sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DOIS AMORES - SEIS -

- Kylie Minogue -
- SEIS -
CONTENDA
A fila de carro foi formada ao logo da estrada. O motoqueiro acidentado com o inesperado impacto da moto contra a porta aberta do veículo Hyundai se levantou do chão como se nada houvesse ocorrido. Mancando apenas de uma perna, ele voltou para buscar a sua moto. Com a pancada, a moto ficou rodopiando no chão quente por vários minutos igual a um ser atirado ao solo. Outros motoqueiros se enroscaram com a batida do veiculo e ficaram postos ao chão. A gritaria tomou conta do local de gente querendo passar. Um guarda de transito entrou em cena a orientar o deslocamento de veículos em sentido contrário. Caio entrou na confusão exigindo carteira de habilitação do dono do carro invasor. A “piranha” gritava por seu turno para o seu homem sair daquele tumulto. Um guarda de transito em sua moto veio com toda velocidade para resolver a embaraçosa questão. Ao chegar próximo a sua moto se desgoverno e o militar caiu com a cara no chão tendo sua máquina o mesmo triste fim. Após alguns minutos ele se levantou e com o apito na boca a sobra apena areia. O militar fazia apelo com seus braços abertos enquanto Caio, policial civil mostrou apenas sua identificação presa ao paletó e deu ordens ao policial para chamar o seu chefe. E logo mandou deter a “piranha” por estar desrespeitando a sua autoridade. O guarda agradeceu e mandou a mulher sair do carro. Uma viatura policial se acercou pelo lado da contra mão à beira mar. O policial levou a mundana para a viatura sob o protesto irritantes da mulher segura pelo braço. E gritava:
Prostituta:
--- Vou chamar meu advogado seu “tenente de merda”. – gritava alucinada a piranha.
O “tenente” Caio Teixeira colhia as informações do homem com todos os documentos à mão. O homem a declarar ser ele empregado do Governo. O cheiro demasiado de álcool rescendia no ambiente tendo o tenente a obrigação de mandar verificar a presença de álcool no sopro  motorista à guarnição policial. Em seguida, chamou o sargento para tomar conta de tudo:
Caio:
--- Em meu relatório vai tudo o que presenciei. – declarou o “tenente” ao superior da policia.
Policial:
--- Pois não tenente! Eu cuido do caso! – destacou o policial.
A “piranha” vociferava horrores tendo jogado um sapato no policial. Com isso, o clima ferveu para a “piranha” tendo sido algemada no interior o veiculo policial. O tenente Caio buscou a moça Dalva Tavares a seguir para o Hospital para cuidar do braço. O tenente falou com o repórter Bartolo.
Caio:
--- Cuide da cobertura.  Fernando fica com voce. Tem um cinegrafista tomando os estragos do Hyundai. Fale com ele. – comentou o homem da polícia civil.
Bartolo:
--- Pode deixar. A ambulância está chegando. – falou o repórter.
A moça, em virtual choque pela avaria sofrida no seu auto, não parava de chorar enquanto Caio seguia a seu lado para levá-la ao médico do Hospital. Em certo instante Dalva falou não está sentindo nada para ter de ir ao médico. Caio perguntou se ela queria sentir uma leve dor como sentem os presidiários. Ele ficou a interrogar:
Caio:
--- Assim, meu amor. – e torceu o dedo polegar da moça para trás.
Quando sentiu a dor a moça caiu em desespero e consentiu ser levada para o hospital. A ambulância do SAMUR se acercou bem próximo do catastrófico acidente e o paramédico correu que depressa a examinar Dalva enquanto outros já estavam percorrendo o terreno para averiguar se havia alguém mais. Um veículo policial seguia firme com a “piranha” a incitar terríveis horrores contra os policiais. De repente, um deles bateu-lhe na cara:
Policial:
--- Cala tua boca “piranha” safada!!! – e o murro estremeceu a mulher pela tamanha força.
