segunda-feira, 5 de agosto de 2013

"DEUSE" - 29 -

- HITITAS -
- 29 -
APOCALIPSE
Após a refeição do almoço, todos foram para os seus labirintos onde procuravam repousar um pouco para que o seu organismo se refizesse de abundando comida ingerida. Era um descaço normal tanto para os Sumérios quanto para os terráqueos. As luzes taciturnas do meio ambiente calmo desapareciam de vez tendo quase sumido por completo do recinto natural. Não havia grilos ou cigarras para perturbar o sono indigente de cada qual naquela hora. E não se sabia se era ocaso ou não, pois sol não ditava as horas do meio do caminho. No misterioso Universo, bem além do planeta Terra, a nave mãe cochilava também com a tranquilidade genérica do lugar de onde estava. Ratos ou sapos, nem pensar. Na nave interplanetária não havia nada conhecido dessa espécie. O que havia era o aplacado silencio movido apenas pela gigantesca nave a viajar ao sabor do nada. Podia-se ver quanto se estava para outro lado, às estrelas cadentes em passagem vertiginosa pelo espaço infindo. No espaço onde repousava o noviço havia de tudo um pouco. Coisas simples que ele não ousava tocar, como pequenos tabletes mini Ipad que ele não ousava tocar. O temor era o maior de todos os fenômenos. O noviço perambulou com todo o seu olhar pelo meio ambiente até o sono chegar. Foi um sono tranquilo, mas repleto de sonhos onde ele se via em outro mundo a conversar com seres humanos estranhos. No sonho ele sabia os nomes de todos e de cada um. Havia árvores verdadeiramente gigantes por onde ele passeava. Uma jovem senhorita se fazia presente a conversar sobre algo. Uma casa simples em meio de outras. O noviço percebia que estava despido e com rapidez se fazia trocar de mudas enquanto a moça tagarelava com ele à sua vontade. Na rua, havia apenas árvores de um lado enquanto de outro havia apenas casas simples de duas cobertas apenas. Um homem falava alto de um canto qualquer da sala mais para dentro o que deixava o noviço sem notar bem quem articulava. Por mais que procurasse o noviço, ele não percebia ninguém na rua. Apenas a jovem senhorita. De momento ele sentiu entusiasmo em beijá-la, mais temia a voz do homem vindo de trás. Uma ladeira talvez tivesse a descambar em um olheiro onde água abundava. Ele não percebia o olheiro. Apenas sabia da sua existência naquele distante recanto onde talvez houvesse aves pequeninas a cantarolar.  Ao despertar, o noviço ouviu interfone a chamar de imediato o rapaz o atendeu. Uma vez peculiar lhe quis saber:
Sacerdotisa:
--- Dormias? – indagou a mulher com sua voz suave:
O garoto procurou se restabelecer do sonho ainda a lhe ofuscar o pensamento e então respondeu.
Noviço:
--- Um pouco. Eu estava a sonhar com casos de infância. – respondeu o rapaz a coçar a sua cabeça.
Sacerdotisa:
--- Perdoe-me. Eu não queria acordá-lo assim. – replicou a mulher de forma ingênua.
Noviço:
--- Eu não sei é noite o dia. Aqui é tudo confuso. – se esticou o rapaz de modo a se refazer por completo
Sacerdotisa:
--- Para muitos é dia. Mas para nós é noite sempre. Bem. Não vos querendo perturbar, eu tenho aqui, no meu quarto algo que talvez o interesse. Queres ver? – indagou a moça.
Noviço:
--- Ah sim. Eu desejo ver. Podeis deixar-me eu arrumar e estarei em breve em seu quarto! – respondeu o rapaz com a pura vontade de fazer micção.
De imediato o garoto buscou o sanitário onde pode fazer a sua micção e depois, a vestir sua túnica de monge calçou as sandálias de couro de colho se fazendo presente o cômodo da Sacerdotisa um local acima. A porta já estava aberta e a Sacerdotisa Magda o esperava com um sorriso nos lábios. Não havia diferença entre um cômodo e outro a não ser por uma mesa pequena onde se espalhavam montes de pergaminhos, escrituras, uma Bíblia para estudo e outros materiais provavelmente sumerianos, acadianos e até mesmo hititas. Um grande mapa tomava conta da ampla mesa de estudos não divulgada por ela na sua imensa aula dos Sumérios. A Sacerdotisa veio ao encontro do rapaz e o cumprimentou amistosamente a relatar.
Sacerdotisa:
