segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O FIM DO MUNDO - 32 -

- Kristen Stewart -
- 32 -
MULTIDÃO
Nesse mesma hora uma multidão corria rua a fora aos gritos. Era um eterno pavor total. Mulheres, moças e meninos a chamar por Deus e percorrer todas amedrontadas em um verdadeiro pânico. Toda essa gente passava em frente à Clínica do Doutor Teixeira, médico veterinário quando esse procurava segurar a estante de medicamento. O rapaz vindo do Hospital igualmente foi tomado de espanto por conta dos estridentes gritos das mulheres e moças.
Gritos:
--- Socorro! O mundo vai se acabar! Socorro! – gritavam as mulheres e moças.
De qualquer forma, na corrida louca, a multidão apenas avistava a fenda aberta com o terremoto e nada mais, apesar dessa fenda ficar há uma longa distância para onde o povo todo corria sem trégua. Nesse ponto, o veterinário escorou a estante e partiu para frente de sua clínica e de imediato fechou as portas com inseguro pavor.  O rapaz se jogou dentro da Clinica com temor de lhe acontecer algo estranho. Quando o Doutor Teixeira voltava, após trancar as portas, ainda tropeçou nos pés do rapaz. Por sorte o veterinário não foi ao chão por sobre ou de qualquer lado do pobre rapaz.
Teixeira:
--- O que é que estás fazendo deitado? – reclamou o veterinário.
No centro da cidade o tumulto era total. Gente a gritar aos berros pedindo socorro pelo amor de Deus. Um procurava a mulher. Outro procurava achar a sua mãe. Tinham os aflitos com o desaparecimento de todos os parentes. Havia também a procura de uma criança caída na cratera aberta onde além da terra havia a lama. Uma zoada era um tumulto eterno. O carro de bombeiros com seus cinco policiais chegou ao local de maior desordem. Gritos e lamentos, choros entre lágrimas. Procuras e desassossego. Mulheres ao desmaio. Correria louca de quem pudesse investir. Meninas a magoada chorar.
Menina:
--- Meu pai! Meu paizinho! – falava em lamento a menina a cair em prantos.
Mulher:
--- Socorro! Acudam o meu filho! – chorava a mulher ajoelhada a bater com as mãos no chão.
Outros:
--- Onde está o padre? – gritava intranquilo o homem a todo instante.
E todo esse drama ou mesmo tragédia sacudia aquele mundo de pessoas a olhar a vala aberta cheia de lama a correr sem destino. Os bombeiros socorriam a uns e a outros a quem podiam fazer algo. Casas de comércio ruíram por completo diante do drama. Eram casas de móveis, tecidos, artigos domésticos, pratarias, lanchonetes, secos e molhados até mesmo o posto de serviços de combustíveis. Esse despencou a cair na vala aberta. O caos era patente. De repente, em meio de tudo aquilo, um rapaz gritou. Quase ninguém ouviu. Mas o rapaz tremia de medo.
Rapaz:
--- O sol! O sol! Vejam! – apontava o rapaz para o alto.
Ele queria mostrar o sol a ser encoberto pela Lua em plena manhã. Devagar, como uma penumbra, a lua avançava sobre o sol para encobri-lo total. Foi um tempo de desespero. O Céu surgiu como um encanto e as estrelas começavam a brilhar quase ao meio dia. Quem tivesse coragem de olhar para o Céu teria a ocasião de ver as maravilhas da natureza em plena manhã. E o tumulto se formou cada vez mais:
Mulher:
--- O sol está sumindo! – gritava a mulher em tremenda correria, a esmo par qualquer lugar.
Homem:
--- Olha lá uma luz! – mostrava um homem à espécie de raio a correr Terra adentra a procura de um matagal em cima da Serra.
Foi instante terrível aquele. Ninguém podia atinar ser aquele corpo o enigmático cometa perverso, cheio de ira capaz de sacudir toda a Terra com seus poderosos raios cósmica. De há muito o cometa era visível pelos astrônomos. Mesmo assim, em uma cidade interiorana nada chegava ao seu respeito. O Cometa tinha passagem pela Terra a lançar seus poderosos ventos celestes a todo custo. Bem maior que a Terra, era ele o responsável para cobrir toda a nossa atmosfera. Bolas gigantes de fogo atravessavam o Céu em uma constante arrematada. Se alguém subisse para além da Terra, veria os estragos em baixo. País da Europa, Ásia, Oriente Médio, as Américas do Norte ao Sul. Em todos os pontos onde existia energia atômica, em todos os recantos sem fim, havia terremoto, explosões de Usinas Atômicas, indústrias bélicas, carros, caminhões, indústria inteira de matérias em geral. Era todo o mundo a pegar fogo por conta do monstro monolítico capaz de destruir aldeias e cidade. O gigantesco corpo celeste originou-se fora na Terra e caminhava a passos colossais em busca de algo para destruir. O seu brilho era enorme e colossal. Talvez o monstro caminhasse a bilhões de quilômetros a uma velocidade assombrosa. O cometa era de um brilho intenso, talvez mais que uma Lua Cheia. Tinham-se informes do brilho intenso do Cometa. Mesmo assim não se pensava nos estragos advindos com a sua passagem pela órbita da Terra. A sua cauda seguida de fagulhas era a mais ousada já vista. Em todos os recantos da Terra explosões eram sentidas por conta dos arremessos estonteantes de bolas de fogo. Para alguns estudiosos o cometa era chamado de O Gato, essa imensa rocha a cruzar o sistema solar. Do pouco o que se podia saber, ele, o cometa, era como um gato a fazer o que quisesse. O calculo estimado do Gato era do monstro ter o transito desde uma nuvem gigantesca, uma redoma com trilhões de rochas. Sua idade era no mínimo de trezentos anos. Os estudos apontavam ser provável ter havido um choque entre duas rochas gigantes e uma foi jogada para o sistema solar da Terra. A sua viagem é de centenas de milhares de quilômetros por hora podendo se perder no Universo. Mais que isso o seu período orbital era de mais  de 1,5 milhão de anos. A coma tem milhões de quilômetros de extensão. Por esse ponto notava-se a enormidade do cometa e o seu poder destrutivo ao se aproximar do Sol. A gigantesca rocha caminhava para o Sol e dali para o Universo. E quanto atingiu o ponto da Terra causou toda uma destruição impar. Era, na verdade, o fim do mundo.
