- MONGE -
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SATANÁS
Em uma manhã qualquer o Monge
Boaventura Crowley já havia terminado o seu repasto e se dirigia à Biblioteca
do Mosteiro como era bem comum fazer. Ao caminhar pelo corredor do Mosteiro
onde havia árvores gigantescas no meio do pátio, ele cruzou com outro monge de
sua ordem, o ancião dos seus oitenta anos. Era o também Monge Ritale um tanto
corcunda, aparentemente franzino, cor branca chegando a ser rosado,
demonstrando em sua face e sem mais poder falar em seus cabelos de aparência
ruiva. Mesmo assim, era uma suposição porque o ancião cobria a cabeça com o
capuz das vestes monásticas. Monge cruzou com o ancião e lhe cumprimento com
era o costume. O ancião não ouviu ou mesmo nem deu maior importância. Ele
estava rezando o rosário com certeza a pregar a Santa Virgem e por isso não
observou o cumprimento dado. Após alguns passos o Monge ancião Ritale se voltou
com plena dificuldade para ver ao certo quem passara por ele. O Monge
Boaventura era um tipo esbelto, até mesmo forte, pois a sua musculatura demonstrava
o caso. De altura mais que mediana e ombros largos até demais. Há trinta anos
chegara ao Mosteiro e por lá ficara entre ritos e orações sem contar com a
leitura diária dos livros quase sempre doados por outros Monges. Os demais
Monges estavam em suas tarefas diárias e o Monge Boaventura, antes de galgar o
espaço para a Biblioteca pode observar tudo sem ao menos sentir. Ele estava
ocupado em um tema um pouco assombroso para todos os mortais. Era a questão do
enigma de Satanás, caso por ele estudado
ao longo do tempo. A questão foi abordada há muitos anos quando ele ouviu de
outro Monge ter o Satanás nunca existido. Era apenas suposição de homens da
história a maldizer os inimigos de Jesus. Quem era do lado contrário esse
indivíduo era na verdade um Satanás, Diabo, Lúcifer ou demais expressões. E o
Monge tinha a impressão ao contrário. Por tal motivo sempre estava a procurar
novas informações sobe o Demônio.
Ao chegarão topo onde estava a
Biblioteca, em uma sala evidentemente enorme e alta. Ele olhou quase que
depressa para os estudiosos Monges e noviços a estarem a estudar os seus
ensinos costumeiros ou mesmo de profundo conhecer. O Monge Boaventura chegou ao
salão de muitas estantes em diferentes ângulos e buscou uma estante bem alta
para onde ele arrastou uma escada e por ela pode subir até o topo. Em cima de
tudo buscou encontra o livro perdido ao longo dos anos. “SATANÁS”. Esse era o
título. A folhear o livro no alto da estante o Monge conferiu com as suas
pesquisas. Era o verdadeiro. O livro tinha sido posto naquele local há vários
anos. Quem o colocou lacrou com uma tinta vermelha e o escondeu dos demais para
não ser tirado nunca mais. Era um livro em letras góticas ou escolásticas feito
no século XII já em tradução de pergaminhos perdidos com o tempo. A fase
chamada ‘protogótica’ teve lugar na Inglaterra e norte da França,
entre o final século XII e final do século XIII. Surgiu da cisão da minúscula
carolina com a minúscula anglo-saxônica então usada nos scriptoria ingleses, desde 950, nos documentos em latim.
Como uma sombra furtiva o Monge
Boaventura desceu rápido do ascensor com o seu bendito livro as escondidas por
baixo das vestes monásticas e escapou com pressa no mesmo sentido de entrada. De então se enfurnou no seu Claustro de vez. Ao
penetrar no aposento trancou à chave a
única porta e olhou por todos os lados para ver se não havia ninguém a
observá-lo. De imediato trancou o postigo na porta maior e, então, acedeu avela
no seu birô para poder dar início à leitura do estudo em forma gótica. Após
limpar a face do suor, ele viu umas estranhas imagens a simbolizar o demônio.
Homem de chifres, cartas misteriosas de um baralho e, em suma: o mal
destrutivo. Cálice com sangue. Os dedos de Lúcifer. Monstro armado com tacape
mortífero. A sanha da destruição. Enfim: o Satanás. Essa é a força opositora a
existir no mundo da Terra e em todo o Universo. Satanás, lúcifer, o diabo. O
nome muda. Mas o significado é o mesmo. Para os religiosos, o Satanás é um
homem do mal a zombar de Deus. De tanto ser propalado, o povo acha ter
conhecimento do Demônio. É um ser em traje de vermelho, dizem outros. O mal é
Lúcifer propalam alguns. Porém pouca gente costuma a dizer ser o Diabo um
personagem fictício que provoca medo nas pessoas. Mesmo assim, um religioso
declarou se um Diabo tivesse forma humana, ele seria um tipo atraente,
religioso, atlético, forte, usaria um traje ornamental e severo. Ele não teria
medo de ser assim, relatava o livro em suas premissas. O Monge se admirou com
conteúdo feito por seu autor quando expos o Demônio em um tipo atraente.
Entidades sobrenaturais
demoníacas assombram todas as religiões. O Demônio do Islã é chamado de Iblis.
No Oriente, Mara. O Demônio das religiões ocidentais tem suas origens nas
tradições da cultura judaica. Mas encontrar o Diabo da Bíblia é mais difícil do
que se pode imaginar. A noção popular de Satanás vem de longa data. As pessoas conhecem as histórias da Bíblia.
