segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"DEUS" - 40 -

- COSMOS -
- 40 -
COSMOS
Após o café da manhã os Monges, todos, vagaram para os seus locais de trabalho ou de leitura onde podiam ver mesmo de longe o que de mais lhe aprouvesse. O dia estava nublado com a perspectiva de chuva no correr das horas. Do alto da Serra se podia com certeza observar os campos úmidos do vale a percorrer todo o nostálgico ambiente. Ao longe, bem distante daquele encanto, via-se correr as águas do rio em busca da direção do oceano Atlântico bem ao longe o qual era impossível se compreender de fato, pois a Serra era imensa para tais incertezas da natureza. Com pura confiança, uns pontos miúdos do vale, era gado a pastar, pois muito deles eram da propriedade do Mosteiro. Vendedores ambulantes seguiam a trilha buscando a dúvida da venda de uma cidade a outra. Com a vista apurada alguém podia notar uns minúsculos pontos a caminhar indecisos. Era evidente ter os tropeiros a ânsia de abordar tão logo à feira de alguma cidade distante. Isso era o que notava o Abade Euclides de Astúrias do alto da sua janela ao divisar o abatido e distante nublado campo. Com a saída do restaurante da abadia, o Monge tão depressa se enfurnou em seu escritório na alcova de despachos e com rapidez como se fosse um rato ele se deteve por algum tempo na janela assobradada para sentir o vento frio da manhã mesmo as grades estando fechadas. Certamente o Abade torceu as mãos e as passou sobre o manto clássico de sua vestimenta e se voltou para a sua escrivaninha. Em cima da mesa havia uns cadernos e folhas de papeis que o Monge devia assina-los com presteza, mas que depressa, pois assim teria ele sossego e paz no restante do dia. A sua avidez era livros. E já estava com o novo velho por sobre a sua bancada. Um dos mais celebre livros por que já passara. E dessa vez O Monge teria o descansar de lê-lo: COSMO. – Céu e Inferno.  O monge se gabou de ter esse opúsculo e, estirando as pernas por baixo da escrevinha postou se a ler. A leitura era agradável para se divertir. Então: ao Cosmo.
--- Esta é a idade da exploração planetária quando as naves da Terra começaram a percorrer os Céus. Nesses céus há alguns mundos que parecem inferno. O planeta Terra é comparável como um Céu. Mas os portões de Céu e do Inferno são adjacentes e não tem identificação. A Terra é um lugar lindo, mais ou menos plácido. As coisas mudam, mas devagar. A pessoa pode viver uma vida toda e jamais encontrar como uma catástrofe natural mais violenta do que uma tempestade. Então se fica complacente, relaxados, despreocupados. Mas, na história do sistema solar e mesmo na história humana há indícios claros de catástrofes extraordinárias e devastadoras. Nas paisagens de outros planetas onde os registros do passado estão mais preservados há uma abundancia evidente de grandes catástrofes. É tudo uma questão de escala de tempo. Um evento que improvável em cem anos, pode ser inevitável em cem milhões. Mas mesmo na Terra, no século passado ou mesmo neste século houve eventos naturais bizarros.
Na remota Sibéria Central houve uma época em que o povo contava histórias estranhas de uma bola de fogo gigante que dividiu o Céu e sacudiu a Terra. Eles falaram de uma rajada de vento abrasadores que derrubavam as pessoas e florestas inteiras. Isso aconteceu, como se soube, numa manhã de verão do ano de 1908. No fim dos anos 20 uma expedição foi organizada com a intenção de resolver o mistério. Barcos foram construídos para penetrar nessa terra sem trilhas. Bloqueada pela neve no inverno e pântano no verão. Testemunhas oculares falaram de uma bola de chamas maior do que o Sol que ardeu através dos Céus vinte anos antes. Presume-se que um meteorito gigante tenha caído na Terra. E se esperava encontrar uma enorme cratera do impacto e fragmentos raros de um meteorito que se chocara de algum asteroide distante. Porém, no ponto ZERO encontraram-se árvores na vertical sem seus galhos. Mas nenhum vestígio do meteorito e de sua cratera de impacto. A situação deixou confusas as testemunhas. Mas talvez tivesse fragmentos do meteorito enterrados no solo pantanoso. E foram cavadas trincheiras e a água foi bombeada. Mas os esperados ferros e rochas do meteorito não foram encontrados em lugar algum. Mesmo assim algo sobrenatural foi visto: por mais de vinte quilômetros em cada direção do ponto ZERO, as árvores foram achatadas radialmente para fora como palitos de fósforos quebrados. Deve ter havido uma poderosa explosão vários quilômetros acima do solo. A onda de pressão se espalhando à velocidade do som foi reconstruída por meio de registros barométricos em estações climáticas através da Sibéria, Rússia a fora e até na Europa Ocidental. A poeira da explosão refletiu tanto a luz do Sol de volta à Terra que as pessoas podiam ver à noite em Londres, dez mil quilômetros distantes. Esta ocorrência realmente notável é chamada de Evento Tungusca. Cientistas disseram que, talvez tenha sido um pedaço de antimatéria do espaço aniquilado em contato com a matéria comum da Terra desaparecendo em um clarão de raios gama. Mas a radioatividade que se esperava da aniquilação de matéria e antimatéria não foi encontrada em lugar algum do ponto de impacto. Ou, talvez, sugeriram outros cientistas foi um miniburaco negro do espaço que impactou a terra na Sibéria, abriu caminho através do corpo sólido do planeta Terra e saiu do outro lado. Mas o registro de ondas de choque atmosférico não deu pista de alguma coisa estrondosa vinda do Atlântico norte mais tarde, naquele dia. Ou, talvez, especularam outras pessoas, tenha sido uma nave espacial de alguma inimaginável civilização extraterrestre avançada com problemas mecânicos desesperadores colidindo em uma região remota do planeta obscuro.
O ponto chave do Evento Tungucas é que houve uma tremenda explosão. Uma grande onda de choque, muitas árvores queimadas, um incêndio na floresta e mesmo assim não há cratera no chão. Parece que há apenas uma única explicação consistente com todos esses fatos. E a explicação é esta: em 1908 o pedaço de um cometa atingiu a Terra. Ninguém ouviu se aproximar. Um pequeno ponto de luz perdido no clarão do Sol matinal. Ele vagava há séculos pelo sistema solar interno como um iceberg no espaço interplanetário. Mas desta vez, por acidente, havia um planeta no caminho. Pela hora e direção de  sua aproximação o objeto que atingiu a Terra parece ter sido um fragmento de um cometa chamado Enki colidindo a mais de cem mil quilômetros por hora. Era uma montanha de gelo do tamanho de um campo de futebol e pesando mais de um milhão de toneladas. Não houve aviso até ele mergulhar na atmosfera. Se tal explosão acontecesse hoje se pensaria principalmente no pânico do momento que era produzido por uma arma nuclear. Tal impacto planetário e a bola de fogo simulam todos os efeitos de uma explosão nuclear de 15 megatons, incluindo o cogumelo nuclear com uma exceção: não houve radiação. Um cometa é feito em sua maior parte de gelo, com água, talvez amônia e um pouco de gelo de metano. Então, ao atingir a atmosfera da Terra um modesto fragmento planetário vai produzir uma bola de fogo grande, irradiante e uma poderosa. Onda de choque a queimar árvores, derrubar florestas e cruzeiros são ouvidos no mundo afora. Mas o fragmento não precisa fazer uma cratera no chão porque todo o gelo no cometa se derrete no impacto e vai haver muito poucos pedaços reconhecíveis desse cometa. 
Terminada essa leitura o Abade coçou a cabeça a pensar em um parente distante de sua família, talvez um bisavô ou um velho tio um tanto falante. Dizia essa pessoa ter ouvido falar de uma bomba no deserto da Sibéria quando ainda era um jovem.
Tio-Avô
--- Foi um caso estrondoso aquela bomba. Devastou tudo. Imagina-se ter causado mortes de centenas de pessoas. Ou talvez milhares. Ninguém quis ir ver o acontecido por um longo tempo. Logo, em 1917 a Rússia entrou em guerra. E se chegar à Sibéria era um caso muitíssimo complicado. Com uns tempos organizou-se uma expedição. Mas quem foi não encontrou coisa alguma. – comentava o seu tio avô.
E O Abade ficou a pensar nesse caso muito preocupado, pois por varias vezes o seu parente contava a mesma história. A chuva começava a cair devagar. Logo após mais forte. Em poucos instantes um temporal com raladas de vento fazendo tudo estremecer. Coma ventania incessantes o sino na Igreja bateu forte, As portas enormes do Santuário batiam a todo instante como folhas de papel. O uivar do temporal era o de uma besta feroz a procura de comida. O Monge fazia a cobertura das portas com o máximo de entusiasmo a procura de evitar um maior estrago. O Órgão do Tempo rugiu como uma onça ferina. A ventania açoitava as copas altas dos ciprestes entre muitas outras. Um Monge ancião entrou apressado em sua Cela como estivesse com terrível pavor. Um cão grunhia com seu aparente frio e se entocava nos locais onde não havia temporal. Em baixo, bem no resto do caminho, uma vaca mugia a chamar seu garrote. O vento frio era terrível a aumentar a todo instante. O campanário soou sem ninguém tocar. As águas torrenciais desciam pelas biqueiras dos telhados do Mosteiro:
Monge:
--- Vento! – refletiu um dos monges ao passar todo encolhido para a sua Cela.
