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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ACASO - 22 -

- Kristen Stewart -
- 22 -
BRIGA
E foram todos os alunos para a diretoria levados por Josino, o homem da sineta. Parecia até um bando de burros mesmo. Um atrás do outro. Menos dois: Joel e Elizabete. Esses dois ficaram sentados, calados, como os olhos aboticados para a professora Maria Eugenia. A moça acompanhou a saída da turma de dentro da sala de aula para poder falar. Ajeitando a sua roupa para não se sabe o que, Eugenia se voltou de imediato para os dois pupilos e mostrou sua atenção com ambos. E falou:
--- Meus filhos amados. Eu peço pelo amor de Deus que vocês não briguem! Vocês me deixam louca quando estão a brigar. ....- relatava a professora aos dois pestinhas.
Nesse momento os dois falaram a um só tempo:
Discussão:
--- Foi ele! – falou brava a menina.
--- Foi ela! – disse por sua vez o menino muito zangado.
A professora:
--- Silencio! Calados! Vocês sabem que são as pupilas dos meus olhos! Eu amo a vocês! Mas não briguem pelo amor de Deus! Venham aqui amados filhos! – respondeu a professora no principio cheia de raiva e por fim apenas amorosa.
Os dois marcharam até a banca da professora, um de cada lado da mestra. E ela olhou a ambos e delicadamente declarou:
--- Joel! Ela é uma menina igual a você! Por que a arenga? Não faça isso! Parecem dois namorados! – falou suave a mestra.
E o garoto.
--- Foi ela quem começou. E Deus me livre de namorar essa burra! – disse Joel olhando trocho pata Elizabete.
Isso foi o bastante para começar uma nova arenga.
A menina:
--- Olhe o que ele disse! Olhe o que ele disse! Olhe o que ele disse! MACARRÃO! – respondeu a mocinha em cima da bucha e pulou para se atracar com Joel. Foi papel da mesa da professora pra cá, foi lápis pra lá.; Caderneta de notas e tudo o que tinha na mesa da professora que se conseguia pegar, eles pegaram. A mocinha partiu para cima de Joel que se defendeu como pode e puxou os cabelos de Elizabete enquanto a mestra, aturdida com tamanha avidez de cólera entre ambos os alunos, procurava proteger o que restava no birô. E do jeito que a coisa andava os dois agarrados. Chute para um lado. Pontapé para outro, e Maria Eugenia não teve outro jeito a não ser morrer de graça  quando viu os dois atracados por cima do trabalho onde estava o birô. Era para morrer de rir, sem duvida;
A menina:
--- MACARRÃO! – dizia Elizabete agarrada pelos cabelos e com bastante ódio.
--- BURRA CEGA! JUMENTA! CARAOLHA! – respondia o menino com toda a zanha.
--- ZÉ BUCHUDO! IMUNDICE! FEDORENTO! – respondia a menina se retorcendo para agarrar o pescoço do seu algoz.
Quando o homem da sineta entrou na sala para confirmar a presenta da turma na diretoria encontrou a bagunça infernal o desespero e a professora a morrer de rir com os dois no pega a pega. E nem podia falar sequer. De onde ela esta sentada na cadeira apenas mostrou a Josino os dois agarrados apontando com o braço e a outra mão tapando a boca e a dizer:
--- Ali, ó! Ali, ó! Ali ó! – respondia a mestra a seu Josino a mistura de menino e menina atracados como que.
O homem partiu para a guerra e pegou o algoz Joel pelo troco e arrebatou das mãos da menina e a levar chute e pontapé enquanto a professora atracou a menina a continuar falar mal o seu colega de sala.
A menina:
--- MACARRAO! – dizia a menina ostensivamente braba.
O menino:
--- JUMENTA! – respondia o menino por aonde ia passando com a voz de zanga.
Das classes vizinhas a turma saiu a correr para ver o entrevero de Joel e Elizabete já puxado, ele, para fora de sua classe pelo homem da sineta. E a mocinha ficou dentro da sala segura pela professora apesar dos esforços para se soltar. Pontapé era o que não faltava da parte da mocinha. E o dizer de:
--- Me larga! Me larga! Me larga! – era a garota quem dizia com imensa raiva.
