segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"VIDAS PASSADAS" - PARTE SEXTA

- AS IRMÃS FOX -
PARTE SEXTA
Certo tempo quando eu estava aprendendo sobre os casos do espiritismo. Ouvi da minha mãe que uma casa abandonada era de mau-assombro. Naquela ocasião eu não de preocupei por demais. A casa ficava em uma esquina de uma rua central da cidade e foi toda construída para um casal quanto ambos se cassassem. Mas o destino tem dessas coisas. No intervalo do casamento, a virgem veio a óbito. E o casamento teve fim. O rapaz seguiu a sua vida até também, um dia, ele sucumbir. O casarão ficou abandonado sem ninguém para residir. O homem fez questão de não alugar a ninguém. Hoje, o casarão não existe mais e quem tem fotos do prédio é uma preciosidade a existir. No local, anos depois, construiu-se um novo edifício moderno e de assombro nunca se ouviu falar. Em Natal (RN) tem vários sítios desta mesma forma. Um deles fica no centro da cidade e, de quando em vez, se houve algo estranho no casarão. Às vezes dizem as pessoas, mas sensíveis que um homem gordo transita pela sala e desaparece. O casarão continua intacto para todos os efeitos. Ele foi construído para servir de sede de um casamento. Houve festas e brindes durante as núpcias e, logo em seguida, os noivos foram veranear em uma praia distante da capital. Um caso terrível ocorreu. Quando ainda o casal estava em suas núpcias, um alguém entrou na casa de veraneio e trucidou a ambos. O criminoso desapareceu. A polícia nunca descobriu o feitor do assassinato. Os corpos, depois de poucos dias do casamento, foram trazidos para Natal onde houve o sepultamento. Ficou apenas a lembrança do casarão. Varias pessoas costumam a dizer ter visto um homem a passear na sala e desaparecer de vez. Verdade?
As irmãs Fox foram três mulheres que, nos Estados Unidos tiveram um importante papel na gênese do Moderno Espiritualismo Ocidental. As irmãs eram  Katherine “Kate” Fox, Leah Fox e Margaret “Maggie” Fox. As irmãs fizeram sucesso por muitos anos como médiuns que diziam possibilitar espíritos a se manifestarem por batidas (tipologia). Em 11 de dezembro de 1847, a família Fox, de origem canadense, instalou-se em uma casa modesta na povoação de Hydesville, no Estado de Nova Iorque, distante cerca de trinta quilômetros da cidade de Rochester. O nome da família Fox origina-se do sobrenome “Voss”, depois “Foss” e finalmente “Fox”. Eram de origem alemã, por parte paterna; e francesa, holandesa e inglesa, por parte materna. O grupo compunha-se de chefe da família, Sr. John D. Fox, da esposa Sra. Margareth Fox e de mais duas filhas: Kate, com 11 e Margareth, com 14 anos de idade. O casal possuiu mais dois filhos e filhas. Entre estas, Leah, mais velha, que morava  em Rochester, onde lecionava música. Leah escreveria um livro (em 1885), no qual fez referencia  às faculdades paranormais de seus ancestrais. Inicialmente, apenas Margareth e Kate tomaram parte nos acontecimentos. Posteriormente, Leah juntou-se a elas e teve participação ativa nos episódios  subsequentes ao de Hydesville.
A fonte mais conhecida e divulgada sobre o ocorrido em Hydesville é o depoimento da Sra. Margareth Fox que consta do livro  Histórias do Espiritismo de Sir Arthur Conan Doyle.
--- “Na noite da primeira perturbação, todos nos levantamos, acendemos uma vela e procuramos pela  casa inteira, enquanto o barulho continuava e era ouvido quase no mesmo lugar. Conquanto não muito alto, produzia um certo movimento nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando deitadas. Era um movimento em trêmulo, mais que um abalo súbito. Podíamos perceber o abalo quando de pé no solo. Nessa noite continuou até que dormimos. Eu  não dormi até quase meia-noite. Os rumores eram ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou à espera, fora da porta, enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas vieram da porta que estava entre nós. Ouvimos passos na copa, e descendo  a escada; não podíamos repousar, então conclui que a casa deveria estar assombrada por um Espírito infeliz e sem repouso. Muitas vezes tinha ouvido falar desses casos, mas nunca tinha  testemunhado qualquer coisa no gênero, que não levasse para o mesmo terreno.
Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848, resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não os deixamos perturbar pelos barulhos; íamos ter uma noite de repouso. Meu marido aqui estava em todas as ocasiões, ouviu os ruídos  e ajudou a pesquisa. Naquela noite fomos cedo para a cama – apenas escurecera. Achava-me tão quebrada e sem repouso que quase me sentia doente. Meu marido não tinha ido  para a cama quando ouvimos o primeiro ruído naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa começou como de costume. Eu o distinguia de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos. As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos.
