segunda-feira, 15 de julho de 2013

"DEUS" - 10 -

- MONGE -
- 10 -
SATANÁS
Em uma manhã qualquer o Monge Boaventura Crowley já havia terminado o seu repasto e se dirigia à Biblioteca do Mosteiro como era bem comum fazer. Ao caminhar pelo corredor do Mosteiro onde havia árvores gigantescas no meio do pátio, ele cruzou com outro monge de sua ordem, o ancião dos seus oitenta anos. Era o também Monge Ritale um tanto corcunda, aparentemente franzino, cor branca chegando a ser rosado, demonstrando em sua face e sem mais poder falar em seus cabelos de aparência ruiva. Mesmo assim, era uma suposição porque o ancião cobria a cabeça com o capuz das vestes monásticas. Monge cruzou com o ancião e lhe cumprimento com era o costume. O ancião não ouviu ou mesmo nem deu maior importância. Ele estava rezando o rosário com certeza a pregar a Santa Virgem e por isso não observou o cumprimento dado. Após alguns passos o Monge ancião Ritale se voltou com plena dificuldade para ver ao certo quem passara por ele. O Monge Boaventura era um tipo esbelto, até mesmo forte, pois a sua musculatura demonstrava o caso. De altura mais que mediana e ombros largos até demais. Há trinta anos chegara ao Mosteiro e por lá ficara entre ritos e orações sem contar com a leitura diária dos livros quase sempre doados por outros Monges. Os demais Monges estavam em suas tarefas diárias e o Monge Boaventura, antes de galgar o espaço para a Biblioteca pode observar tudo sem ao menos sentir. Ele estava ocupado em um tema um pouco assombroso para todos os mortais. Era a questão do enigma de Satanás,  caso por ele estudado ao longo do tempo. A questão foi abordada há muitos anos quando ele ouviu de outro Monge ter o Satanás nunca existido. Era apenas suposição de homens da história a maldizer os inimigos de Jesus. Quem era do lado contrário esse indivíduo era na verdade um Satanás, Diabo, Lúcifer ou demais expressões. E o Monge tinha a impressão ao contrário. Por tal motivo sempre estava a procurar novas informações sobe o Demônio.
Ao chegarão topo onde estava a Biblioteca, em uma sala evidentemente enorme e alta. Ele olhou quase que depressa para os estudiosos Monges e noviços a estarem a estudar os seus ensinos costumeiros ou mesmo de profundo conhecer. O Monge Boaventura chegou ao salão de muitas estantes em diferentes ângulos e buscou uma estante bem alta para onde ele arrastou uma escada e por ela pode subir até o topo. Em cima de tudo buscou encontra o livro perdido ao longo dos anos. “SATANÁS”. Esse era o título. A folhear o livro no alto da estante o Monge conferiu com as suas pesquisas. Era o verdadeiro. O livro tinha sido posto naquele local há vários anos. Quem o colocou lacrou com uma tinta vermelha e o escondeu dos demais para não ser tirado nunca mais. Era um livro em letras góticas ou escolásticas feito no século XII já em tradução de pergaminhos perdidos com o tempo. A fase chamada ‘protogótica’  teve lugar na Inglaterra e norte da França, entre o final século XII e final do século XIII. Surgiu da cisão da minúscula carolina com a minúscula anglo-saxônica então usada nos scriptoria ingleses, desde 950, nos documentos em latim.
Como uma sombra furtiva o Monge Boaventura desceu rápido do ascensor com o seu bendito livro as escondidas por baixo das vestes monásticas e escapou com pressa no mesmo sentido de entrada.  De então se enfurnou no seu Claustro de vez. Ao penetrar no aposento trancou à chave  a única porta e olhou por todos os lados para ver se não havia ninguém a observá-lo. De imediato trancou o postigo na porta maior e, então, acedeu avela no seu birô para poder dar início à leitura do estudo em forma gótica. Após limpar a face do suor, ele viu umas estranhas imagens a simbolizar o demônio. Homem de chifres, cartas misteriosas de um baralho e, em suma: o mal destrutivo. Cálice com sangue. Os dedos de Lúcifer. Monstro armado com tacape mortífero. A sanha da destruição. Enfim: o Satanás. Essa é a força opositora a existir no mundo da Terra e em todo o Universo. Satanás, lúcifer, o diabo. O nome muda. Mas o significado é o mesmo. Para os religiosos, o Satanás é um homem do mal a zombar de Deus. De tanto ser propalado, o povo acha ter conhecimento do Demônio. É um ser em traje de vermelho, dizem outros. O mal é Lúcifer propalam alguns. Porém pouca gente costuma a dizer ser o Diabo um personagem fictício que provoca medo nas pessoas. Mesmo assim, um religioso declarou se um Diabo tivesse forma humana, ele seria um tipo atraente, religioso, atlético, forte, usaria um traje ornamental e severo. Ele não teria medo de ser assim, relatava o livro em suas premissas. O Monge se admirou com conteúdo feito por seu autor quando expos o Demônio em um tipo atraente.