Mas na verdade o que a maior parte do que essas pessoas sabem não está na
Bíblia. A serpente no primeiro livro da Bíblia não é o Diabo. No livro de
Genesis a serpente está mais para um enigma do que para o Diabo. Não há nenhuma
conexão real no capítulo III entre a serpente e o Satanás. A referência mais
antiga que se tem a Satanás não há uma referencia propriamente dita. Trata-se
do grupo de palavras SATÃ do hebreu que era usado como verbo. Porém Satanás se
tornou o exemplo do nome do Demônio. Mas a primeira vez que surge no Velho Testamento,
ela não aparece como substantivo. Ela está no livro dos NÚMEROS. Quando Balaão
está para amaldiçoar os Israelitas então Deus envia um “anjo” para a Terra a
fim de detê-lo. Então o verbo que o anjo usa é
SATÃ. Então o verbo que o anjo do Senhor usa é SATÃ. Ele dá uma ordem de
SATÃ. Ele diz isso. Então SATÃ aparece
não como um personagem, não como um substantivo, mas como um verbo.
Dezessete livros depois, no livro
de Jó, o SATÃ se transforma como um personagem pela primeira vez, um ser
sobrenatural com vontade própria. Defronte a um grande portão ele faz o possível
para tentar os servos de Deus a um caminho tortuoso. O Satanás pergunta para
Deus o que Ele acha sobre um homem chamado Jó. E Deus diz: “Sim. Ele é correto
e temente.”. E Satanás diz ser ele só assim porque Deus provê muitas coisas a
ele (Jó).
Boaventura:
--- Hum! Esse negócio de Satã e
Deus. ...Mas isso é uma besteira estupenda. Quem ouviu ou viu os dois
conversarem? Quem passou isso para frente? Lendas! Lendas! Pensando bem: Esse
caso nunca existiu. – murmurou o Monge.
Na ponta do extremo o Monge De Escócia
continuava a pesquisar o Universo já um tanto desvanecido do seu futuro o qual
seria por demais acalentador. Jamais o Monge pensou em um fim tão microscópico
para o seu existir. E continuava com a ideia de tudo não passar de uma hipótese
apesar de se existir um pouco mais de tempo. A vida acabaria. No entanto o
Universo pode não se transformar numa bola de fogo absorvente.
De Escócia:
--- Na verdade existem dois
paradigmas fundamentais para o fim do Mundo. No primeiro, o Universo acaba em
fogo. Essa é a teoria cristã do Armagedom. Fogo, enxofre e a segunda vinda. Mas
os nórdicos também têm as suas leis. Existe a lei de Ragnarok – “destino final
dos deuses” – em que haverá uma tempestade de neve monstruosa que englobará
todo o Universo. Haverá uma batalha no Céu e até mesmo Odin, Thor e todos os
grandes deuses morrerão lentamente. Até nós morreremos em um enorme
congelamento e até os próprios deuses serão congelados. É uma série de eventos
futuros, incluindo uma grande batalha anunciada que resultaria na morte de um
número de figuras importantes incluindo os deuses. A ocorrência de vários
desastres naturais e a submersão subsequente do Mundo em água. Depois, o Mundo
ressurgiria de novo e fértil, os
sobreviventes e os deuses renascidos se reuniriam e o Mundo seria repovoado por
dois sobreviventes humanos. Ragnarok é um
evento importante no cânone nórdico e tem sido objeto de estudos
acadêmicos e teóricos. – explicou o Monge ao noviço que extava aturdido com a impaciência
do seu doutrinador.
Mas a Ciência tem outra teoria
que tudo terminará em gelo. Em última análise: a questão maior é se a dinâmica
da expansão do Universo pode suportar a tremenda atração da gravidade. Mesmo
assim a Grande Ruptura não é, necessariamente, o fim de tudo. Se o Universo entrar
em colapso o que pode acontecer: posteriormente é outro big band. É outra
expansão equivalente. E ele pode a se expandir por um tempo e depois se
contrair. Acreditava-se com o tempo a expansão desaceleraria. Mas observações
científicas revelaram algo completamente diferente: ela está cada vez mais
rápida. .
De Escócia:
--- O Universo parece estar fora
de controle. Essa expansão está acelerando. Está ficando mais forte. Estamos
passando por uma expansão inflacionária. Portanto ficamos sabendo que o Universo
está se expandindo com uma aceleração além do que esperávamos da explosão
inicial. – argumentou o astrônomo ao seu aluno.
O volume de espaço no Universo
parece destinado a aumentar, indefinidamente. Se não se puder ver as galáxias
se afastando uma das outras na verdade as civilizações perderão o sentido da
história e nunca saberão que houve um big band. Outra teoria propõe que a
expansão é ainda mais rápida. Se isso acontecer o cosmos terá um final
violento. Mesmo que a taxa de expansão não chegue a um extremo, o futuro do
Universo não é promissor. A temperatura diminuirá e ficará cada vez mais fria e
mais escura porque a própria luz emitida pelas estrelas terá de atender a um
volume cada vez maior. Então o Universo será um lugar bastante sombrio. Se o
Universo prosseguir em seu curso atual o destino é uma era do gelo cósmica em
que a própria luz solar será extinta. No ano 100 trilhões A.D. (Anno Domini –
ano do Senhor) os últimos sobreviventes da civilização humana podem ser
obrigados a viver em um canto escuro e distante da galáxia Via Láctea. Eles
ficarão em torno da última estrela a brilhar no Céu e que, infelizmente, também
morrerá em breve. A Via Láctea, que é chamada assim por causa de sua faixa de
estrelas cintilantes ficará não reconhecida. O espetáculo brilhante das estrelas
dará lugar a luzes fracas vindas de restos estelares.
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