domingo, 28 de julho de 2013

"DEUS" - 20 -

- TERRA SANTA -
- 20 -
JESUS
Ela é a figura mais misteriosa e incompreendida do Novo Testamento. Para uns, ela é a mensageira. Apóstola dos apóstolos. Maria veio da cidade de Magdala, à margem do Mar da Galileia. Textos sagrados enterrados séculos atrás podem revelar sua verdadeira ligação com Jesus. Nos evangelhos da Bíblia era ela uma das principais discípulas. Para o povo do tempo de Jesus, ele era o Rabí, bem chamado Rabí da Galileia. Rabí quer dizer o mesmo que Mestre ou Professor. É a autoridade maior em uma Sinagoga. No seu tempo e no tempo passado, Maria Madalena sempre despertou a ira dos judeus e católicos. A hostilidade era maior por ter Maria Madalena uma maior aproximação com Jesus ao ponde de se confirmar seu casamento e de sempre se chamar por “mulher” e não outro termo menor. Testemunhas daquele tempo diziam ter Madalena se casado, mas o marido – rico comprador e vendedor de peixes – morrera em combates contra os soldados romanos. Então, Madalena gerou um remorso inquietante por perder seu marido. Após receber orientação de Jesus sobre seus pesares, a mulher se acercou do Mestre e apontou o Senhor como o verdadeiro Rabí – ou Rabino -. Se Jesus não tivesse sido um Rabino, como lhe chamava o povo da Galiléia, ele jamais teria assumido ao Trono de sua Sinagoga. E tantas vezes o fez de modo ter todos os povos mesmo distantes saído em busca dos seus ensinamentos. E o Mestre estava a falar em uma Sinagoga das mais importantes da sua nação. No seu tempo havia o Segundo Templo a ficar em Jerusalém. O povo de Deus caminhava por diversos quilômetros em busca das teorias do Messias. Isso representava ser Jesus “o Consagrado” vindo da descendência de David, o Rei, para reconstruir a nação de Israel e restaurar o seu reino trazendo desta forma a paz no mundo daquela época.
No Antigo Testamento, a palavra especifica Messias e aparece no profeta Daniel quando o homem diz que o Messias surgirá e morrerá 62 semanas após pregar por – o Evangelho aos povos – a reedificação da cidade de Jerusalém. O “libertador” também é citado no Novo Testamento como sendo o Sumo Sacerdote capaz de fazer “maravilhas” e demonstrar a seu povo a sua autoridade. No Judaísmo e no Cristianismo a palavra Messias tem um único significado: pessoa a quem que Deus comunica algo de seu poder.  Como sempre dizia Jesus ter sua origem em David. Esse homem – Davi - reinou por “sete” – (a palavra sete pode ter sido bem mais) – anos, indo depois para Jerusalém onde governou por trinta e três anos reconstruindo toda a Israel. O reinado de Davi foi muito próspero e o sucedeu no trono após a sua morte o seu filho o Rei Salomão. O reinado de Salomão, como o do seu pai, foi muito próspero nas:  Finanças, Construções, Ciências e Artes, Literatura, Agricultura, bem estar geral da população e o Império de Israel era então unificado. Foi durante o reinado de Salomão quando se construiu o magnífico Templo no qual foi guardada a Arca da Aliança. No seu império Salomão fez construir duas magníficas colunas de bronze – Boaz e Jaquim – ricamente decoradas e descritas no Terceiro Livro dos Reis. O império de Israel terminou com a morte do Rei Salomão. Nessa época as tribos do norte reunidas em Siquiém firmaram-se pela redução de impostos considerada muito pesada. Foi o fim da Casa de Davi. Essa foi uma ruptura permanente, no que enfraqueceu o povo judeu. Em consequência o reinado de Israel foi destruído com a guerra fomentada por os assírios. A Assíria foi um reino acádio em torno da região do alto Rio Tigre, no norte da Mesopotâmia. O nome vem da antiga cidade de Assur, hoje Iraque.
