- Kate Winslet -
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FOTOS
O rapaz buscou
a sua maquina de tirar fotos da bolsa e documentou a tragédia das vítimas da
ambulância. E de vez ele documentou principalmente as imagens do corpo do
suposto General Wagner Rahner, morto entre os escombros da ambulância atada
como por uma serpente voraz do trucado. O transporte de óleo diesel se enroscou
com a minúscula ambulância agarrando voraz como para matar sem piedade. Era o
dragão ensandecido contra o minúsculo escorpião. Da fuselagem da ambulância
saía o horrendo cheiro putrefato de carne assada na brasa ardente das alarmantes
chamas. Homens corriam às desabaladas pressas com os corpos das calcinadas
vítimas. Nas imediações da tragédia, as casas de comércio ardiam em chamas
tragadas com por um voraz Viserion lendário a expelir fogo pelas narinas. As
minúsculas habitações mais parecidas taperas gemiam de dor atroz ante o poder
do gigante de fogo com a sua imensa e ignorante força. O vento tétrico uivava como
uma víbora a consumir o resíduo dos casebres feitos de tijolo.
As gigantes
paredes do moderno e nobre edifício do Midway ruíam para dentro a cada passo. O
estrondo vertiginoso corria o assombro dos soldados do fogo. E tudo isso era
documento do repórter Bartolo Revoreto. Da imprensa apenas ele estava a colher
as imagens funestas do terrível acidente. Quando o homem retratava o mortal
ambiente, um toque lhe bateu as costas. Mesmo em olhar quem ele pediu licença
para documentar a tragédia amarga. Nesse ponto uma voz soou.
Élia:
--- Moço! Por
favor! O senhor tirou as fotos do morto? – perguntou paciente.
Nesse ponto
Bartolo se voltou quase de imediato.
Bartolo:
--- Élia? Que
prazer! Eu fiz as fotos. Estão aqui comigo! – sorriu extasiado.
Élia:
--- Olá.
Companheiro. De quem era o corpo? – indagou severa.
Bartolo:
--- Ora! Só
podia ser do General. – fechou a cara.
Élia:
--- Eu sei.
Acontece que o morto não era o General. Voce se lembre de que eu conheci o
“verme” Ele é um homem de quase 90 anos de idade. Aquele não tem nem 70 anos. E
mais: eu estou aqui com Joana Vassina. Ela está pronta para afirmar. – e
mostrou a outra mulher
Bartolo ficou
sem jeito com a tal revelação. E procurou acertar a mente:
Bartolo:
--- Não? Isso
não é possível! – argumentou o repórter.
Élia:
--- Fale para
o rapaz. – e apontou Bartolo.
Joana:
--- É o que ela
afirmou. Esse homem não é o General Rahner. Primeiro: o velho tinha um aparelho
de metal no seu joelho. Apenas isso. Aquele não tem. – alertou a mulher.
Bartolo:
--- Caramba!
Quer dizer que eles devem enterrar o vivo? Aliás. ... Bem!. Sei lá! - falou sem graça.
Joana:
--- O General
está voando a essa altura a caminho da Bolívia. Desde a noite passada. Ele
fugiu outra vez. – falou sem traumas.
Bartolo:
--- Fugiu?
Eita pau! Como fugiu? Ele não estava doente? – perguntou espantado
Joana:
--- Fugiu em
traje de Padre. Vestiu a Batina e meteu o pé na estrada. E ninguém notou! – disse a filha do General.
Élia:
--- E assim,
como um Padre, ele embarcou para o Recife, Salvador e agora está voando para a
Bolívia ou Paraguai. – completou a moça.
Bartolo:
--- Eita
lasqueira! E a Base? – indagou assustado
Élia:
--- Está em
alerta total. Dessa vez ele não escapa. – alertou a agente.
Bartolo:
--- E como a
senhora descobriu? – perguntou a Joana.
Joana:
--- Desde
ontem à noite, quando se deu a fuga, eu estou com o Comando da Polícia. Eu
adverti sobre o uso do aparelho de metal – artroscopia. – relatou compreensiva.
Bartolo:
--- Vou acabar
com a concorrência. Eu vou fazer a matéria de que o morto está vivo. – disse o
rapaz procurando se articular com a redação.
As duas
senhoras sorriram.
E assim ele
fez. Matéria: “General escapa com vida” – “Eu contrario do que se informa o
General Wagner Rahner, declarado morto, está vivo e escapou em traje de Padre
para a Bolívia às últimas horas da noite passada.”
Esse é a
chamada da notícia. Apesar das altercações havia com a direção do jornal, o
assunto pôs silêncio em tudo o que houve. E o jornal voltou circular com
notícia em primeira mão sobre o tema Wagner Rahner. A direção do matutino teceu
maiores elogios ao repórter Bartolo Revoreto o qual não largara a matéria para
expor em primeira mão a fuga do nazista além da cobertura da derrubada do
edifício Midway.
Ainda no
domingo, reuniram-se no apartamento de agente Caio Teixeira todos os
participantes da trágica ocorrência da parte sul da cidade. Na ocasião estava
presente à senhora Joana Vassina, filha do todo poderoso General Wagner Rahner,
o astuto homem das fugas. E no meio da conversa, voltou-se para o tema de Adolf
Hitler. Apesar de ter sido anunciada a sua morte, o seu corpo jamais fora
encontrado. Tudo o que se tem notícia foi de que Adolf Hitler e Eva Braun
puseram fim à vida nos esconderijos do abrigo do Ministério das Relações
Exteriores. As buscas foram estendidas pelo Exercito Soviético por diversos
cantos do País. Principalmente do abrigo antiaéreo. Os restos mortais
encontrados foram todos examinados e nenhum pertencia ao líder nazista. Josef
Stalin, da URSS, denunciou ao mundo que Hitler havia fugido. A única prova da
morte de Hitler, um crâneo humano com um buraco de bala, foi considerada falsa.
Caio:
--- Desde 1945
surgiram várias teorias sobre possível fuga de Adolf Hitler para a Argentina em
um submarino. E há centenas de declarações de pessoas que viram Hitler em
diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil, como em São Paulo e em outros
Estados. – relatou o agente.
Joana:
--- Eu estava
presa em um bunker em um local remoto na cidade tcheca de Morávia antes de 1º
de abril quando chegou ao local o General Rahner, com muita pressa e declarando
de irmos embora, pois era chegada a hora. Ele veio do campo de extermínio de
Chelmno, na Polônia. E saímos em debandada para lugarejos remotos onde ele me deixava
confinada. – relatou a mulher.
Dalva:
--- Mas um
General declarou ter Hitler caído heroicamente até o final da guerra. Então ele
cometeu suicídio. Ele e a mulher, Eva. A mulher ingeriu uma pílula de
cianureto. – confirmou
Oliveira:
--- Mas as
agencias de notícias não divulgaram que Hitler morreu? – declarou sem sentidos.
Caio:
--- Não se
pode provar de que Hitler cometeu suicido em Berlim. – fez vez o agente.
Bartolo:
--- Então, o
que aconteceu realmente com Adolf Hitler? – indagou perplexo.
Joana:
--- É fato que
ele veio para a Argentina onde muitos nazistas buscaram refúgio. – asseverou.
Caio:
--- Serviços
de Inteligência dos Estados Unidos relatam a presença de Hitler na Argentina
onde ele modificou o seu semblante. – afirmou o agente.
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