- Bruna Marquezine -
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DEUSES
Em sábado da
semana seguinte estavam reunidos na sala da residência de Nara, o seu noivo
Eurípedes, a sua irmã, Rócia e um amigo de todos: Fred. Os quatro tinham de
saber qual seria a pauta da apresentação do quarteto no mês de agosto quando
estariam a se apresentar no Teatro “Carlos Gomes”. Havia uma discordância por
alguns itens da apresentação, devido o tempo tão escasso imposto pela Direção
do Teatro. Por isso, os quatros chamados por “Quarteto Garagem” prevalecendo a
ideia primeira ditada por Nara discutiam qual seria a música na abertura do
programa. Eurípedes era o mais exaltado e sempre dizia:
Eurípedes:
--- Não tem primeira.
Qualquer uma serve. Nara ao violão vai ter que cantar! – relatou o noivo.
Nara:
--- Por que eu
tenho que cantar? E se eu estiver rouca? Nada disso! – respondeu exaltada.
Eurípedes:
--- Ah! Se
estiver! Mas se não estiver vai cantar um bolero ou qualquer merda parecida! –
respondeu o seu noivo.
Nara:
--- Merda é?
Merda é? Pois eu não vou nem “morta”! – respondeu embrutecida a moça.
Rócia:
--- Calma
gente! Vamos com calma! – sorriu a moça a contemplar o desatino.
Fred;
--- Eu só
espero que essa briga não torne a haver uma nova “bomba atômica”. – sorriu.
Nara olhou
para Fred com a cara trancada e Rócia se pôs a sorrir pela “briga” do seu irmão
com a noiva.
Nesse ponto
entro em sua casa o senhor Sisenando com um sorriso largo na face e uma
brochura muito grossa na mão direita. E ao ver Eurípedes, exclamou:
Sisenando:
--- Está aqui
meu rapaz: o livro que me faltava. “DEUSES”! Importante livro! – exclamou o
homem a balançar a brochura no espaço.
Nesse ponto,
todos olharam de uma só vez, menos a filha do mestre. Nara pegou o seu violão e
passou a dedilhar as cordas a procura de um verso qualquer. E encontrou um que
era sucesso na ocasião e versou o tema com voz miúda. O mestre a observou e adiante relatou ter sido
comprado no Rio (de Janeiro). E ele era o primeiro a ter esse livro na
Capital. Disse isso e sorriu. O mestre
entregou o livro a seu futuro genro para ele ler algo. O que fez Eurípedes a
lembrar da conversa tida com o venerável Sisenando quando o homem falou sobre
os Sumérios, primeiros homens das estrelas vindos há mais de 450 mil anos.
Eles, os Sumérios, já encontraram outros homens rudes e proferiam palavras como
se os Sumérios fossem deuses. Os Deuses das Estrelas. Coberto pela sabedoria de Sisenando, dessa
vez, e pela vez primeira Eurípedes obedeceu ao privilégio de ser um dos mais
conhecedores daquele impresso tão raro de se encontrar no mercado livreiro. Por
final Eurípedes indagou ao venerável instalado:
Eurípedes:
--- Mas esses
Deuses não tratam apenas da Grécia? – indagou preocupado..
Sisenando:
--- Também!
Também! Mas na continuação ele trata de mais deuses! Essa é a questão! – sorriu
o venerável instalado.
E continuou a
falar sobre mistérios encobertos pela ciência.
Sisenando:
--- Temos que
observar artefatos de três bilhões de anos. Esferas de Klerksdorp. Verdadeiro
mistério. Esferas extraídas de mina da África. Essas esferas foram feitas de um
material não encontrado na nossa natureza. São esferas que não se arranham nem
por lâminas de aço. E se são abertas mostram um material esponjoso se
transformando em poeira em contato com o ar. E essas trazem uma semelhança com
a misteriosa Lua de Saturno. São esferas de três bilhões de anos quando nem se
pensava em existir vida humana aqui. Isso vem comprovar que o nosso planeta foi
habitado por civilizações alienígenas. Mistérios meu caro jovem. Mistérios! -
pontuou o mestre
Os dois amigos
– Fred e Rócia – que se encontravam a observar atentos à conversa do mestre
tiveram ligeiro arrepio chegando Rócia a passar a mão em seus braços por terror.
