso no edifício do Midway continuava a crescer. Bombeiro tentava
sufocar as chamas. Os carros vindos naquela altura da tragédia não podiam mais
seguir e foram todos abandonados. Os veículos de dentro do edifício Midway eram
tostados e explosão se ouvia a cada instante. Na verdade, tudo estava acabado.
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