- VELA -
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A história de Dilukshi Nissanka
está um tanto confusa. A moça não se lembra de quem a empurrou no rio ou não falou
da sua morte acidental. Quando um espírito se liberta do corpo onde estava,
ele, de imediato, procura saber quem o fez morrer ou desencarnar. E a menina
teria conhecido a pessoa que a empurrou. O caso se deu por uma provável
brincadeira infantil e o outro personagem, também criança, empurrou Dilukshi
não por intensão de vê-la cair para a morte. Porém por pura peraltice. Essa é
uma razão. A outra é da criança já quando moça lembrar-se de incidentes, como
casas, vizinhos, local do desfecho. Mesmo assim não lhe foi indagado quem a
empurrou para a morte. Outro: o espirito não sabe quando reencarna, de detalhes
da sua vida anterior. Contudo, o espírito – possivelmente – se lembra de suas
vidas passadas quando ainda não encarna. Menos quando já retorna a vida
presente. A vingança é um termo muito complicado. A pessoa se vinga de outra e
não sabe a razão. Mas, vinga-se mesmo sem ter a suma consciência. Um espírito
reencarna por vezes muitas gerações após de desencarnado. A um tempo de
desenlace do corpo, quando a pessoa é morta. Mas se a morte vem por uma idade
já avançada a vítima se recupera em um rápido instante.
O doutor Richard Wiseman disse
que buscou casos trágicos no arquivo dos jornais onde crianças sofreram
acidentes ou foram mortas. Uma história se encaixou na história inventada por
Molly. A criança tinha 3 anos de idade, era ruiva, olhos azuis e usava um
vestido rosa com flores. Morava perto do mar e adorava ir à praia. Um dia fugiu
de casa e foi sequestrada e morta. Dos 17 fatos que Molly nos deu 13 estavam
corretos. Se Molly dissesse já ter vivido antes seria o caso de reencarnação da
década.
O resultado assustou até a mãe de
Molly que sabia que a menina tinha inventado tudo.
Mãe: (Sarah Wright)
--- Fiquei chocada. Isso
realmente tinha acontecido. Apesar de haver ligação, sente-se ligada a algo por
causa da história que inventou. Na hora em senti pelos pais daquela menina.
Wiseman:
--- A idéia de que já vivemos
antes é muito radical. Eu quis descobrir como podemos avaliar a solidez das
alegações de reencarnação. Não descobrimos nada sobre a paranormalidade ou se
já vivemos antes ou não e sim muito sobre psicologia. Sobre como podem nos
enganar e de como nós nos enganamos.
Mas, e se houver casos de
reencarnação que não se baseiam só na lembrança de crianças? Jim Tucker está a
caminho de outro caso. É uma categoria de casos muito mais difícil para seus
críticos contestarem.
Jim Tucker; (psiquiatra da
Universidade de Virgínia)
--- Quanto mais casos surgiram
mais marcas e defeitos de nascença irromperam. Em muitos havia uma correlação
entre as marcas nas crianças e ferimentos que as pessoas tinham anteriormente.
Achamos autópsias e fichas médicas para garantir que de fato condiziam.
Pela primeira vez estas marcas de
nascença dão uma prova física verificáveis que sugere reencarnação.
Jim Tucker
--- Há poucos casos americanos
com marcas de nascença junto com lembranças. Há alguns, mas é incomum. Por isso
investigamos todos os que podemos.
Jim está prestes a visitar um
desses casos. Ele está indo para a Flórida para ver um menino que diz ser sido
policial em Nova York morto em m tiroteio.
Criança:
--- Quando eu era grande, eu era
um policial. Uma noite entrei em uma loja. Na loja havia bandidos. Eles me
mataram:
Assaltante:
--- Passe o dinheiro. – diziam os
bandidos de arma em punho.
Pensacola. A casa de Maria
Hagedorn. Ela tem dois filhos. Mia, de 2 anos e Ian, de 5 anos. O garoto Ian
está muito doente.
Mãe:
--- Que vestido quer usar?