A professora:
--- Fica aqui. E quieta! Se não eu ponho de castigo! – relatava muito brava dona Maria Eugenia enquanto a menina estirava língua para a mestra.
--- Hunna! – fazia a mocinha com um palmo de língua pra fora da sua boca.
Para todos os efeitos foi um Deus nos acuda aquela manha na parte interna o Grupo Escolar. Seu Josino deixou o garoto na sala da Diretora que, assanhada da vida, indagou:
--- Mais um? – perguntou dona Maria da Penha a seu Josino com plena assombração.
Josino:
--- E tem mais. – declarou o homem com toda convicção.
Ao passar de alguns minutos chegou à sala da Diretoria a professora Maria Eugenia arrastando pelo braço a sua pupila Elizabete. E por fim, mandou de volta à classe toda a turma que estava presa no minguado recinto da dona Penha. E pedia, com desespero, a outra mestra a cuidar dos seus alunos enquanto resolvia o desacerto dos dois rebeldes, Joel e Elizabete. Com o passar de poucos segundos Maria Eugenia falou a sua mestra toda atormentada e assanhada pela luta que tivera com os insurgentes.
Eugenia:
--- Estão aqui os amotinados! – e soltava o folego pelas narinas de cansada que estava.
A professora Maria da Penha, ainda perplexa com o desvario, foi à pergunta:
--- Mas o que está havendo mulher de Deus? Que foi isso? – perguntou a diretora com terrível alarme à Maria Eugenia.
Explicação:
--- Só teve um jeito: botar a turma toda pra fora. Uff. Esses dois começaram uma briga por conta de Tiradentes. – dizia Maria Eugenia cansada para explicar.
A mocinha:
--- Foi ele quem começou! – atalhou a mocinha estirando língua para o seu rival.
O garoto:
--- Eu não. Foi você a primeira sinhá boca de sapo. – respondeu o rapazinho.
A mestra diretora:
--- Psit! Calados! Ou eu ponho todos dois no xilindró. – falou braba dona Da Penha não aguentando mais tanta desdita.
Então Maria Eugenia deu a sua explicação como os dois alunos se altercaram. E tudo ficou sem jeito para a mestra então dominar o desacordo dos pestinhas.
A Diretora:
--- Fiquem já sentados. Um olhando para o outro. E sem mais conversa ou estirar de língua! Ouviram! Ouviram! – respondeu a diretora enquanto seu Josino punha aas carteiras para que os dois sentassem um olhando para o outro. E assim ficaram calados com cada um querendo achar graça primeiro que o outro. E teve todo o horário de aula para se sentirem livres de qualquer ressentimento. No final, Maria da Penha deu liberdade aos alunos insurgentes e que fossem de braços dados para as suas casas.
--- Isso é o castigo! Insurretos!! – falou grosseiramente a mestra diretora.
--- E o que é insurretos, Joel! – indagou calmamente Elizabete ao seu rival.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CREPÚSCULO - 51 -

- Kristen Stewart -
- 51 -
COLOSSO DE OURO

Marina ficou abismada com a inteligência do homem com quem ela falava. Não lhe era comum ver tao sabia capacidade em um homem normal como os da sua Terra. Talvez porque ela nem se interessasse em procurar a normalidade alheia. E desta forma alguém que era assim capaz de adivinhar o pensamento alheio, para Marina isso era sobrenatural. Uma nívea lagrima escorreu em face à fora da mulher menina a refletir quão belo seria o nobre pais do seu encantado senhor. E então Marina falou sem hesitar:
--- É demais longínquo o seu pais? – indagou com esmerado encanto a bela moça.
O extraterreste sorriu. E respondeu ao final.
