sábado, 27 de julho de 2013

"DEUS" - 16 -

- ESTRELAS -
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MISTÉRIOS
Na sua primeira noite de trabalho estava o Monge Bernardo a vascular alguns dos livros tidos pelo também Monge Ambrósio de Escócia apenas para matar o tempo enquanto o planeta Nibiru caminhava lentamente em sua rota até o Sol. De novidades nada o podia o Monge fazer. Era esperar simplesmente para anunciar a terrível descoberta. E a passear para um lado e para outro, muito bem compenetrado de posse com um livro talvez ainda do século passado, Bernardo destacou algo surpreendente a impressionar. O Monge era igualmente astrônomo e tudo o que era de tal importância ele costumava ler. E esse foi o livro da descoberta: Mistérios Inexplicáveis. E foi assim que o monge começou a ler o tomo. Dentre os mistérios inexplicáveis do Universo, um tem especial urgência para os admiradores de decifrar o planeta onde vive: a Terra. O autor do tomo indagava se cada pessoa teria uma data marcada para a extinção uma vez a cada vinte e seis milhões de anos?  E se for assim o que causa essa destrutiva chuva periódica?  Haverá uma grande explosão em milhares de quilômetros e tudo perecerá.  Haverá ondas gigantescas de um tsunami. Um calor enorme. Incêndios por todo o Globo. E depois, escuridão. Durante milhões de anos objetos espaciais tem se chocado contra a Terra com resultados desastrosos. Um impacto nas águas na península de Yucatán, no México, teria causado a extinção dos dinossauros a sessenta e cinco milhões de anos. Mas não foi a primeira extinção em massa no planeta e, provavelmente, não será a última. Para alguns cientistas, esses períodos de morte e destruição ocorrem regularmente. Alguns paleontólogos verificaram um estranho padrão. Eles descobriram que grandes extinções não ocorrem aleatoriamente. Mas ocorrem segundo um cronograma. O  extermínio ocorre a vinte e seis milhões de anos, sem explicação. A ciência acredita que essas catástrofes vêm de uma estrela anã vermelha a existir a bordo do sistema solar. A estrela Meneses, uma estrela desconhecida do Sol e desloca-se a três anos-luz a partir do centro do sistema solar traçando uma órbita elíptica. Quando Menezes fica mais próxima do Sol a cada vinte e seis milhões de anos sua órbita atravessa a nuvem Orth (ou Oort), uma coleção de trilhões de cometas que cercam o sistema solar. E ao fazê-lo perturba a orbita do sistema. A perturbação gravitacional causada por essa pequena estrela faz com que cometas a muito estáveis saiam de suas orbitas na nuvem Orth. Atraídos pela gravidade do Sol, um bilhão de cometas se precipitam em direção ao sistema solar interno. Alguns, inevitavelmente se encontram com a Terra causando grande impacto e extinções em massa.
A ideia de que o Sol tenha uma estrela mortal como companheira é controvertida. Para a maioria dos cientistas o Sol é uma estrela solitária. Mas, no Universo, estrelas em duplas ou até em trios, agrupadas pela gravidade são a norma. Mesmo que o Sol venha a ter uma companheira, os astrônomos nunca observaram um sistema binário em que as estrelas estejam tão distantes quando se afirma que o Sol e Nêmeses estariam. Em 1997, a NASA lançou um projeto com o potencial de desvendar o mistério. Para o espaço foi um laboratório usando dois telescópios a usar radiação infravermelha para varrer o Universo em busca de estrelas desconhecidas. A concentração foi em corpos difíceis de encontra na galáxia Via Láctea ou em suas proximidades. E já produziu mais de dois milhões de imagens. Se neles existissem o telescópio devia ter detectado. Mas o projeto nunca encontrou essa descrição.  Outra possibilidade é que Menezes seja uma anã marrom. Essas estrelas fracassadas são bem menores que as anãs vermelhas. Como tem órbita muito elíptica, uma estrela anã marrom permaneceria longe da Terra a maior parte do tempo e fora do alcance dos astrônomos. Se for assim, a Meneses terá escapado dos telescópios da NASA. Mas a descoberta da Meneses é uma questão de tempo. Há muitas estrelas no Universo. São milhões, diz o estudioso.
Monge Bernardo:
--- Isso é fantástico! – disse consigo o novo astrônomo.
--- De todos os mistérios inexplicáveis do Universo talvez, o mais fascinante e controvertido seja a possibilidade de viajar no tempo. Em 1955, Ronald Mallett, (hoje professor da Universidade de Connecticut) tinha apenas dez anos quando seu pai morreu de ataque cardíaco. Abalado, o jovem Mallett ansiou com o modo de rever o pai e talvez salvar sua vida. Um ano depois da morte do seu pai, o jovem viu um livro de H.G. Wells, A MÁQUINA DO TEMPO e então sonhou em construir uma máquina do tempo como a do livro para poder voltar no tempo e tentar salvar a vida do seu pai. A Máquina do Tempo era uma obra de ficção. Mas Mallett descobriu que a ciência explicava a misteriosa ideia de viajar no tempo. E a fonte era Albert Einstein. Ele teorizou que a distância e o tempo eram ligados. E imaginou que espaço e tempo como uma espécie de tecido. Em sua teoria geral da relatividade, Einstein mostrou que um objeto volumoso, como um planeta, uma estrela ou um buraco negro deforma o tecido do espaço e tempo. De fato, Einstein acreditava que a gravidade, a força que prende o ser a Terra e a mantém em orbita em torno do Sol é apenas um efeito dessa deformação. Os buracos negros, os imensos vestígios de estrelas colapsadas possuem poder gravitacional de distorcer o espaço e