O impacto da bofetada fez a mulher cair ao solo no interior do carro camburão. Com efeito, a piranha desmaiou. Outro policial se alarmou e gritou para o agressor.
Policial 2
--- Voce matou a piranha! Isso é estupidez! – gritou o segundo policial.
Policial:
--- Puta só presta apanhando! Que se lasque! – falou sem temor.
O policial agressor foi o mesmo da sapatada levada na cara na hora de prender a “piranha”.
Policial 2
--- Vamos soltar essa piranha dentro de um matagal! – falou temeroso.
Enquanto isso a ambulância do SAMUR chegava ao hospital. Dalva relatou não estar sentindo coisa alguma. Ela queria apenas o seu Hyundai de volta. Caio declarou aos paramédicos ter ela ficado desacordada por alguns instantes na hora da colisão e não sentira a torção no braço.
Dalva!
--- “Que mentira deslavada, eu nunca desmaiei na minha vida! Vai mentir assim no inferno!” – pensou a mulher a olhar a cara de Caio.
E caio olhou a moça sem fazer sinal algum.  Apenas esboçou um sorriso pálido. Por seu turno, Dalva observou o homem e franziu a testa como a indagar “que desmaio foi esse?”. Já no interior do Hospital os maqueiro vieram com pressa a atenderam a enferma acolhendo na cama a levar para o interior do pronto-socorro com a maior pressa possível. Gente muita havia no corredor principal. Muita gente empilhada em macas, uns chorando, outros pedindo um pouco de água “pelo amor de Deus”, alguns adormecidos, e além havia mulheres, meninos, acidentados e muito sangue a ruir sem piedade.
Dalva:
--- Isso aqui é o inferno! – declarou desanimada a mulher.
A maca parou em um canto de uma sala e os maqueiros forçaram a mulher a se levantar enquanto Caio corria em busca de atenção a procura de alguém. Ele buscava uma enfermeira ou um médico a lhe poder ajudar em um caso complicado a por uma atadura no braço de uma paciente. Mesmo assim, ninguém o atendia. De vez, ele puxou a identidade de policial civil e foi como pode ser atendido na Urgência. Uma tipoia foi colocada no braço da mulher unindo do pescoço ao cotovelo mantendo o braço preso ao ventre. No tumulto geral sempre a haver em um hospital de atendimento urgente, aquele era mais um caso dos muitos atendidos por todo o dia do domingo. Às três horas da tarde Dalva Tavares chegou ao apartamento de Caio, em sua companhia, tremendo de aparentes dores, mais pelos murros acertados no novo veículo adquirido no dia anterior. O acidente desmoronou todo um sonho da mulher. Em momentos ela chorava pelo o triste fim do Hyundai. E o homem, com aparência delicada enfim dizia:
Caio:
--- Acalme-se. Amanhã eu procuro resolver o assunto. Eles darão um carro novo em troca do “cambão”. – falou com calma.
Dalva:
---  Cambão? Cambão? Cambão? Já é cambão? – indagou irritada a mulher.
Caio:
--- Bem! Não passa de um cambão! Amanhã a senhora terá um novo! – relatou a olhar por baixo a mulher.
Dalva:
--- Outro cambão! – chorou irritada.
Ao anoitecer o jornalista Bartolo Revoreto tocou a sineta da porta por mais de uma vez. Caio se pôs apressado para atender ou apenas quem chamava com insistência. Ao olhar pelo visor mágico da portinhola logo observou a figura atarraxada do seu amigo com uma trouxa de roupas a passar de sua cabeça. Depressa, Caio abriu a porta e deixou entrar o marmanjo já não podendo mais com tanta roupa, desde paletó, calças e roupas de baixo além de sapatos e meias. Os chapéus, em ruma, vinham todos na cabeça. Bartolo apenas disse:
Bartolo:
--- Mudança! – e fez um ufa de quem está cansado.

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