A manhã se tornou igual a uma noite intempestiva tão de repente com o bradar dos trovões no açoitar dos intermitentes relâmpagos. Esfregando-se todo com os braços mesmo cobertos por seu manto clássico o Abade soergueu os ombros no momento de se levantar e balbuciou breve oração de piedade. Um sustou atroz se acercou do Abade com o bater da porta do seu escritório. O vento forte abriu e tão logo fechou o grande portal. Por um rápido instante o Prior voltou-se para ver o estrondar da porta. Fora de Mosteiro, um grupo de noviços caminhava como uns aturdidos a seguir a estrada a levar para o velho casarão. Eram quatro noviços. Todos agarrados entre si. O temporal desbancava um caudal de lama arrastando morro abaixo galhos e troncos de arvores. Era um vomitar torrente do aguaceiro mais parecendo uma voraz fera assassina. Os noviços caminhavam lentos agarrados entre si com as suas mantas a cobrir todo o corpo. O vendaval açoitava mais ainda para o norte onde os pobres noviços tiveram inicio sua marcha. Um cão passou em debandada levado pelo lamaçal e ao mesmo grunhir como a pedir socorro aos noviços.  Um deles ainda olhou o desesperado cão. O noviço fez esforço de resgatar o cão, mas o aguaceiro o impedia totalmente.
Logo a chegar ao Mosteiro, outro Monge lhes abriu o velho e grosso portão para que o grupo de noviços tivesse acesso. O monge fez isso sem nada dizer de bem vindo. Ele estava com seus trapos a cobrir todo o corpo e com força tentou fechar o portão pesado sob o intermitente aguaceiro. O carrilhão soou às onze horas da manhã escura como a noite invernal.  O Abade viu a chagada dos noviços quando se aproximava da sua biblioteca particular onde guardava muito bem guardado o livro que ele mantinha o maior sigilo. Tratava-se apenas da “Bíblia do Diabo”. Esse livro o Abade tinha em sua guarda há algum tempo e nunca se atrevera a ler. Naquela manhã invernosa, já perto do meio dia ele retirou a estante secreta o saltério e se pôs a folhear o escrito.  Como teólogo o Abade conseguiu tal volume em um sebo bem pouco procurado na parte baixa da aldeia. Esse exemplar talvez nem mais existisse em livraria alguma das grandes metrópoles, como era bastante como os livros tidos sob a guarda nos Mosteiros em todo o mundo. Havia uma verdadeira “guerra” entre Abades de mosteiros a conseguir um exemplar de um livro muito velho onde ninguém podia mais adquirir. Aquele “Grande Livro” era um desses prêmios ter o Abade Euclides de Astúrias conquistado.  Então, para logo mais após o almoço tão somente frugal ele estaria a estudar esses ensaios.  Ensaios onde podia o Abade ter o conhecimento de um pacto com o Diabo feito à meia-noite. Exorcismos. Algo de sinistro e tão bizarro. Fatos inexplicáveis até então. O Abade sorriu e a porta gigante de seu escritório bateu com toda força novamente. O Abade não se conteve e foi até o local onde escorou com uma trave a grossa porta. Em seguida deixou o local e voltou a sua estante secreta onde depositou o volume. Após lacrar muito bem lacrado, o Abade Euclides sorriu com um ar de zombaria.
Abade:
--- Fica-te aí. Guardado e bem guardado! – sorriu o Prior ponde a chave no bolso do manto clássico
Fora, a chuva. Ao meio dia, o sol desaparecera por completo. O dia parecia noite. Podia-se ouvir o piar das gralhas e nada mais.

sábado, 24 de agosto de 2013

"DEUS" - 39 -

- GIGANTES -
- 39 -
GIGANTES
Havia Sol. Abutres festejavam as suas comidas ao pé da Serra onde estava o Observatório. No céu da tarde logo após as quatro horas, viam-se pombos e pardais a procura de seus encantados locais no cimo da Igreja de São Simplício. O badalar do carrilhão começara a tocar as horas sumidas do dia. Nos acolhedores locais do Santuário, os Monges entoavam o canto da “Aleluia”, de Handel acompanhados pelo forte som do Órgão. As árvores do campo onde estava o majestoso Mosteiro agitavam-se com todo o empenho pulsando seus folhais em uma silhueta vibrante. No calado ambiente do gabinete de trabalho estava sentado a ler um grosso volume o Abade Euclides de Astúrias a remoera as suas ideias ao lembrar-se do encontro com Sua Excelência o Cardeal Camerlengo Honório Parcele, o homem das finanças do Vaticano. Foram conversas vãs e sem grande importância. A lembrança foi tida por conta de uns apontamentos em cima do birô do Abade. Na verdade, o que lhe interessava era a leitura do grosso volume a estar pronto em sua mesa de trabalho. O título do alfarrábio era tão somente “Gigantes” o qual ativou a atenção do Prior. De qualquer forma era um livro deixado na sua escrivaninha por algum outro Prior. Logo abaixo tinha a inscrição: Mistérios e Mitos.  Tal fato aguçou ainda mais a curiosidade incontida do Abade. E ele se pôs a pesquisar então.
--- Os Mayas e os Incas da América do Sul acreditavam que existia uma raça de gigantes na Terra antes do grande dilúvio. O mesmo se deu com muitas outras antigas civilizações. Alguns os tomaram por DEUSES. Outros introduziram suas imagens em pedra ou escreveram sobre eles em suas histórias. Os gregos e os romanos falaram de sangue cair do céu indo regar o córrego da deusa Gaya gerando os Titãs uma raça de temidos gigantes. Talvez o mais famoso tenha sido Golias, o filisteu, um dos cinco irmãos gigantes. O Midrash, o livro sagrado dos judeus diz ter sido feita pelo Gigante. Golias abriu caminho à força por entre os soldados israelitas, correu o jogou a Arca sobre os ombros e levou a arca de volta aos filisteus, relatou esse episódio o arqueologista Vendyl Jones em suas pesquisas sobre os famosos gigantes.
Foi em um campo a vinte e quatro quilômetros a sudoeste da atual Jerusalém que a lenda conta que Golias foi finalmente morto. Não por um guerreiro gigante como ele próprio. Mas por um menino insignificante, David, que, como indica a placa existente relativa ao século XIX antes de Cristo. E mais tarde, David se tornaria Rei dos Israelitas. Davi enfiou a mão em sua sacola de onde tirou uma funda com longas correias de couro e colocou-a em volta dos braços, e declarou:
David:
--- Você venha me enfrentar com o broquel, a armadura um escudo e a espada. Mas enfrenta-lo em nome do Senhor, Deus de Israel.
Então David tirou outro par de correias da sacola, pois essa continha uma pedra. E dessa forma o menino acertou Golias e o atordoou. Ele não o matou. Golias caiu ao chão e Golias correu até ele. Na sequencia David tomou a espada de Golias que havia matado Joffrey e Pinhas. E com a espada de Golias ele o decapitou. Há apenas três quilômetros de onde a famosa luta ocorreu existe um monte de uns vinte e cinco metros de altura. Acredita-se que seja o túmulo de Golias. Embora ninguém saiba ao certo, pois nunca foi escavado.
No meio-oeste americano existem também grandes montes que se diz serem sepulturas. Foram abertas sepulturas coletivas de gigantes algumas delas com homens medindo dois metros e meio. Algumas mulheres de dois metros e dez centímetros de altura. Alguns recordes de homens com três metros e crâneos extremamente grandes. E, curiosamente, alguns desses crâneos tinham chifres. Alguns tinham fileiras extras de dentes. Outros tinham o que se chamou de “anomalias”. Eram crâneos incrivelmente grandes. Em outras pesquisas se mostra as escavações no meio-oeste americano, por volta de 1850, e, em muitos casos foram encontrados esqueletos de pessoas com mais de dois metros e dez centímetros de altura. Em muitos casos tinham fileiras duplas de dentes, bem como em alguns casos, seis dedos em cada mão e seis dedos em cada pé. O esqueleto encontrado na Califórnia por um grupo de mineiros levantou sérias preocupações. Primeiro: foi encontrada uma parede com hieróglifos muito intrincados. Os mineiros pensavam em encontrar ouro. Mas tudo em vão. O grupo derrubou a parede e tudo que achou foi o esqueleto de uma mulher segurando uma criança coberta de peles. Em outro ponto os restos mortais de uma mulher alta também foram encontrados. Essa mulher estava mumificada. Outra foi achada no Texas, no Vale da Morte. E alguns esqueletos foram encontrados em outras partes da Califórnia. Os cientistas guardam antigos recortes de jornais como lembrança dos misteriosos gigantes. E corpos mumificados de gigantes foram encontrados da Grécia, na Itália, no Oriente Médio e na América. E mesmo que se descartem alguns como sendo mistificação ou interpretação errônea de alguma outra coisa ainda resta evidência suficiente para demostrar que em certa época os gigantes caminharam sobre a Terra.
