- Jennifer Lawrence -
- 26 -
SUSPEITA
O homem, sem querer se alterar
disse apenas ser um morador em frente ao apartamento da mulher. E no caso em
apreço, ele estava pedindo a gentileza do rapaz recuar o seu veículo, pois o
mesmo dificultava a saída do auto da senhora a quem ele estava a reportar. O
ex-marido de Dalva se embruteceu e largou desaforos ferrenhos contra a mulher:
Lauro:
--- Se ela quiser que venha
pedir! – relatou desaforado.
Caio:
--- Escute bem. Ela me pediu um
favor. E é isso o que eu faço. – recomendou o policial
Lauro:
--- O senhor não tem nada com
isso. Que ela venha então! – falou embrutecido.
Caio:
--- Moço! Seja razoável! Não
custa nada mover o veículo! – recomentou o policial sem Lauro saber que era
E Caio fez isso a olhar para o
carro e apontar para o mesmo.
Lauro
--- É melhor o senhor sair daqui
porque se não o caldo grossa para o seu caminho. - declarou e levantando da
cadeira.
Com o impacto a cadeira caiu para
trás. O homem era alto e forte. Ele estava de roupa de banho e se notou de imediato
não ter armas consigo. E Caio guardava uma arma no cós da calça. Mesmo assim,
não a sacou. Quando observou a altura do homem ele pensou ser de imediato ou
não a dominar o afoito homem. E fez a vez de sair para o outro lado onde estava
o carro. Sentiu em seu ombro a mão pesada do seu agressor. E no verdadeiro ímpeto
Caio torceu o braço de seu algoz e declarou pondo o dedo polegar de Lauro
contra o punho do individuo..
Caio:
--- Agora é por bem ou por mal! O
senhor retira o carro de qualquer forma! – declarou com ira
Caio viu um homem cair frágil ao
chão a gritar tremendo de dor. Aquele era um golpe fatal.
O Hyundai tomou regresso pista de
barro a fora comendo terra, tecendo areia, limpando chão ao desespero. A
velocidade do veículo era maior que o vendo solto na mata virgem no cuidar da
vinda da praia. De repente, ao olhar pelo retrovisor interno e externo, Bartolo
falou aos seus acompanhantes.
Bartolo:
--- Temos visita. O homem vem com
tudo para nos pegar. – disse isso e ele atolou o pé no acelerador perseguindo
maior velocidade.
Os dois, com pressa, olharam de
momento para trás vendo o outro carro em completa velocidade, atrapalhando
galinhas, porcos, carneiros e cães. O motorista enlouquecido fazia zig zag em
sua passagem nem procurando livrar mulheres, moças, meninos, roceiros em suas
carroças de burros ou pessoas vindos da feira livre da cidade. O motorista
ensandecido assumia o norte de ver de perto a sua ex-mulher, Dalva Tavares para
se vingar da atroz voracidade pela qual por demais sentira. E seu carro corria
demais em busca de emparelhar com o Hyundai. Sem pensar demais, Bartolo seguia
desesperado a buzinar a todo instante pondo atento quem voltava da feira da
cidade, o homem da carroça, o outro a conduzir um saco de farinha, uma mulher
com seus dois filhos, um evangélico em busca de seu templo e muitos outros a
transitar e a subir ou descer pela ladeira dos Coqueiros. Finalmente o Hyundai
atingiu o cruzamento com a BR e dali, com toda pressa, ultrapassado os outros
veículos com destino a cidade, pegou o giro para o sudeste. Bartolo com todo
cuidado virou a frente do seu carro desviado com precisão do trucado a descer a
ladeira de pista e a buzinar atormentado. Sem outro meio de errar, o Hyundai
desviou a deixar o gigante tomar o seu destino. O trucado a conduzir
combustível inflamável teve tempo de deixar passar o Hyundai, mais não teve o
de brecar para não colidir com o outro veículo que tenazmente perseguia o carro
da frente. No entroncamento da encruzilhada o misterioso veículo despontou sem
dar sinal de alerta algum. O caminhoneiro não teve tempo de brecar e deixou o
trucado correr a passar por cima do veiculo enlouquecido. Em um desmantelo
total o trucado passou por cima do auto antes desse buscar outro caminho. O
choque do trucado foi tamanho que o “cavalo” se desgovernou a deixar o tanque
em cima do auto e continuar sua marcha em desordem. O caminheiro parou distante
com o seu carro virado. O homem não sabia o que fazer ao ver o tanque pegar
fogo com uma explosão instantânea. Era um verdadeiro vulcão em chamas. Os
demais motoristas que voltavam à cidade entraram em pânico.
