- MONGES -
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A CHAVE
Com menos de meia hora a Sacerdotisa estava de volta ao
Mosteiro de São Simplício. O noviço Euclides de Astúrias já estava desperto e
pouco sabia do acontecido. Apenas lembrava-se de um Monge e nada mais. Pouco
tempo depois ele conseguiu recordar do Monge com maior espaço e fluidez. E as
questões notavelmente formuladas. A aparência notada. O desmaio total. As
sombras. Os vultos. E nada mais. O desmaio foi por breve ou longo tempo enfim.
As nuvens passavam em bandos. Um santo sacrário estava exposto. Velas deixavam
fluir a luminosidade enfim. Um passado remoto. Uma cachoeira. E nada mais. Ele
observou o meio ambiente para saber se de certo estava acordado e viu ao seu
lado a doce e meiga Sacerdotisa a contempla-lo como a um amado filho. E ainda
perguntou a Sacerdotisa:
Noviço;
--- Eu morri? – perguntou com temor.
Sacerdotisa:
--- Não, filho! Apenas dormistes. Sossegue. – falou a bela
Magda com uma melodiosa voz.
E o noviço garrou no sono imortal. E pode ver imagens de
passado distante a emergir como se fora o presente. Um amigo seu foi o mais
constante a notar. Era um rapaz alegre e vistoso a caminhar por uma rua larga,
mas sem veículos. Os dois caminhavam lado a lado a tagarelar sobre assuntos
naturais. Em outra rua transversal, Euclides observou a estação do trem. Estava
a estação bem distante. Ele não deu grande importância e atravessou a rua a
continuar com o amigo dialogando casos do seu presente. De imediato, o amigo se
foi e Euclides subiu uma ladeira indo até provavelmente a sua casa. E encontrou
de portas abertas com uma moça a agasalhar seu tenro filho. Ela era mesmo uma
moça de pouca idade. Talvez tivesse 18 anos. Euclides a conhecia e a moça
também. Eles eram casados. A criança nada fazia a não ser dormir. Ele a olhava
e depois logo saía de casa. Não havia transportes públicos. E assim, Euclides
caminhou com pressa para o seu trabalho. O rapaz morava em um arrabalde. Havia
bodegas e casas caiadas. Era um arrabalde muito simples. Poucas casas. E não
havia viva alma. Mas com isso o arrabalde não era estranho. Ele avistou o amigo
a lhe chamar com o braço erguido como quem diz:
Amigo
--- Vumbora! Vumbora! – o amigo o chamava com o braço
estendido para o alto
Euclides:
--- Tem índios? – e mergulhava a sorrir.
Nesse tempo o Noviço despertou com Sacerdotisa a chama-lo
devagar por um nome lhe posto somente
tão agradável para apenas distraí-lo:
Sacerdotisa:
--- Lindo! Lindo! Acorde! Estamos em vossa casa! – disse
Magda suavemente.
E o Noviço de imediato procurou pisar o chão e esperou por
sua companheira. Ela não quis descer. Apenas declarou ser breve para depois
poder falar com o rapaz. Magda se esquivou em declarar ter os dois perambulados
pela Catedral de Madrid em outro Universo passado de um lado para outro. O
Monge ao lhe falar naquele tempo era ele mesmo e não outro. Apesar disso,
Euclides não reconheceu de imediato tendo depois de certo instante chegado ao
desmaio. A Sacerdotisa Maja Magda procurou entra pelo buraco negro do Sol para
então alcançar a Catedral de Madrid em outro tempo. Era tudo da mesma forma
como advertiu o Noviço. Apesar de todo o esforço, o rapaz não se lembrava do
instante devendo ele descobrir o que se passara em momentos posteriores. De
imediato a nave sumiu e Euclides procurou entrar na Biblioteca e ficar na mesa
ao largo das duas Monjas – uma, por sinal, bela – e se postou em estudar os manuscritos.