Em 1912 fazendeiros começaram a ver uma caverna isolada em Nevava (EEUU) para escolher esterco de morcego como fertilizante. Do lado de dentro uma surpresa os aguardava. Eles começaram a cavar a camada de três a cinco metros de esterco que havia na caverna. E os fazendeiros começaram a encontrar artefatos estranhos. Eram reproduções de partos em cestas, outros objetos para caçar e pescar no lago das proximidades que havia que hoje está secando. Mas então os fazendeiros descobriram coisas muito estranhas que foram aqueles gigantes de dois a dois metros e quinze de altura. Em muitos casos haviam sido mumificados, enrolados como as múmias do Egito. E essas múmias tinham lindos cabelos vermelhos caídos até os ombros. Os fazendeiros não encontraram explicação para eles. Era a coisa mais estranha que já haviam visto. Porém os Índios Paiutes que viviam na região tinham conhecimento deles – os mumificados -. Inclusive, em 1883, Sarah Uinimuka uma princesa paiuta descreveu um livro chamado “A Vida entre os Paiutes”. Nesse livro ela fala bastante dos Gigantes de Cabelos Vermelhos que viviam em torno do lago e que moravam na caverna. Ela dizia que eles eram canibais
Princesa:
--- Aquela tribo devorava os mortos. Eles guerreavam com o meu povo. Meu povo saiu pra trabalhar e juntaram madeira para tapar a entrada da caverna. Por fim, meu povo ateou fogo e gritou para eles.
Índios:
--- Rendam-se ou morreram!
Princesa:
--- Porém não receberam resposta.
Um dos maiores mistérios do oeste é o que teria acontecido a esses “gigantes”. Quase sessenta esqueletos foram retirados pelos fazendeiros da caverna sinistra. E não se sabe onde hoje se encontra. A pergunta é; “Teria havido nesse caso alguma espécie de acobertamento arqueológico?”. ”Algo que se relacione a gigantes?”.
Talvez a história toda não passe de uma lenda rural. Ou, como toneladas de ossos de búfalos, os esqueletos teriam sido queimados e misturados aos estercos dos morcegos usados como fertilizantes. Qualquer que seja a explicação, a prova da existência dos gigantes desapareceu. Mas ao mesmo tempo a incrível pista de sua existência pode ser encontrada por todo o mundo.
Na América do Sul existem figuras gigantescas e escavadas em rochas tão grandes que, no nível do solo são difíceis de reconhecer. Porém do alto assumem formas incrivelmente claras. No Chile há uma conhecida como Cerro Unita com mais de noventa metros de altura é considerada como a maior representação de uma figura humana do mundo. A sua escavação permanece em um mistério. Do outro lado do mundo, no Reino Unido, outas figuras gigantes fitam o Céu. Uma delas é conhecida como Cerne Abas perto de Chesterburry. Escavada na costa não se sabe há quanto tempo. Talvez represente o herói mitológico Hércules. Duzentos e sessenta desse local o Homem de Wilmton, oitenta e cinco metros dos pés a cabeça. Ele emerge das encostas inglesas como um deus gigante de outra era. A Grã-Bretanha está repleta de sítios assim relacionada com “Gigantes”. Para os ensinamentos, a Grã-Bretanha era habitada por gigantes. E, naquele tempo era chamado de “Albion”. Na Guerra de Troia o Gigante chamado Brutos  foi até aquela parte de sua civilização e decidiu com todos os seus homem em levar em conquistar “Albion”. Eles então lutaram por uns tempos contra esses gigantes muito selvagens e trucidaram a sua maioria. Gigantes também fazem parte da mitologia Stonehenge. Sem dúvida a mais famosa estrutura megalítica do mundo. As sólidas pedras eretas, a maior com dez metros de altura e pesando cinquenta toneladas foram erigidas há milhares de anos. Os primeiros bretões chamaram o círculo de pedras de “Dança de Gigantes” e acreditavam ter sido construída por gigantes.
O Guio Gal Heights formado de espiral está situado nas colinas de Golan, oitenta quilômetros de Damasco. Estima-se que tenha sido construído com quarenta mil toneladas de pedras soltas. Ela é parecida com Stonehenge. Ambos foram datados com cinco mil anos de idade e possuem pedras megalíticas semelhantes. E também estão relacionadas com Gigantes
O arqueologista Daniel Herman está investigando a recém-escavada sepultura.
Daniel:
--- Este é o túmulo de alguém. Obviamente um homem muito poderoso. O tamanho das lajes de pedras utilizadas é sumamente incrível. Este deve ter consumido um tempo e um esforço enorme para ser construído.
Quando os israelitas estiveram no local e escreveu sua Bíblia esse monumento já estava no lugar. E os israelitas o viram. Então, registraram o local como sendo governada por Og. O escrito de Og está no Deuteronômio; Og, Rei de Basham era o único de restava da raça dos Refeitas – Deuteronômio (3.11). Refeitas é a palavra hebraica os gigantes.
A  superfície do planeta Terra está salpicadas de construções gigantescas que remontam a milhares de anos. Elas estão nos desertos, nas planícies, sob os oceanos, no alto das montanhas como as da América do Sul. O mudo era como as cidades de Macho Picchu, Tiahuanaco. Um mundo povoado por gigantes que construíam suas estruturas com maciços blocos de pedras. Blocos de 250 a 500 toneladas. Sólidas ruínas cujas dimensões chocam a imaginação do homem de hoje. Elas são encontradas por toda a América Central e do Sul. Mesmo um cético poderia se ver tentado a perguntar quem senão uma raça de gigantes poderia ter construído tais maravilhas arquitetônicas. O povo da Ilha Mediterrânea de Malta possui uma crença antiga que sua ilha era conhecida como o “último reduto dos Gigantes da Europa”. Malta possui templos gigantescos. Eles realmente remontam ao passado. Cerca de cinco mil anos antes de Cristo. E na Ilha tem o Templo dos Gigantes. Uma lenda local diz que o templo foi construído por uma giganta Zunzuna. Os blocos são tão grandes e tão pesados que nenhum ser humano normal pudesse tê-los movido. E na Bolívia, apenas trinta quilômetros do Lago Titicaca existem gigantescas plataformas de pedras por toda parte. A maior delas, tem vinte e nove metros de comprimento.

"DEUS" - 38 -

- SATÃ -
- 38 -
O HOMEM
Em certos dias o Abade Euclides de Astúrias estava em seu escritório, no recinto próprio o Monastério, passando em revista um texto por demais interessante ainda sobre o tema de Lúcifer, o “Portador da Luz”, como o Monge já falara há algumas semanas aos seus confrades na capela do Sagrado Templo. E o texto relatava então à medida que florescia a presença do homem na Terra crescia o esforço de Lúcifer para corrompê-lo e volta-lo contra Deus. Lúcifer começou a batalhar com Deus para capturar as almas da Terra. E, embora Deus também lutasse, deixava muito da luta para o homem. Uma das histórias mais notáveis narrada no Livro de Jó conta como Lúcifer tentou o próprio Deus a testar a lealdade do homem. O Diabo se gabava que na Terra tinha um homem de muita riqueza e boa família e que era capaz de fazê-lo mudar de pensar para com o Senhor fazendo-o sofrer crueldades terríveis. Deus permitiu a que Lúcifer atormentasse Jó afligindo-o com chagas, pois aquele homem era um bom servo do Senhor. E foi dito e feito. Satanás destruiu a casa de Jó e por fim, mantou seus filhos, tudo para ver se o homem renunciava a Deus. Satanás diz no Livro de Jó: no fim o homem dará tudo que tem em troca de sua vida. Jó quase sucumbiu à pressão. Por um momento duvidou do amor de Deus. Mas logo percebeu seu erro e reafirmou sua fé. De acordo com a Bíblia. Jó viveu até os 140 anos. Satanás falhara em seu ataque ao fiel Jó.  Mas ninguém deteria sua cruzada pelo mal. Ele infligiu morte e destruição ao homem o quanto pode. Mas Lúcifer queria conhecer alguém diferente de todos os que ele conhecera. Alguém que exigiria sua atenção mais serviente. Apesar de derrotas ocasionais, como o caso de Jó,  o anjo Lúcifer mantinha controle demoníaco do mundo antigo. De uma forma ou outra se tornou fixação entre religiões que buscava explicar a existência do mal. Lúcifer estava em toda a parte. Era o criador das misérias terrenas. Mas seu papel iria mudar. Um homem que andava na Terra chamou a atenção de Lúcifer. Não era um homem comum. Nascido de uma virgem era alguém que o Diabo havia há muito tempo queria levar ao pecado. Seu nome era Jesus. Os Evangelhos dizem que Jesus curava em seu tempo e as curas pareciam ligadas, na mente dele e decerto nas das pessoas, com as atividades de Lúcifer. E assim, ele diz que os diabos entrem nas pessoas, que adoecem. As pessoas são exorcizadas de quem causa as doenças.  A cura elimina Lúcifer da vida das pessoas e o reino de Deus é trazido e oferecido por Jesus. Satanás escondeu-se na sombra e aguardou pacientemente sua oportunidade de atacar. Ela chegou quando Jesus foi sozinho ao deserto para jejuar e orar durante quarenta dias e quarenta noites. Foi durante esse estado de fraqueza que Lúcifer atacou tentando Jesus com os prazeres da carne. Lúcifer levou Jesus ao alto do Templo de Jerusalém e disse:
Lúcifer:
--- Atira-te daqui e os anjos de ampararão porque está escrito que eles Te ampararão.
E Jesus disse:
--- Não. Não tente o Senhor teu Deus.
Satanás levou Jesus à montanha mais alta e mostro-lhe os reinos e países do mundo e disse:
Lúcifer:
--- Tudo isto é meu. Mas se te prostrares e me adorares, tudo será teu.
