domingo, 16 de março de 2014

DOIS AMORES - QUARENTA E TRÊS -

- Brooke Shieldes -
- 43 -
SANGUE REAL
E a conversa prosseguiu por um longo tempo com a explicação de Joana Vassina sobre os Anunnakis, divindades sumérias cujo sentido era um povo chamado “aqueles de sangue real” conhecido igualmente como “deuses”. E dessa parte em diante nasceu o “deus”, cujo tratado está posto na Bíblia. O povo Anunnaki escreveu em letras cuneiformes toda a história vivida na Terra desde o seu inicio, quando eles chegaram a bordo de naves espaciais. O ser humano já existia da Terra e os Anunnakis fizeram a sua educação. Os Anunnakis vieram em naves espaciais e aqui passaram todo esse tempo onde implantaram um novo odo de vida. Como seres gigantes – quase três metros de altura – eles buscaram fazer do homem primitivo uma nova forma de vida. E assim, com paciência, eles fecundaram as mulheres da Terra por várias vezes até se chegar a um topo de medida a se assemelhar com o homem médio de 2,30 metros de altura. Quando se chegou a um bom termo, os Anunnakis disseram que “agora se chegou ao Adamo traduzido mais para Adão”. Esse é a realidade dos seres interplanetários, os de sangue real. E nesse ponto se chegou ao ariano caso tão comum na história de Adolfo Hitler no contar da história.
Joana:
--- É essa a história! – relatou a sexagenária senhora
Dalva Tavares ficou emudecida por tão grande lição ministrada de uma forma completa.
Caio:
--- Muito bem. Eu não sabia que a senhora soubesse tanto assim. – disse o agente
Joana:
--- Muitos escrevem. Poucos leem. – disse por vez a idosa senhora.
Caio:
--- Acredito. Ninguém procura ler nem mesmo os clássicos. Homero, Sófocles, Platão, Ovídio. É impossível se ler obras desses clássicos. No interior, ainda é mais difícil. As casinhas perdidas na serra. Nesse ambiente nostálgico a pessoa só pensa no que tem para comer. E às vezes nem nisso pensa. – destacou
Joana:
--- Voltando um pouco ao que nós falávamos no início, em abril de 1945, Stalin foi informado das negociações feitas sem o conhecimento dos soviéticos. E anunciou publicamente. Em meados de abril Hitler ordenou a divisão do Exercito alemão formado em dois grupos para facilitar a ação dos mediadores. Os acordos com o setor norte do Exército nazista foram feitos entre o presidente da Cruz Vermelha sueca. As operações do Exército do sul foram realizadas com o seu tradutor de letras, Hering Blink. Mais tarde, nas reuniões do protocolo quando se perguntou a Stalin o que acontecera com Hitler, ele disse claramente que Hitler estava fugindo em um submarino. Primeiro, ele disse que Hitler ia para a Espanha ou Japão. Mas, depois disse que Hitler estava fugindo para a Argentina. – explicou a mulher.
No dia seguinte o celular tocou e Bartolo de imediato atendeu. Era o seu amigo de Brasília, Tarcísio Arantes. O rapaz informava ter passado a noite toda e apenas teve informação de um passageiro retirado sem vida do interior de um avião Cessna interceptado em vou para o extremo do Brasil com a Bolívia. Aparelhos Caça interceptaram o avião e fizeram descer no aeroporto de Brasília após longas horas. O Cessna chegou e quando o avião foi vistoriado, encontrou-se um passageiro morto. Ele não levava documento algum. A Polícia Federal vistoriou por completo e logo em seguida teve por prisão os três tripulantes do aparelho. A Base Aérea dará entrevista provavelmente das dez horas da manhã e pelo que soube Tarcísio era provável chamar uma pessoa de parentesco do General para confirmar se era ou não o homem o senhor Wagner Rahner.  
Tarcísio:
--- Volto a te chamar logo que eu tenha maiores informações. Segue matéria. Bom dia irmão. – declarou o amigo jornalista.
Bartolo:
--- Até já. Eu aqui faço matéria também. Escute: E se não for o homem? – indagou surpreso.
