sábado, 11 de maio de 2013

"NARA" - 53 -

- Bruna Marquezine -
- 53 -
DEUSES
Em sábado da semana seguinte estavam reunidos na sala da residência de Nara, o seu noivo Eurípedes, a sua irmã, Rócia e um amigo de todos: Fred. Os quatro tinham de saber qual seria a pauta da apresentação do quarteto no mês de agosto quando estariam a se apresentar no Teatro “Carlos Gomes”. Havia uma discordância por alguns itens da apresentação, devido o tempo tão escasso imposto pela Direção do Teatro. Por isso, os quatros chamados por “Quarteto Garagem” prevalecendo a ideia primeira ditada por Nara discutiam qual seria a música na abertura do programa. Eurípedes era o mais exaltado e sempre dizia:
Eurípedes:
--- Não tem primeira. Qualquer uma serve. Nara ao violão vai ter que cantar! – relatou o noivo.
Nara:
--- Por que eu tenho que cantar? E se eu estiver rouca? Nada disso! – respondeu exaltada.
Eurípedes:
--- Ah! Se estiver! Mas se não estiver vai cantar um bolero ou qualquer merda parecida! – respondeu o seu noivo.
Nara:
--- Merda é? Merda é? Pois eu não vou nem “morta”! – respondeu embrutecida a moça.
Rócia:
--- Calma gente! Vamos com calma! – sorriu a moça a contemplar o desatino.
Fred;
--- Eu só espero que essa briga não torne a haver uma nova “bomba atômica”. – sorriu.
Nara olhou para Fred com a cara trancada e Rócia se pôs a sorrir pela “briga” do seu irmão com a noiva.
Nesse ponto entro em sua casa o senhor Sisenando com um sorriso largo na face e uma brochura muito grossa na mão direita. E ao ver Eurípedes, exclamou:
Sisenando:
--- Está aqui meu rapaz: o livro que me faltava. “DEUSES”! Importante livro! – exclamou o homem a balançar a brochura no espaço.
Nesse ponto, todos olharam de uma só vez, menos a filha do mestre. Nara pegou o seu violão e passou a dedilhar as cordas a procura de um verso qualquer. E encontrou um que era sucesso na ocasião e versou o tema com voz miúda.  O mestre a observou e adiante relatou ter sido comprado no Rio (de Janeiro). E ele era o primeiro a ter esse livro na Capital.  Disse isso e sorriu. O mestre entregou o livro a seu futuro genro para ele ler algo. O que fez Eurípedes a lembrar da conversa tida com o venerável Sisenando quando o homem falou sobre os Sumérios, primeiros homens das estrelas vindos há mais de 450 mil anos. Eles, os Sumérios, já encontraram outros homens rudes e proferiam palavras como se os Sumérios fossem deuses. Os Deuses das Estrelas.  Coberto pela sabedoria de Sisenando, dessa vez, e pela vez primeira Eurípedes obedeceu ao privilégio de ser um dos mais conhecedores daquele impresso tão raro de se encontrar no mercado livreiro. Por final Eurípedes indagou ao venerável instalado:
Eurípedes:
--- Mas esses Deuses não tratam apenas da Grécia? – indagou preocupado..
Sisenando:
--- Também! Também! Mas na continuação ele trata de mais deuses! Essa é a questão! – sorriu o venerável instalado.
E continuou a falar sobre mistérios encobertos pela ciência.
Sisenando:
--- Temos que observar artefatos de três bilhões de anos. Esferas de Klerksdorp. Verdadeiro mistério. Esferas extraídas de mina da África. Essas esferas foram feitas de um material não encontrado na nossa natureza. São esferas que não se arranham nem por lâminas de aço. E se são abertas mostram um material esponjoso se transformando em poeira em contato com o ar. E essas trazem uma semelhança com a misteriosa Lua de Saturno. São esferas de três bilhões de anos quando nem se pensava em existir vida humana aqui. Isso vem comprovar que o nosso planeta foi habitado por civilizações alienígenas. Mistérios meu caro jovem. Mistérios! - pontuou o mestre
