- VIDAS -
- 08 -
Eu preciso saber quem eu fui,
pois para agora, eu sei quem sou. Nesse processo, eu tenho que ir a regressão
e, se possível à vida mais que a vida passada. Eu tento fazer essa regressão
comigo mesmo, uma vez que na Índia já é utilizado esse igual método. E os
indianos sabem perfeitamente quem eles foram e para onde tiveram que transitar
no passado. Porém eu temo fazer essa regressão de forma solitária e temerosa.
Aqui devia haver um terapeuta capaz de me acompanhar, pois, uma vez com outra assistência
eu não mais teria medo de fazer a regressão e não mais voltar. Em outros países
pessoas são levadas a uma vida passada e quando tais pessoas são acompanhadas
encontram-se traços do passado em suas transições mentais. Para se sentir uma
visão do passado é porque o ser humano busca respostas para alguma coisa que o
teme. As pessoas de hoje buscam entender a morte, o nascimento, o universo e a
própria vida. Ao morrermos então saberemos a resposta de tudo, dizem alguns
materialistas do presente. Porém, alguns costumam relatar ter a resposta dentro
de todos nós. O caso é: se vivemos antes, em outro corpo, em outro lugar do
mundo em uma vida passada então nós teremos respostas para ‘ñ’ problemas do
atual enigma. Para então se sentir perfeitamente o que um dia fomos teremos que
agora fazermos uma regressão as nossas vidas de passado. E teremos a
oportunidade de conhecer aquele humano que não gostamos ou se gostamos dele,
enfim. Tem caso, onde em nossa própria família uma filha ou enteada desgosta de
nós e não sabemos a razão. Isso acontece com qualquer um ser vivente de não
gostar de alguém e não saber a exata causa.
É possível se encontrar tais origens através de métodos psicológicos tão
antigos como a própria existência. Um caso deveras interessante está ocorrendo
hoje nos centros espíritas. É a questão de uma “anomalia” conhecida como Alma
Dúbia ou Alma Espelhada. É uma energia espiritual cósmica primal no interior de
um corpo carnal duplicado. As aparições vêm de antigas culturas. Uma pessoa é
calma e amistosa. De um momento para outro se torna irritada com ódio, rancor e
vingança. Quem busca estudos por certo terá encontrado nos livros a história de
Osíris, um Deus. Certa vez, o Deus Osíris foi convidado por seu irmão Seth para
um almoço fraternal. Porém, Seth tinha outros planos. A certa altura Seth
lacrou o irmão em uma urna e a postou no
Rio Nilo, no Egito. Com a morte de Osíris, o irmão Seth se tornaria Deus. Esta
foi à vingança de Seth contra Osíris. Contudo Osíris foi resgatado por sua
esposa, Isis que o fez ressuscitar.
A regressão é um meio natural de
se rever o passado por nós vivido. E essa regressão terá ajuda de antigos
métodos psicológicos. Então tentaremos encontrar a memória de uma vida passada.
E então, estarão unidas as memorias do nosso passado para podermos enxergar
onde vai parar a viagem da alma. Isso não é um caso autêntico da genuína
ciência viva. Porém pura documentação de fenômenos inexplicáveis e exatamente
marcantes. Apesar de não ser uma viagem científica, um psicoterapeuta pode
rever com o seu paciente uma viagem ao passado. Uma dessas pacientes é a
senhora Lore Larsen. A sua intenção era a de saber quem fora em tempos
passados, em vidas muito antes da atual, em suma: nessas vidas passadas, Para
tanto, Lore buscou o apoio de outro cientista para fazer a sua regressão em
plena consciência do mundo onde vive. No gabinete do médico Lore informou de
todo o seu passado para então começar a sua regressão. Ficar deitada,
confortavelmente em uma cama bem forrada foi o seu primeiro passo.
Lore:
--- Sinto uma onda interior de
emoção e alegria. Mas também sinto medo. O que pressinto que uma sensação que
me vai machucar. – declarou a fisioterapeuta.
A cientista teve a recomendação
de ficar tranquila para poder começar a sua regressão. Essa condição leva a
pessoa a respirar três vezes e até adormecer de verdade. O medico a acompanhou
nesse sentido para poder saber do seu passado antes da vida atual. Deita em um
confortável leito Loren fez tudo o que ordenara o médico. Ele estava no encalço
das vidas passadas dos seus clientes há mais de vinte anos. E essa era mais uma
das histórias fantásticas de um ambiente nostálgico e delirante. Após alguns
exercícios de relaxamento o médico leva Lore a um estado parecido com um
transe, chamado “regressão”. Totalmente relaxadas, de braços soltos, a
psicoterapeuta iniciou a sua viagem.
Ao contrario da hipnose, a pessoa
está acordada o tempo todo e pode interromper o transe a qualquer momento. E em
um estado de profundo relaxamento, mesmo assim, a paciente poderá lembrar-se de
tudo o que passou tão logo termine o seu transe. E Lore relembrar fatos
significantes de sua vida passada, lembrando estar na França aos 12 anos de
idade. Isso leva a paciente ao ano de 1903. Com essa idade jovem, ela se lembra
do seu nome – Bia Philips -. A
psicoterapeuta se lembra da cidade onde vivera em algum lugar do passado –
Rousse - . Indagada sobre os locais de lindas memórias, Lore detalhou com suma
precisão onde a virgem frequentava assiduamente, como o rio a banhar a cidade:
o rio Rhone. E foi mais além ao relatar pelo menos o tipo de trabalho do seu
pai, como em uma Embaixada dos Estados Unidos, em um pleno edifício alto.