Enquanto isso, o agente Caio Teixeira era convidado para acompanhar a senhora Joana a Brasília, pois essa era a única testemunha a declarar se o homem morto era ou não o senhor Wagner Rahner. Ele e dois agentes da Polícia Federal seguiram logo cedo da manhã em direção a Capital Federal em um aparelho da Força Aérea. A mulher tremia de raiva ou medo na situação em que se metera nas últimas horas.
Joana:
--- Apenas sobra para mim. Eu nunca fui sua filha. E nem sou sua mulher. Vivo presa por conta do General Rahner. E se não estou agora é por conta dessa situação vexatória onde eu passei para outra clausura. – falou em conversa com Caio.
Caio:
--- Calma! Tenha calma! O negócio está no seu final. – tranquilizou com palavras doces.
Após três horas de vôo o aparelho da FAB chegou à Brasília tendo assim a mulher sido levada para uma sala de espera até poder chegar o momento de partir para identificação do corpo do homem morto. O aeroporto militar ficava há uma distancia prudente dos demais e tinha então a prudência da vinda de repórteres e fotógrafos para documentar a mulher Joana Vassina. Essa poderia entrar e sair sem maiores temores.
Eram dez horas quando os repórteres foram convidados para receber apenas um folheto respondendo às perguntas que eles fariam, com certeza, ao setor de Imprensa da Aeronáutica. O oficial fez a entrega do formulário e pediu licença para se ausentar. O documento dizia em síntese ser o cadáver de alguém desconhecido.
Repórter:
--- Puta merda! Mataram o homem errado, com certeza! – disse um repórter em meio a situação discutível.
Entre as brigas de fotógrafos para fazer as imagens não fornecidas do morto estava Joana Vassina a procura de se ausentar de vez da imprensa. E com os três agentes ela procurou uma saída e por lá se meteu onde ninguém pode vê-la. Joana após estar sozinha com os três agentes de dois oficiais da Aeronáutica veio a declarar.
Joana:
--- Como eu já frisei. Esse homem não tem um aparelho de metal no joelho. E mais: o cidadão Wagner Rahner tem 88 anos de idade. Esse não tem nem 75 anos. Nunca fez cirurgia plástica e nem a documentação que comprove ser que ele é. – acentuou a mulher.
Oficial:
--- E quem é o morto, afinal? – indagou cheio de  dúvidas.
Joana:
--- Eu não sei. Há muita gente que se passa pelo senhor Rahner. Isso eu costumava ouvir de alguém ter a aparência do General. Há muito tempo. Ainda quando ele residia na Polônia. – relatou a mulher.
Oficial:
--- Polônia? Mas ele não era alemão? – indagou o oficial.
Joana:
--- Ele é. Mas passou um tempo na Polônia. No tempo da Guerra ele vivia de campo em campo. Quando a guerra acabou ele fugiu para a Bélgica onde minha mãe, Anya morreu. E demais países nós vivemos. Até o dia que embarcamos para a América do Sul pela Suécia. Eu era ainda muito pequena. – declarou à senhora.  
Oficial:
--- Mas o General ainda viveu na Europa após a Guerra? – indagou o oficial.
Joana:
--- Sim. Ele tinha facilidade em conseguir outros documentos de identificação. Ele usou vários nomes. – relatou a mulher.
Oficial:
--- Eu não entendo muito bem dessa transação! Como se consegue uma identificação falsa? – quis saber.
Joana:
--- Meu senhor Oficial, na Europa tudo se compra a também se vende. Eu posso adquirir uma identidade falsa por qualquer importância. De um russo, é o mais fácil. Mas, igualmente de outra nacionalidade. No Brasil, o senhor pode adquirir outra identidade, um CPF, uma carteira de Trabalho de alguém que já não vive. O senhor pode conseguir até mesmo uma placa de automóvel clonado para poder viajar em um carro inexistente para o Departamento de Transito de qualquer Estado. O senhor pode. É só querer. – relatou com firmeza.
Oficial:
--- E como a senhora sabe disso? – indagou sorrindo.
A mulher coçou a cabeça com se não quisesse dizer e uma vez mais foi além.
Joana:
--- Quando o senhor me paga para possuir um documento de menor idade? – quis saber.

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