- JESUS -
- 07 -
SACROS
O sino tocava no pátio interno da
Abadia e anunciava o início das aulas para os Noviços devotos beneditinos do
Mosteiro de São Simplício após as sete horas da Matina quando terminava a pausa
para o café dos Monges. Nesse tempo, os noviços tinham por obrigação fazer o
seu isolamento e trancavam-se na Clausura a portas fechadas a cadeado providas
por uma corrente de ferro. Um monge subia os degraus a levar no andar superior.
Era uma viagem ao mundo abade, o mundo da reclusão. O que leva uma pessoa a abrir
mão da vida do lar e de fora desse mundo para passar os seus dias isolado de
tudo? O Monge nunca pode está fora do mundo. O Monge carrega o mundo em oração
e não há sentido de ele for um homem separado da vida. Na manhã de estudos em
seu solitário quarto, o noviço se entrega a devoção dos ensinamentos, sob a luz
de vela. Ele, trancado na cela é apenas um noviço. Nesse claustro o noviço nem
percebe das horas ou a solidão, pois em cada qual paira a devoção e o louvor do
ensino pera Deus, e nada mais. No imenso isolamento do sagrado ser, o noviço
contempla os estudos com imenso desconhecer da vida profana. É evidente um mundo do retraimento.
Isolamento, castidade, orações. Uma vida que ele entrega a religião, ao
catolicismo, a pregação. O claustro é um mundo de devoção entregue apenas ao
monge e ao noviço. É o quatro particular restrito somente ao monge. Esse quarto
é chamado de Cela, um lugar muito simples, sem grandes luxos: uma cama de
solteiro, uma poltrona e uma mesa de estudos. Esse lugar é de apenas retiro,
oração, leitura. Na Cela não há televisão ou rádio. O telefone, hoje, é o único
contato com o lado de fora. Mas apesar de tudo, o silêncio, a tranquilidade. Os
monges levam uma vida de reclusão entre trabalho, leitura e orações. Na verdade
em particular o silencio só é quebrado durante o Canto Gregoriano, prática
diária dos monges da Basílica. A vida de um monge começa logo cedo. A vida
começa bem antes de o sol nascer e logo os monges se preparam para o seu afazer.
Eles vivem como uma família e raramente mudam de mosteiro. Um dos principais
hábitos é o da leitura, prática presente durante as refeições onde um monge é
escolhido enquanto os demais comem.
Na biblioteca, milhares de livros
em diversas línguas e em diversos assuntos. Regras claras. Correção moral e
espiritual. Obediência. Palavras que regem a vida dos monges. A vida dos
ofícios divinos como é chamada é colocar Jesus Cristo em primeiro lugar. O
mundo de clausura é bastante estranho para as pessoas de fora. Enquanto esse
tumulto da alma vagava por todos os caminhos do jovem noviço, eles, a insistir
em buscar em silencio algo com mais rigor onde se encontraria a história
secreta de Jesus. E de um pergaminho muito bem guardado em uma das inúmeras
estantes existentes na biblioteca do Mosteiro, o noviço viu cair ao chão. Sem
muita preocupação o jovem noviço apanhou o pergaminho para então guarda-lo de
onde o manuscrito tinha voado ao léu. E se não fosse uma inscrição quase
desbotada pelo tempo, o noviço não ligaria ao fato de Maria Madalena. Com todo
o cuidado, De Astúrias colheu do pergaminho uma maior impressão. Estava ali o
ritual quase sem nome do segredo. O noviço olhou o nome escrito de Maria de
Magdala e então ele começou a buscar os tais informes pesquisados. E com o
tempo a permitir o noviço pesquisou a leitura manuscrita aonde uma mulher de
nome Maria vinda de Magdala, província afastada de Jerusalém, era na verdade a
esposa de Jesus Cristo. De Astúrias escondeu o manuscrito por debaixo de suas
vestes e procurou sair da Biblioteca do Convento com a máxima precaução para
ter nos seus aposentos a tranquilidade de poder verificar o conteúdo de todo o
documento. Já em sua Cela, o rapaz, a luz tênue de uma vela cuidou de verificar
tão precioso pergaminho. Após cuidadosamente abrir o velho pergaminho tão
consumido pelo tempo o jovem noviço foi com a maior cautela a estudar tudo o
que estrava escrito. Nenhum passo estranho perturbou De Astúrias naquele
instante onde somente a leitura de um documento milenar era capaz de somente entretê-lo.
O documento tratava Madalena como a poderosa líder da igreja cristã. Com seu
maior cuidado o rapaz começou a ler com todo o apurado aquilo que estava
escrito. Dizia o conteúdo ter sido Maria de Magdala a esposa que mostrou ao
pequeno mundo onde vivia o poder feminino do qual ela era capaz. Em trechos
seguintes traça Madalena como a verdadeira esposa de Jesus. E alguns meses após
a Crucificação de Cristo, ela tivera um filho do Mestre. Retratada como
discípula sacerdotisa, líder religiosa, grande intelectual e sempre a retratar
com um livro na mão.