Jesus disse:
--- Não. Tu adorarás apenas o Senhor teu Deus.
E o Diabo se foi.
Jesus resistiu às tentações. Mas Lúcifer não se deu por vencido. Se não podia levar Cristo ao pecado, acharia um dos apóstolos que se deixasse tentar. Mas Lúcifer logo descobriu que tentar os apóstolos não era fácil. Para vencer teria que usar uma arma poderosa: a possessão. O ato físico de possuir o corpo de alguém. E Judas Iscariotes foi possuído por Satanás. Imediatamente após a possessão ele saiu para trair Jesus. E essa possessão aconteceu na Última Ceia. Judas traiu Jesus entregando-o aos Soldados romanos. Vinte e quatro horas depois Jesus era executado.
Enquanto Jesus morria devagar na Cruz, Satanás se deleitava sem perceber que o seu plano resultara na sua pior derrota. De acordo com os crentes “porque Deus deixou que seu Filho se sacrificasse, a humanidade salvou-se do pecado e de Lúcifer”. Nos séculos que se seguiram acredita-se que Lúcifer vingou-se inspirando o Império Romano a perseguir os cristãos. Os seguidores de Cristo foram forçados a participar do espetáculo sangrento. Eram publicamente executados e forçados a lutar contra leões famintos diante de milhares de romanos ululantes. Outros eram queimados vivos. De novo as forças do bem frustraram os planos de Lúcifer. Em vez de se aterrorizar com a carnificina os cristãos acolheram a morte e tornando-se mártires. Neutralizaram efetivamente a picada do veneno de Lúcifer.
Depoimento:
--- Eles queriam ser como Jesus. E morrer por Ele seria a honra máxima. Eles consideravam Satanás alguém que tentava impedi-los de converter outras almas a seguir Cristo. Um fato que causou grande impacto aos pagãos foi a sua disposição em dar a vida em oposição a Satanás. Evidentemente o Diabo não podia sequer lutar, ameaçando-os com a morte. Eles sabiam que venceriam a morte, pois Cristo havia vencido.
Os primeiros cristãos lutaram batalhas sem fim contra os agentes do pecado. Para combater os ataques de Satanás eles dispunham de outra arma poderosa: o batismo.
Depoimento:
--- Na cerimônia do Batismo há um ritual em que a pessoa batizada renuncia formalmente a Satanás. Em certas liturgias, ele se vira para o lado direito de frente para o leste, em oposição a oeste e diz:
Batizado:
--- Renuncio a Satanás e as suas pompas.
Depoimento:
--- Volta-se para o leste simbolizado o nascer do Sol a busca do calor de Deus.
Um dos primeiros a combater Lúcifer foi o Monge Santo Antônio. As retaliações de Satã eram maldosas e vingativas. Santo Antônio lutava rezando e tornou-se o modelo do herói cristão. O guerreiro cristão que luta contra os poderes de Satã.
No século V desgostoso com a inércia de Roma no extermínio da cristandade, Satanás saciou-se. Ele fez o Império a cair de joelhos. Roma foi invadida por bárbaros.  A anarquia imperava. A queda de Roma influiu na concepção sobre Satanás, pois representou o colapso da ordem civil e moral tal como era entendida no século V. Quando tudo começou a ruir intuíram que o poder do mal era maior do que julgavam. Mas a luta de Satã para conquistar o homem estava só no começo. Na sequencia o mal estrangula o mundo. Bruxas são acusadas a conjurar as forças das trevas para seu proveito. Durante quase mil anos após a queda de Roma, a mão de Lúcifer dirigiu eventos catastróficos. Foi o começo das Cruzadas. O povo fora dizimado pela Peste Negra, guerras religiosas, as guerras desumanas contra hereges, perseguições aos judeus, lepra, homossexuais, tudo ao mesmo tempo. A Igreja lança a Teoria de Conspiração. O Diabo está por trás disso tudo. Mas embora a humanidade lutasse contra os males de Belzebu surgiam sempre novas oportunidades de corrupção. O que não fosse atacado por fora apodrecia por dentro. As pessoas começaram a fazer pacto com o Demônio. Pacto que lhe traria riqueza ou poder em troca de sua alma:
Depoimento:
--- Uma história que sempre aparece sobre os folclores de Belzebu, rei dos demônios, é que ele faz pactos com seres humanos. E somos alertados, na hora de assinar o pacto para ler as letras miúdas, porque Satanás é mentiroso. Ele vai tentar lográ-lo. Mesmo que você ache que conseguiu o que quer vai acabar no inferno do mesmo modo.
O  mais famoso pacto com Satã foi descrito em 1604 pelo dramaturgo Christopher Marlowe em sua peça “Doutor Fausto”. O homem Fausto queria a sabedoria universal. Em troca, renunciou a Cristo e ofereceu sua alma ao diabo. Acontece que com o passar do tempo o Diabo veio busca-lo. E, embora, Fausto estivesse aterrorizado com a danação, era orgulhoso demais para pedir perdão a Deus;
Fausto:
--- As estrelas giram, o tempo voa, o relógio soará. O Diabo virá e Fausto se danará.
Quando Fausto morreu o Diabo escoltou sua alma ao inferno.  Talvez a melhor discrição de Satanás em suas profundezas é a do poeta Dante no capítulo da “Divina Comédia” chamado: O Inferno. Dante pintou o mais dramático e assustador quadro de Satanás. Ele é um monstro enorme, do tamanho  de um moinho. Suas imensas asas negras abrem-se e se agitam:
Inferno:
--- Suspiro, lamentos e gemidos ressoavam no ar sem estrelas. E no inicio fizeram-me chorar. Línguas estranhas, linguagem horrenda, palavras de dor, sons de ódio, vocês roucas e nisso tudo o ruído de mãos fazendo um tumulto que rodopia interminável, como a areia num furacão.
Relatos de pacto de Satã com os humanos ganharam força entre 1450 e 1700 depois de Cristo. O incrível poder dado a quem quisesse trabalhar para ele recebeu um nome: Bruxaria! – Milhares de pessoas eram acusadas e talvez tenha chegado a um milhão de idolatrarem Satã. Tais personagens se reuniam nos chamados conventículos ou sabás Tais personagens adoravam abertamente a Satã que às vezes aparecia e as mulheres faziam sexo com ele. As crianças eram imoladas e muito mais se fazia. Falava-se que Satã ajudava às bruxas destruindo colheitas e bens dos inimigos dessas mulheres. E além do mais ele trazia doenças e mortes a animais e pessoas. Embora homens, chamados feiticeiros, também fossem acusados de tráfico com Satanás, a grande maioria dos acusados eram mulheres mais velhas, pouco afeitas à sociedade. Muitas eram curandeiras que praticavam medicina caseira. Suas crenças faziam delas alvos fáceis. Mais de cem mil homens e mulheres delatadas por bruxaria pereceram da Europa. Muitas mulheres se confessaram cumplicidade com o Diabo fizeram para não sofrer mais torturas nas mãos de seus inquisidores. A maioria dos acusados era inocente. A pessoa entra da sala. O inquisidor faz perguntas como se a mulher teve relações sexuais com o Diabo. Isso era o bastante para vir a condenação. Satã celebrou um grande êxito no Novo Mundo quando, em 1692, a histeria das bruxas varreu a cidade de Massachusets, chamada Salem.  Os puritanos de Salem estavam obcecados com a ideia de pecado e Satã. O Demônio estava sempre a espreita, pronto a atacar quando a pessoa vacilasse. Um grupo de moças em Salem havia acusado mulheres mais velhas de “encantá-las” para que servissem a Satã. Em boras as mulheres velhas negassem qualquer ligação com o Diabo, às acusações levaram a condenação e a morte dezenove das acusadas. A histeria só teve fim quando se acusou de bruxaria a mulher do Governador da Colônia. Tal mulher não podia ser atingida pelo mal. Mesmo assim, o medo de Satã vencera.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

"DEUS" - 37 -

- ÓRGÃO -
- 37 -
TEMPLOS
O Abade Euclides de Astúrias, em certa ocasião teve um encontro com os Monges Beneditino do seu Monastério. Ele fazia isso toda a semana, para falar sobre temas religiosos. Não raro, um motivo levava ao Abade pesquisar mais do que falar. Uma ideia era bem proveitosa. E essa ideia surgiu de um encontro por acaso com um monge do seu Mosteiro em certa manhã de primavera quando o Abade fitava a luz do Sol cheia de encantamento e brilho. O encontro se deu na Igreja após a missa da manhã logo cedo quando todos os monges, noviços e os monges cantores do Templo. Os cantores entoavam fazes da Ave Maria logo depois de terminada a Santa Missa como era de praxe. Eram frases em latim nos cantos gregorianos. Logo em seguida, quando o Abade se preparou para falar sobre o respeitável tema, houve silencio total na Igreja. E foi nesse exato momento que o Abade Euclides se pronunciou após se benzer como era do seu costume e de todos os Monges que ali faziam o seu retiro espiritual.