Minh filha menor, Kate, desse, batendo palmas: “Senhor Pé-Rachado, faça o que eu faço”. Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: “Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro”. E bateu palmas.  Então os ruídos se produziram como antes. Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na sua simplicidade infantil: “Oh! Mamãe! Eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira”.
Então pensei em fazer um teste de que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indelicadas as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma pausa de um para o outro, a fim de separá-los até o sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo a idade do menor, que havia morrido.
Então perguntei: “É um ser humano que me responde tão corretamente?. Não houve resposta. Perguntei: “É um Espírito? “Se for dê duas batidas”. Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse: “Se for um Espírito assassinado dê duas batidas”. Estas foram dadas instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: “Foi assassinado nesta casa?” A resposta foi como a precedente. “A pessoa que o assassinou ainda vive?” A resposta foi idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os seus despojos enterrados na adega; que a sua família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei; “Continuará a bater se chamar os vizinhos para que também escutem?”. A resposta afirmativa foi alta.
Meu marido foi chamar Mrs. Redfield, nossa vizinha mais próxima. É uma senhora muito delicada. As meninas estavam sentadas na cama, unidas uma à outra e tremendo de medo. Penso que estava tão calma como estou agora. Mrs. Redfield veio imediatamente, seriam cerca de sete e meia, pensando no que faria rir às meninas. Mas quando às viu pálidas de terror e quase sem fala, admirou-se e pensou que havia algo mais sério do que esperava. Fiz algumas perguntas por ela e as respostas foram como antes. Deram-lhe a idade exata.. Então ela chamou o marido e as mesmas perguntas foram feitas  e respondidas.
Então,  Mrs. Redfield chamou Mr. Duesler e a esposa e várias outras pessoas. Depois Mr. Duesler chamou o casal Hyde e o casal Jewell. Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas. Em seguida, indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto por algum deles, mas não obtive resposta. Após isso, Mr. Duesler fez perguntas e obteve as respostas. Perguntou: “Foi assassinado?”. Resposta afirmativa. “Seu assassino pode ser levado ao tribunal?”. Nenhuma resposta. “Pode ser punido pela lei?”. Nenhuma resposta. A seguir, disse: “Se seu assassino não pode ser punido pela lei dê sinais”. As batidas foram ouvidas claramente. Pelo mesmo processo Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto de leste, há cinco anos passados, e que o assassínio fora cometido à meia-noite de uma terça-feira, por Mr.;  que fora morto com um golpe de faca de açougueiro na garganta; que o corpo tinha sido levado para a adega; que só na noite seguinte é que havia  sido enterrado; tinha passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a dez pés abaixo do solo. Também foi constatado que o motivo fora o dinheiro.
“Qual a quantia: cem dólares?” Nenhuma resposta. “Duzentos? Trezentos?” etc. Quando ele mencionou quinhentos dólares as batidas confirmaram.
Foram chamados muitos vizinhos que estavam pescando no ribeirão. Estes ouviram as mesmas perguntas e respostas. Alguns permaneceram em casa naquela noite. Eu e as meninas saímos. Meu marido ficou toda a noite com Mr. Redfield. No sábado seguinte  a casa ficou superlotada. Durante o dia não se ouviram os sons; mas ao anoitecer recomeçaram. Diziam que mais de trezentas pessoas achavam-se presentes. . No domingo pela manhã os ruídos foram ouvidos o dia inteiro por todos quantos se achavam em casa. Na noite de sábado, 1º de abril, começaram (os homens) a cavar na adega. ‘Eles’ cavaram até dar n’água. Então (os homens) pararam. Os sons não foram ouvidos nem na tarde nem na noite de domingo. Stephen B. Smith e sua esposa, minha filha Marie, bem como meu filho David S. Fox e sua esposa dormiram no quarto aquela noite. Nada mais ouvi desde então até ontem. Antes de meio-dia, ontem, várias perguntas foram respondidas da maneira usual. Hoje ouvi os sons várias vezes. Não acredito em casas assombradas nem em aparições sobrenaturais. Lamento que tenha havido tanta curiosidade neste caso. Isso nos causou muitos aborrecimentos. Foi uma infelicidade morarmos aqui neste momento. Mas estou ansiosa para que a verdade seja conhecida e uma verificação correta seja procedida. Ouvi as batidas novamente esta manhã, terça-feira, 4 de abril. As meninas também ouviram. a) Margareth Fox. 11 de abril de 1848.
Esse foi o início da história da família Fox. As batidas constantes. Era alguém do além tumulo a se comunicar com os vivos. Esse pessoal estava, naquele momento, no domínio do post-mortem e podiam ouvir qualquer mediunidade de momento. A ação mediúnica é facultada a certas pessoas de acordo com o seu potencial. Alguns ouvem. Outros veem. Tem certos médiuns que só recebem o espirito de alguém já morto. Muitos nada sabem. Mas, todos nós somos, evidentemente, médiuns. E a ação dos Fox continuou por anos a fio.
 
 

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