Motorista:
--- Arra égua! O caminhão ficou
em cima do automóvel! – relatou de olhos arregalados um motorista.
Mulher:
--- Corra menina! Sai dai! É o
mundo todo! – declarou a mulher as suas filhas na margem da pista.
Homem:
--- Ora diabo! O carro virou
pedaço! – disse um homem na estrada.
A explosão era tamanha de onde se
estava não se via coisa alguma. Apenas o fogaréu. Gente a gritar de horror ou
de temor. Muitos a correr para longe. Carros que transitavam no sentido
interior paravam de imediato. Nesse ponto, motoristas e passageiros ficaram
alarmados com tamanha explosão do carro tanque. Ninguém entendia a razão do
ocorrido. Gritos de terror e carros a buzinar a todo custo. Era o eterno furor
do inferno.
Mas à frente, há cem metros de
distancia o Hyundai estacionou de vez. O motorista Bartolo pode verificar o violento
choque o trucado com o automóvel totalmente aos pedaços. E disse aos demais companheiros
de viagem com todo o terror a sentir.
Bartolo:
--- Mataram o homem? – disse
assombrado o motorista.
Dalva:
--- Quem? – perguntou assustada a
mulher.
E os passageiros saíram do
interior do Hyundai para ver de longe as labaredas a consumir o veículo de
Lauro Alcântara, ex-marido de Dalva Tavares. Mesmo estando distante das chamas
a mulher não perdeu o instante de chorar por conta da tragédia. O fogo se
espalhou pela descida da ladeira a conduzir ao interior do Estado. Homens,
mulheres e crianças, aterrorizados, saíram dos seus veículos a procura de
locais mais seguros. Eram cerca de trinta caros a voltar para Natal quando a
hecatombe ocorreu. Toda a estrada foi tomada pelas chamas bloqueando a passagem
de ida e vinda de qualquer carro. As chamas intensas levariam horas para serem
consumidas. Os escombros do veículo menor estavam por baixo da parte móvel da
carreta de combustível. O acidente foi por deveras grave. Três carros a subir
foram atingidos pelas intempestivas chamas. O acidente envolveu um Bitrem –
conjunto de cavalo mais um semirreboque tanque - . Várias vítimas do desastre
foram chamuscadas pelas chamas do catastrófico acidente.
Caminhoneiro:
--- Não deu tempo para nada! A
cabine da minha carreta ficou desgovernada após bater o carro! Ele bateu bem no
meio de meu trucado. Então o semirreboque tombou na pista. – relatou o
motorista a tremer de susto.
O cavalo foi arrastado para o
mato às margens da pista onde trafegava. O motorista do trucado foi arremessado
para fora do veículo escapando com vida. O motorista do automóvel morreu no
mesmo instante. Ele e a mulher que o acompanhava. Os corpos foram carbonizados
pelas chamas. Sua identificação foi feita no Instituto Legal para onde foram horas
depois. O Agente Policial Caio Teixeira foi a testemunha a depor sobre o
trágico acidente naquele inicio de tarde do domingo. Em seguida depôs a mulher
Dalva Tavares como ex-esposa da vítima. Os corpos carbonizados ficaram na
geladeira do ITEP por várias horas. No fim de tudo Caio ainda confessou a
mulher.
Caio:
--- Já vi que voce não tem
vocação para a praia. – alertou murmurando.
Dalva:
--- A felicidade foi ninguém ter
morrido da outra parte o desastre. – fomentou consciente.
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