domingo, 4 de março de 2012

ACASO - 46 -

- Brigitte Bardot -
- 46 -
A FUGA

Ao desembarcar do aparelho bimotor o Fuhrer sempre mostrava sua irritação com o voo e a sua segurança. Perguntava a todo instantes pelos os generais. A sua noiva, Eva, estava um pouco afastada e nada podia dizer a respeito. A Guarda Vermelha empurrava o líder nazista ainda de rosto vendado para um galpão. E dali, o líder ainda de capuz tomou um carro que o esperava juntamente com a sua noiva. Foi um tempo duro aquele e o líder nazista se espremia como podia no interior do carro e Eva Braun, de mãos soltas já estava mais próxima do seu amado sentada no mesmo banco de trás. Um soldado puxou os capuzes dos rostos de Hitler e Eva e disse algo ininteligível o que seria mais ou menos isso:
Soldado:
--- O senhor está na Espanha! – falou o soldado ao Fuhrer.
Fuhrer:
--- Ele falou em Espanha? – perguntou o líder germânico a sua noiva.
Eva:
--- Eu não entendi nada. – falou em murmúrio a noiva de Hitler.
Hitler:
--- Bom. Pelo menos é um país amigo. O Generalíssimo Franco foi sempre cordial. – declarou Hitler a sua noiva.
O veiculo da fuga de Adolf Hitler e Eva Braun corria sem parar descendo estradas e subindo montanhas em uma vertiginosa viagem sem tréguas por todo o país espanhol. O General Juan Francisco Franco tomou conhecimento da arribada do Fuhrer, mas se manteve a distancia não indo até ao encontro de Adolf Hitler. Pelo menos foi o que disse a moça Isabel ao garoto Joel naquele instante. O avião aterrissou em Gijón, Espanha. E uma lancha foi o elo até chegar a bordo de um submarino alemão posto ao largo, comentou Isabel.
Isabel:
--- O submarino está ao largo onde pode receber o Fuhrer Adolf Hitler e sua noiva entre outros fugitivos da guerra alemã. Daqui o líder vai até segue para a América do Sul onde fica em uma praia deserta em Córdoba, mais ao norte. – comentou Isabel ao menino.
Joel se assustou com tudo o que vira e ouvira da parte de Isabel. Nada mais quis saber dessa fuga de um líder da Alemanha para o país argentino. A moça em espirito foi que insistiu em dizer ainda mais o que sucedeu.
Isabel:
--- A fuga foi articulada por Martin Bormann, da cúpula nazista. Hitler esteve por lá com Josef Mengele e Adolf Eichmann entre outros expatriados. Eles, Hitler e Eva, viveram nas cercanias de San Carlos de Bariloche. Eva Braun casou com Hitler e teve duas filhas. Adolf Hitler desencarnou em 1962, aos 73 anos de idade. – disse mais Isabel em espírito.
Joel:
--- Caramba! E esse homem nunca foi preso? – indagou o jovem Joel.
A moça em espirito fez um leve sorriso e disse apenas:
Isabel:
--- Essa é a história. – sorriu Isabel e voltou ao seu lugar de origem.
O menino acordou sobressaltado com aquele sonho e procurou anotar tudo o que viu em um caderno. O coração de Joel batia acelerado a pensar na sua viagem imaginária de ter que ver uma autoridade alemã cujo nome ele nem sabia o qual. E teve que bater forte com a mão em cima da banca de estudos para se lembrar dos fatos ocorridos há vários anos, os quais ele nem mesmo sabia. Sua mão tremia e o garoto entrava em desespero a cada passo. A história do homem era demais constrangedora para Joel. No vagar das quimeras ele pensou em conseguir algum livro a tratar desse caso. E foi até a estante do seu pai a procura de alguma coisa, talvez um livro velho a tratar do homem do sonho.
Joel:
--- Hitler! Hitler! Hitler! – balbuciava o inteligente garoto como forma de não se esquecer do nome e nem dos fatos ocorridos ao longo do tempo.
E assim Joel ficou a procurar onde teria um documento ou qualquer nota que lhe visse a tona. Na sua avassaladora pesquisa um livro caiu ao chão se abrindo por inteiro em página onde estava à estampa do General Adolf Hitler e o contar de sua historia. Porém, no relato se dizia ter ele se suicidado no bunker da cidade de Berlim junto com a sua noiva, Eva Braun. De qualquer forma já era um início para a sua gloriosa pesquisa. Ele estava elevado na frente da estante a procura de mais alguma publicação alusiva a historia da guerra alemã. Foi quando apareceu na porta do corredor a figura do seu pai. O homem procurou saber o que tanto o menino buscava:
Jaime:
--- De que estas a procura a essa hora da madrugada? – perguntou Jaime Calassa ao ver o menino suspenso na sua estante de livros.   
O garoto se tremeu de medo ao ver a cara do seu pai meio sonolento, a abrir a boca e esticar os braços para diante. E respondeu:
Joel:
--- Que medo! O senhor de mata qualquer dia desses! Ô meu pai! Chega estou tremendo de susto! – relatou o garoto enquanto o pai se esfregava todo e se acercava do seu filho.
O homem, lentamente, se aproximou do filho e o acariciou com ternura envolvendo sua cabeça ao seu peito e o beijou com brandura a fim de afagar o menino. E em seguida lhe quis saber o que estava a procura aquelas horas da madrugada. O garoto, ainda a tremer, disse apenas estar a procura de algum livro. Era um livro a trazer matérias sobre o homem igual ao que estava no chão com a figura de Hitler.
Jaime:
--- Para que o livro? Poderíamos conversar a respeito do líder nazista. – respondeu seu pai.
O garoto apanhou o livro e viu no pé do retrato o nome “Adolf Hitler” coincidindo com o nome dito pelo seu pai, Jaime Calassa. E então falou o garoto:
Joel:
--- Eu tive um sonho terrível. Era como se estivesse em uma cidade onde esse homem era preso. E depois viajei ao seu lado até outro Estado onde o homem pegou um navio. – relatou assombrado o menino.
Jaime:
--- Um sonho? Agora? – indagou cheio de duvidas o velho pai.
Joel:
--- Sim! Agorinha mesmo! Eu vi o homem! E nem sabia quem era! Eu sentei ao seu lado! Ele estava com a cara coberta. Foi! Foi sim! – confessou alarmado o garoto.
Jaime:
--- Hum! Eu tenho sonhos com gente do passado. Mas não me lembro de Hitler. Mas qual é a sua dívida? – indagou Jaime a seu filho.
O menino cismou e depois respondeu:
Joel:
--- Eu queria apenas ver o homem. E vim procurar na estante. É tanto que eu disse seu nome varias vezes para não esquecer. - - respondeu alarmado o garoto.
Jaime:
--- Hitler. Adolf Hitler. Ele foi um ditador que governou a Alemanha. Foi até ao ano de 1945. Era duro. Às vezes. Em outras, ele era delicado. Mas o que você quer saber mesmo? – indagou o homem ao seu garoto de escola.
O menino vaticinou e logo após indagou:
Joel:
---Eu quero saber se ele existiu mesmo. – falou um tanto assombrado com a figura de Hitler.

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