segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

DOIS AMORES - VINTE E TRES -

- Silje Storstein -
- 23 -
HOLOCAUSTO
A manhã seguia tranquila naquele domingo com a passarada a gorjear e poucos carros a transitar pela avenida enquanto Caio Teixeira e José do Nascimento Oliveira debatiam casos de Filosofia e Partidarismo entre peixes e goles de cerveja. A cerveja foi oferecida por Caio Teixeira ao seu amigo de largas datas. E ele aceitava a seu modo. Na avenida abaixo, as beatas mulheres já estavam a retornar de sua peregrina devoção católica. Nos templos de outras religiões ouvia-se o acalorado sermão dos pastores em meio a vozes dos ébrios a passar em busca de novos e desatentos botecos.  Um navio despejou no ar o seu sinal de alerta pelo seu grosso volume de buzina. O cargueiro avisava a hora da partida. Na fábrica de gelo um homem de vestes extravagantemente grossas e botina igualmente perfeita ao setor de frios entrava no armazém donde colhia os volumes desejados pelo comprador. Na sua conversa domingueira o estudante Oliveira tecia comentário do se falava do setor do Campus.
Oliveira:
--- Houve uma celerada discussão entre dois rapazes na questão do Holocausto vivido na II Guerra. – fomentou o estudante.
Caio:
--- O que eles discutiam? – indagou enquanto devorava seu pescado
Oliveira;
--- Um deles era judeu, ao que parece. Ele advogava com alarde a matança de seis milhões de meninos, moças, homens, velhos e mulheres nos campos de concentração. O outro detonava a mentira a dizia ter em mãos relatórios da Cruz Vermelha de terem morrido de fome, ações de guerra e epidemias apenas 300 mil judeus. – relatou o estudante.
Caio:
--- O certo é que os invasores mataram muito mais do que os defensores alemães na entrada de Berlim. Os soviéticos – rapazes, com certeza – estupraram mulheres e moças em sua invasão. – adiantou o policial.
Oliveira:
--- E os países aliados eram a França e a Grã-Bretanha. Eles declaram guerra à Alemanha. A Finlândia, Romênia, Eslováquia, Croácia e Hungria lutaram ao lado da Alemanha. Os países que se opuseram ao Eixo adotaram ao nome de “aliados”. Cinquenta e um estados se envolveram no conflito. Na América Latina apenas o México e o Brasil enviaram tropas para os campos de batalha. – enfatizou o estudante
Caio
--- O caso do Holocausto, o grande trunfo foi sua criação pela Assembleia Geral da ONU a 27 de novembro de 1947 do Estado de Israel. No dia seguinte as nações árabes vizinhas invadiram o recém-criado país em apoio aos árabes palestinos.  – disse mais o policial.
Oliveira:
--- Ao que parece, o Holocausto serve apenas para gerar dinheiro para Israel. – definiu e rapaz.   
A sineta soou e Caio se levantou da cadeira e foi ver quem era, apesar de já adivinhar ser o seu amigo, jornalista Bartolo Revoreto, a morar no apartamento em frente ao seu. O homem de pronto olhou pelo visor e o reconheceu. Caio abriu a porta e fez reverencia para Bartolo entrar em seguida. E logo se foi à frente. Bem logo atrás estava Bartolo a indagar.
Bartolo:
--- Quem está ai? – perguntou a falar em murmúrio.
Caio:
--- Um desaparecido da a muito! – falou altivo.
Bartolo:
--- Ah. Bom. Já sei. – comentou o recém-chegado.
Caio olhou para trás sem fazer sorriso. Apenas para verificar o acerto de Bartolo. E ambos desceram os degraus do batente no interior da sala. Bartolo, como de costume, estava gripado ou com uma rinite insistente. Vez por outra ele assuava o nariz limpando a mucosa com um lenço. No assuar, o homem fazia uma careta puxando as narinas para um lado e para o outro. Caio indagou:
---Dalva? – perguntou por onde ela andava.
Bartolo:
--- Saiu. Na casa de sua mãe. Levou umas frituras. – declarou simplesmente.
Caio:
--- Ah. Bom. Panquecas. – disse o homem sem querer se abusivo.
Bartolo:
--- Olá Oliva. Novidades? Como está o Campus? – indagou o rapaz estirando a mão para um aperto.
Oliveira:
--- Normal. Hoje está fazendo sol. – relatou o rapaz a pilheriar.
Bartolo:
--- E os estudos? – indagou sem surpresa.
Oliveira:
--- Nenhuma. Apenas a morte de Aristóteles. – sorriu o rapaz.
Bartolo:
--- E Tales de Mileto. Creio eu. – debochou o repórter
Oliveira;
--- Que há de novo na terra das ilusões? – indagou a sorrir
Bartolo:
--- Algo além do horizonte. – respondeu o rapaz assuando as narinas
Oliveira:
--- Já é alguma coisa! – alertou o estudante.
Bartolo;
--- O que se faz por aqui? – indagou
Caio:
--- Conversas. Conversas. E conversas! – destacou
Bartolo:
--- Ah bom. Conversas. E por acaso algo de novo na frente oriental? – indagou sorrido.
Caio:
--- Apenas que Israel é o único país do mundo a possuir armas de destruição em massa não declaradas. – enfatizou.
Bartolo:
--- E recebe bilhões de dólares de vários outros países na fantasia do Holocausto. – disse mais
Oliveira:
--- Hoje em dia em vários países é totalmente proibido contestar o “holocausto”. – destacou.
Caio:
--- É crime apenas duvidar da existência do tal holocausto. – resmungou o agente.
O assunto prosseguiu por horas a fio até quando Dalva retornou de sua visita à distante casa de sua mãe.

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