--- Nós temos algo a vos mostrar. Com certeza vós já conhecestes bem. De qualquer forma nós vos apresentamos. Escute-vos. Há uma matéria bem diversificada do nosso sistema Universo. O Buraco Negro. É o tempo e o espaço unidos em um violento nó. É maior de todos no Universo conhecido. É o maior existente no nosso sistema. Ao contrário de uma estrela, ele não emite luz. Talvez seja o lugar onde o espaço e o tempo seja totalmente deformado. Os Buracos Negros são corpos estanhos no mundo. A ideia da presença de alguma coisa estranha poderosa a explica no centro de nossa galáxia. E hoje se torna clara. O centro de outras galáxias está repleto de estrelas. Mas ao se tentar ver o centro de nossa galáxia percebe-se que as estrelas estão ocultadas por uma camada grossa de poeira. Antes de tudo, vos quero dizer: tudo no Universo vai explodir. É o Apocalipse Cósmico. O ano é vinte bilhões A.D – isto é ANNO DOMINI ou Ano do Senhor – Nesse tempo há algo profundamente errado com o Universo. Desde o seu nascimento explosivo o Universo se expande, crescendo continuamente em um infinito desconhecido. No entanto, um dia, num futuro distante veremos no Céu que as galáxias do todos os quadrantes invertem seu rumo se dirigem contra a nossa própria Via Látea. A implicação catastrófica é fatal. O Universo está se desfazendo e tudo o que nós conhecemos deixará de existir. A vida está condenada. Todas as galáxias irão colidir e as estrelas dentro delas serão esmagadas. As estrelas e os planetas vão colidir. Os planetas serão engolidos por estrelas. Toda vida inteligente morrerá. O Universo acabará em uma explosão como uma bola de fogo cósmica. Esta é a visão do Apocalipse de acordo com uma teoria conhecida como Big Crant. Toda a matéria do Universo vai se juntar de vez. Hoje, o Universo se expande. A cada dia há mais espaço porque as galáxias estão se distanciando. O oposto acontece no Big Crant.
Noviço:
--- Eu já sabia dessa história. Porém eu não acreditei de verdade. – falou o rapaz angustiado.
Sacerdotisa:
--- Portanto vós já sabeis. O igual acontece com o Buraco Negro. O Monstro da Via Láctea. Existe muita poeira dentro da galáxia. É completamente opaco. Alguns tipos de luz podem passar pela poeira. Mas já é possível se avistar mais estrelas. E a poeira já está atravessada. E hoje se sabe onde está o centro da Via Láctea. Por sinal já é avistável as estrelas. Mas a questão é o Sol. No astro tem um buraco negro. Não é preciso que vós assusteis. Eu vou vos dizer um segredo cósmico. Mesmo se vós não quiserdes ir, ao menos tente escutar. O Sol abre um buraco no espaço. E esse buraco desvia a luz. Quando não é o Sol, então é a galáxia inteira. Esses abismos sem fundo engole a luz. Por tal motivo se chama de buraco negro. O Sol tem o seu buraco negro. Quem se destinar ao sol, deverá entrar, se for possível, também no buraco negro. Esse fator independe do aquecimento do Sol. Na verdade o Sol é quente por demais. Entretanto quem migra por seu buraco negro não encontra tão enervante calor. Quem for enfim terá a oportunidade de atravessar o Sol, por dentro mesmo, e pegar o chamado buraco branco. Quando chega a esse buraco, então encontra outro espaço. O chamado Multiuniverso, ou seja, a duplicidade do seu sistema solar. É nesse sistema que o homem terá a ocasião de olhar os outros homens e verá casos parecidos com o nosso sistema planetário ou solar. Por exemplo: se eu ou vós for a esse Multiverso, vós encontrareis teus amigos ainda vivos, apesar deles terem morrido. Vós encontrareis pessoas que vós não conheceis agora, aqui. Mas no duplo Universo essas pessoas estão vivas. Vós encontreis as vossas namoradas, apesar delas não existirem agora nessa Terra. Vós encontrareis pessoas pobres que não conheceis. Mas assim mesmo elas existem de verdade e são tuas amigas. Ou encontrareis pessoas abastadas que nunca vistes. Tudo isso existe no segundo Universo. Quase sempre ao contrário. Entendestes agora? – indagou a mulher a sorrir.
O rapaz se compenetrou para poder de vez falar:
Noviço:
--- Eu não acredito nessa história. Só vendo de verdade. E olhe lá! – respondeu o noviço a coçar as mãos com o queixo.
Sacerdotisa:
--- E por que vós não experimentais? – indagou a mulher com seus olhos brilhantes.
Noviço:
--- Quando? Agora? O Papa de mata! – relutou alarmado.
Sacerdotisa:
--- Qual nada! Vós estais a alimentar o temor. – sorriu a mulher.
Noviço:
--- Sim. Pode ser. Eu vejo o futuro imediato. Se eu for a essa aventura estarei posto pra fora da Ordem. – reclamou o rapaz.
Sacerdotisa:
--- Qual nada. A Ordem não vai saber. A não ser que vós confessais. – sorriu com calma a mulher.
Noviço:
--- Pois é. Eu tenho que confessar e ainda fazer por cima o “suplicio”. – responde com muito temor.
Sacerdotisa:
--- Qual suplício? Ainda vós tendes “suplicio”? – indagou a sorrir.
Noviço:
--- Imagine! Uma corda dobrada em quatro nós. – tremeu de pavor o rapaz.
Sacerdotisa:
--- E por que vós não deixais o Mosteiro? – perguntou a mulher.
 

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