No ano 37 antes de Cristo, Herodes Idumeu ocupou o trono de Israel com a colaboração dos romanos senhores absolutos daquelas terras. Nesse período, houve uma enorme ascendência dos Fariseus na Judéia e em toda Israel. Fariseu é um nome dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II antes de Cristo. Os fariseus (separados) eram opositores dos saduceus. Eles criaram a instituição chamada Sinagoga tendo sido os precursores do judaísmo rabínico ainda hoje dominante. Sinagoga é o local de culto da religião judaica e possui como o seu objeto central a Arca do Torá.  Todo esse ambiente dominava o pequeno mundo aonde Jesus veio ao mundo. Nesse conflito de ideias o homem surgiu como um encanto demonstrado sua capacidade de falar ao diminuto universo onde não havia sequer um carro mesmo sendo de boi. Conhecedor profundo das necessidades dos seus irmãos ele bateu a porta de cada um e até mesmo a falar na Sinagoga da Galileia. E foi ali, após conhecer Maria Madalena, ele foi o observador de todos os males do povo. Conhecer os seus múltiplos segredos era capaz de fazer de Maria Madalena uma fiel seguidora após ter sido “curada” dos seus males. Curada era como podia se falar na época onde os “demônios” sobrepujavam o ser humano. “Não há pecado”, disse-lhe certa vez Jesus Cristo a Maria Madalena. Com sua tormenta aplacada, a mulher se tornou amiga fiel de Jesus. E de amiga veio o namoro. E do namoro veio o noivado. Enfim, o casamento os uniu. Todo ser humano possui uma centelha divina. E a partir de então, Madalena iniciou sua partida. Certa vez, Jesus contou a Madalena momentos de sua infância:
Jesus:
--- Nós éramos pobres, apesar da minha tradição migrar do Rei David. Eu recordo de certa vez que meu pai estava em sua casa trabalhando quando chegaram uns quatro ou cinco romanos. Quer dizer: não eram bem romanos. Gente a serviço do rei ou governante Herodes se bem me lembro. Eu tinha seis para sete anos. Esses romanos obrigaram a meu pai a ir com eles e trabalhar na construção de uma cidade. E eu fui com eles também. Eu e um punhado de crianças. Nós trabalhamos a sol a fio diuturnamente. O meu pai já estava cansado por demais, devido principalmente a sua idade. Uma vida rude aquela que nós vivíamos. – falou Jesus com sua voz tremula ao se lembrar do seu pai.
Madalena:
--- Quantos irmãos o Mestre tinha na verdade? – indagou a mulher.
Jesus:
--- Nós éramos sete. Quatro irmãos e três mulheres. Eu fui o primogênito. – falou Jesus a olhar com vagar o horizonte ao longe.
Madalena:
--- Interessante! E quem vós sois? – indaga a mulher.
Jesus:
--- Por acaso vós não sabeis? Eu sou! Um menino é um menino! Um adulto é um adulto! Ambos são eles! Eu costumo dizer aos meus irmãos. A nossa vida é a nossa! Vedes! Há um tempo onde uma nação se aflige por não ter a sua mãe! Uma mulher se aflige por não ter um marido! Então, essa mulher paga por sua viuvez! Isso é a única forma de se ser coberto. A nossa nação é Israel. E se nós somos os seus filhos nós nos amortizaram por não ter um pai! E a nossa mãe é nós mesmo! É isso o que em digo a todos vós. – falou Jesus à sombra do arvoredo a olhar o céu.
Madalena:
--- Não entendo muito bem essa história. – ressaltou a mulher.
Jesus:
--- Vejais vós melhor o sentido da história. Quando uma nação vive sob o julgo de outra nação, então essa nação vive a sua viuvez. Israel vive a sua viuvez! – explicou Jesus.
