segunda-feira, 18 de junho de 2012

ISABEL - 19 -

- Monica Bellucci -
- 19 -
INCERTEZA
Passaram-se horas para se chegar a uma versão da causa da doença da mulher, Dulce Pontes. Já era manhã quando o enfermeiro chegou até onde estava Toré e dialogou com o rapaz a tal situação a pedir a presença da família ao consultório do medico. Era um médico de meia idade e especialistas em trombos vasculares cerebrais. Ele atendeu de pronto à família foi de imediato questionar por que tal fato ocorreu. Como ninguém sabia de nada, então o médico explicou ser a mulher forte e ter havido uma isquemia cerebral. A paciente estaria em coma induzido e era preciso algumas horas ou dias parasse ter uma qualificação da enfermidade.
Médico:
--- Talvez ela apresente sequelas. É bem provável ser uma Amnésia. Mas não se pode adiantar qualquer sintoma clínico. O que devemos é esperar por mais 72 horas para se constatar um diagnostico seguro. – falou o médico.
Luiza:
--- Ave Maria! Isso é grave, doutor? – indagou perplexa e chorosa a mulher.
Médico:
--- É o que eu disse: vamos aguardar. – relatou o especialista.
Otilia:
--- E tem visita? – indagou sobressaltada a nora de Dulce.
Médico:
--- Por enquanto, não. Ela se encontra da UTI. É só. – concluiu o médico.
Os parentes de Dulce Pontes então saíram do consultório do medico sem nada entender do que sentia a paciente naquele momento de eterno sono. Alguém argumentava sobre amnésia sem saber nada do que falava. Outro dizia ser uma doença grave. E mais alguém temia pelo seu futuro. Nesse momento o enfermeiro Josino se acercou do grupo um tanto ébrio de sono e indagou de Toré.
Josino:
--- Você falou com o médico? – indagou o enfermeiro
Toré:
--- Ele explicou muitas coisas e disse ser possível ela vir a ficar com não sei o que! – falou sem entender o rapaz.
Josino:
--- Amnésia? Terá sido isso? – indagou o enfermeiro a Toré.
Toré:
--- É. Parece que foi essa palavra! – relatou meio sem jeito o filho de Dulce.
Josino:
--- Sim. Foi amnésia. É uma enfermidade temporária. A não ser ter sido a mulher atropelada por um veículo. O que não foi o seu caso. Mas, de outra forma, ela se lembrará do ocorrido. – fez vez o enfermeiro.
Toré:
--- É ruim se ter essa doença? – indagou Toré.
O enfermeiro sorriu e disse.
Josino:
--- Todos nós sofremos de um pouco dessa doença. Ele sofreu um surto maior. Talvez por um Acidente Vascular. – relatou Josino.
Luiza:
--- Acidente? – indagou preocupada a filha de Dulce.
Josino:
--- É. Isso. A gente tem até mesmo ao nascer. Tem casos de pessoas serem vítimas de um acidente vascular por muitos anos. Às vezes deixa sequelas. Outras: menos. – fez ver o homem
Luiza:
--- E ela pegou em algum peso? – indagou preocupada a mulher.
Otilia:
--- Que eu saiba, não. – respondeu a outra nora de Dulce.
Josino:
--- Não é preciso. É um entupimento de uma artéria em alguma parte do corpo o mesmo de uma veia. Esse é o caso. – tentou explicar o enfermeiro.
Então, recomendou Josino a todos rumarem para as suas casas. Ele estava de plantão. Qualquer novidade, Josino retornaria. E assim, o pessoal voltou para suas casas atentas a qualquer chamado de Josino. O restante do dia transcorreu com graves preocupações para Otilia, Toré e Luiza. No meio de todos Luiza era a mais preocupada. Ela passou o restante do dia e da noite a se tremer de medo. Otávio procurava tranquiliza-la, mas a moça tremia de choro, muitas vezes à espera de alguma notícia. No domingo, ela passou logo cedo da manhã em casa de Toré avisando ter de ir para o hospital. O rapaz nada reclamou e disse ter de ir à feira do domingo. Após fazer a feira, ele rumaria para o hospital. E esse tempo demorou três dias. Ao passar do tempo, dona Dulce foi transferida para enfermaria onde havia outros enfermos, alguns em estado grave. A enfermeira verificou a pressão da paciente e saiu sem dizer coisa alguma. As visitas eram programadas para as três horas da tarde, porém, um acompanhante podia ficar desde as primeiras horas da manhã. E assim ficou sentada em um banco a filha de Dulce atenta a qualquer vestígio de fala de sua mãe. Mas Dulce parecia dormir o tempo todo. Nem ao menos na hora da refeição a mulher abriu seus olhos. E de hora em hora a enfermeira verificar a pressão da paciente. No quinto dia de internação a mulher abriu os olhos. A sua filha correu depressa para ver a sua mãe. Essa olhou para a moça e nada respondeu. Luiza se tremeu de medo. Quando a enfermeira veio verificar a pressão da paciente, Luiza comentou:
Luiza:
--- Ela não fala nada! – disse alarmada a filha da enferma.
Enfermeira:
--- É normal. É assim mesmo. Seu quatro está ótimo. – relatou a enfermeira e saiu.
Mesmo sem falar com ninguém ou dizer algo de bom ou não, dona Dulce passou quinze dias internada e recebeu alta. Nesse meio tempo, Otilia esteve no bar de Isabel por varias vezes e dizia sempre ser o quatro de sua sogra de estado ótimo, porém a mulher não falava nada com nenhuma pessoa. Muitas vezes a mulher caminhava pelo salão em companhia de uma auxiliar de enfermagem e de um dos seus familiares, porém nada raciocinava. Em dia de segunda feira a mulher recebeu autorização para sair do hospital. O médico acompanhante revelou ser a mulher portadora de Amnésia. Isso demoraria uns poucos dias ou meses, de acordo com a evolução da enferma. Certo dia, à noite a trocar palavras com o seu marido Toré, a senhora Otilia falou de uma garota. A meninota mostrou o álcool sobre a mesa da cozinha e, desde então, essa menina não mais surgiu pela vizinhança.
Otilia:
--- Eu cheguei a pensar em se tratar de uma neta da mulher ao lado. Mas. ...É curioso! Não a vi mais. Nem na casa e nem em outro lugar. – falou preocupada a senhora Otilia.
Toré:
--- Deve ser uma garota da vizinhança. – falou Toré a se acomodar na cama.
Otilia:
--- Pode ser! Mas àquela hora da madrugada? – falou com estranheza a mulher.
Toré:
--- Pois é. Elas correrem noite e dia. Eu tinha uma irmã que era assim. – falou quase a dormir.
Otilia:
--- Irmã? Que irmã? Luiza? – indagou preocupada a esposa.

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