--- Longe, para mim, não é. Porém para os da Terra, isso sim. Longe demais. O meio mais moderno de locomoção que os senhores têm é o avião. Há foguetes para lançar ao espaço homens por alguns meses. Mas isso não combina com o nosso meio de transporte. Veja esses aviões que passam por aqui. Eles, para nós, são obsoletos. – sorriu o homem extraterrestre.
--- E se eu quisesse ir até o seu planeta? – indagou a moça com precaução.
--- Ah. Isso é possível. – sorriu o extraterrestre.
--- E cada pessoa tem um nome na sua terra? – perguntou mais uma vez Marina.
--- Claro. Eu, por exemplo, chamo-me Nguyen. Há varias formas de se recitar nomes. – sorriu Nguyen.
--- Ah bom. Assim já é um bom começo. – teceu a moça e, conformada, sorriu.
Orlando e Marina estavam sentados em bancos acolchoados dentro da nave espacial. O homem estava um pouco cismado com a tal viagem interplanetária. Seu gesto de pessoa indecisa foi sentido por o homem da nave, senhor Nguyen o qual logo o tranquilizou ao afirmar:
--- O senhor está receoso? Aqui estamos seguros. Não há o que temer. – sorriu Nguyen ao afirma a Orlando
--- Mas...Sei lá...Uma viagem assim. ...Sem planejamento. – falou Orlando temendo mais ainda.
--- Eu sei. Eu sei. Isso é normal. Todos nós tememos. Mas vós sentíreis mais seguro quando pisar em terra firma ao chegar a nosso planeta. – sorriu Nguyen ao retirar da mente do seu convidado o temor de, pelo menos, morrer ou não voltar mais a sua Terra.
--- É isso, meu pai. Não se incomode. Ele tem razão. – reclamou a moça Marina cheia de si.
E a viagem prosseguiu sem atropelos com Nguyen explicando cada passo que a nave fazia e a rapidez como era feito o vôo sem maiores atropelos. Em certa ocasião, Nguyen conclamou os seus visitantes a percorrer a nave em movimento e explicar cada espaço para que os dois pudessem ver mais de perto o maravilhoso ambiente onde eles estavam. Em tudo e por tudo a nave era um engenho magistral. As divisórias eram todas feitas de um material resistente, assim como níquel ou mesmo de outra matéria. O homem das estrelas explicava a cada passo o interior da nave e os nossos viajantes, de algum modo a temer, não deixavam de extasiar com tal surpreendente forma. Um detalhe: Orlando e Marina não viram qualquer abertura por onde se enxergasse algo no exterior da nave, como estrelas ou demais Universos siderais. Eles sabiam que estava navegando. Mesmo assim, nem havia barulho que os incomodasse. Um local, eles não puderam visitar: a cabine de vôo. Era um local hermeticamente fechado e mesmo que os dois visitantes procurassem abrir, nada conseguiriam forçar. E o temor de pelo menos Orlando não permitia ter ele a sua disposição de abrir ou puxar algo para forçar o que no local existisse talvez, Outro astronauta? Com certeza. Pois não seria possível se levar tal maquinário assim ao leu. Esse foi um mero pensamento que lhe rondou a sua cabeça. A nave extraterrestre era um verdadeiro mundo sem cores ou formatos apresentados. De imediato, Orlando notou com receio a presença de outro astronauta a sair de uma determinada cabine. Ele se preocupou e logo indagou o que se fazia na nave:
--- É um cientista. O Mestre vem para vos aplicar uma formula para vós poderes descer em nosso Planeta sem maiores cuidados. – relatou com paciência o astronauta Nguyen ao seu convidado.
E por meio de caminhos a se locomover com suavidade, Nguyen conduziu Marina de Orlando até ao salão majestoso onde estava os homens fardados com roupas estupidamente brancas. Eram quatro homens e mulheres a fazer algo que Orlando notara, mas não entendera de certo. O salão era todo em branco e algumas macas postadas ao lado da grande sala, também eram forradas de branco. Enfim, tudo era branco no interior do grande sala, inclusive o material de esterilização e os que se faziam os contatos com outros seres viajantes, até mesmo com os nativos de sua terra. Ao penetrar da sala grande Orlando pressentiu a impressão de ter estado ali alguma vez. Mesmo assim, se desfez da impressão de momento. O instrutor sem falar qualquer passagem foi até aos visitantes e os orientou a se por na mesa ou maca. Orlando e Marina obedeceram piamente às devidas orientações dadas. Após alguns instantes, um homem alto e forte se aproximou de Orlando e Marina, com a ajuda de dois aparentemente enfermeiros, aplicou um soro ou anestésico nos visitantes. Eles adormeceram logo em seguida.