Ao longe, mulheres colhiam peixes e voltavam as suas moradias com as suas crianças. Os homens vendiam os peixes uns aos outros e recebiam seus dinheiros. Havia reclamações de ambas as partes por serem todos envolvidos na pesca do mar da Galileia onde eles estavam. Ao longe Jesus olhava uma porção de gente junto com sua esposa, Maria de Magdala, a mesma região onde ambos estavam. Jesus procurou sentar em um ponto mais elevado com a sua esposa, sob a sombra de frondosas árvores ao descer o sol. Ele encostava a uma pedra com as suas mãos para trás a cobrir a sua cabeça. A mulher, o olhava atenta deitando-se ao chão e voltada para o Mestre com seus cabelos a esvoaçar. Pássaros canoros volteavam ao redor e seguiam em bandos para os arvoredos distantes. O balir das cabras enchia de graça a Jesus naquele instante. De repente a sua esposa lhe teceu perguntas.
Madalena:
--- É justo para nós pagarmos o dizimo? – indagou a mulher.
Jesus:
--- Vejais bem. O dizimo é uma norma religiosa. Dizimo é uma expressão de justiça e de solidariedade. O pagamento é uma prática antiga, como diz o Testamento. Em Números, já havia os levitas a receberem essa parte da riqueza usufruída por aquele eu pagava. A tribo de Levi pagava a oferta dizimista para a reconstrução de suas cidades. Eram o pagamento doado as pobres, estrangeiros, órfãos e viúvas com os quais deviam fazer uma refeição diária. É importante notar ser o dízimo pagado a cada três anos. E não é destinado aos Sacerdotes. Dizimo é a intenção de sanar as desigualdades sociais. Os Sacerdotes sobrevivem de outras formas e não com o pagamento do dízimo. A Lei obriga a cada três anos a se levar o pagamento do dizimo e entrega-lo no Templo ou diretamente às pessoas paupérrimas. Dizimo é a justiça, a misericórdia, a caridade. – explicou o Mestre a Maria de Magdala.
Madalena:
--- Mestre! Vós podeis contar a importância do número 666? – indagou a mulher
Jesus:
--- Vejais bem! Esse número é o peso do ouro que se trazia a Salomão, o Rei. A cada ano se trazia ao Rei 666 talentos de ouro. Isso é o que está anotado nas Escrituras. A riqueza sempre corrompeu a pessoa humana. E toda a riqueza do Rei Salomão era simbolizada pelo número 666 talentos de ouro, ou seja, 24 toneladas de ouro vindo de todas as partes do seu reino. Isso corrompeu a conduta de Salomão e o levou a idolatria. Salomão traiu o Senhor e se entregou a idolatria. O Senhor é a pátria de Israel. Salomão traiu a sua Pátria. Isso é que é o Senhor. – testemunhou o Rabi.
- - - O Número 666 se traduzia tempos depois por Nero, o Imperador de Roma. Ele foi o responsável pela perseguição contra os cristãos. O fato levou à morte os apóstolos Pedro e Paulo. A relação do numero se deriva da tradução dos textos gregos e em hebraico. As grafias usavam letras. Cada letra correspondia a um número. A questão de Nero era a forte inimizade aos cristãos. “A Besta de opunha ao Reino de Deus”. Isso é: “Nero se opunha a Israel”. A Bíblia é cheia de normas para explicar algo mais simples. A questão da “viúva” se prende muito a qualquer nação. O Governo que se opuser a uma determinada norma conceitual, o povo vive emudecido. Tal fato ocorreu com a França na época da Inquisição, bem como com a Espanha, Portugal e Brasil, notadamente. Há casos de gentes como nome de  “reis”, “leão”, “oliveira”, “medeiros”, “camboim”  “solidão” e tantos outros. - - -
A questão de Jachin e Boaz as duas colunas foram erguidas no Templo de Salomão. Mas a construção do templo de Ain Dara não se pode atribuir a Salomão. Ele se valeu das tradições culturais de sua região. O Templo de Salomão não é uma criação bizarra de algum escritor, mas um Templo que se enquadra muito bem a uma tipologia existente com ornamentação e até mesmo com um nível de riqueza que seria bastante condizente com um antigo reino característico do Oriente próximo desse período.

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