sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CREPÚSCULO - 31 -

- Ana Paula Arósio -
- 31 -
 Aquiles Gafanhoto já estava a concluir a sua segunda viagem naquele Templo Sagrado. Muitos episódios ele não dissera ainda a seu aspirante a Supremo Senhor, caso que Gafanhoto pediu ao Comandante da Base Aérea um alguém que não soubesse de coisa alguma. A entrada da Câmara do Ar foi que o homem falou de tudo o que eles passaram. Alertado pela ciência do saber, Gafanhoto foi a dizer ser aquela travessia uma das mais complexas do Templo. E alertou para Anunnaki terem eles passado por duas travessias até aquele instante. A Terra, quando Gafanhoto abriu o Portal de entrada para seguir além.
--- a Terra – disse Gafanhoto – é o lugar de onde viestes. É a caverna em que tivestes encerrado até aquele instante. Por isso é que os homens das estrelas chamam-na de Mistério. Em seguida vós atravessastes o segundo Mistério: a Água. Tivestes ate então esses dois Mistérios. Pelas atribulações que passastes vencestes as Trevas da Água. Porem é desta vez que vos tereis de experimentar esse novo Mistério: o do Ar. Vós tendes esperança de prosseguir?. – indagou com resolução o homem Aquiles.
O pobre mortal já sem meios de voltar, apenas resolver dizer:
--- Não volto. Vamos prosseguir. – falou Anunnaki.
E os dois Senhores das Trevas prosseguiram com todo o cuidado. Nada havia de estranho na face de Aquiles. Ele estava consciente de tudo o que estava por ser feito. Quando Anunnaki começou a travessia do Mistério do Ar ele pode ouvir uma chuva de trovões e relâmpagos cortando de todo o lado. O homem estremeceu de pavor temendo ser atingido por um raio a qualquer instante.
--- Não temas. – falou Aquiles. – Esses raios não vos atingem. Eles representam o ambiente em vós sempre estivestes. – concluiu Aquiles ao atravessar o ambiente de contínuas flutuações com os seus meteoros e vulcões  irrompendo a todo instante.
O enigma era tremendo para Anunnaki, homem sério e destemido. Porém, naquela hora o pânico lhe afetava todo. Ela não sabia nem ao menos onde pisar. Talvez Anunnaki vivesse um tempo da morte. Com bastante receio o homem procurava seguir de perto o seu instrutor. O ambiente era tragado pela escuridão ao contrario do que fora antes, no Mistério das Águas, com tudo a iluminar no mais sutil caminhar. Nesse momento, por trás de um vasto caminho, Anunnaki não mais enxergava nem ao menos o seu condutor.
--- Estamos no caminho certo? – indagou alarmado o homem Anunnaki.
--- Caminhe sempre reto. Vós estais no Caminho do Ar. – relatou Aquiles.
E o progresso daquele caminho era por demais penosos. Os trovões a estontear pareciam o inferno das almas perdias em seus caminhos sem volta. O tempo já fazia diferença. E qualquer hora era hora. Anunnaki estremecia de pavor ao olhar aqueles cruéis vulcões a explodir aterrador constantemente.
--- Eu só venho porque tu me orientas! – falou com bastante cuidado o homem Anunnaki.
--- Não temas. A escuridão é imensa. Porém nada há a temer. – falou Aquiles sem ao menos sorrir.
O temor era gigante e Anunnaki sentia terrível receio em indagar o que estava a esperar então. De repente um estrondo alarmante. Tudo era escuridão. Após todo esse tempo aterrador, um ímpeto tremor se fez presente e um clarão resplandeceu nas trevas. Um clarão tão forte que Anunnaki ficou cego. Com muito cuidado Aquiles apanhou o seu companheiro fazendo-o levantar das trevas. Eles estavam nesse ponto a prosseguir viagem no ultimo Mistério: o do Fogo.
--- Levanta-te companheiro. Agora tens pela frente o Mistério do Fogo. – alertou Aquiles sem sorrir.
--- Fogo? Mas tem mais Fogo? – indagou perplexo Anunnaki.
--- Tem. Nós iremos passar por este enigma. É o novo Mistério. Depois desse, tem outro: Cúpula dos Eternos. Vós vos preparastes para as novas fases que eu vos mostrarei. – declarou em seu posto o homem Aquiles.
Com esses dizeres Anunnaki ficou mais alarmado.
Quando Anunnaki ingressou no Templo do Fogo, viu então um misterioso vulcão a sacudir lavas para tudo que era canto. A olhar o vulcão o homem ficou bem mais atemorizado. E então indagou perplexo:
--- Outro vulcão? – exclamou Anunnaki estarrecido.
--- Esse é o Tirano. O pai dos vulcões. Que passar por ele então está a salvo. Daí pode procurar as outras passagens. – relatou Aquiles Gafanhoto ao temeroso mortal.
--- E como nos passaremos? -  indagou o mortal Anunnaki ao homem do mato. Ele estava pleno de temor por ver aquele extraordinário vulcão apenas a cuspir fogo.