O tempo que passou, nenhum dos dois filho e pai soube dizer. Apenas eles acordaram e a sala grande estava vazia. Apenas Nguyen com os braços colados ao corpo, vestindo um traje de cor cinzenta e todo completo da cabeça aos pés, cumprimentou os seus anfitriões. E a sorrir, perguntou a eles:
--- Pronto para descer? – indagou o homem de nome Nguyen.
--- E eu estava adormecido? – disse isso e olhou em volta para ver onde estava Marina. Ao avistá-la sentiu um alívio. E Orlando ficou tranquilo. Ele viu a filha a acordar.
--- O efeito passageiro do medicamento. Nada aconteceu! – relatou o homem Nguyen aos dois convidados.
Por fim, Orlando e Marina, acompanhados do seu cicerone, findaram por descer. O dia era claro. Tao claro que fez o homem por a mão no rosto para não se encandear com tamanha claridade. A filha do homem também sentiu a mesma força da luz. Ela receou em sair, porém logo sentiu ser deveras inútil não aceitar o tal convite de Nguyen. E os dois desceram da nave.
--- Essa é a modesta capital do nosso Império. – relatou o homem aos dois convidados.
Foi um revés tremendo ter a moça Marina ao ver todo aquele complexo de edifício todo forrado de ouro, prata e outros materiais simplesmente brancos como uma espécie granito ou quartzo. Em outras partes a moça pode observar a presença de olivina. Aquele era um minério abundante em rochas lunares e em Marte, planeta do sistema solar da Terra. Orlando olhou admirado e sorriu para ter a certeza de que ele estava em outra Terra que não a sua própria Terra. A olivina apresenta-se com cor verde-oliva, de onde vem o seu nome. Em outros casos a olivina pode ser amarelo ou de cor avermelhada. Os pesquisadores supõem que a olivina é fruto de pequena porção de níquel. Essa matéria é muito usada nas joalharias.
--- Esse é o nosso satélite. Essa é a nossa chamada Terra, cujo nome é Angkor. Na vossa Terra tem algo semelhante. Angkor quer dizer Cidade. – sorriu Nguyen ao se referir ao belo nome da sua capital.
--- Nossa Senhora!!! Mas tudo isso é ouro? – perguntou a moça de boca aberta a admirar com elação os palácios encantados de Angkor.
--- É um belo metal. Se gasta menos com ouro do que com argamassas, ferro, aço, alumínio. A confecção em ouro, prata e níquel além de outras matérias como a própria olivina e outras mais custa menos do que com esses materiais tao utilizados na Terra, - sorriu o homem das estrelas.
--- E governos? Vocês têm? – indagou um tanto esquisito o nobre Orlando Martins de Barros.
--- Como em todas as Nações do mundo, nós temos um governante cujo título é o Soberano. Nós temos um soberano. Em outras nações do universo também tem esse monarca. – relatou Nguyen ao seu convidado.
--- E religião? – indagou a moça acanhada quase por trás do seu pai.
--- Bem. Religião as partes mais comuns do povo de Nhã, a nossa terra, eles – o povo – cultuam a figura de um ser universal.  Nós somos de Nhã, o nosso planeta. E a nossa galáxia é a de Akô. E nós estamos em Angkor, a nossa cidade. A galáxia fica próxima da chamada Via Láctea, a do vosso planeta e do vosso Sol. Na Via Láctea se tem mais de um bilhão de sois, globos como a Terra, asteroides e coisas mais. Nós também temos esses números astronômicos de sois como o que ilumina nossas cidades.  – relatou Nguyen sempre a sorrir.
E durante toda estada dos viajantes em Angkor foi dada uma aula sobre Império, Governos e a própria Religião, onde cada qual ficou surpreso da não existência de só haver um Deus soberano criador do Céu e da Terra.
--- Existe sim: O Livro das Sagrações ditado pelo nosso Soberano. Mas tal fato não significa que exista um Deus Soberano. E nesse conceito participam os milhares e milhões de seguidores do chamado Caminho Sagrado trocando experiências sobre o intelecto, a filosofia e conceitos de visão do Universo. Esse é o conceito da libertação em estudo pelos cientistas das escolas existentes. Não confunda isso com o seu Deus. Ele para nós não existe. Existe, sim: um ser universal. E esse ser pode ser alguém não corpóreo. Veja bem o que estou a vos dizer. Esse ser Universo é o que gera o mundo. Nós nascemos com o conhecimento de obtivemos de nossos pais, avos, bisavós. Quando vós sois fecundadas, vós já tendes o conhecimento e a forma do ser que vós tendes de ser. O espermatozoide que vos permite fecundar já leva o conhecer de todo o Universo. Isso é o saber absoluto das coisas. – falou Nguyen a sua convidada espacial.
De acordo com a tradição de Buda, o Iluminado, todos os fenômenos são marcados por três características ou “selos”.  São eles a impermanência, o sofrimento e o não eu.


Marina ficou abismada com a inteligência do homem com quem ela falava. Não lhe era comum ver tao sabia capacidade em um homem normal como os da sua Terra. Talvez porque ela nem se interessasse em procurar a normalidade alheia. E desta forma alguém que era assim capaz de adivinhar o pensamento alheio, para Marina isso era sobrenatural. Uma nívea lagrima escorreu em face à fora da mulher menina a refletir quão belo seria o nobre pais do seu encantado senhor. E então Marina falou sem hesitar:
--- É demais longínquo o seu pais? – indagou com esmerado encanto a bela moça.
O extraterreste sorriu. E respondeu ao final.
--- Longe, para mim, não é. Porém para os da Terra, isso sim. Longe demais. O meio mais moderno de locomoção que os senhores têm é o avião. Há foguetes para lançar ao espaço homens por alguns meses. Mas isso não combina com o nosso meio de transporte. Veja esses aviões que passam por aqui. Eles, para nós, são obsoletos. – sorriu o homem extraterrestre.
--- E se eu quisesse ir até o seu planeta? – indagou a moça com precaução.
--- Ah. Isso é possível. – sorriu o extraterrestre.
--- E cada pessoa tem um nome na sua terra? – perguntou mais uma vez Marina.
--- Claro. Eu, por exemplo, chamo-me Nguyen. Há varias formas de se recitar nomes. – sorriu Nguyen.
--- Ah bom. Assim já é um bom começo. – teceu a moça e, conformada, sorriu.
Orlando e Marina estavam sentados em bancos acolchoados dentro da nave espacial. O homem estava um pouco cismado com a tal viagem interplanetária. Seu gesto de pessoa indecisa foi sentido por o homem da nave, senhor Nguyen o qual logo o tranquilizou ao afirmar:
--- O senhor está receoso? Aqui estamos seguros. Não há o que temer. – sorriu Nguyen ao afirma a Orlando
--- Mas...Sei lá...Uma viagem assim. ...Sem planejamento. – falou Orlando temendo mais ainda.
--- Eu sei. Eu sei. Isso é normal. Todos nós tememos. Mas vós sentíreis mais seguro quando pisar em terra firma ao chegar a nosso planeta. – sorriu Nguyen ao retirar da mente do seu convidado o temor de, pelo menos, morrer ou não voltar mais a sua Terra.
--- É isso, meu pai. Não se incomode. Ele tem razão. – reclamou a moça Marina cheia de si.
