- CATEDRAL -
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SACERDOTISA
Após algumas semanas e a paz voltou a reinar no meio dos
Sumérios. Nos Congressos, os parlamentares da discutiam o sexo dos anjos
enquanto no Mosteiro de São Simplício a vida continuava como de antes com cada
qual a fazer as suas obrigações rotineiras. O Monge dos porcos sacrificava os
suínos, na Academia, velhos e moços continuavam suas leituras, um Monge idoso
passeava no alpendre a rezar o seu rosário, alguém se importava em chamar os
demais membros com o toque do sino, outros além colhiam frutas, legumes e
flores cheirosas para enfeitar o ambiente da Igreja secular pondo em ordem tudo
em devido lugar. No portão de entrada por onde Monges e Monjas entravam e saíam um Monge barrigudo adormecia por
não fazer coisa alguma. Era a vida do Mosteiro, enfim. Casos comuns em um
Mosteiro como o de São Simplício. O jovem noviço Euclides de Astúrias estava a
escolher o manuscrito logo a cima da imensa estante na colossal Biblioteca do
Mosteiro para poder ler o seu conteúdo histórico e quase sempre sagrado. No
baixo chão entre bancos e estantes perfeitamente arrumados outros monges e
monjas continuavam com cuidado seus estudos entre livros muitos dos quais
velhos. Em outro local os escribas compilavam documentos bastante carcomidos
para depois passar todos eles à mão do seu regente. Era a rotina de sempre
entre cantos gregorianos a se ouvir distante na própria igreja do Mosteiro.
Cânticos belos e nostálgicos como uma prece direta a Deus. Entre ouvidos e
suaves canções um mugido de um touro como a orquestrar todo aquele sinal dos
tempos. Quando o noviço Euclides de Astúrias descia a se segurar de forma fixa
a sua escada, atropelou-se com uma jovem moça vestida com trajes do Mosteiro.
Ele suplicou desculpas sem perceber de
fato o seu visual. Mas, de um momento a jovem o pegou pelo braço e se
mostrou melhor há retirar um pouco o seu capuz enegrecido e lhe mostrar a face.
O noviço titubeou para depois indagar murmurando:
Noviço;
--- A senhora aqui? – indagou
atabalhoado o noviço.
A Sacerdotisa fez um sinal de silêncio pondo o dedo indicador
nos lábios e puxou com vagar para um lado mais sem leitores a apenas disse:
Sacerdotisa
--- Eu vim vos ver-te no teu ambiente de sossego de paz. - e
sorriu com terna alegria.
Noviço;
--- Que fizestes com o teu tamanho? – indagou o monge alvoroçado
com a altura da mulher.
Na verdade, a Sacerdotisa estava um tanto pequena para o seu
porte de mulher alta por demais. Somente assim o noviço observou o tamanho
diminuto da ainda jovem senhora.
Sacerdotisa:
--- Comprimidos. Eu os tomo quando é preciso como nesse
momento. – sorriu inquieta a santa dona.
Noviço:
--- Mas diminuístes muito? – confabulou o rapaz.
Sacerdotisa:
--- Sim. Sim. Sim. Muito. – o sorriu balançado a cabeça
confirmando
Na batalha do tempo, se fazia diminuir ou aumentar uma ou mais
pessoas de acordo com a necessidade para se ficar com uma menção de acordo com
o oponente ou simplesmente amigo. Por tal cabal razão a Sacerdotisa Magda se
fez diminuta no seu período. Após breves conversas, Magda articulou um convite
para o noviço a conhecer o seu País naquele dia de verão. O noviço titubeou por
não saber como aceitar aquele incerto apelo.
Noviço:
--- Não sei. Tem o Monge. Ele está no Observatório. – quis
explicar o rapaz como a se desculpar.
Sacerdotisa;
--- Ora, meu nobre. Seria por pouco tempo. Eu estou
desambientada do seu continente. Por favor. Eu te imploro! – argumento sem
querer forçar o rapaz.
Noviço:
--- Quanto tempo nós faríamos essa viagem? – indagou meio
confuso.
Sacerdotisa:
--- Uma hora no mais tardar! – explicou a senhora.
Noviço:
--- Uma hora? – indagou perplexo o noviço.
Sacerdotisa:
--- Meia! Meia! Meia! Está bem? – indagou com as suas mãos
postar.
Noviço:
--- Meia! Está bem! Espere que eu vista roupa melhor que
essa! – respondeu o rapaz.
Sacerdotisa:
--- Não. Não. Não precisa! Vós vos trocais na nave! –
explicou a moça ou senhora.
Noviço:
--- Nave? Aqui? Onde? – indagou alarmado o rapaz.
Sacerdotisa:
--- Logo à frente. Ela está camuflada! – respondeu com pressa
a Sacerdotisa.
E então Maja Magda puxou pelo braço o noviço se esquivando de
qualquer atropelo e saindo direto para um grupo de árvores onde não havia viva
alma. Chegando, ela empurrou o rapaz para dentro da nave, seguiu também
enquanto a nave subia ao Céu da manhã de sol. Em um espaço de minutos, sem
saber nem mesmo onde estava o noviço indagou da Sacerdotisa Maja Magda.
Noviço:
--- Meia hora? – perguntou em sobressalto.
Sacerdotisa:
--- Nem um minuto a mais! Vamos descer agora. Por seu favor.
– falo a moça a um só tempo.
Noviço:
--- Aqui? – indagou o noviço estrando o seu destino.
Sacerdotisa.
--- Meia hora. O tempo urge! – reclamou Magda.
Após um rápido caminhar o noviço se deparou com uma catedral
um tanto conhecida. Ele não ficou surpreso, pois aquela era a Catedral de
Madrid com seus arcos e espaço em frente do templo. O noviço vibrou de alegria
por estar depois de muito tempo na catedral dos seus sonhos. A impoluta
Catedral de Madrid.
Noviço:
--- Mas estamos na catedral de Madrid. – disse o noviço a
sorrir.
Sacerdotisa:
--- Isso mesmo. Agora vamos nós entrarmos também. Observe
tudo com cuidado. Principalmente o recinto interno. Todos os detalhes. Não se
esqueça de coisa alguma. Anjos e altares! – falou com calma.
Noviço:
--- Anjos. Eu estou vendo tudo. Detalhes. Vitrais. O Senhor.
A Cruz. Um monge. ... Espere! Aquele monge se parece com uma pessoa. Eu já vi
esse Monge. Não me recordo. Mas é igual ao que observei. Vou falar com ele. –
se apressou o noviço.
Sacerdotisa:
--- Espere. Vós não falais com ele. Faça de conta que nem o
está a olhar. – falou reticente.
Noviço:
--- Mas eu juro que o conheço. Preciso me certificar quem é
ele! – falou inquieto
E foi à frente. De imediato o Monge se virou para o noviço e
disse apenas isso:
Monge:
--- A Missa começa dentro de mais alguns instantes. – relatou
sem pressa.
Noviço:
--- Sei. Sei. Mas o senhor não seria alguém que conheço? –
perguntou o noviço.
Monge:
--- Todos dizem isso. Por exemplo, o senhor se parece comigo!
– sorriu atrapalhado o monge.
Noviço:
--- Sacerdotisa! Sacerdotisa! – falou o noviço e desmaiou em
seguida.
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