Entidades sobrenaturais demoníacas assombram todas as religiões. O Demônio do Islã é chamado de Iblis. No Oriente, Mara. O Demônio das religiões ocidentais tem suas origens nas tradições da cultura judaica. Mas encontrar o Diabo da Bíblia é mais difícil do que se pode imaginar. A noção popular de Satanás vem de longa data.  As pessoas conhecem as histórias da Bíblia. Mas na verdade o que a maior parte do que essas pessoas sabem não está na Bíblia. A serpente no primeiro livro da Bíblia não é o Diabo. No livro de Genesis a serpente está mais para um enigma do que para o Diabo. Não há nenhuma conexão real no capítulo III entre a serpente e o Satanás. A referência mais antiga que se tem a Satanás não há uma referencia propriamente dita. Trata-se do grupo de palavras SATà do hebreu que era usado como verbo. Porém Satanás se tornou o exemplo do nome do Demônio. Mas a primeira vez que surge no Velho Testamento, ela não aparece como substantivo. Ela está no livro dos NÚMEROS. Quando Balaão está para amaldiçoar os Israelitas então Deus envia um “anjo” para a Terra a fim de detê-lo. Então o verbo que o anjo usa é  SATÃ. Então o verbo que o anjo do Senhor usa é SATÃ. Ele dá uma ordem de SATÃ. Ele diz isso. Então SATà aparece não como um personagem, não como um substantivo, mas como um verbo.
Dezessete livros depois, no livro de Jó, o SATÃ se transforma como um personagem pela primeira vez, um ser sobrenatural com vontade própria. Defronte a um grande portão ele faz o possível para tentar os servos de Deus a um caminho tortuoso. O Satanás pergunta para Deus o que Ele acha sobre um homem chamado Jó. E Deus diz: “Sim. Ele é correto e temente.”. E Satanás diz ser ele só assim porque Deus provê muitas coisas a ele (Jó).
Boaventura:
--- Hum! Esse negócio de Satã e Deus. ...Mas isso é uma besteira estupenda. Quem ouviu ou viu os dois conversarem? Quem passou isso para frente? Lendas! Lendas! Pensando bem: Esse caso nunca existiu. – murmurou o Monge.
Na ponta do extremo o Monge De Escócia continuava a pesquisar o Universo já um tanto desvanecido do seu futuro o qual seria por demais acalentador. Jamais o Monge pensou em um fim tão microscópico para o seu existir. E continuava com a ideia de tudo não passar de uma hipótese apesar de se existir um pouco mais de tempo. A vida acabaria. No entanto o Universo pode não se transformar numa bola de fogo absorvente.
De Escócia:
--- Na verdade existem dois paradigmas fundamentais para o fim do Mundo. No primeiro, o Universo acaba em fogo. Essa é a teoria cristã do Armagedom. Fogo, enxofre e a segunda vinda. Mas os nórdicos também têm as suas leis. Existe a lei de Ragnarok – “destino final dos deuses” – em que haverá uma tempestade de neve monstruosa que englobará todo o Universo. Haverá uma batalha no Céu e até mesmo Odin, Thor e todos os grandes deuses morrerão lentamente. Até nós morreremos em um enorme congelamento e até os próprios deuses serão congelados. É uma série de eventos futuros, incluindo uma grande batalha anunciada que resultaria na morte de um número de figuras importantes incluindo os deuses. A ocorrência de vários desastres naturais e a submersão subsequente do Mundo em água. Depois, o Mundo ressurgiria  de novo e fértil, os sobreviventes e os deuses renascidos se reuniriam e o Mundo seria repovoado por dois sobreviventes humanos. Ragnarok é um  evento importante no cânone nórdico e tem sido objeto de estudos acadêmicos e teóricos. – explicou o Monge ao noviço que extava aturdido com a impaciência do seu doutrinador.
Mas a Ciência tem outra teoria que tudo terminará em gelo. Em última análise: a questão maior é se a dinâmica da expansão do Universo pode suportar a tremenda atração da gravidade. Mesmo assim a Grande Ruptura não é, necessariamente, o fim de tudo. Se o Universo entrar em colapso o que pode acontecer: posteriormente é outro big band. É outra expansão equivalente. E ele pode a se expandir por um tempo e depois se contrair. Acreditava-se com o tempo a expansão desaceleraria. Mas observações científicas revelaram algo completamente diferente: ela está cada vez mais rápida. .
De Escócia:
--- O Universo parece estar fora de controle. Essa expansão está acelerando. Está ficando mais forte. Estamos passando por uma expansão inflacionária. Portanto ficamos sabendo que o Universo está se expandindo com uma aceleração além do que esperávamos da explosão inicial.   – argumentou o astrônomo ao seu aluno.
O volume de espaço no Universo parece destinado a aumentar, indefinidamente. Se não se puder ver as galáxias se afastando uma das outras na verdade as civilizações perderão o sentido da história e nunca saberão que houve um big band. Outra teoria propõe que a expansão é ainda mais rápida. Se isso acontecer o cosmos terá um final violento. Mesmo que a taxa de expansão não chegue a um extremo, o futuro do Universo não é promissor. A temperatura diminuirá e ficará cada vez mais fria e mais escura porque a própria luz emitida pelas estrelas terá de atender a um volume cada vez maior. Então o Universo será um lugar bastante sombrio. Se o Universo prosseguir em seu curso atual o destino é uma era do gelo cósmica em que a própria luz solar será extinta. No ano 100 trilhões A.D. (Anno Domini – ano do Senhor) os últimos sobreviventes da civilização humana podem ser obrigados a viver em um canto escuro e distante da galáxia Via Láctea. Eles ficarão em torno da última estrela a brilhar no Céu e que, infelizmente, também morrerá em breve. A Via Láctea, que é chamada assim por causa de sua faixa de estrelas cintilantes ficará não reconhecida. O espetáculo brilhante das estrelas dará lugar a luzes fracas vindas de restos estelares.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário