- Natalie Wood -
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SOLUÇÃO
Naquele dia,
Caio Teixeira conversou murmurando sobre algo ocorrido com o General nazista
quando o homem estava em serviço na Polônia na inspeção dos campos de
concentração. Após algum tempo como chefe supremo de Treblinka, Wagner Rahner
foi transferido para outro campo numa cidade do norte do país. Ante da capitulação
ante as Forças Aliadas, Rahner foi transferido para outra cidade: Chelmno. Esse
centro de extermínio ficava mais ao norte e funcionou entre os anos de 1941 a 1945. O horror desse
temeroso campo foi à morte de 340 mil prisioneiros considerados todos judeus. Os
nazistas criaram campos de extermínio para que os assassinatos em massa fossem
mais eficazes. Os campos de extermínios ou “campos da morte” eram
exclusivamente fábricas da morte. O Governo alemão da época assassinou cerca de
2 milhões e 700 mil judeus pelo método de asfixia criada pela emissão de gases.
O primeiro campo de extermínio foi Chelmno, inaugurado em Warthegau, parte da
Polônia anexada à Alemanha. Os mortos eram principalmente judeus e ciganos envenenados em furgões de
gás. Todos os deportados que chegavam a esse campo eram imediatamente enviados
para a morte na câmara de gás. As SS consideravam esse campo de extermínio como
ultrassecreto.
Caio:
--- Quem me
forneceu esses dados foi um oficial que está no comando da investigação onde o
General Wagner Rahner está envolvido. – relatou em sigilo.
Bartolo:
--- Mas o
canalha estava embutido em tudo isso? – perguntou alarmado
Caio:
--- Sei bem
que as tropas de ocupação aliadas foram documentar as atrocidades cometidas
pelos nazistas durante a ocupação alemã na Polônia. E foi ordenada a exumação
dos corpos para investigar os vários
extermínios em massa. – salientou
Bartolo:
--- Covardes!
– detonou o jornalista.
Caio:
--- Ainda tem
mais. (pigarreou e olhou para um lado e para o outro). No final de 1939, já se
preparando para as operações de assassinato em massa, os nazistas
iniciaram experimentos com gases
venenosos em doentes mentais. A eutanásia, eufemismo utilizado pelos nazistas
para o morticínio, era simplesmente o processo de eliminação sistemática
daqueles alemães que os nazistas consideravam “indignos de viver” devido a
alguma deficiência física ou mental. – relatou o agente.
Bartolo:
--- Como?
Matar pobres doentes? – falou alarmado.
Caio:
--- E ainda
tem: seis instalações para levar adiante este projeto de mortandade por gás
foram criadas. Estes campos de extermínio utilizavam o monóxido de carbono em
sua forma pura. O General Rahner tem fotos de Castelos onde os doentes mentais
eram mortos por asfixia. – disse mais.
Bartolo se
notou a tremer e procurou sentar em uma cadeira de espera do próprio Hospital.
A sua memoria rodava igual um pião em altíssima velocidade. Ele procurava a
qualquer jeito encontrar o norte de sua busca para entender melhor. Nesse
momento, Dalva Tavares chegava do gabinete sanitário onde foi recompor a sua
maquiagem. A linda moça olhou o semblante do seu amante e se alarmou com a
palidez nele alimentada. De imediato
Dalva alarmou:
Dalva:
--- Que você tem?
Estas bem? Estas me ouvindo? Acudam! Um paciente aqui! – alarmou com pressa.
Caio então se
voltou e achou também algo de anormal com o seu amigo Bartolo. E então procurou
urgente no balcão de atendimento e falou com pressa.
Caio:
--- Acudam
aquele rapaz! Ele está ao desmaio! Rápido! – falou o homem a atendente
Atendente:
--- Mas ele é
de alguma instituição? – procurou saber com calma.
Caio:
--- Senhora!
Se o rapaz morrer, a senhora é a culpada! – falou bravo
Com isso a
atendente se alarmou e procurou chamar uma enfermeira a cuidar do caso.
Atendente:
--- Urgente!
Uma enfermeira, por favor! – falou sem graça a moça ocupando todos os fones do
Hospital.
De imediato
chegou para próximo Caio um oficial da Base Aérea a buscar informação precisa.
De outro lado surgiu uma enfermeira procurando ver qual o caso tão urgente. A
atendente apontou para Caio. Nesse momento a linda Dalva já seguia com o seu
amante para o interior da toalete masculina com o intuito e buscar forma de
reforçar a aparência de Bartolo totalmente zonzo e suando frio. Uma moça do
balcão surgiu com uma xicara de café quente para dar ao paciente. A guarda da
Base ficou atenta com aquela emergência imprevista. Caio seguiu para a toalete
e então viu descambar para um canto o corpo inerte do seu amigo.
Caio:
--- Cuidado!
Ele desmaiou! Cuidado! – gritou o homem a segurar o corpo de Bartolo
Dalva:
--- Ai meu
Deus! Ele está morrendo! – gritou chorando.
A enfermeira
se acercou do doente e o segurou. De imediato chamou os maqueiros para conduzir
a vítima ao andar de cima onde estava a UTI. A vítima pendia a cabeça para um lado
e nada fazia, além disso, com seus olhos fechados.
Após algumas
horas, Bartolo recobrou o sentido e ainda meio zonzo perguntou onde estava. Ele
parecia não entender muito bem o que se estava se passando. Não via mais o seu
amigo Caio e nem a sua namorada, Dalva. Ele estava em um quarto onde havia
outros enfermos. Os enfermeiros passavam para um lado e para o outro a
conversar murmurante se juntando no final de um corredor. Outras pessoas
estavam à espera de alguma coisa. Bartolo não sabia bem o que eles estavam a
esperar. Então se sentiu a ocupar uma cama muito alta. Olhou para um lado e
para o outro e viu apenas cortinas. Um médico gordo se aproximou dele, com
vagar, com seu estetoscópio e medindo com vagar a pressão sanguínea ouvindo as
batidas do seu coração, provavelmente. Ele usava uns instrumentos de escuta. E
nada falou para o enfermo. Apenas lhe abriu os olhos e a boca. O sepulcral silêncio
na sala era impecável. Os enfermeiros olhavam para o rapaz e ouvia do médico
alguma coisa a formular. O homem gordo falava muito murmurante. E logo depois
saiu. Uma enfermeira se acercou do leito no qual Bartolo estava a ajeitou o
travesseiro de sua cabeça. Tecia os ombros do enfermo sem dizer uma só palavra.
Bartolo:
--- Onde
estou? Que estou fazendo aqui? – indagou um tanto confuso.
Ele então
notou uma seringa a espetar o seu braço aonde conduzia uma espécie de soro ou
demais medicamentos. A enfermeira ligou os aparelhos. Bartolo então percebeu
onde estava. Um quarto um tanto apertado
onde tinha fios interligados. Um aparelho de medir pressão, com certeza entre
demais aparelhos. Uma banca ao lado e outra pelo lado esquerdo. Um aparelho
como se fosse um televisor ou um computador. Bancas imensas sustentavam esse
computador, se era o caso. Na parede outro aparelho de computador. Ele observou
também algo como um televisor tela plana. A cama onde Bartolo estava tinha
protetores de metal a circundar todo o espaço. A enfermeira vestia um jaleco
verde. Ela não falava nada. Apenas cuidava do paciente a verificar a sua pulsação
constante. Após certo tempo, em silencio a enfermeira deixou o leito e saiu sem
pressa com suas passadas firmes, porém vagarosas. Os atendentes volteavam a
todo instante os leitos onde estavam confinados demais enfermos. Entre um
passar e outro, Bartolo tinha o dever de chamar alguém para lhe explicar o que
se estava sucedendo com ele. Mas não obtinha resposta. Apenas uma mão carinhosa
de uma moça – talvez enfermeira - lhe ordenava a ter calma.
Bartolo:
--- Agora deu!
Ninguém diz nada! – reclamou exaltado.
Em outro local
do Hospital um médico conversava com Dalva para se inteirar da situação do
enfermo, Bartolo. Paciente e igualmente “marido” da mulher. As perguntas de
praxe: nome completo, profissão, trabalha aonde, o que ele fez nesse dia entre
muitas outras questões. No final veio a verdade da consulta:
Médico:
--- Ele sofreu
um surto coronário. Nada mal. Ele terá alta dentro de instantes. – falou o
médico
Dalva.
--- Algo mais
senhor? Medicamentos? Ficar em casa? – perguntou a moça.
Médico:
--- Não. Só
isso. Agora, é bom procurar um médico especialista em problemas coronários –
recomendou.
Passando para me atualizar nessa quarta-feira de Cinzas...
ResponderExcluirAraceli Sobreira
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ok Araceli. Agradeço tua visita. E prometo em vistar teu blog,. Alderico
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