domingo, 28 de julho de 2013

"DEUS" - 19 -

- OSÍRIS -
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DINASTIA
Podia ser tudo uma pura lenda. Porém, nesse instante, aparece um nome de um Rei da França. Isso deixou sobremaneira preocupado o noviço Euclides de Astúrias. O livro que o jovem retirara da Biblioteca do Mosteiro trazia novos tópicos sobre Madalena e o Priorado de Sião, uma organização secreta ligada à Igreja de Roma. Os Cavaleiros Templários eram criados como um braço administrativo executivo do próprio Priorado. Estava esse documento no Dossiê Secreto. E, em consequência dizia o documento decifrado por historiadores:
--- A revelação mais explosiva e documentada desses artigos franceses é, à primeira vista, uma árvore genealógica simples e comum que atravessa séculos. Páginas e páginas de genealogias estabelecendo a dinastias ou a continuação da dinastia merovíngia. Nessa genealogia a dinastia de Reis franceses que incluía o assassinato de Dagoberto II. Outros documentos secretos fascinantes também foram descobertos: um manuscrito listando os grandes Mestres da sombria Ordem de Sião. São revelados em primeiro plano os nobres do Priorado desse documentário: Victor Hugo, John Cocteau, Leonardo da Vinci, Isaac Newton. Alguns desses nomes são tão ilustres que a lista parece uma espécie de pedigree pomposo criada por um grupo de excêntricos brincando de sociedades secretas. Mas também é muito fácil fazer suposições e não manter a mente aberta. Essa ordem de líderes da ordem clandestina com alguns dos homens mais famosos da história vai do século XII ao século XX. A razão de sua existência: proteção, preservação, restauração da linhagem merovíngia revelada nas genealogias secretas. É uma missão enigmática. O que pode ter de tão especial no sangue da linhagem merovíngia? Foi a tentativa de responder a isso que levou além de sua história. É feita uma ligação crucial entre o Santo Graal tido durante séculos como o sangue usado por Jesus na Última Ceia e a árvore da família merovíngia que o Priorado de Sião dedicou-se tanto a proteger. E chega-se a conclusão de que o Santo Graal não é um cálice e sim a linhagem merovíngia. Uma linhagem descendente do próprio Jesus. Portanto Jesus devia ser casado e ter uma esposa. Só há uma candidata para esse papel. E é Maria Madalena.
Maria Madalena, uma das figuras mais misteriosas e sedutoras do Novo Testamento. Acredita-se que ela tenha nascido em uma pequena vila de pescadores em Magdala, na margem oeste do Mar da Galileia. Na tradição da Igreja ela é sempre descrita de cabelos ruivos, longos e foi considerada durante séculos uma mulher descasada; uma prostituta. Até que Jesus expulsa seus “demônios” e ela se torna uma de suas seguidoras. Mais incrível era o fato de que Jesus era pai de uma criança com Maria Madalena. Havia evidencias de que Jesus e Maria Madalena eram íntimos. No Evangelho de Filipe a mulher Maria Madalena é descrita como a apóstola mais proeminente e particularmente próxima de Jesus. Ela é encontrada na lenda popular sobre Maria Madalena contada no sul da França.
Maria Madalena viaja com seu irmão, Lázaro, e vários amigos próximos da família fugindo das perseguições em Israel e partem num barco sem remos a chegar às margens da França em 42 depois de Cristo e trazem com eles o Santo Graal. O que Maria trouxe foi sua filha, uma criança chamada Sara e, talvez, outra criança no ventre. Portanto o Santo Graal era na verdade a linhagem sanguínea que é a mãe ou a criança. Madalena perpetuou sua linhagem por 400 anos e muitos fiéis acreditam que Madalena está enterrada numa tumba em outra cidade francesa próxima a Rennes le Chateau. Esse é o grande segredo da Idade Média. Para os caçadores modernos do Santo Graal, o tesouro do Padre François Bérenger Saunière pode ser muito bem ser sua descoberta dessa genealogia. Por volta do final do século V há evidencia de que a família judaica, supostamente de Madalena, se casou com a realeza dos francos para produzir a dinastia merovíngia. Como consequência os novos merovíngios são os descendentes de Jesus Cristo. Depois de estabelecer a possibilidade de que Jesus tenha herdeiros os estudiosos estão ansiosos para descobrir quem são esses herdeiros, haja vista ter uma descendência linear de Jesus não é de poucos descendentes. Mais de milhares deles. Encontra-se evidencia sugerindo de que a linhagem proveniente de Jesus e Maria Madalena deve mesmo ter sobrevivido. Criados pelos pergaminhos secretos decifrados e a genealogia extensamente detalhada encontrada na Biblioteca Nacional Francesa, os historiadores sugerem uma farsa de séculos. A idéia de que Jesus tinha herdeiros, não só ameaça a fé de milhões de cristãos, como também uma das organizações mais poderosas na história do mundo: o Vaticano.
A idéia de uma sociedade secreta à frente de um segredo durou dois mil anos que se opõe de uma forma heroica, romântica à tirania da Igreja de Roma. É por isso que o Priorado de Sião tem sido tão secreto através dos séculos. É por isso também que se o padre Bérenger Saunière realmente descobriu essa prova da linhagem sagrada, tal conhecimento deve ter sido valioso. No ano de 1970 se descobriu a existência no Priorado no meio do século XX. Arquivado nos anos 50 os documentos relatam a formação e organização do Priorado de Sião cujo propósito é: fundar uma ordem católica que recria na forma moderna, mas a se preservar a sua característica tradicional como a antiga Ordem de Cavaleiros. A carta alega que o Priorado tem mais de oito mil membros. O papel produz uma pista crucial. Uma publicação de vida curta editada por Pierre Plantard de Saint Claire. Esse homem é o personagem chave do mistério. Os historiadores descobriram que em 1956  o senhor  Plantard registrou uma organização em uma cidade da França a qual deu o nome de Priorado de Sião. E os historiadores já viram o nome Plantard na genealogia descoberta na Biblioteca Nacional. Plantard de Saint Claire é uma das famílias mais antigas da genealogia da descendência merovíngia.