tempo. Matéria e energia eram formas diferentes da mesma coisa. A luz, que é energia deve ser capaz de distorcer o espaço e tempo tal como um objeto volumoso. O primeiro viajante do tempo precisará ser bem menor do que um ser humano. Uma partícula subatômica como um neutro. As máquinas do tempo da ficção científica permitem viagens ilimitadas ao passado e ao futuro. Teoricamente, uma civilização alienígena avançada pode ter uma máquina do tempo que foi ligada a milhares de anos. Muitos físicos acreditam que esse atual Universo é apenas um entre vários Universos paralelos. Então, se o homem voltar no tempo e entrar no Universo paralelo são possíveis afetar eventos sem afetar o Universo de onde ele veio. O ser humano pode estar a um século dessa viagem ao passado e ao futuro. Contudo, essa teoria criou um novo mundo para as gerações futuras.
--- Os cientistas acreditam que, enquanto se formava o Universo era apenas constituído não apenas pela matéria que hoje se compões tudo ao se está ao redor. Esses estudiosos são de acordo de conter uma quantidade quase igual de antimatéria. O oposto da matéria. Então remontar a seus primórdios o Universo será composto de matéria e antimatéria. Toda partícula tem uma antipartícula. Parece loucura, mas, é verdade. É meio ficção científica. Mas o que é essa misteriosa antimatéria? E o que aconteceu a ela? A antimatéria é igual à matéria. A diferença é uma carga completamente diversa.  A matéria comum é feita de átomos que, por sua vez são feitas de partículas subatômicas como os elétrons, de carga negativa e os prótons, de carga positiva. A antimatéria é o oposto dessas partículas. Tem a mesma massa. Mas a carga elétrica é oposta. No  Universo os opostos se atraem e as partículas e antipartícula tendem a se aproximar. Pode parecer um casamento perfeito. Mas, quando a matéria entra em contato com a antimatéria o desfecho é sempre o mesmo: elas se aniquilam. É de se imaginar duas espaçonave avançando pelo espaço em rota de colisão. Uma, é feita de matéria normal. A outra, é uma nave de antimatéria feita por uma civilização alienígena. O impacto seria espetacular e não restaria nenhum escombro para os investigadores examinarem. A matéria e a antimatéria desaparecem. Não resta nada. Mas a energia não desaparece. A quantidade de energia contida em um pequeno volume de massa é espantosa. A antimatéria é muito volátil. E quando encontra a matéria o potencial de energia seria tremendo. O maior mistério em torno desse tema é que, se havia quantidades quase iguais de matéria e antimatéria no começo do Universo, então, onde está a antimatéria agora? Só há uma pequena quantidade de antimatéria no centro da galáxia da Via Láctea. Porque esse Universo parece feito inteiramente de matéria e quase não se nota a antimatéria é um mistério. Uma teoria é de que havia uma porcentagem um pouco maior de matéria no começo do Universo. As partículas e antipartículas colidiram e se aniquilaram e o que restou essa pequena porcentagem superior de matéria. Os últimos veteranos da mais antiga batalha do Universo.
Monge Bernardo:
--- É espantoso. Como se pode compreende tal Universo? – indagou obtuso o monge
--- Essa explosão titânica causada pela colisão matéria e antimatéria no instante do tempo resultou no enigmático Universo. A mais avançada teoria não consegue explicar essa assimetria entre matéria e antimatéria. O que é de fato ela na verdade existe. A matéria prevaleceu e constituiu tudo o que se observa ao redor. Os cientistas aprenderam a criar minúsculas porções de antimatéria em aceleradores lineares para fins médicos. Partículas de antimatéria extraídos de matéria radioativa decomposto são injetadas no corpo para tomografia cerebral. A antimatéria ajudou desvendar os segredos da mente humana. Mas a mente humana ainda precisa desvendar todos os segredos da antimatéria. Como outros mistérios nesse Universo sempre em mutação toda a verdade sobre a antimatéria ainda permanece no domínio do inexplicável.   
Marte sempre esteve cercado de mistérios. Mas o mais intrigantes deles não tem nada a ver com invasores alienígenas. Evidências científicas sugerem que Marte já foi mais parecido com a Terra e tinha um dos elementos mais essenciais para a vida: a água. A água existia em abundancia em Marte. São possíveis evidências de correntes antigas e o vapor de água na atmosfera. Há até mesmo traços em Marte que parecem antigos leitos de rios e planícies. Marte, sem sombra de duvidas, foi um planeta tropical com mares e oceanos. Como a água de Marte pode simplesmente sumida? E por que desapareceu?  São mistérios que os cientistas tentam resolver. Evidencias geológicas colhidas por sondas e satélites em Marte sugerem que há três milhões e meio de anos sua superfície mudou drasticamente. O planeta outrora temperado tornou-se um lugar frio e seco. E a água desapareceu.  Uma série de eventos em Marte parece ter mudado drasticamente a paisagem. Marte passou por um intenso período de vulcanismo que espalhou lavas por sua superfície. Quando finalmente terminou, o núcleo de ferro fundido do planeta se solidificara. Isso pode ter levado Marte a perder seu campo magnético e sua camada protetora de ozônio. Os ventos solares castigaram o planeta durante milhões de anos destruindo toda sua atmosfera. O vapor da água que antes caia como neve ou chuva escapou do pequeno campo gravitacional.

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