quinta-feira, 8 de março de 2012

ACASO - 50 -

- Amrita Rao -
- 50 -
APARENCIAS
No dia seguinte Joel estava no Grupo Escolar a conversar com o seu novo colega de classe, Otto Resende, no horário do recreio de meio de aula. Igualmente estava ao seu lado a mocinha Elizabete ouvindo a conversa dos dois garotos. Ela era como uma pulga de cois onde estivesse o garoto Joel Calassa. Os dois amigos conversavam sobre o assunto do dia passado. Joel disse ter lido sobre Osíris e entrou similaridade com as pregações de Jesus. Osíris foi morto e Jesus também. Osíris ressuscitou e Jesus também. Osíris tinha uma esposa e Jesus também tivesse Madalena.  Osíris teve o corpo repartido, isto é, a carne. E Jesus dividiu o pão representando a sua carne. Que a pomba branca representava Maria Mãe a interferir entre o povo. Hórus governou a Terra. Jesus também.
Joel:
--- Não acreditas ser isso incrível? Tantas aparências? Eu penso que Jesus foi um político astuto. Ele era Rei. Basta ver a placa pregada na cruz. Rei dos Judeus. E incrível também o caixão que levou Osíris de rio afora. Ele encalhou entre árvores. E Jesus morreu entre dois homens pregados em duas cruzes que são feitas de árvores. Que dizes tu? – indagou o garoto.
Otto:
--- Tem várias semelhanças. Para melhor notar: ou Jesus não existiu. Ou se fez toda a encenação do martírio dele bem semelhante ao de Osíris. E tem outra: Osíris foi morto ou viveu 2.300 anos antes de Cristo. A história é feita por homens. E bem pode ser inventada em algumas semelhanças. Não digo ter Jesus não existido. Isso é fato histórico. Mas a Igreja fez ver uma brutal semelhança com o reinado de Osíris. – lembrou o jovem Otto.
O garoto Joel Calassa ficou pensativo como quem procura resposta de se obter ideia da verdadeira história de Jesus Cristo, o Rei. Nesse ponto a sineta tocou marcando o fim do intervalo. Os dois estudantes e mais a aluna Elizabete saíram chutando latas, de cabeça baixa a indagar a verdade.
No final da aula matutina, Otto se acercou de Joel e fez pergunta como ele tinha tanto interesse na matéria de História a ponde de entrar em discussão com a professora. Ele respondeu simplesmente que era só por curiosidade:
Joel:
--- Eu tenho interesse em tudo que não sei. Apenas por curiosidade. Veja bem: já temos descobertos mais de 700 novos planetas fora do nosso sistema solar. Agora, ainda não temos a resposta de uma super Terra. Mas elas existem. As super Terras. São capazes de oferecer vida até a nós próprios. As super Terras têm verdadeiros oceanos, maiores que os nossos e mais profundos até. As super Terras ainda vão nos ensinar bastante. – salientou Joel.
Otto:
--- E como você sabe de tudo isso? – indagou o amigo Otto ainda mais surpreso.
Joel:
--- Eu? Eu estudo todo o planetário. Veja bem: A Terra é um planeta até pequeno. Mas nós vivemos em um conjunto que vive a um sem numero de galáxias. Dessas galáxias temos mais de 400 bilhões de estrelas. E a cada dia nasce uma nova. Nós vivemos em uma teia de galáxias como se fossem teias de aranhas. É isso. – respondeu o garoto Joel.
Otto ficou extasiado por tanta sabedoria do garoto. Ele havia conseguido lembrar-se do passado. Mas o seu jovem amigo se lembrava do futuro. Eram dois polos diferentes. Um para trás e outro para frente. Joel tinha o nível máximo de sabedoria. Para Otto, tal fato era verdadeiramente sobrenatural. E comentou ao sair do colégio, o jovem Otto Resende.
Otto:
--- E o que mais você sabe? – indagou o colega de classe.
Joel sorriu e respondeu:
Joel:
--- Não de muita coisa. Mas fico sabendo ter ilhas desconhecidas de formação estelar e um misterioso brilho de emissões radioativas em nossa Via Láctea. Um brilho ao redor do centro da galáxia vindo de uma região que circunda o centro da Via Láctea. Pode ser um grande numero de supernovas. – salientou Joel Calassa.
Otto:
--- Caramba! Você tem certeza do que está dizendo? – indagou embaraçado o jovem aluno.
Joel:
--- Sim. Amanhã eu converso mais. Vou indo. – concluiu Joel caminhando com pressa em direção ao Mercado Público.
A jovem Elizabete, surpresa, perguntou a Joel de modo rápido:
--- Hei! Para onde você vai? – indagou a jovem aperreada como o desespero de Joel.
E Joel respondeu na carreira que levava.
Joel:
--- Ao mercado! – respondeu Joel sem parar de correr.
E a mocinha disse:
Elizabete:
--- Eu vou também! – e largou na carreira em busca do seu príncipe encantado.
Bananas, mangas e laranjas. Alguma lata de leite. E outros produtos domésticos. Nada de mais ou de menos. A mocinha acompanha Joel no seu comprar doméstico. Tudo cabia em um saco de papel. O garoto pagou a conta e rodopiou nos pés para o espanto da mocinha. E Elizabete teve ainda um tempinho para saber do garoto:
Elizabete:
--- Não vai levar açúcar? – indagou a meninota ao galante e simples garoto.
E ele respondeu:
Joel;
--- Tem em casa! – e só isso para responder.
Elizabete se aquieta enquanto o garoto Joel começa a descer os batentes do Mercado com destino a sua casa. O garoto oferece uma banana a mocinha e essa rejeita. Mas, por certo a mocinha teria algo a perguntar ao jovem garoto. E fez.
Elizabete:
--- Por que você não diz a mim tudo o que sabe? – indagou confusa a mocinha.
E o garoto que acabara de por em sua boca a banana madura, assim mesmo falou:
Joel:
--- E o que é que você quer saber? – falou o menino com a boca cheia de banana.
Ao falar assim o garoto salpicou pedaços de bananas em cima de Elizabete. Ela, a todo custo limpou os braços das bananas salpicadas. E falou logo sem seguida:
Elizabete:
--- Bruto! Malvado! Macarrão! Molhou-me toda com sua cuspideira! Macarrão! Você não passa de um Intriga Macarrão! – falou desesperada a mocinha ao mesmo tempo em que se limpava.
E o garoto voltou às ofensas:
Joel:
--- E tu sinha burra esquartejada! – e começou a sorrir para cima de Elizabete.
A mocinha olhou com bastante raiva para o garoto e deu a resposta positiva:
--- Burra é a sua mãe! Seu cavalo! – e jogou cuspe para pegar bem na face do garoto.
Daí por diante começou a arenga de burro é a sua mãe e macarrão era ela. E a correria foi total com Joel percorrendo o tempo todo até o cercado do mercado e a mocinha a se vingar a sacudir pedaços de pau e pedra. Era uma coisa de louco. Só terminou quando eles chegaram a Rua do Colégio e viram a figura de Magrão. Esse olhava para os garotos. E os garotos saíram em disparada temendo alguma ação do jovem Magrão.

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