Sisenando teceu um leve sorriso e logo após continuou a sua conversa.
Sisenando:
--- Algo mais:
Enoch, figura bíblica. Ele, propriamente, não faz parte da Bíblia. No Antigo
Testamento só existe só uma frase sobre Enoch. No entanto, nos textos apócrifos
Enoch aparece em muitas das Escrituras. Tem nos Apócrifos o Livro de Enoch. Ele
escreve como sendo ele mesmo o homem que estava presente nos acontecimentos. E
Enoch era mais antigo do que os homens da Bíblia. Ele conta que, por durante
trezentos anos foi levado pelos “deuses das estrelas” a conhecer o chamado
“divino”. Por onde Enoch esteve aprendeu a língua e a escrita com a capacidade
de relatar a todos inclusive pelo nome dizendo quem era astrônomo. Tem-se notar
que os extraterrestres estiveram entre nós nos dando à tecnologia para os seres
da Terra a avançar nas suas culturas. – explicou o grande mestre.
Rócia:
--- E o senhor
sabe todas essas coisas e não as publica? Ou mesmo escreve? – indagou com
inocência.
O grande
mestre então sorriu e fez questão e relatar ser ele um mero instrumento. Alguém
tem maior capacidade de fazer.
Sisenando:
--- Minha
senhora: A sociedade não pode aceitar que as histórias sejam verdadeiras. – e
sorriu.
Rócia:
--- Mas como
não são? O senhor está ciente disso tudo. E alguém pode encontrar falácia nessas suas histórias? – interrogou a moça
como a incitar.
Sisenando
sorriu e olhou bem para Eurípedes como a querer indagar sobre tudo o que á foi
dito. O médico o observou e nada
respondeu. E dessa forma o grande mestre continuou.
Sisenando:
--- Veja bem o
que vou te contar: quase todas as religiões têm “divindades” com poderes e
habilidades espetaculares. Essas civilizações vem à Terra e influenciam a vida
dos homens. Essas são chamadas “deuses” ou “deusas” das estrelas e estão aqui.
Elas dão ordens, elas forçam os humanos a determinadas coisas. E um dia elas
desaparecem. Pessoas das antigas civilizações sabiam das viagens espaciais.
Havia comunicações entre outros seres de outros planetas. E as verdadeiras provas estão sendo
encontradas. – explicou o grande mestre.
Eurípedes:
--- Existem
textos indianos escritos em sânscritos que sugerem a existência de carros voadores.
– falou o médico.
Fred:
--- Eu vi
falar nessa tal conversa. – respondeu o rapaz.
Sisenando:
--- Conversa?
Conversa? Mas ora veja só. Conversa? (exaltado). Pois muito bem: Numerosas
descrições das Imannas (Máquinas Voadoras) existem descrição de objetos
voadores datados de cinco mil anos ou mais que pareciam estar em dois lugares
ao mesmo tempo e movimentava-se como uma borboleta. Esses objetos voadores têm
cerca de trinta metros de largura. Tais experimentos possuíam um feixe de luz
que, apontado para o alvo consumia com o seu poder. – falou extenuado o velho
mestre.
Eurípedes:
--- É
provável! É provável! É só a gente ir até a Índia. Faríamos nossa apresentação
e conseguiríamos maiores conhecimentos. Está bem turma? – indagou o médico com
a intenção de tranquilizar o mestre.
Esse não se
conteve e arrastou o livro das mãos de Eurípedes e saiu da sala a olhar
depressa para os demais visitantes. A chegar a sala de jantar ainda vociferou
alguma coisa que deixara travada em sua garganta. Por sua vez a filha de
Sisenando olhou para o seu noivo e relatou:
Nara:
--- Cuidado
com o coração do meu pai! – falou em surdina.
Rócia:
--- E ele
sofre do coração? – indagou preocupada.
Nara:
--- Toma
remédio ao se levantar, pela manhã. – explicou com sutileza.
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