Abade:
--- Caríssimos Irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo. Seja o Deus louvado. Amem. Eu, hoje tenho a vós contar uma história sobre o Diabo. Lúcifer. Ou Demônio. É um tema muito bem conhecido por todos vós, Irmãos. Mas tem uma questão em desaviso. Demônio, por exemplo: É o mal que nos aflige. Até mesmo uma dor de cabeça ou uma gripe. Jesus, o Nosso Senhor, quando foi chamado para curar uma mulher a estar possuída pelo demônio, Ele extraiu todos os sete demônios. Ora vejam os senhores: Sete é um número sagrado pelos judeus. Sete foram os dias que o Senhor levou para fazer o mundo. Mas será que foram sete dias apenas? Pergunto eu. As palavras ganham outra significação quando se aplica um numero. Vinte e cinco. Esse é um numero que diz muito. O que, por exemplo? Em 25 de dezembro começa um novo clima na Terra. E em 25 de dezembro foi escolhido para ser o nascimento de Jesus. Mas será que Ele foi mesmo nascer a 25 de dezembro? Quarenta dias Jesus passou em retiro. Será que foi mesmo quarenta dias? Por que quarenta anos Moises rodou pela Terra em busca do local prometido ao povo judeu? Temos então mais outro mistério de dias. Já chegamos a desobediência a Deus. Ele mandou para o Inferno os anjos desobedientes. Quais foram esses anjos? Teriam sido anjos de verdade? Quando Deus criou o homem, Lúcifer com inveja tramou uma grande rebelião no Céu. Esse é a historia bem mais grave do que a simples pincelada que o Genesis nos diz. Por quê? Porque o exercito de anjos foi derrotado e banido para sempre do Paraíso. Ora, Lúcifer ou o Satanás estava no paraíso mantendo relacionamentos físicos com mulheres. Mas não estaria no Paraíso? Onde foram buscar as mulheres? Esses anjos, Caídos, abandonaram Lúcifer e escolheram viver na Terra entre os prazeres dos Humanos. Mas esses anjos não seriam gigantes? E as mulheres eram de tamanho pequeno? Mas os anjos eram híbridos. Metade homem, metade mulher? Como assim? De qual forma se deu esse concepção? Se eles eram híbridos não teriam a necessidade do coabitar com as mulheres. Mas diz o Genesis que eles casaram com esposas e criaram abominações chamadas crianças de Nephilim. Imaginemos nós o poder desses seres com a sua fortaleza e domínio. E o Genesis ensina que o Criador, com raiva, inundou toda a Terra matando os Nephilins e levando os caídos a se esconder. Ele enviou os poderosos anjos guerreiros para caçar os sobreviventes da inundação. Mas existia esperança para os caídos numa profecia. Vai nascer um Nephilim que vai redimi-los e retorná-los ao Paraiso. Então os Caídos observam e esperam. Essa profecia também faz parte do Genesis. Os Nephilins seriam então os semideuses como então se criou em outras gerações muito bem mais distante do que diz a nossa Santa Bíblia. Essa questão sobre Lúcifer continua sendo uma historia das mais comentadas. Todos os povos acreditam que Lúcifer é o Diabo. Muito bem. Na história da civilização sabemos haver o bem e o mal. O pro e o contra. O vencido e o vencedor. O que está na terra e o que está no Céu. O pobre e o rico. O enfermo e o sadio. E por fim, o Deus e o Diabo. Ou seja: a negação e a afirmação. Mas os que servem diretamente a Satanás e que são discípulos dos criadores dessa teoria ou dessa fábula continuam ao afirma ser o Diabo o verdadeiro executor do bem e não do mal. Então, quem segue a religião católica se afirma não poder ser mentira. Então surgem as opções para se encerrar a certeza de que existe o Lúcifer. Na verdade, Lúcifer não existe e nunca existiu. Existe sim: aqueles que nos odeia. E aqueles que nos admira. Mas, se nós falarmos a verdade ao povo comum o que acontece é se incluir as Igrejas vazias. O povo que ouvir a mentira e não a verdade. Se alguma beata me perguntar se o Lúcifer existe, eu direi que “sim”, pois se disser que “não” eu estarei mentindo para aquela beata, mesmo tendo a certeza que não a convenço. E ter-se-á o templo vazio. Isso então significa falência do sistema, pois não há dinheiro para se sustentar esse Templo ou esse Mosteiro. Então é preferível se dizer que “não” e se montar a verdadeira razão de um Lúcifer inexistente no lugar de dizer ser o diabo apenas uma palavra dos que acreditam na sua existência. Vejamos bem. Há certo tempo, o mundo todo ficou atônito por causa de um filme exibido e que mostrava o Lúcifer real. Trata-se do filme “O Exorcista” visto por quem quer que nem tivesse estudo. Uma menina dos seus dez anos sentia em sua carne a presença de Satanás. Isso gerou uma convulsão e tanto. Mas uma menina possuída pelo demônio? Perguntava-se em cada esquina. Ora meus Irmãos. Essa menina ainda hoje existe. Milhares de meninas, moças, senhoras até de bom proveito. Elas existem! E estão com o diabo no couro? Parece que sim. Eu digo: Elas não parentesco com diabo algum. Velamos bem: aquela menina do filme que eu vos citei, não tinha pai, a mãe trabalhava como uma atriz fazendo indecentes postagens e, certo dia, a menina se desesperou: mas como? Logo eu? Não tenho pai, a minha mãe vive nos filmes “indecentes”. Era uma carga pesada para uma criança. As que têm aqui por perto sentem a mesma culpa da outra “menina” do filme. Enlouquecem de um momento para outro. Ou mesmo, por uma questão genética as senhoras tremem certo dia como se estivesse com “o diabo no couro”. E procuram médicos que não servem de nada. Não servem porque eles ignoram que aquelas meninas ou senhoras sentem o drama vivencial dos seus pais. E findam a procurar os conselhos de um sacerdote. Esse diz: “É o Diabo. É Lúcifer”. Então a mulher nada mais questiona. Volta para a sua casa, reza, e fica tranquila. Mas na verdade era o tal de Lúcifer? A essa altura nem o sacerdote tem mais resposta, pois ele mesmo acredita na versão do “Satanismo”. A mentira leva a verdade. A verdade leva a mentira. E é taxado de “herege” quem destina a pregação contra o sistema. Na vulgata se tem a tradução de Lúcifer. Ela informa: Lúcifer é a palavra que vem do Latim e significa literalmente “Portador da Luz”. Então não poderia ser de maneira alguma associado às trevas. Não existe fundamento bíblico para associar Lúcifer a Satanás. O planeta Vênus, conhecido também como “estrela d’alva”, por refletir grande brilho que vem do Sol, foi chamado de Lúcifer. O que pode ser um dos motivos pelo qual Lúcifer foi associado a Satanás, pois nesse ponto o anjo soberbo é chamado de Estrela da Manhã: como caístes do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! (Isaias 14:12). Mas as expressões estrela, estrelas da alva ou da manhã são mencionadas em alguns versículos da Bíblia e estão associados a anjos. Este é interessante: Jó 38:7 quando as “Estrelas Da Alva”, ou seja, Anjos, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?.  E ainda tem um versículo em que o próprio Jesus se diz ser a brilhante Estrela da Manhã. Apocalipse 22:16. “Eu, Jesus, enviei meu anjo para vos testificar estas coisas às Igrejas”. “Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da Manhã”. O belo nome de Lúcifer foi atribuído erroneamente ao Planeta Vênus, e pior ainda, ao ser aplicado ao príncipe das trevas, conhecido nas Escrituras bíblicas como Diabo, Satanás, cujo verdadeiro nome é Samael, nome este bem conhecido na literatura judaica. O verdadeiro Lúcifer é o Sol que brilha sobre nós e tudo ilumina. Na verdade, o verdadeiro Lúcifer foi o único digno de ser chamado Arcanjo, e se trata de Miguel, o grande príncipe da Luz, que foi estabelecido a direita de Deus para governar o Dia, e é simbolizado pelo Sol, o resplendor do Dia.
Eis um trecho considerado apócrifo, mas que tem fundamento nas escrituras bíblicas: Existem dois caminhos no mundo: o da vida e o da morte; o da luz e o das trevas. Neles foram estabelecidos dois anjos: o da Justiça (Miguel) e o da iniquidade (Samael). Genesis: 1:16. “Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior (Miguel) para governar o Dia, e o menor (príncipe Samael) para governar a noite”. “E fez também as Estrelas (que são os demais anjos)”. “E o colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem a separação entre a luz e as trevas”. “E viu Deus que isso era bom”. Portanto, Lúcifer é a invenção de um nome. – descreveu o Abade Euclides em sua preleção.
E continuou na sequencia após observar a quietude dos Monges.
--- Alguém, contudo, deve ter se perguntado: de onde vem o nome Lúcifer? Em que versículo das Sagradas Escrituras pode se encontrar tal nome? A maioria dos estudantes de Teologia mostra-se surpreso com a queda de Lúcifer nos textos clássicos de Isaías 14:12: “Como caístes de céu, é estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitava as nações!”. E em Ezequiel 28.14-15: Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci. No monte santo de Deus estavas. No meio das pedras afogueadas andavas. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti”. Vale lembrar que os textos antes citados não são claros a respeito da queda de Lúcifer e se referem em seu contexto imediato ao rei de Babilônia (Is. 14.12) e ao rei de Tiro (Ez 28. 14-15). Uma referencia indireta a Lúcifer é possível. Mas não se pode tirar uma conclusão definitiva sobre as duas passagens. – concluiu o Abade.
Na nave do Templo nada pode se ouvir. Todos os Monges se mantinham em silêncio.