Enfim continuou a sua leitura sobre dobras do tempo. E observou a matéria de
como a pessoa será eficiente para o futuro. Seguir por dentro de um buraco
negro. Eles são poços profundos como formas clones no espaço e radicalmente
dobra e desacelera o tempo. Uma máquina do tempo no futuro. E o tempo se
converte em minutos. O maior e mais perto buraco negro do tempo fica mais
próximo da nossa galáxia. É conhecido como Sagitário A. Cerca de vinte e seis
anos luz da Terra. A ideia é viajar próxima a velocidade da luz. O negócio é:
desacelerar o tempo para o viajante. E esse buraco negro pesa três milhões de
vezes mais do que o Sol. Nesse caso, o viajante chega a um futuro distante,
pelo máximo, da Terra. E a experiência é espetacular. E se olhar a Terra por um
visor particular verá o viajante tudo correndo em um movimento rápido poiso
tempo do astronauta está correndo mais devagar. Ao terminar esse evento, o
astronauta pode regressar a chegar muito mais jovem do que os seus velhos e
grandes amigos. E nesse momento o noviço se assustou.
Noviço:
--- Caramba! Essas não as mesmas que as deixei. Uma é bela
por demais! Caramba! Eu estive no futuro! Caramba! Aquela Sacerdotisa de
enganou. Deixa-me ver! Eu troquei as minhas meias? Merda! Estou com as luvas
dos pés trocadas! Essas não são as minhas! – o Noviço estremeceu.
De repente, o rapaz caminhou até o Observatório da Serra para
saber se o Monge era mesmo Ambrósio de Escócia. Tão logo se acercou, encontrou
um homem mais idoso. E indagou com uma certeza de receio.
Noviço:
--- O Monge? – perguntou ao ancião.
Monge:
--- Hum? Procuras por mim ou por outro? – indagou o monge ao
rever os mapas.
Noviço:
--- Ambrósio. O Monge! - articulou o jovem.
Monge:
--- Ambrósio? Ele morreu! Faz tempo. – respondeu o ancião.
Noviço:
--- Não brincas comigo! O caso é sério! Eu o vi de manhã! –
reprendeu o noviço.
Monge:
--- Quem você pensa que é? Eu estou aqui há cinco anos.
Ambrósio já havia morrido! – respondeu alterado o Monge.
Noviço:
--- Há meu Deus! Ambrósio morreu! O que será de mim! Mas como
ele morreu? – indagou cismado
Monge:
--- Coração! Puff. Morreu de repente! O senhor o que é dele?
– indagou o velho monge.
Noviço:
--- Apenas sou um noviço e presto assistência a Ambrósio! –
responde sem jeito
Monge:
--- Com esses trajes? Vala-me Senhor! Um Monge querendo ser
noviço! – o ancião se benzeu.
Noviço:
--- Trajes? Que trajes? – perguntou a se examinar o noviço.
Então o também Monge notou o traje por ele usado, bem
diferente do anterior. O Monge Euclides de Astúrias teve vontade de gritar,
porém ao mesmo tempo se conteve. Ele deu a meia-volta de desceu correndo a
procura de algo mais adequado posto em sua sala de dormir e de estudos. O seu
coração batia forte sem que Euclides, o Monge, nada pudesse fazer. Nem procurar
o Abade, pois para o Monge era alguém totalmente desconhecido. Cinco ou mais
anos se passaram. E ele nem sabia o que afirmasse por esses longos anos de
ausência.
Monge:
--- Estou ferrado. O que eu vou dizer ao Abade? – ele indagou
para consigo.
Alguém se aproximava e ele pôs o hábito de modo a esconder o
rosto. O Monge visitante passou quieto e nada falou. Talvez não tivesse notado a
sua presença àquela hora da tarde. O Monge Euclides apenas entrou se se trancou
no quarto. De imediato, outro susto. No aposento estava deitado outro Monge e
de vez quis saber.
Monge-2
--- Algo de mais Irmão? – perguntou a voz.
De susto, o Monge Euclides estremeceu. Estaria ele na Cela
errada, com certeza E apenas respondeu com um pedido de desculpas.
Euclides:
--- Não. Nada. Errei de Cela. – dizendo isso, saiu ainda mais
estonteado.
E buscou a sua Cela. Mas essa estava trancada de forma a não
permitir a entrar viva alma. A chave, ele parecia não ter. E buscou encontra-la
por todos os bolsos. Não a encontrou. Lembrou-se para parede frontal. Um canto
que vez por outra deixava a chave escondida.
Euclides:
--- É lá por certo. – lembrou o monge.
Buscou encontrar e nada de chave. Não sabia mais Euclides o
que fazer. Outro Monge se aproximou e logo ele se cobriu de todo. Não precisava
de algum auxilio. Era apenas a sua chave. E não sabia onde colocara.
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