Os dois amigos – Fred e Rócia – que se encontravam a observar atentos à conversa do mestre tiveram ligeiro arrepio chegando Rócia a passar a mão em seus braços por terror. Sisenando teceu um leve sorriso e logo após continuou a sua conversa.
Sisenando:
--- Algo mais: Enoch, figura bíblica. Ele, propriamente, não faz parte da Bíblia. No Antigo Testamento só existe só uma frase sobre Enoch. No entanto, nos textos apócrifos Enoch aparece em muitas das Escrituras. Tem nos Apócrifos o Livro de Enoch. Ele escreve como sendo ele mesmo o homem que estava presente nos acontecimentos. E Enoch era mais antigo do que os homens da Bíblia. Ele conta que, por durante trezentos anos foi levado pelos “deuses das estrelas” a conhecer o chamado “divino”. Por onde Enoch esteve aprendeu a língua e a escrita com a capacidade de relatar a todos inclusive pelo nome dizendo quem era astrônomo. Tem-se notar que os extraterrestres estiveram entre nós nos dando à tecnologia para os seres da Terra a avançar nas suas culturas. – explicou o grande mestre.
Rócia:
--- E o senhor sabe todas essas coisas e não as publica? Ou mesmo escreve? – indagou com inocência.
O grande mestre então sorriu e fez questão e relatar ser ele um mero instrumento. Alguém tem maior capacidade de fazer.
Sisenando:
--- Minha senhora: A sociedade não pode aceitar que as histórias sejam verdadeiras. – e sorriu.
Rócia:
--- Mas como não são? O senhor está ciente disso tudo. E alguém pode encontrar falácia  nessas suas histórias? – interrogou a moça como a incitar.
Sisenando sorriu e olhou bem para Eurípedes como a querer indagar sobre tudo o que á foi dito. O  médico o observou e nada respondeu. E dessa forma o grande mestre continuou.
Sisenando:
--- Veja bem o que vou te contar: quase todas as religiões têm “divindades” com poderes e habilidades espetaculares. Essas civilizações vem à Terra e influenciam a vida dos homens. Essas são chamadas “deuses” ou “deusas” das estrelas e estão aqui. Elas dão ordens, elas forçam os humanos a determinadas coisas. E um dia elas desaparecem. Pessoas das antigas civilizações sabiam das viagens espaciais. Havia comunicações entre outros seres de outros planetas. E  as verdadeiras provas estão sendo encontradas. – explicou o grande mestre.
Eurípedes:
--- Existem textos indianos escritos em sânscritos que sugerem a existência de carros voadores. – falou o médico.
Fred:
--- Eu vi falar nessa tal conversa. – respondeu o rapaz.
Sisenando:
--- Conversa? Conversa? Mas ora veja só. Conversa? (exaltado). Pois muito bem: Numerosas descrições das Imannas (Máquinas Voadoras) existem descrição de objetos voadores datados de cinco mil anos ou mais que pareciam estar em dois lugares ao mesmo tempo e movimentava-se como uma borboleta. Esses objetos voadores têm cerca de trinta metros de largura. Tais experimentos possuíam um feixe de luz que, apontado para o alvo consumia com o seu poder. – falou extenuado o velho mestre.
Eurípedes:
--- É provável! É provável! É só a gente ir até a Índia. Faríamos nossa apresentação e conseguiríamos maiores conhecimentos. Está bem turma? – indagou o médico com a intenção de tranquilizar o mestre.
Esse não se conteve e arrastou o livro das mãos de Eurípedes e saiu da sala a olhar depressa para os demais visitantes. A chegar a sala de jantar ainda vociferou alguma coisa que deixara travada em sua garganta. Por sua vez a filha de Sisenando olhou para o seu noivo e relatou:
Nara:
--- Cuidado com o coração do meu pai! – falou em surdina.
Rócia:
--- E ele sofre do coração? – indagou preocupada.
Nara:
--- Toma remédio ao se levantar, pela manhã. – explicou com sutileza.

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