Então o homem Gafanhoto sorriu diante da inquietação do mortal Anunnaki. E disse para o letífero.
--- Eu me esqueci de dizer: Temos na Terra várias povoações. Tem os que vieram de outros sistemas planetários vizinhos ao nosso, Via Láctea. Nós estamos em um dos que foram feitos por homens das estrelas e que vivem nos planetas de Virgem. Esse é o mais próximo do Sol de nossa Terra. E após esse temos os planetas mais distantes, como se chama a galáxia de Andrômeda. Veja se entendeu! – fez questão de dizer o homem Aquiles Gafanhoto.
--- Eu nada entendi. O que me assusta é esse vulcão jogando lavas! –reclamou Anunnaki quase chorando.
--- Não tem importância. O senhor terá oportunidade de entender. E bem mais do que eu percebo. – fez ver Aquiles contemplando o vulcão Tirano que não para de jorrar lavas.
Aquiles Gafanhoto seguiu caminho com o seu parceiro, Anunnaki, passando ao lado das chamas do Tirano, o enorme vulcão de dentro do Monte Sagrado. Apoiando-se em sua experiência desde o tempo de sua juventude, e das lições do seu pai, Juvenal do Jumento, Aquiles galgou com o homem Anunnaki a mais extensa fenda do insonhável vulcão e transpôs de degrau em degrau as majestosas esferas do imenso monte até atingir o cume do Tirano, o pai dos vulcões existentes em todo o mundo. O calor era intenso no alto daquele vulcão. Além do mais o Tirano era o mais alto monte daquele lugar sombrio. Com sua imensa temperatura, o vulcão estava em constante erupção oferecendo grande risco as montanhas ao largo do restante do monte. Por demais calor que o fenomenal vulcão emanava não se podia antever a fase mais amena desse orgulho da natureza. Em sua sustentabilidade o fenomenal Tirano era o elemento que queimava violentamente como uma verdadeira montanha de fogo. Ele denotava majestosa grandeza por assim dizer.
Ao passar pela margem escura do Tirano, Aquiles Gafanhoto sorriu ao seu companheiro ao proferir em breves palavras:
--- Notou agora como foi fácil? – argumentou o homem Gafanhoto.
Anunnaki sem querer sorri disse apenas o que lhe cabia dizer:
--- Mas que dá medo, isso dá! – e limpou a sua testa molhava de cinzas vulcânicas.
Além do Tirano, Aquiles Gafanhoto com Anunnaki chegou até a Cúpula dos Eternos. No local, Anunnaki nada pode dizer na observação que fez. Apenas admirou o imenso salão onde ficavam os guardiões do mundo quando estiveram no suntuoso retângulo abismal. Enfim, ele chegou ao local definido por Aquiles como sendo o Tribunal dos Supremos. Aquela era a paragem onde todos faziam as suas orações e sufrágio dos deuses mortos que ali foram sepultados. O mortal mesmo assim ainda pesquisou o local para ver se divisava algo de estranho ali depositado, como sendo um santo sepulcro. Porem nada percebeu de notável. E foi quando Aquiles Gafanhoto falou:
--- A urna está em baixo do Templo Sagrado. –a apontou o local bem a frente de Anunnaki.
O homem passou a divisar o monumental e orgulhoso Templo para ver se enxergava algo parecido com um ataúde.
--- Está abaixo do Templo. – fez ver Aquiles Gafanhoto.
Embora nada do que o homem dizia pudesse ser avistado com a suma precisão, Anunnaki fez de seu gesto um importante acaso.
--- Belo esse mausoléu. – respondeu Anunnaki sem pensar.
--- Templo Sagrado da Cúpula dos Eternos. – respondeu Aquiles como uma repreensão.
--- Tempo Sagrado? Ah sim. Entendo. – relatou Anunnaki com voz inibida.
--- Somente você pode chegar até aqui. Mais ninguém, fora eu mesmo. – disse de vez Aquiles.
--- E os tenentes? – perguntou Anunnaki.
--- Ninguém. Mas ninguém. – fez ver com voz forte Aquiles Gafanhoto.
O taifeiro ficou a pensar como seria dali por diante a sua vida por não ter permissão de deixar entrar da tumba dos filhos das estrelas. E ele ficou abismado com tudo o que lhe mostrara o homem do mato e de não poder deixar nem um tenente, capitão, major ou mesmo coronel a visitar a tumba dos alienígenas. O tempo passou, e para sair do Templo Sagrado, o homem do mato percorreu um novo caminho até chegar a uma fenda aberta da Serra e dali os dois senhores tomaram rumo diferente.  Anunnaki perguntou a Aquiles Gafanhoto o que ele estava a fazer naquela hora.
--- Mistério! Mistério! – e dizendo tal frase de feito o homem do mato desceu até poder chegar ao local onde estavam a dormir os tenentes da Força Aérea. Aquiles Gafanhoto acordou os Oficiais dizendo que de então era responsável o homem o qual se chamava Anunnaki.
--- Mas quem é Anunnaki? -  perguntou abismado um Oficial.




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