E a viagem prosseguiu sem atropelos com Nguyen explicando cada passo que a nave fazia e a rapidez como era feito o vôo sem maiores atropelos. Em certa ocasião, Nguyen conclamou os seus visitantes a percorrer a nave em movimento e explicar cada espaço para que os dois pudessem ver mais de perto o maravilhoso ambiente onde eles estavam. Em tudo e por tudo a nave era um engenho magistral. As divisórias eram todas feitas de um material resistente, assim como níquel ou mesmo de outra matéria. O homem das estrelas explicava a cada passo o interior da nave e os nossos viajantes, de algum modo a temer, não deixavam de extasiar com tal surpreendente forma. Um detalhe: Orlando e Marina não viram qualquer abertura por onde se enxergasse algo no exterior da nave, como estrelas ou demais Universos siderais. Eles sabiam que estava navegando. Mesmo assim, nem havia barulho que os incomodasse. Um local, eles não puderam visitar: a cabine de vôo. Era um local hermeticamente fechado e mesmo que os dois visitantes procurassem abrir, nada conseguiriam forçar. E o temor de pelo menos Orlando não permitia ter ele a sua disposição de abrir ou puxar algo para forçar o que no local existisse talvez, Outro astronauta? Com certeza. Pois não seria possível se levar tal maquinário assim ao leu. Esse foi um mero pensamento que lhe rondou a sua cabeça. A nave extraterrestre era um verdadeiro mundo sem cores ou formatos apresentados. De imediato, Orlando notou com receio a presença de outro astronauta a sair de uma determinada cabine. Ele se preocupou e logo indagou o que se fazia na nave:
--- É um cientista. O Mestre vem para vos aplicar uma formula para vós poderes descer em nosso Planeta sem maiores cuidados. – relatou com paciência o astronauta Nguyen ao seu convidado.
E por meio de caminhos a se locomover com suavidade, Nguyen conduziu Marina de Orlando até ao salão majestoso onde estava os homens fardados com roupas estupidamente brancas. Eram quatro homens e mulheres a fazer algo que Orlando notara, mas não entendera de certo. O salão era todo em branco e algumas macas postadas ao lado da grande sala, também eram forradas de branco. Enfim, tudo era branco no interior do grande sala, inclusive o material de esterilização e os que se faziam os contatos com outros seres viajantes, até mesmo com os nativos de sua terra. Ao penetrar da sala grande Orlando pressentiu a impressão de ter estado ali alguma vez. Mesmo assim, se desfez da impressão de momento. O instrutor sem falar qualquer passagem foi até aos visitantes e os orientou a se por na mesa ou maca. Orlando e Marina obedeceram piamente às devidas orientações dadas. Após alguns instantes, um homem alto e forte se aproximou de Orlando e Marina, com a ajuda de dois aparentemente enfermeiros, aplicou um soro ou anestésico nos visitantes. Eles adormeceram logo em seguida.
O tempo que passou, nenhum dos dois filho e pai soube dizer. Apenas eles acordaram e a sala grande estava vazia. Apenas Nguyen com os braços colados ao corpo, vestindo um traje de cor cinzenta e todo completo da cabeça aos pés, cumprimentou os seus anfitriões. E a sorrir, perguntou a eles:
--- Pronto para descer? – indagou o homem de nome Nguyen.
--- E eu estava adormecido? – disse isso e olhou em volta para ver onde estava Marina. Ao avistá-la sentiu um alívio. E Orlando ficou tranquilo. Ele viu a filha a acordar.
--- O efeito passageiro do medicamento. Nada aconteceu! – relatou o homem Nguyen aos dois convidados.
Por fim, Orlando e Marina, acompanhados do seu cicerone, findaram por descer. O dia era claro. Tao claro que fez o homem por a mão no rosto para não se encandear com tamanha claridade. A filha do homem também sentiu a mesma força da luz. Ela receou em sair, porém logo sentiu ser deveras inútil não aceitar o tal convite de Nguyen. E os dois desceram da nave.
--- Essa é a modesta capital do nosso Império. – relatou o homem aos dois convidados.