A cada parte do pergaminho o
rapaz suspirava e procurava ter maior compreensão de toda a história da idade
antiga. O vento soprava leve a acolher as folhas das árvores do Mosteiro e a
luz do sol já era bem fraca para o tempo passado. Os pássaros procuravam se
recolher e as doninhas com seu corpo delgado e alongado, patas curtas e com
garras, buscavam antever do alto das árvores as apetitosas comidas para o seu
jantar. Um pouco mais de horas alguém puxou a sineta do Mosteiro. Era a hora
das falas e cantos do anoitecer. O
Noviço procurou guardar em baixo da cama o pergaminho envelhecido e solitário
para revê-lo logo saísse das orações vespertinas. No Mosteiro era tudo marcado
e ele sabia não poder faltar a nenhum ato ecumênico. Com certeza, bem guardado,
embaixo do colchão o noviço tinha a tranquilidade de ninguém encontrar tal
documento.
Enorme objeto esférico sugando
energia do Sol. Foi o que constatou o Monge Ambrósio de Escócia em suas
observações feitas durante a noite quando ele fazia varredura do Universo com o
Telescópio do Observatório da Serra, o Mosteiro de São Simplício. O gigantesco
telescópio conseguiu capitar tal objeto perto do Sol. O fenômeno despertou a curiosidade
do Monge acreditando poder ser um estranho objeto do tamanho da própria Terra.
Tal objeto bem podia ser algo criado artificialmente. O Monge, em suas
pesquisas, já observara ter o Sol exibido uma série de erupções quase sempre
espetaculares. As erupções constantes têm mostrado proeminências relativamente
frias, densas nuvens de plasma que estão suspensos no campo magnético do Sol,
às vezes por semanas. Ocasionalmente, eles se tornam instáveis tendo entrado em
erupções.
De Escócia.
--- Isso é incrível! – falou o
monge alarmado com a estranha aparição.
O objeto escuro era bem maior que
o planeta Terra e caminhava vagaroso a sugar a energia solar como um monstro
faz com uma caça. Esse dragão do espaço permanece no espaço por mais de 100
horas. O Monge, a espreita, observou todos os passos do infinito dragão com o
máximo cuidado tal qual uma fera acuada. O objeto continuava no mesmo lugar a
se encontrar com o temível Sol. Se o fenomenal artefato continuasse desse modo a
sugar o Sol, a Terra estaria vulnerável a todas as consequências funestas.
Seria um apagão total e fascinante. A Terra estaria por vezes inteiramente
aniquilada. De imediato uma turbulência solar se aplacou igual a uma fera
mortalmente ferida. As chamas solares aumentavam o seu curso a todo instante
quando tal enigmático objeto se acercava a cada vez mais. Era verdadeiramente
um monstro do espaço sideral. Esse tal buraco negro tinha a inquietante fome
para consumir todo o astro luminoso. Após várias horas, o Monge entrou em
contato com o Vaticano para saber se também estava a observar o verdadeiro
fenômeno. Os astrônomos do Vaticano deram como afirmativo e buscavam saber se
outros centros telescópios estavam igualmente a investigar o fenômeno a
provocar gigantesca turbulência no espaço cósmico. De imediato, a NASA foi
interrogada para se saber do acontecimento e os astrônomos em igual instante
disseram não se saber explicar realmente o inquietante caso. Em continuação o
objeto continuava a engolir os filamentos solares onde nada poderia diagnosticar
uma defesa possível. Uma turbulência se alastrou por várias horas seguidas. O
fenômeno esférico podia ser observado de todas as partes da Terra e mais além
também com as sondas espaciais a varrer todo o campo afetado. As investigações
começaram a forçar uma explicação com todos os aparelhos disponíveis da Terra e
no espaço cósmico.
Cientistas:
--- Um buraco negro? – indagava
um cientista.
Outro:
--- É imenso! – relatava inquieto
outro astrônomo.
Terceiro:
--- Parece uma cavidade coronal. –
investigou outro astrônomo.
Quarto:
--- Mas é uma esfera enorme. Ela
vai se aproximando do sol. – relatou um novo cientista
As investigações se fizeram mais
frequentes. Todos os observatórios existentes comandaram tais observações,
inclusive o Observatório da Serra e os demais importantes existentes, como o do
Canadá, Portugal, França, Alemanha, Estados Unidos, Japão e Rússia. Eram as
antenas ligadas para o firmamento. Após o aviso dado pelo Observatório da
Serra, todos os demais ficaram atentos na observação desse provável cataclismo
solar. A atração do filamento do sol tornou-se o foco de primeira linha. A
NASA tentava de qualquer modo explicar o
objeto como um fenômeno comum e positivo. Contudo, os diferentes astrônomos de
países vários tinham suas opiniões em contrario.
França:
--- É um gigante na
circunferência solar. – relatava cientista francês.
Canadá:
--- Temos que prever o futuro.
Nada se pode fazer. – argumentou o Canadá
Rússia:
--- É o final dos tempos! – falou
a Rússia para mais intranquilizar.
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