quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ACASO - 23 -

- TIANA COSTA -
- 23 -
ENFIM
E os dois alunos saíram de mãos dadas rua a fora nem ouvindo as pilherias dos seus colegas de aula e de classe. A mocinha indagou por mais uma vez o significado da palavra dita pela mestra diretora para eles ao sair da modesta prisão de diretoria. O moço teve a coragem em dizer o sentido:
Joel:
--- Sublevado! – respondeu o garoto ao ser indagado por Elizabete.
Elizabete:
--- E o que esse nome? – indagou a mocinha por mais uma vez sem entender o seu significado.
Joel:
--- Insurreto! – respondeu o moço a sorrir.
E a menina quis largar à mão de Joel Calassa e esse fez força para poder ficar. Depois de muitos “unfos”  a menina se aquietou deixando ficar a sua mão unida a do moço. Com o passar das andadas Joel mostrou com severidade:
--- Tá vendo quem manda?! – disse mais o garoto ao apertar a mão da garota com fiel delicadeza e amparo.
A menina moça sorriu e os dois correram em uma pega não pega até chegarem à casa de Elizabete. Ao se despedir da mocinha, Joel lhe beijou a face delicadamente e se despediu com um até mais ver.
--- Até mais ver jumentinha. – disse Joel a sorrir para depois correr até a sua casa.
Elizabete:
--- Até mais meu Macarrãozinho! – respondeu a menina moça para o moço quase rapazinho de uma forma quem diz: “Eu te amo”. Muito embora não soubesse dizer tal frase.
Logo depois de poucos dias, os dois estavam agarrados na escola para espanto da professora Maria Eugenia. Ao ver a cena, a mestra perguntou:
--- Já foi feita a reconciliação? – e sorriu para ambos.
E Elizabete:
--- Coisa de quem quer! – sorriu a virgem menina ao responder a mestra.
A  mestra:
--- E você. Menino! Nada tem a dizer? – indagou sorrindo a Joel.
Joel:
--- Ela já disse. – e sorriu o mocinho acabrunhado com a frase de Elizabete.
A professora:
--- Então: Felizes para a eternidade? – perguntou a professora Eugenia.
Os dois sorriram e a classe toda aplaudiu com assobios e tudo. E na continuação da aula o garoto Joel Calassa fez uma indagação meia sem jeito à professora Eugenia cujo conteúdo deixou perplexa a senhora para responder com acerto:
Pergunta;
--- Licença professora! – pediu Joel a professora.
Resposta:
--- Pois não Joel. Qual a dúvida? – indagou a professora cheia de dúvidas.
Joel:
--- É o seguinte: o que significa ou o que é a gravidade? – indagou o garoto sem temor de errar.
A professora pesquisou em seu cérebro e chegou à conclusão:
--- Bem. Se você fala em força gravitacional, significa o resultado de um corpo de grande massa a alterar a curvatura do espaço-tempo. Por que a pergunta? – quis saber a mestra.
Joel:
--- Por nada. É que li sobre isso e não entendi nada. – reclamou o jovem aluno ao desprezo.
A professora sorriu por que de certo modo ela também nada entendia sobre a gravidade a não ser a questão da maçã caída do pé sobre a cabeça de Isaac Newton. E no mesmo instante ela foi mais além.
Professora:
--- Veja bem: a atração gravitacional da Terra confere peso aos objetos e faz com que caiam ao chão quando são soltos no ar. Entendeu agora? – perguntou a professora ao aluno.
Aluno:
--- Mais ou menos. Quer dizer que a Terra também se move em direção aos objetos? – indagou Joel a professora.
Eugenia:
--- Isso.  A gravitação é o motivo pelo qual a Terra, o Sol e outros corpos celestiais existem. E não me faça mais tais perguntas dessa natureza. Isso é assunto da Física. Você não me comprometa! – sorriu a mestra ao dizer tal fato ao aluno.
No recreio, a pergunta. A menina moça Elizabete ainda quis saber de Joel:
Elizabete:
--- O que é Física, amado Joel? – quis saber a menina moça.
Joel:
--- É a ciência que estuda a natureza e seus fenômenos em seus aspectos mais gerais minha amada e adorada jumentinha. – respondeu Joel a sua queria amiga Elizabete.
Elizabete:
--- Ô Joel! Você é tao macarrãozinho! – respondeu a mocinha querendo dizer: “você é tão inconsequente”! –
E com esse terno e amoroso afago os dois alunos foram logo comer bolo e beber o seu café com chocolate, nesse dia servido.
A tarde parecia nervosa prometendo chuva e temporais. Joel Calassa se lembrava de Elizabete Fogaça com um suspiro de anseio. Um dia eles estiveram em arengas e quase iam parar no mucura da escola. O mucura era a prisão da qual todos os alunos temiam de um dia embarcar para sempre. E assim, ele quis saber de seu pai o que significava mucura:
Joel:
--- Ô pai! O que é mucura? – perguntou do seu leito ao seu pai a estar desatento.
O pai:
--- Mucura? Rato! – respondeu da sala de visitas o homem a ler jornais e ouvir rádio em uma cadeira de estufo.
O garoto ficou a pensar naquele fato dele ser um rato. Teve medo e logo achou graça. Ele ser um rato? Era impossível. E por isso caiu em sorrisos. O caso lembrou novamente a sua amada Elizabete Fogaça. Ele pensou pregar uma peça na menina moça. Ele mandaria a namorada ao banheiro dos meninos, pois alí estava a tal mucura. Se ela fosse ao sanitário dos meninos, ele pegaria uma esponja de aço e faria dela um rato para apenas amedrontar a menina moça. E começou a rir como nunca. E foi isso o que fez. Certa vez perguntou à namorada se ela já vira a mucura da Escola.
Elizabete:
--- Não! Dizem ser muito feio! – falou a débil mocinha.
Joel:
--- É lá no sanitário dos meninos. Vai lá. – disse o mocinho com cara seria.
Elizabete:
--- Vou nada! Tenho medo! Depois tem gente lá dentro! – ressaltou a menina com temor.


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