Quando o senhor Plantard foi localizado pelos historiadores o seu modo polido deu certo impulso a história de Jesus. Muito conhecedor não só da história francesa, do esoterismo, da árvore genealógica, da história da pintura, ele era extremamente erudito e introspectivo. Após meses de negociação Plantard concorda em falar. Finalmente os historiadores estão com um homem vivo do Priorado de Sião. Ao ser indagado sobre o tesouro de Rennes Le Chateau se será possível encontrá-lo algum dia, ele responde; “Digamos que existe um segredo em Rennes Le Chateau e que é possível que haja algo mais em torno de Rennes Le Chateau”. E o historiador volta a indagar: “Pode nos dizer se o Priorado de Sião anda existe?”. Plantard respondeu: “Neste momento Sião ainda existe”. E o historiador volta a indagar: “Ao longo dos séculos, o senhor tem apoiado o Priorado de Sião?”. Plantard responde: “ “Apoiamos o Sião e Sião tem nos apoiado”. Pergunta: “Nós? De quem o senhor fala?” – Resposta: “Eu estou falando  da linhagem merovíngia”.
Pierre Plantard não dirá mais nada sobre o tesouro de Rennes Le Chateau. É próprio lembrar que o próprio Plantard nunca mencionou Jesus. Ele nunca negou ser descendente de Jesus. Tudo que ele afirmou foi sua descendência dos merovíngios.
Através das leituras de grossos e volumosos tomos, o noviço de Astúrias tomava conhecimento de algo tão sublime onde alguém pisara seus pés. Maria Madalena fora casada antes de conhecer Jesus. Seu marido, homem opulento, morrera num confronto com o Exército de Roma. Viúva de pouca idade, Madalena passou a vagar em seus pensamentos de como viveria solitária. De tanta amargura, Maria Madalena foi convidada por sua irmã a conhecer Jesus, homem sério e capaz de salvar-lhe de tantos angustiantes sofrimentos. Esse “demônio” seria expulso da cabeça de Madalena de vez por todas. E foi assim o acontecido. Sete é o número sagrado pela comunidade judaica. Ao se referir em “sete” a pessoa está apenas falando em desacertos e nada mais.  Foi assim ter Jesus retirado os “sete” “demônios” de Madalena, ou seja, eliminado aos pesares da sofrida infante mulher. Quando Jesus chegou até Madalena, a mulher sorriu de leve e fraquejou por não conhecer muito bem o Rabi. Foi então ter Jesus dito a mulher ser ele filho da descendência de David e estava naquele lugar para dialogar com todos os humanos e os não filhos de David. Jesus jamais confirmou ser um ente sobrenatural e nem conhecer as outras doutrinas. Ele queria pregar a uma só doutrina: a de todos os judeus. Foram diversos dias onde Jesus e Maria Madalena vagou pelas ruas da cidade de Magdala e sempre a esteve a sós. A cidade era mais uma pequena aldeia conhecida também como Magdala dos Peixes por ser um local de pescaria o que propiciava uma riqueza do local. Por acerto, Magdala era uma aldeia da Galileia.  E Maria, com a riqueza deixada por seu marido, ficou sendo chamada por Maria de Magdala ou Maria Madalena. De um povo judeu muito afeiçoado ao judaísmo por ser a Galileia uma região judaica Israel ainda guarda nos dias atuais  uma antiga sinagoga com características únicas numa pequena aldeia  nas Margens do Mar da Galileia que era, com certeza, frequentada por Jesus e seus discípulos. A  sinagoga foi encontrada em Migdal aldeia conhecida também por Magdala. Esse era a terra natal de Maria de Magdala ou Maria Madalena, a mulher que curou das enfermidades espirituais com suas palavras de bem querer. Nos dias de Jesus, Magdala era uma florescente aldeia piscatória e daquele centro saíram muitos dos seus discípulos, inclusive Maria Madalena, a mais conhecida de todos. Os registros indicam que Jesus passou bastante tempo nessa aldeia.
Com certeza, a Sinagoga estava em atividade na época do Segundo Templo em Jerusalém por sua localização fazendo desta a sinagoga  uma das mais próximas ao Primeiro lugar de culto estabelecidos pelos judeus messiânicos. E nessa sinagoga Jesus teria ensinado as principais linhas do seu pensamento. Das ornamentações de pedra encontrada destaca-se o candelabro de sete braços, considerado o mais antigo esculpido em pedra. Tal magnífica pedra servia como altar a configurar o Templo de Jerusalém como nenhuma outra escultura da época. Bancos em pedra ao longo da parede indicam ser a Sinagoga da Galileia. Tal Sinagoga era severamente igual onde Jesus celebrou a tradicional Ceia Larga onde a mesa de pedra servia de lugar para administrar a celebração.   
De Escócia:
--- Fantástico! Soberbo! Inacreditável! – vibrou o rapaz ao terminar de ler o grosso volume.
O nome de Magdala provém do aramaico. É uma antiga cidade de Israel. A palavra tem um significado de Firmeza e Afirmação. A sua capacidade emocional é a de penetrar na alma dos seres humanos. E por correlação, Madalena vem a ser mulher bastante ligada à família. Sempre consciente procura a ser cuidadosa por demais.

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