Na fazenda do Coronel Tomaz de Araújo todo o vexame era pouco. A ver de perto o espocar das bolas de fogo no monte da Serra, o Coronel resolveu partir para um local mais seguro. Ela de nada sabia o acontecido no Mundo, pois a falta de energia deixava a cidade às escuras, mesmo sendo dia. E apesar de tudo, a lua tinha o seu eclipse na hora do desastre. Ele olhou para o céu e viu apenas as brilhantes estrelas. Uma nuvem encobria a redoma do sol. O povo a correr apavorado nada sabia relatar bem o sucedido. Otto estava ao seu lado e de imediato concordou em procurar um lugar mais tranquilo. Afinal, a fazenda estava no meio do fogaréu terrível onde bolas de fogo zuniam a todo instante a cair na mata e algumas na própria cidade.
Coronel:
--- Isso é terrível! Vamos fugir daqui! Longe de tudo! – exclamou espantado o velho coronel.
Otto:
--- A lua encobriu o sol apenas. Mas essa chuva de meteoros é demais. Eu divulguei a algum tempo da aproximação de um cometa. Agora parece despejar sua cauda em cima de nós. Vamos nos proteger com certeza, em um campo mais isolado. – fomentou o rapaz com bastante temor.
Vanesca:
--- Cometa? É o cometa Gato? – relatou  a moça totalmente assustada na frente do casarão.
 Eleanor:
--- Escuro?! É escuro mesmo? – averiguou com bastante temo a moça.
Coronel:
--- Vamos cair fora! Eu pressinto coisa pior! – reclamou o Coronel dando a volta e a entrar em sua destroçada casa.
Vaqueiros, seus filhos e mulheres caíram fora para onde Deus queria. No casarão era um assombro. Dona Matilde, mãe de Vanesca, não parava de chorar àquela hora com o terror a sufocar a alma. Dona Luiza, mãe de Otto era também da mesma forma. Com a debandada dos vaqueiros, suas famílias e dos jagunços não sobrou nada para se olhar. Apenas as empregadas ajoelhadas a pedir socorro ao Bom Jesus. O coronel, tendo a ajuda de Otto e de Vanesca iniciou o preparativo para se lar de mundo a fora. Todos eles muito assombrados com a chuva de rochas luminosas a cair sem parar sobre todo o município. Assim, era chegada a ocasião de fugir para um local ermo e bem distante. Otto se lembrou da caminhada que ele fez e a agonia se tornou mais alarmante. O velho Homero, pai de Otto, foi despejado de qualquer jeito em cima de um carroção e a sua filha Eleonor pediu perdão pelo mau jeito em deposita-lo daquela forma. Homero apenas quis falar, porem nada raciocinou. Empregadas e até mesmo a sinhá Anunciada, mulher valente quando mais jovem. Ela era a mãe do coronel Araújo, homem destemido, vivido no interior tendo saído apenas quando era da farda.
Anunciada:
--- Vocês já estão com medo da noite? – e sorriu com bastante vagar.
Coronel:
--- Não é nada disso minha mãe. É um cometa a se derreter na terra. – respondeu o coronel.
Anunciada:
--- Cometa? Quem já viu uma coisa dessas? E é noite? – indagou a anciã apena a sorrir.
Coronel:
--- Não é minha mãe. A  lua encobriu o sol. Foi isso. – respondeu o coronel amarando touros, vacas, cavalos e éguas à sua frente.
E com o pouco de tempo, o coronel Aguiar iniciou sua marcha a todo custo tendo ao seu lado um capataz,  Ernesto, um dos poucos a não fugir da casa. A moça Eleanor se ajeitou ao lado do seu pai enquanto o seu Carroção marchou sob as ordens de seu irmão Otto, acompanhado da noiva Vanesca.

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