O substantivo Lúcifer ocorre seis vezes na Vulgata, versão latina da Bíblia, e uma vez em algumas Traduções da Bíblia em outros idiomas. Lúcifer se refere literalmente a Estrela da Manhã  ou a “luz da manhã” aos Signos do Zodíaco ou, metaforicamente ao “rei da Babilônia”, ao sumo sacerdote Simão, filho de Onias, “à Gloria de Deus” ou a Jesus Cristo. É por esta razão que é possível encontrar pessoas com o nome de “Lúcifer” entre os primeiros cristãos, sendo o exemplo mais famoso São Lúcifer, bispo de Sardenha, onde existe a única Igreja à São Lúcifer conhecida. A religião judaica não possui um ser todo malévolo, que combata contra o Criador. A Bíblia foi escrito em Koiné – o dialeto comum – e hebraico línguas onde a palavra lúcifer não existe.
Após alguns minutos se ouviu o cantar gregoriano pelos Monges acompanhados magnifico órgão instalado a cima do Coro onde acordes trovejante acompanham do entoar com o cantar do Agnus Dei feito em uníssono pelos célebres monges do Monastério. Andorinhas da Áustria, do lado de fora do Templo gorjeavam a procura de seus ninhos. Mistério envolvente se fazia de todo. Ao passear com os seus passos acadêmicos os Monges começaram a se retirar a procura da sua bancada em uma Cela estreita e bruxuleante onde apenas cabia cada qual um único ocupante. O silencio a vagar irrompia para todos os lados. As folhas de ciprestes relutavam a voltear em quase um zig-zag, indo e voltando para depois recomeçar. O sino plangente com o seu grosso acorde bateu as décimas horas da manhã.
Satã, príncipe das trevas. Homem com dois chifres e um par de asas. Na aurora do tempo, no segundo dia da criação Deus reuniu com os arcanjos. Entre eles achava-se Lúcifer, com sua espada e seu escudo, o anjo que transportava a luz. Então Deus pediu aos anjos algo que Lúcifer não podia dar. Deus queria que ele servisse ao homem, criado a imagem e a Sua semelhança. Foi uma ordem que o orgulhoso Lúcifer se recusou a obedecer. Satã e os seus seguidores, os anjos “negros” travaram uma amarga batalha contra Deus e seu arcanjo Miguel. Satã e os anjos negros foram confinados ao cruel inferno onde padeceriam por toda a eternidade. Satã jurou vingança e destruir toda a humanidade. Estranhamente, Satã não perdeu os poderes angelicais, o que inclui a capacidade de mudar de forma. Então, Satã apareceu da Terra, rastejando sob a forma de cobra. Entrou no Jardim chamado Éden e procurou uma mulher chamada Eva. Deus preveniu a Eva que não comesse do fruto do conhecimento. Mas Satã fez a experimentar do fruto proibido dizendo que ela teria o conhecimento de tudo e seria igual a todos. Em seguida convenceu Eva a dividir o fruto com Adão.  Como castigo, o primeiro casal, foi banido para sempre do paraíso. O Diabo assestara o primeiro golpe no homem. Era uma vingança profunda.
 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"DEUS" - 36 -

- ANJOS -
- 36 -
O CÉU
Certo tempo depois, o Abade Euclides estava a olhar o Céu, logo cedo da manhã, percebendo a luz a filtrar de cima por entre os galhos de cedro, pinheiros, tatajubeira entre outras matas no cercado do enigmático Mosteiro de São Simplício tentando decifrar como um sol tão puro cedia lugar aos horrores dos pecaminosos seres celestiais. No campo, os obreiros faziam as suas obrigações diárias. O grupo de Monges recitavam no Coro as frases dos Cânticos Gregorianos sob o som do pesado armorial. Pássaros a gorjear esvoaçavam de um galho a outro do cedro e de outras árvores ambientais. O aguador regava as suas plantas como fazia a todo dia pela manhã e a tarde. Era um clima de primavera onde o Abade fazia suas preces a contemplar o sol celeste. Estava assim distraído quando um Monge novato se acercou e lhe pediu a benção de forma retraída. O Abade tomou um leve susto e logo após o abençoou. Por alguns instantes, o Monge ficou retraído e logo após revelou ao Abade Euclides estar ali pelo modo de ter um pai rude e agnóstico e ter a sua mãe uma mulher um tanto retraída a não falar palavra alguma pela mesquinhez do velho pai. O Abado o escutava e contemplava o céu cheio de brancas nuvens de uma manhã solene.
Abade:
--- Diga-me o que mais! – argumentou o abade de forma carinhosa.
Monge-Um
--- O meu pai é um homem bastante rude e propenso em não acreditar nas Santas Escrituras. A minha mãe, coitada, nada comenta. E tenho mais três irmãs. Essas também nada falam a respeito da Santa Madre Igreja. O meu irmão, o mais velho de todos, vive embriagado e posto a dormir. Eu sou o filho mais novo da família. E tive a graça de ser um Monge. – falou acabrunhado o rapaz.
Abade:
--- É a vida meu Irmão. Isso é a vida. Deus um dia proverá. – fez ver o abade acolhendo o jovem.
E se passou algum tempo quando o novo Monge indagou algo estranho e de modo abrupto.
Monge-Um.
--- Reverendíssimo, o que é Nefilim? – indagou o monge muito preocupado.
O Abade Euclides demorou alguns segundos para então responder.
Abade:
--- Vós não buscais a Bíblia? São seres “infernais”, pecaminosos. – respondeu de certo modo o abade.
Monge Um
--- Pecaminosos? Mas como pecaminosos? – indagou sem entender com o rosto franzido.
Abade:
--- Veja bem meu bom Monge. Quem eram os Gigantes e quem eram os Nefilim foi dado exatamente no início do cristianismo. Na Bíblia se tem ensinamentos errôneos. Na crença judaica nos foi ensinado que antes de descer ao mundo em forma humana os Nefilins mantiveram relações com as mulheres do modo assim como se homens normais. É por isso que eu acredito que a Igreja Católica tenha deixado fora do livro Bíblia os escritos deixados por Enoque. Pois nos escritos deixados por Enoque pode-se observar uma abordagem maior nesse período pré-diluviano a relatar uma narrativa mais completa dos fatos e em um sentido mais plausível para que o Criador tenha que intervir da Terra com o dilúvio para preservar a existência humana como espécie. – falou o Abade de forma compenetrada.
Monge-Um
--- Ah bom. Quer dizer que os Nefilins eram gigantes? – voltou, a saber, com curiosidade o Monge.
Abade:
--- Com certeza. Mas esse fato chocava os líderes do cristianismo da época. E era bem certo serem inaceitáveis que seres celestiais pudessem ter feito tal coisa. Mas é bom lembrar é que a realidade do Universo não é essa que os olhos humanos se mantêm. Esse que se pode ver é a da realidade a qual se vive. Agora, eu sempre me pergunto o porquê houve o dilúvio. No Genesis o assunto é tão superficial  parecendo que o Criador mandou o diluvio à Terra por um nada. Porque se fosse apenas pela falta de fé do homem teria sido aquele o momento então para o diluvio. Pois a falta de fé dos homens cresceu muito além desse período. Vejamos se é a verdade: - Primeiro: o Criador não é onisciente. Segundo: 0 Genesis é uma mentira. Terceiro: Houve algo lá atrás de tão grave que precisou ser contido. Ora. Se o Eterno não poupou os anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou ao abismo de trevas, reservando-os para o Juízo. E não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da Justiça, e mais sete pessoas, quanto fez vir o diluvio sobre o mundo dos ímpios. (II Pedro 2: 4 aos 6). Nesse texto que está escrito tem algo que se presta a atenção. Quando diz na parte final do texto “o mundo dos ímpios” ver-se em quase todas as versões bíblicas essa palavra – Ímpios - aparece com acento agudo no primeiro “I”. Porém isso não condiz com a realidade do texto de Génesis. Por quê? Porque a palavra – Ímpio – com assento agudo significa antirreligioso, herege, incrédulo, descrente, contrário à fé. Já a palavra – Ímpio - sem o acento agudo quer dizer sem piedade, cruel, desumano. Então vem o caso: por que o Eterno enviou o diluvio? Foi por causa do mundo Ímpio, dos sem fé, com acento agudo? Ou foi por causa do mundo – ímpio – dos cruéis e desumanos? – Sem o acento agudo no “i”.  A resposta está no próprio Genesis: “Viu o Altíssimo que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”. Genesis: 6:5. Nesse texto se nota de maneira clara que foi por causa da Maldade. Ou seja: dos ímpios sem o acento agudo. Vale também observar que essa maldade é relatada no verso 5 do Livro de Genesis, no capítulo 6. Isso leva a ideia de que foi após “os filhos de Deus”, ou seja, os “anjos” possuírem as “filhas” dos “homens”, ou seja, as mulheres humanas que estão relatadas no verso 4  desse mesmo capítulo. Mas qual foi essa Maldade praticada da Terra? Na verdade essa maldade não só cresceu como também se multiplicou. Isso leva a crer de não ter havido diluvio algum. Houve chuvas em certas regiões. Mas não diluvio. Veja bem. Em tempos remotos a Terra foi coberta por gelo. Toda a Terra. Isso era um gelo só. E essa era glacial não é dita na Bíblia como diluvio. Mesmo assim, pode ser muito bem o diluvio. Quarenta dias é um numero “sagrado” tido pelos judeus. Quarenta dias de Jesus é a mesma coisa. Como o Sete também é sagrado. Veja bem que Jesus retirou Sete “demônios” da mulher. Nesse caso demônios são temor da mulher. Entendeu? – quis saber o Abade.
Monge Um
--- Nunca tive o meu pensamento voltado nesse sentido. “Demônios” e números sagrados. Agora que o eminente Abade falou é que me alertou a memoria. – respondeu surpreso o monge.
Abade:
--- Muito bem caro Irmão. Existem outros livros que nos trás informações. Não só sobre esse como também sobre outros assuntos.  Próprio Enoque escreveu que os chamados “anjos” se espantaram com a beleza das mulheres da Terra e procuraram ficar com elas para gerar filhos. E foi assim que sucedeu. Os tais anjos se uniram as mulheres e geraram centenas de filhos. Eram filhos gigantes porque seus pais eram gigantes, homens de mais de dois metros de altura. Esse povo tinha conhecimentos sobre magias, quânticos, bruxarias e feitiços entre outras mais. Eles eram chamados de Nefilim. Essa mesma história os gregos também contaram sobre seus lendários personagens, como o gigante Hercules e o próprio Aquiles. E foram esses anjos ou homens gigantes que ensinaram como se produzir armas e manipular corretamente os metais. Eles ensinaram como desfazer os feitiços ou mágicos ao homem da Terra. Eram conhecimentos só então possíveis a seres celestiais. Esses anjos, sem duvidas, vieram das estrelas. Esses seriam chamados de “deuses”. Eles eram “deuses das estrelas” assim como ficaram conhecidos os homens que participaram da II Guerra Mundial ao chegar a uma terra onde habitavam apenas os selvagens. Esse povo chamou os soldados norte-americanos de “deuses”, pois eles chegavam do Céu. – explicou o Abade com bastante certeza.
Monge Um
--- Santa Mãe de Deus! – exclamou com bastante surpresa o novo monge.
O Abade então sorriu e teu um tapa nas costas do novo Monge como quem teria o que falar ainda muito mais. O Monge nem sequer sentiu o tapa em seu ombro, pois estava estupefato.
 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"DEUS! - 35 -

- JESUS -
- A PAZ -
- 35 -
 
Eram passados alguns meses com a vida rotineira a retomar o seu ciclo onde o novo Abade Euclides costumava-se a se conhecer cada vez melhor e mais autêntico. O Sol do verão faria tanto bem quando as sombras primaveris de cada dia. Os monges seguiam o seu ritmo normal de trabalho e devoção com cada qual a executar as suas obras. Não caía uma folha de um cedro que não fosse do agrado de um monge. Muitas vezes, um Irmão rogava graças aos céus por aquela ventura prestimosa. No salão dos Grandes Atos o Monge Euclides fazia seus despachos normais e atendia a outros Monges vindos de longe para cumprimentar o recente Abade e colher informes preciosos no Observatório da Serra, quando era o caso. Em outros instantes da vida diuturna, o Abade estava a sentir no canto formoso gregoriano dos monges escolhidos a sua bem vida paz celestial. Nos campos floridos de árvores frondosas, as abelhas faziam o seu mel e as juritis entoavam o seu cantar sem precisar ser presas em gaiolas muito bem ornadas. Apenas os Monges coletavam as águas para colocar em vasilhas apropriadas onde os pássaros apreciavam o seu sabor. Nas horas marcadas o sineiro estava a conclamar os Monges para fazer suas orações diurnas.  Após esse tempo, todos eles voltavam ao trabalho os quais competiam a fazer. O que se parecia monótono, para os Monges já era um habito normal a executar todos os dias dentro de um clima de orações. O gado, porcos, as ovelhas, as cabras davam-lhes sustento para as suas tradicionais refeições diárias. Junto com esses, tinha o plantio das verduras, feijão, arroz, e tudo mais com o fabrico dos pães e bolos, não raro vendidos às pastelarias da cidade muito embaixo, bem longe do Mosteiro. Em tudo isso, os Monges conseguiam apurar os dividendos para o seu sacro monastério afora as ofertas dadas pelos patronos do Santo Colégio onde se aplicava o ensino da filosofia e da teologia além das aulas religiosas. Enfim havia um clima de paz e aumento da produção agrícola atendendo ao povoado com esses cultivos. Não raro, havia o destacamento de alguns monges para executar obras sociais em diversas comunidades bem como a peregrinação aos lugares santos. A regra geral era de haver jejum, abstinência e meditação. Além do mais a obediência ao divino silêncio. O Mosteiro de São Simplício era totalmente isolado do mundo com muros erguidos e casas cobertas no seu interior.  Os Monges prestavam assistência aos doentes, peregrinos e mendigos a toda horas, quando se fazia necessário. No interior da Biblioteca, além de vastos livros e grossos pergaminhos, tinham os monges copistas a dedicação de traduzir à mão os demais pergaminhos já então desgastados pelo tempo. No seu interior, no coração da construção, ficava o lugar de Deus, um ambiente como uma cruz latina. Ao Sul, o claustro. A ala nascente era destinada as funções espirituais onde havia capítulo, escola e escritório. O Santo Graal era o plano ideal do mosteiro desenhado por seu autor, São Simplício. Os Guardiões do Saber eram destinados à biblioteca, aos filósofos, academias, sábios e professores de cultura.
Certa vez, o Abade Euclides estava novamente a vasculhar a Biblioteca do Mosteiro a procura de maior saber. E no recinto encontrou um achado de remotas eras onde o autor havia escrito sobre o Sol. E dizia assim:
-- Desde o ano dez mil antes de Cristo o povo adorava essa elementar estrela por sua admiração de respeito. Esse astro surgia todas as manhãs trazendo a luz com o seu calor pondo o fim na escuridão da noite. Sem o Sol, não haveria cultura nem vida no planeta. Com essa realidade se fez do Sol o astro mais adorado de todas as estrelas. Todavia, muitos pesquisadores estavam também a refletir pelas estrelas. Esses astros permitiam saber os eventos a ocorrer de tempos em tempos, tais como eclipses e luas cheias. E as constelações foram tão logo catalogadas nesses primórdios. E mostra a Cruz do Zodíaco, uma das mais antigas imagens na história da humanidade. Ela representa o trajeto do Sol através das doze maiores constelações no decorrer de um ano. Ela também representa os dozes meses do ano, as quatro estações – solstícios e equinócios. As primeiras civilizações não só seguiam o Sol e as estrelas como também as personificavam através de mitos que envolviam seus movimentos e relações.  O Sol com seu poder de dar vida e salvar foram também personificados como se fosse um criador, um “deus”. Deus sol, a luz do mundo, o salvador da humanidade. Igualmente as doze constelações representaram lugares e viagens para o deus Sol e foram nomeados por elementos da natureza que pertenciam a esses períodos de tempo. Por exemplo: “Aquários”, o portador da água que traz a chuva na primavera. Hórus, o deus sol do Egito de três mil anos antes de Cristo. Ele é o Sol antropomorfizado e sua vida é uma série de mitos alegóricos que englobam o movimento do sol no céu. E também “o olho que tudo vê”. Dos antigos hieróglifos egípcios conheceu-se muito sobre esse “Messias” solar. Por exemplo: Hórus, sendo o Sol, tinha como inimigo o deus Seth que era a personificação das Trevas ou da noite. Será importante frisar “que “trevas” versos “luz” ou ‘bem” versos “mal” tem sido uma dualidade mitológica onipresente ainda por longos tempos. No geral a história de Hórus é a seguinte: Hórus nasceu no dia 25 de dezembro da virgem Isis Maria. O seu nascimento foi acompanhado por uma estrela no oeste que, por sua vez foi seguida por três Reis em busca do Salvador recém-nascido. Aos doze anos era uma criança prodígio nos ensinamentos. E aos trinta anos ele foi batizado por uma figura conhecida por Anuket à deusa do Rio Nilo. E assim começou o seu ministério. Hórus teve doze discípulos e viajou com eles fazendo milagres tais como curar os enfermos e andar sobre as águas. Hórus era também conhecido com vários nomes como A VERDADE, A LUZ, O FILHO ADORADO DE DEUS, O BOM PASTOR entre muitos outros. Depois de ser traído por Tiffany, o deus Hórus foi crucificado, enterrado por três dias e então ressuscitou. Esses atributos de Hórus parecem influenciar várias culturas mundiais e muitos deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica. Attis, da Perígina, Grécia, nasceu da Virgem Nana em 25 de dezembro. Crucificado, foi posto na tumba e três dias depois ressuscitou. Krishina, da Índia, nasceu da virgem Dava e uma estrela no ocidente anunciando a sua chegada. Fez discípulo e após a sua morte, ressuscita. Dionísio da Grécia nasceu de uma virgem em 25 de dezembro. Foi um professor peregrino que fez milagres como transformar água em vinho e é referenciado como “Rei dos Reis”, filho unigênito de Deus – O Início e o Fim – entre muitas outras coisas.  E após a sua morte, ressuscitou. Mithra, da Pérsia, nasceu de uma virgem em 25 de dezembro. Ele teve doze discípulos e fazia milagres. E após a sua morte foi enterrado por três dias. Então ressuscitou. Ele também foi chamado de A VERDADE e a Luz entre outros. Curiosamente o dia sagrado de adoração a Mithra é um domingo. O que importa salientar é que existiram inúmeros Salvadores em diferentes períodos em diversos lugares da Terra que preenchem essas mesmas características.
