quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O FIM DO MUNDO - 15 -

- Kristen Stewart -
- 15 -
VÍTIMAS
O assombro do primeiro abalo deixara a população intranquila. A contagem dos mortos apontava para além de 10 mil pessoas, apenas da capital. Outra acontece um sismo de magnitude imprevista. Casas e edifícios sofreram maiores danos nessa segunda parte do tremor de terra. Com a consequência o sismo, a derrubada de edifícios e rompimentos de estradas e pontes as consequências seriam bem maiores. Falhas geológicas nunca se determinaram as suas existências. O primeiro terremoto com a onda gigante foi o primeiro sinal de a Terra tremer. O segundo sismo sem contar com os menores foi bem mais forte que os demais havidos numa distancia de pouco mais de uma semana. Seria provável a existência de placas tectônicas próximas ao Continente. Seriam vários blocos denominados placas litosféricas. Esses gigantescos blocos estão em constante movimento, podendo de afastar ou se aproximar. Nas zonas de convergências pode ocorrer a colisão entre diferentes placas tectônicas. Esses fatos produzem acúmulo de pressão e descarga de energia, que se propaga em forma de ondas sísmicas, caracterizando o terremoto. Dessa vez, as vítimas foram soterradas nos escombros das casas e edifícios. Vanesca, em certo tempo fez nova ligação para a família de Otto sem nada conseguir. Além da falta de energia elétrica, também até mesmo os sinais dos aparelhos celulares indisponíveis.  A moça foi até a janela da suíte onde foi posto Otto para ver o estrago feito nas tendas e ficou impressionada com tal situação. O seu automóvel ficou entre os demais sofrendo fortes avarias.
Vanesca:
--- Meu Deus do céu! E agora? – indagou perplexa a jovem moça.
O cheiro forte de óleo diesel se misturava com outros materiais. Vanesca se lembrou de ouvido gritos de existência de fogo em algum lugar do prédio. Nesse ponto a jovem moça ficou bastante alarmada. De um momento para outro entrou na suíte o médico com quem Vanesca estava. Ele trazia uma lâmpada alimentada por carbureto usada pelo pessoal do serviço de máquinas. E Doutor Claudio Melo colocou em cima de uma mesa postada na suíte. E logo em seguida, conversou:
Melo:
--- Esta lâmpada deve durar até a manhã de manhã. É bom ter cuidado. Eu consegui com um torneiro, na oficina. Tenho mais a dizer. Há um incêndio no parque de máquinas onde está o gerador de energia. Mas os rapazes estão controlando. O gerador....Não sei se afetou. Há uma fumaça enegrecida. É do fogo no parque das máquinas. Para subir até aqui levei um tempo medonho. O médico, doutor Fonseca está tentando uma ligação com o Corpo de Bombeiros. Ele quer ter uma visão do estado da cidade. Em particular, aqui do Hospital. – relatou o médico muito preocupado.
Vanesca agradeceu por tal preocupação do médico e garantiu ter cuidado de fazer a troca do carbureto no dia seguinte uma vez ter o doutor Claudio Melo lhe entregue uma porção do material para a troca do combustível. O médico ainda verificou a pressão do rapaz e acabou por dizer ter seu estado está em perfeita ordem.
Melo:
--- Quando o jovem acordar já é tempo de sair. Eu não sei bem o que pensa o doutor Fonseca. ... Mas... Por mim ele está muito bem.  -  relatou o doutor Claudio Melo.
Após essa observação o médico saiu do apartamento de Otto se despedido da moça.
O caos imperava fora do Hospital. Com a destruição da pavimentação da estrada impedindo o transito de veículos e o arrasamento de tantos carros estacionados no pátio interno do Hospital a situação era de tragédia. Gentes mortas, outras em estado de coma, quantidades de pessoas a procura de alguém a ter a esperança de acudir um determinado paciente, enfermeira a fazer tudo o que podiam. Era uma verdadeira desordem. De alguma forma outros pacientes eram trazidos de qualquer jeito para serem atendidos no parque do hospital.
A situação de atropelos não era menor em toda a cidade. O Quartel de Polícia teve parte do seu complexo em ruinas. As equipes de socorro vasculhavam toda a área a procura de alguém morto ou ferido. Tudo era uma confusão na sala de comando. Ordens dadas por alguém eram desfeitas por outro oficial militar. A parte interna no Quartel era um eterno desassossego com toda a tropa ou parte a vascular o tanto que se podia verificar. Soldados eram levados às presas para o Hospital da Policia. Em sua maioria eram soldados em estado de choque clamando pela mãe ou por sua mulher. Na eterna confusão do Quartel nada se podia fazer de concreto. A Casa de Saúde do Quartel se enchia de enfermos e de acompanhantes. Era uma confusão total de um povo apavorado com tal situação de um sismo. Poucos médicos para atender toda a gente.    Quem não era enfermeira passava a ser pelas circunstancias do momento. Uma correria total no saguão de atendimento.
Em outra parte da cidade, os Quarteis Militares do Exercito, Aeronáutica e da Marinha o confusão era de igual consternação.  Na Marinha, as torres de rádio vieram ao chão com o tremor de terra. E de nada se podia fazer. O Comando era uma plena desordem. O sistema de rádio não funcionava naqueles instantes primeiros do sismo. As equipes de plantão faziam o necessário para poder se comunicar com os barcos emitindo apelos de socorros pelo Código Morse, único talvez em operação. Esse era o Código Internacional de Sinais.
Morse:
--- Mayday! Mayday! Mayday! – repetia desorientado o telegrafista na esperança de ser escutado por alguma embarcação de perto ou da distancia.
Na Base Aérea, era um caos total. As aeronaves civis e militares emborcadas sobre outras e o fogo a tomar conta de todo o complexo aeronáutico. A fumaça negra a voltear pelos ares identificando um incêndio desproporcional e catastrófico a consumir toda a área militar. O fogo bem mais parecia ao o sucedido com o ataque de Pearl Harbor, na segunda Grande Guerra Mundial. Labaredas e fumaças tomando toda a área militar ou não. Rolos e mais rolos de fumaça negra subiam aos céus em momento crucial de desatino. Equipes de combate às chamas se esforçavam por chegar mais próximo do enegrecido rolo de fumaça. A destruição atingiu grande parte ou quase toda dos depósitos de combustível e outras instalações militares Aviões de treinamento e caças foram reduzidos a cinzas, pelo modo de se dizer.  Contudo, uma forte explosão foi ouvida no percurso da fumaça negra. Um aparelho Caça atingido pelo fogo não resistiu e explodiu durante a operação de extinguir as chamas. Em outro estande, um hangar sumiu entre rolos de fumaça negra. As equipes de bombeiros aplacavam em um local e o fogo ressurgia mais algoz em outro. As equipes médicas foram acionadas de imediato para atender os soldados e civis. A maioria intoxicada pela fumaça ardente a consumir certo trecho da Base Aérea.
Em outros trechos da capital o Exercito foi acionado para cumprir sua missão. Um hospital de campanha foi montado a céu aberto para atender ás vitimas do sismo no decorrer do restante do dia. Havia falta de água e comida para toda a gente. Saques a supermercados, mercados, açougues e mercearias  aconteciam com frequência pela gente a tentar escapar do flagelo da morte. Não havia policiamento na cidade. Isso porque nem mesmo os carros de polícia podiam transitar pelas ruas cheias de buracos abertos pelo sismo. E em outro caso, a polícia tinha de cumprir a sua missão de restaurar o prédio do Quartel Militar da organização.
Por outro lado circularam rumores de que o Prefeito da Cidade estava adoentado e não podia sair de casa, uma das únicas casas a escapar da tragédia. Por seu turno, o Governado do Estado transferiu seu Gabinete para o interior onde pedia observar todos os acontecimentos da Capital e do restante do Estado. Houve comentários de fuga do Governado. Contudo, nada podia ser confirmado. O serviço telefônico estava desativado e as empresas de Celulares também não operavam. Uma moto circulou até a direção do Hospital. Era o único meio de transporte circulante. E nada se podia colher mais do desesperado meio do instalado na Cidade. A fuga era a única forma de se sair da Capital. Há um dia depois do abalo a população caminhava sem parar a procura de uma saída de emergência. Os Hospitais não cabiam mais de gente a pedir por socorro. Os médicos no Hospital Geral abandonaram o serviço para cuidar de sua família onde algumas das vítimas estavam mortas sob os entulhos dos edifícios caídos de vez ao chão. Na suíte, Vanesca olhava para o seu noivo. Na noite passada Otto recobrou a consciência e indagou onde era que ele estava pois apenas notara um ambiente tranquilo. A moça respondeu:
Vanesca:
--- Você está no Hospital. – foi o que pode dizer a moça.
Otto:
--- Hospital? Mas que Hospital? O que faço aqui? – perguntou o homem com bastante espanto.
Então, Vanesca teve de explicar o acontecido desde a primeira hora quando eles estavam prestando auxilio aos doentes em um aterro. O homem tivera uma sincope e teve de ser levado às pressas para o pronto-socorro. Havia gente demais na entrada do Hospital. Ela foi obrigada a chamar um médico seu conhecido. Daí em diante os médicos apenas fizeram exames para saber da saúde de Otto. Nada grave. E foi então de ter ocorrido um novo abalo sísmico. Então a situação se agravou. Prédios desabaram, a estrada de acesso ficou bloqueada ao interior do Hospital; Fogo por toda a parte da cidade, inclusive no aeroporto; telefones e celulares mudos; a falta de energia em toda a cidade; a Polícia enfrentava problemas com o desabar do seu prédio; Marinha ficou sem comunicação com o restante do País.
Vanesca:
--- Está uma desgraça total. Rádios não funcionam. Jornais, pelo visto, nem pensar. Os serviços públicos estão uma calamidade. E você aqui, deitado, sem recobrar os sentidos. O único médico a atender você, esse desapareceu. Tem apenas o pessoal da limpeza, pois até as enfermeiras sumiram. – chorou com bastante temor a moça.
 


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