A regressão durou 45 minutos e
Lore deu muitos detalhes durante sua vida passada, como o local onde o seu primeiro
pai trabalhava em outra existência. Lembrou-se de um espaço aberto e grande
onde havia nada menos que sete quartos. Em sua regressão, a mulher declarou ter
caído e batido a sua cabeça em uma mesa. Em outros detalhes ela contou que
realmente era a menina de 12 anos muito diferente da moça que atualmente vivia.
Em suas memórias, Lore disse que os seus pais atuais preferem nada falar. E
nessa existência Lore viveu há cem anos como Bia Philips. Para o cientista é
possível se levar a pessoa para uma vida passada. Apesar de se ter testemunhado pura imaginação,
de qualquer modo é muito difícil se passar por uma regressão e sustentar que há
algo realmente acontecido.
A investigação foi ao começo da história,
na França onde a mulher disse ter vivido em 1903 onde seu pai trabalhava na
Embaixada americana na cidade de Rousse perto do rio Rhone. Mas a cidade de
Rousse não existe. As únicas cidades francesas que tinha representações
americanas eram Paris e Lyon. O rio Rhone não passa por Lyon e o Consulado
americano encontra-se em uma área chamada Croix- Rousse. Talvez seja essa
cidade que Lore descreveu. Partindo dessa investigação, Lore seguiu com uma
equipe para ver de perto o que a doutora descreveu. De Dusseldorf na Alemanha,
os viajantes partiram Lyon, na França.
Lore:
--- Eu estou com muito medo. Eu
sou muito aberta e vulnerável. Então acredito que seja susceptível ao que vai
acontecer quando chegar lá. Uma coisa que fico imaginando é que se serei eu
quando chegar lá ou ela. O que será que vai acontecer? Eu estou muito nervosa
por dentro. Eu não sei o que vai acontecer. Nunca estive na França. Mas sempre
estive lá.
Então os viajantes chegaram à
França onde Lore diz ter vivido em 1903 e que seu pai trabalhava na Embaixada
americana na cidade de Rousse perto do rio Rhone. A cidade de Rousse não
existe. E os nossos estranhos passageiros chegam a Lyon. Lore com muito medo
por não ser ou ser aquela menina chamada Bia. Foi assim que Lore percebeu a sua
vida no passado. Ela visitou de carro a cidade em todas suas nuances. Ruas
estreitas. Gente muito velha. Homens a carregar sacolas de compras, carros a
passar espremidos entre uma casa e outra. Enfim Lyon num dia de primavera
chuvoso. E Lore se registrou como hóspede em um velho hotel simples demais. Um
andar. Casas simples de apenas uma água no restante do quarteirão. E Lore se
arranjou em um quarto pequeno onde havia pouca coisa para se guardar. A Igreja
Católica da cidade ela não costumava ir. Era preferível passear no alto da
colina onde havia qualquer coisa semelhante a uma capela. Na sua angustiosa
tarefa de arrumar a roupa a trazer nas pequenas malas de viagem, Lore sentia-se
quase insuportável com dores de cabeça e os seus pés e mãos ardiam como fogo
chegando a sentir não está muito em si.
Depois a regressão na Dinamarca a
mulher foi ter que examinar o caminho até a capela. Despenhadeiros, ruas de
pouco transito de veículos e a passagem do rio a cercar a cidade de Lyon onde
havia varias pontes. Lore sentia uma forte sensação naquele instante depois de
sair do instável hotel da cidade. Por fim, após percorrer ruas e becos a mulher
chegou a um alto onde se descortinava uma majestosa igreja nos repletos
ângulos. Ao chegar ao local então sem nenhuma duvida a mulher registrou o local
onde ela esteve a cem anos passados. Ela estava a percorrer os arredores de
Lyon aos pés de uma colina. Do magistral templo religioso, Lore se lembrou com
certeza ter estado naquele local. Como disse Lore, não era uma igreja o local
onde a mulher visitara. Era parecido mais com uma capela. Esse estava ao lado
do magnífico templo. Na Igreja, Lore não se lembrava de nada. Mas na capela,
havia pessoas um dia enfermas. E essas foram curadas de seus martírios Era um
ponto onde as pessoas costumavam ir para rezar para a Virgem Maria. E a Virgem
Santa as protegia das enfermidades. Uma Imagem da Virgem Maria foi com certeza
reconhecida por Lore Larsen na sua eterna viagem peregrina.
Lore;
--- Percebi pela regressão que as
pessoas costumavam ir até a Imagem da Virgem Maria e onde estavam procuravam
rezar em sua penitência. Ficou claro quando observei a capela e como se
postava. Era completamente consistente com a minha experiência
Lyon junto com Paris é o único
lugar com representação americana. No arquivo de Lyon foi identificado que o
consulado americano estava localizado na Praça Tolozan. E após sair da Capela,
a mulher procurou acertar onde ficava a Embaixada, pois no edifício havia dois
mastros de bandeiras americana e francesa. Lore descreveu em sua regressão que
o prédio tinha cinco andares. Quando foi levada depois da viagem de regressão,
Lore sentiu ter estado no local, na Praça Tolozan. O prédio tinha o número 18
hoje abrigando uma firma de consultoria. Mas no inicio do século XX era o
Consulado americano onde permaneceu até o ano de 1911. Foi esse o resultado da
regressão feita com Lore Larsen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário