- April Scott -
- 47 -
O FIM
O homem ficou pensativo. Queria deduzir de como ensinar ao seu filho a história de Adolf Hitler, uma vez ter o garoto ido com o Fuhrer a bordo de uma aeronave. Ao que levaria a crer o menino não sabia da historia de Adolf Hitler ou da II Guerra Mundial, caso acontecido há vários anos. O Brasil esteve presente na Itália onde quase 500 homens e mulheres perderam a vida nos combates. Pistóia foi o centro das atenções para as famílias dos mortos do Brasil. E Jaime Calassa, descendente de italianos, bem sabia do massacre sofrido pelo Exercito brasileiro no enfrentamento dos “pracinhas” como foram chamados os homens que embarcaram para a Itália. Muitos soldados a contragosto; outros chorando ao se despedir dos familiares; havia os permanecentes em terra; e os que foram para o norte do país para a extração da borracha. Por onde começar! Eis a questão!
Jaime:
--- Filho! Vamos se sentar aqui! – relatou Jaime ao seu filho buscando o garoto para a cadeira estofada do birô.
O menino obedeceu e procurou ouvir a nova versão do seu pai querido. O homem rebuscou em sua mente o início da Guerra e os combates alcançados pelas tropas dos nazi-fascismo. Era uma luta enorme para recordar com precisão. Ele, meio italiano, estava no Brasil há uma sequencia de anos. Benito Mussolini era o Duce do país. Homem prepotente. Ele entrou na Guerra com armamentos para apenas dois meses de combate. A ajuda alemã teve o elo fundamental. Mas, isso não mais importava a Jaime Calassa. Inteiramente compenetrado, o homem começou a falar e deixou de lado a história da Itália. E o menino a ouvir o relato.
Jaime:
--- Filho! Deixando os acertos para trás, eu creio na vinda de Adolf Hitler para um país do sul da América. Certa vez, Célio um jovem radio operador me contou ter ele apanhado um despacho telegráfico sobre a fuga do Fuhrer. Ele disse ter a certeza do despacho fechado em Barcelona, Espanha. Por certo tempo, Célio guardou esse despacho e depois, por precaução, se desfez do mesmo. Em outra oportunidade, ele falou do conhecimento de proteção dos Governos anglo-norte-americanos. E Célio disse mais: ter sido um comboio de submarinos nazistas partidos de águas da Espanha, fazendo escala das Ilhas Canárias e seguindo viagem até o sul da Argentina com aval dos Estados Unidos. – falou e calou por certo tempo o homem.
O filhou perguntou para melhor entender:
Joel:
--- E o Fuhrer estava dentro do navio? – perguntou alarmado o garoto.
O homem estava de cabeça abaixada e então parece ter acordado em suas simples memórias e respondeu ao seu filho amado.
Jaime:
--- Ah. Sim. O ditador Adolf Hitler, sua esposa Eva Braun e outros oficiais estavam a bordo do submarino. Não era navio e, sim, submarino. Há uma diferença entre navio e submarino. Navio segue por cima d’água. Submarino segue por baixo. É assim. Não confunda submarino com navio. São dois tipos diferentes de embarcações. – fez ver o homem.
O garoto afirmou que sim.
Joel:
--- Está bem. Agora: o que é comboio? – indagou o menino a seu pai.
O homem sorriu o logo fez cara dura:
Jaime:
--- Comboio? É um grupo de submarinos. Mais de um. Três ou quatro. Isso é um comboio. Coisa que você vê nas revistas em quadrinhos. Lembra-se? – perguntou Jaime a seu filho.
O garoto sorriu e se lembrou das revistas em quadrinhos. Logo o menor respondeu:
Joel:
--- Ah Sim. Comboio. Tem até de homens que seguem para conquistar os territórios norte- americanos. – sorriu o garoto ao lembrar-se da história.
O homem sorriu também. E depois respondeu:
Jaime:
--- É isso. A Conquista do Oeste. Agora, um homem, que não me lembro de seu nome, me falou ter o Brasil, no sul do Estado do Rio Grande protegido a caravana e dado abrigo a Adolf Hitler. Ele falou de a família Hitler, pois também seguia sua mulher Eva Braun, ter sido levado a Patagônia e ficado em Mar Del Plata, próximo a Buenos Ayres. O homem era um professor de Historia. E nem sei como o professor teve conhecimento de tal história. – disse ainda o pai de Joel.
O garoto ficou um célebre conhecer da história de Adolf Hitler com tudo o que ouvira do seu pai. E disse ainda:
Joel:
--- Viva! Agora eu sei de toda a história da Alemanha e de Hitler, seu diretor. – exclamou o garoto a seu pai.
O pai sorriu e relatou a seguir:
Jaime:
--- Diretor, não. Ditador. Ele governava com mão de ferro o país. Mesmo assim, tinha seus momentos de lucidez. Até por que a sua mulher era filha de judeus. E pelo que dizem os judeus, Hitler mandou matar seis milhões de judeus na câmara de gás. Morte terrível. Os judeus perseguem por todos os cantos do mundo quem é nazista, meu adorado filho. – sorriu o homem ao abraçar a criança.
O garoto ficou atônito e perguntou:
Joel:
--- Mas judeus não são parentes de Jesus? – quis saber o menino.
O homem ficou sério e disse a seguir:
Jaime:
--- Aliás, eles são parentes. Mas foram os judeus que mandaram crucificar Jesus. É a história da humanidade. – fez ver Jaime Calassa.
O menino ficou a meditar. E logo indagou:
Joel:
--- E por que mandaram matar Jesus? – perguntou o garoto.
O homem sorriu e respondeu:
Jaime:
--- Querelas de famílias. Como se faz ainda hoje. – sorriu o homem a comentar ao filho.
E o menino ainda quis saber sobre a questão de Hitler tendo perguntado ao seu pai por quanto tempo viveu o Fuhrer. O homem ouviu e respondeu:
Jaime:
--- Ao que me parece ele viveu por mais vinte anos. Se quando fugiu da Alemanha tinha seus 56 anos, então ele morreu aos 77 anos de idade. E se diz ter Hitler tirado apenas o bigode e aparado o cabelo para não ser ele reconhecido pela gente argentina. Os protetores de Adolf Hitler tem muito que contar ainda. Planos de guerra, desenvolvimentos científicos e militares ter a Alemanha descoberto. E tem ainda a suástica. Vários países guardam ainda a suástica, uma cruz com as pontas quebradas. Essa suástica Hitler foi buscar na antiguidade. A suástica ou cruz gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos diferentes, dos Astecas aos Celtas, Budistas, Gregos e Hindus. Você leia, garoto. A história não é apenas isso. Leia muito. Encha sua estante de livros. – sorriu Jaime a se despedir do seu filho, pôs estava na hora de ir para a rádio.
O menino então e foi apanhar os livros deixados ao pé da estante olhando para o pai com um sorriso. O dia já clareava e era hora de ir ao banheiro. A mãe de Joel entrou na sala e viu o garoto a apanhar os livros e olhou o seu pai. Nada disse então. Rodou nos pés e foi para o interior da casa. Os galos e os pássaros cantavam há uma meia hora. Dentro de instante passaria na frente da casa de Jaime Calassa o homem do pão com seu balaio nas costas.
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