Foi um revés tremendo ter a moça Marina ao ver todo aquele complexo de edifício todo forrado de ouro, prata e outros materiais simplesmente brancos como uma espécie granito ou quartzo. Em outras partes a moça pode observar a presença de olivina. Aquele era um minério abundante em rochas lunares e em Marte, planeta do sistema solar da Terra. Orlando olhou admirado e sorriu para ter a certeza de que ele estava em outra Terra que não a sua própria Terra. A olivina apresenta-se com cor verde-oliva, de onde vem o seu nome. Em outros casos a olivina pode ser amarelo ou de cor avermelhada. Os pesquisadores supõem que a olivina é fruto de pequena porção de níquel. Essa matéria é muito usada nas joalharias.
--- Esse é o nosso satélite. Essa é a nossa chamada Terra, cujo nome é Angkor. Na vossa Terra tem algo semelhante. Angkor quer dizer Cidade. – sorriu Nguyen ao se referir ao belo nome da sua capital.
--- Nossa Senhora!!! Mas tudo isso é ouro? – perguntou a moça de boca aberta a admirar com elação os palácios encantados de Angkor.
--- É um belo metal. Se gasta menos com ouro do que com argamassas, ferro, aço, alumínio. A confecção em ouro, prata e níquel além de outras matérias como a própria olivina e outras mais custa menos do que com esses materiais tao utilizados na Terra, - sorriu o homem das estrelas.
--- E governos? Vocês têm? – indagou um tanto esquisito o nobre Orlando Martins de Barros.
--- Como em todas as Nações do mundo, nós temos um governante cujo título é o Soberano. Nós temos um soberano. Em outras nações do universo também tem esse monarca. – relatou Nguyen ao seu convidado.
--- E religião? – indagou a moça acanhada quase por trás do seu pai.
--- Bem. Religião as partes mais comuns do povo de Nhã, a nossa terra, eles – o povo – cultuam a figura de um ser universal.  Nós somos de Nhã, o nosso planeta. E a nossa galáxia é a de Akô. E nós estamos em Angkor, a nossa cidade. A galáxia fica próxima da chamada Via Láctea, a do vosso planeta e do vosso Sol. Na Via Láctea se tem mais de um bilhão de sois, globos como a Terra, asteroides e coisas mais. Nós também temos esses números astronômicos de sois como o que ilumina nossas cidades.  – relatou Nguyen sempre a sorrir.
E durante toda estada dos viajantes em Angkor foi dada uma aula sobre Império, Governos e a própria Religião, onde cada qual ficou surpreso da não existência de só haver um Deus soberano criador do Céu e da Terra.
--- Existe sim: O Livro das Sagrações ditado pelo nosso Soberano. Mas tal fato não significa que exista um Deus Soberano. E nesse conceito participam os milhares e milhões de seguidores do chamado Caminho Sagrado trocando experiências sobre o intelecto, a filosofia e conceitos de visão do Universo. Esse é o conceito da libertação em estudo pelos cientistas das escolas existentes. Não confunda isso com o seu Deus. Ele para nós não existe. Existe, sim: um ser universal. E esse ser pode ser alguém não corpóreo. Veja bem o que estou a vos dizer. Esse ser Universo é o que gera o mundo. Nós nascemos com o conhecimento de obtivemos de nossos pais, avos, bisavós. Quando vós sois fecundadas, vós já tendes o conhecimento e a forma do ser que vós tendes de ser. O espermatozoide que vos permite fecundar já leva o conhecer de todo o Universo. Isso é o saber absoluto das coisas. – falou Nguyen a sua convidada espacial.
De acordo com a tradição de Buda, o Iluminado, todos os fenômenos são marcados por três características ou “selos”.  São eles a impermanência, o sofrimento e o não eu. Desse modo Orlando Martins e sua filhar Marina ficaram abismado com tais evoluções das coisas havidas no Universo as quais nenhum deles tinha o conhecer. O tempo foi passando e o Mestre a mostrar a biblioteca com acervos impressionantes da historia do universo. Teve um tempo em que Nguyen solicitou a ambos as suas novas identidades