Jesus Cristo nasceu em 25 de dezembro em Belém. O seu nascimento foi anunciado por uma estrela a surgir no ocidente e foi seguida por Três Reis Magos para encontrar e adorar o novo Salvador. Tornou-se pregador aos doze anos e aos trinta anos foi batizado por João Batista e então iniciou seu ministério. Jesus teve doze discípulos que viajaram com ele praticando milagres, curar doentes, andar sobre a água e ressuscitar mortos. Ele também é conhecido como o Rei dos Reis, a Luz do Mundo, o Cordeiro de Deus entre muitos atributos. Depois de ser traído por seu discípulo Judas por trinta moedas de prata, ele foi crucificado, posto em uma tumba e após três dias ele ressuscitou e ascendeu aos Céus.
Em primeiro lugar, a sequência do nascimento é completamente astrológica. A estrela no ocidente é Sirius, a mais brilhante do céu noturno que a cada vinte e quatro de dezembro se alinha com outras três estrelas brilhantes no cinturão de Órion. Essas três estrelas são chamadas como as “Três Marias”. As estrelas mais brilhantes, todas apontam para o nascer do Sol em 25 de dezembro. Esta é a razão pela qual os “Três Reis” seguem a estrela a oeste em uma ordem que aposta o amanhecer.  O nascimento do Sol. A Virgem Maria é a Constelação de “Virgem”. Também é conhecida Virgem como a Casa do Pão. Isso quer dizer – agosto e setembro, a época das colheitas. Por sua vez Belém é a tradução de A Casa do Pão. Belém é também a referencia a constelação de Virgem, um lugar no céu. Não na Terra. Existe outro fenômeno muito interessante que ocorre em 25 de dezembro: é o solstício de inverno. Do solstício de verão ao solstício de inverno  os dias se tornam mais curtos e frios. Da perspectiva de quem está no hemisfério norte o sol parece se mover para o sul ficar menos e mais fraco. O encurtamento dos dias e o fim das colheitas, conforme se aproxima o solstício de inverno, simbolizando o processo de “morte”. Era a morte do Sol. Pelo vigésimo segundo dia de dezembro o falecimento estava completamente realizado e faz com que atinja seu ponto mais baixo no Céu. Então algo curioso acontece: o Sol para de se mover por três dias. Durante esses três dias o sol fica pelas redondezas da constelação do Cruzeiro do Sul. Depois desse período, em 25 de dezembro, o Sol se move um grau, dessa vez para o norte, trazendo perspectiva de dias maiores, mais calor e a primavera. E assim se diz: o Sol morreu na Cruz. Ficou morto por três dias apenas para ressuscitar ou nascer mais uma vez.
Esse é a razão pela qual Jesus e muitos deuses solares compartilham da ideia de crucificação e morte por três dias e o conceito da ressureição. Todavia não se celebra a ressureição do sol até o equinócio da primavera ou “pascoa”. Isso é porque no equinócio da primavera o Sol domina oficialmente o mal, as trevas assim como o período diurno ficam maiores que o noturno. E o revitalizar da vida da primavera emerge. Agora, provavelmente a analogia mais óbvia de todos esses simbolismos astrológicos são os dozes discípulos de Jesus. Eles são simplesmente as doze constelações do zodíaco com que Jesus sendo o sol viaja.
De fato o número DOZE está sempre presente ao longo da Bíblia. Doze tribos de Israel; Doze filhos de Jacob; 12 judeus de Israel; Doze grandes patriarcas; Doze profetas; Doze Reis de Israel; Doze Príncipes de Israel. Voltando a Cruz do Zodíaco, o elemento figurativo é o Sol. Ele representa ainda um símbolo espiritual pagão. Sem representar o cristianismo. A chave quer dizer a cruz pagã do zodíaco. Esta é a razão pela qual Jesus nas suas primeiras representações era sempre mostrado com a sua cabeça na Cruz. Jesus é o Sol, filho de Deus, a luz do mundo, o Salvador a erguer-se e renascerá, assim como o sol faz todas as manhãs. A glória de Deus que defende contra as forças das Trevas. Assim como nasce a cada manhã e que pode ser visto através das nuvens, lá em cima nos Céus, com a sua coroa de espinhos ou os raios de sol. Agora, nas muitas referencias astrológicas ou astronômicas na Bíblia uma das mais importantes tem a ver com o conceito de eras. Através das escrituras a inúmeras referencias a essa “era”. Para compreender isso é preciso se estar familiarizados com a precessão dos equinócios. Os antigos egípcios assim como outras culturas antes deles reconheceram que, aproximadamente, de 2.150 em 2.150 anos o nascer do Sol durante o equinócio de primavera percorria em diferentes signos do Zodíaco. Isso tem a ver com a lenta oscilação angular que a Terra tem quando roda sobre o seu eixo. É chamada de precessão porque as constelações vão para trás em vez de permanecerem em ciclo anual normal. O tempo que demora cada precessão através dos doze ciclos é de 25.765 anos. Esse ciclo completo é chamado também de grande ano e algumas civilizações ancestrais sabiam disso. Essas civilizações referiam-se a cada 2.150 anos como “era”. De 4.300 antes de Cristo foi a era de Touro. De 2.150 foi à era de Aries. E posteriormente veio a era de Peixes. E por volta de 2.150 entra-se na nova era. A era de Aquários. No Velho Testamento quando Moisés desce do Monte Sinai com os Dez Mandamentos ele está perturbado ao ver sua gente adorar um bezerro de ouro. De fato ele partiu as pedras dos Dez Mandamentos e pediu ao povo para se matar. Ele julgou está o povo adorando a um Deus. Mas na verdade, o povo reverenciava apenas ao signo de Touros. E Moises representa a nova era de Aries. Esse é a razão que os judeus ainda hoje sopram com o chifre do carneiro. Moises representa a nova Era de Aries. Outras divindades, como Mithra, marcam essa tradição também. Agora Jesus é o representante da era seguinte: a Era de Peixes. O simbolismo de Peixes é abundante no Novo Testamento, assim como Jesus alimenta cinco mil pessoas com pão e dois peixes. Nos veículos de hoje há um simbolismo pagão com o desenho de um peixe e a inscrição de Jesus. Poucas pessoas sabem disso. O reinado do Sol para a era de Peixes. Jesus também assumiu que a data do seu nascimento era a mesma data para o inicio da era de Peixes. Quando Jesus mandou seguir um homem a levar um cântaro de água ele estava de referindo a Aquários, portador de água o qual representava em um gesto uma porção de água. Ele representa a Era depois de Peixes. Uma coisa importante: O fim do mundo. A espinha dorsal dessa ideia aparece no livro de Mateus (28:20) onde Jesus diz: “Eu estarei convosco até o fim do mundo” o que significa “Era”. Com isso o personagem de Jesus representa o Deus Sol Hórus do Egito. Inscrito há 3.500 anos nas paredes do Templo de Luxor, no Egito, estão imagens da Enunciação  da Imaculada Conceição, do nascimento e da adoração a Hórus. As imagens começam com o anúncio à Virgem Isis e que ela irá gerar Hórus. O Espírito Santo irá engravidar a Virgem. E depois o parto e a adoração. Na verdade, a semelhança entre Hórus e Jesus é flagrante. E o plágio continua. A história de Noé e sua arca são tiradas diretamente das tradições. O conceito de “dilúvio” é presente em todas as civilizações em mais de 200 citações em diferentes períodos e tempos. Contudo não será preciso ir muito mais a frente da fé cristã para encontrar a Epopeia de Gilgamesh escrita nos 2.600 antes de Cristo. Essa história fala sobre grandes inundações ordenadas por Deus. Uma arca com animais salvos e até mesmo e até mesmo a pomba libertada que volta a seu pouso entram em concordância com a história bíblica entre muitas outras semelhanças. E por fim, a misteriosa historia de Moisés que foi posto numa barca e criada por uma princesa, entra em conflito com mesma história milênios antes com a do Rei Sargão. Depois de nascer, Sargão foi posto numa cesta e lançada ao rio. Foi depois salvo e criado por Aki, uma esposa da realeza Arcádia. Além disso, Moises é conhecido como legislador, portador dos Dez Mandamentos e da Lei mosaica. Contudo a ideia de a lei ser passada de um Deus para um profeta numa montanha é também antiga. Na Índia, Manô foi um grande legislador. Ilha de Creta Minos ascendeu lhe deu as Leis sagradas enquanto que no Egito, Moises tinha nas suas Pedras tudo que Deus lhe disse. A religião egípcia a base fundamental para a teologia judaico cristã. Em outra situação quase igual. No antigo Testamento temos José. No Novo Testamento temos Jesus. José nasceu de um milagre. Jesus nasceu de um milagre. José tinha doze irmãos. Jesus tinha doze discípulos. José foi vendido por vinte pratas. Jesus foi vendido por trinta pratas. Irmão Judá sugere a venda de José. O discípulo Judas sugere a venda de Jesus. José começa os seus trabalhos aos trinta. Jesus começa aos trinta anos também. Os paralelismos continuam.
Ao final, o Abade Euclides enrolou o velho livro e o guardou em local seguro para evitar que outrem pudesse apanha-lo, com certeza. Dali seguiu para o Santuário e contrito ficou em sublime oração.