Seu filho sofre de uma rara
doença do coração. Quando se esforça
demais fica com falta de ar e desmaia. Idas ao cardiologista são frequentes. A
observação é obrigatória. Ian sofreu 6 cirurgias antes de fazer 4 anos.
Maria Hagedorn:
--- Era um bebê saudável de 3.800
kg. Levaram-no para dar um banho, mas demoravam a voltar. Após uma hora mandei
meu marido procura-lo. Ele voltou com dois médicos. Estavam chorando e muito
abalados. Eu sabia que a notícia não era boa.
Os médicos disseram que Ian não
sobreviveria um dia. Só uma cirurgia de emergência o salvaria. Seis horas após
nascer, Ian sofreu uma grande cirurgia.
Dr. Don Netherland –
cardiologista
--- O garoto teve um subdesenvolvimento da válvula
pulmonar que uma artéria importante para a irrigação do coração. Por isso o
lado direito do coração não se desenvolveu. Isso leva a uma falta de oxigênio
no sangue. Então a criança sofre de falta de ar porque pouco oxigênio vai para
o cérebro e para o resto do corpo.
A cirurgia correu bem. Após 9
horas os médicos repararam a válvula defeituosa do menino. Mas o
subdesenvolvimento do lado direito do coração levaria tempo e mais cirurgias. A
vida de Ian ainda corre risco. O que Jim aqui é um evento que ocorreu um ano
antes de nascer o garoto.
Maria:
--- Meu pai era policial. Quando
entrou na Radio Shack sabia que havia algo errado. Dois homens tiraram uma
metralhadora do casaco e a apontaram para o gerente. Meu pai tirou sua arma e
disse: “Larguem a arma. Sou policial”. Alguém atirou nele logo depois de ele
dizer isso.
Jim e Maria revêem a autópsia do
pai. A causa da morte se destaca para quem a lê. Seu pai morreu devido a uma
artéria pulmonar rompida causada por um tiro. A mesma artéria que faz Ian sofrer.
Mas algo mais estranho aconteceu.
Maria.
--- Na primeira vez ele tinha três anos. Eu estava trabalhando e ele
estava fazendo barulho. Eu disse que ia bater nele se não parasse. Ele me olhou
e disse; “Quando você era pequena e eu era seu
pai você fez muita bagunça e eu nunca bati em você”. Eu fiquei pasma e
não bati nele.
Ian começou a falar mais sobre o
seu avô.
Maria:
--- Nós tínhamos dois gatos. Um
preto e um branco. O preto era Maniac. E o branco se chamava Boston. Um dia,
Ian veio e disse; “Mãe. Quanto você era
pequena e eu era seu pai qual era o nome do meu gato?”. Eu disse; “Maniac?”. E
ele disse: “Não, o branco”. Eu respondi; “Boston?”. Ele então falou: “Eu o
chamava de Boss, certo?. Ele sabia a cor dos gatos e o apelido que só meu pai
usava para Boston.
Maria tem muitas histórias como
esta de Ian. Ela está convencida de que Ian em total é seu pai reencarnado. Não
são só as histórias. Mas, também, a prova física. A correlação entre a doença e
a lesão mortal do pai removeu todas as dúvidas.
Jim:
--- Muitos casos envolvem
lembranças, declarações e comportamentos. Marcas de nascença são algo objetivo.
Estão além da memória ou do acaso.
Talvez, a memória de Ian o
engane. Talvez o que diz esteja ligado ao avô por mero acaso. Mas a combinação
de memória e a prova física são muito convincentes.
Ian:
--- Eu não quis voltar, mas Deus
me deu para vocês,
O caso de Ian Hagedorn exige a
pergunta. O que significam todas essas provas? Há muitas perguntas que nem
começamos a responder. Existe uma alma? Se existe o que significa? Como ela
passa de uma vida para outra? Olhando os casos é claro que se pode apontaras
fragilidades. Mas também há o suficiente para você parar um tempo e dizer o que
pode estar acontecendo algo de notável. O certo é que as lembranças de todas as
crianças podem significar que a morte pode ser apenas um caminho para uma outra
vida.
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