quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CREPÚSCULO - 29 -

- Natalie Portman -
- 29 -
A TRAVESSIA
Gafanhoto já estava na parte nobre do portal de níquel, ferro e bronze. Um portal de algo fenomenal e incapaz de se romper se não tiver pleno conhecimento da sua história. E Aquiles muito bem sabia dos formidáveis segredos do portal da gruta. Ele olhava com alegre satisfação do tempo em que fora com o seu pai para conhecer os Mistérios do portal de níquel e bronze trazidos de monolíticos asteroides longínquos para se forma em um portal onde ninguém podia penetrar se não conhecesse o Mistério. Para isso, apenas os homens das estrelas eram conhecedores. O pai de Aquiles, certa vez, relatou ao filho ter sido o portal o maior enigma dos deuses das estrelas. O homem, Juvenal do Jumento, destacou ter sido a Terra nascida há bilhões de anos.
--- Bilhões de anos a Terra se formou. No começo eram partículas pequeninas de ferro e níquel. Essas matérias se juntaram formando ao longo dos anos algo que se formou a Terra. Foram mais de quatro e meio bilhões de anos para se formar o Planeta. Partículas pequeninas dessas matérias. Certa vez houve um choque entre esse Mundo e outro planeta. Foi uma tremenda explosão. Coisa terrível. E então se formou a Lua. Essa lua que a gente vê toda noite. E por detrás dessa Lua existe outra Lua, menor, não visível por nós. – observou com severidade o homem Juvenal do Jumento.
--- Mas meu pai, como o senhor sabe de tantas coisas? – perguntou o garoto ao homem pai.
--- Parte me foi dita pelos homens das estrelas. – declarou o velho Juvenal.
--- Quer dizer que o senhor conhece os homens das estrelas? – indagou preocupado o menino.
--- Eles estão sempre entre nós. – relatou o velho Juvenal.
--- Estranho! E eu os vejo também? – quis saber da historia o garoto Aquiles.
--- É possível! É possível! – pigarreou o homem em frente ao portal da tumba dos homens mortos.
E então Aquiles acordou de suas lembranças trazidas pelos anos e chamou para olhar a porta o taifeiro de nome posto como Anunnaki. Os oficiais não tiveram a devida permissão de ver como Aquiles Gafanhoto conteria a espécie de abrir o portal dos enigmas. Isso foi dito antes que o pelotão saísse do Quartel.
--- Ninguém pode assistir ao que Anunnaki e eu vamos executar. – relatou Gafanhoto ainda quando estava nas dependências do Quartel.
E os oficiais obedeceram à ordem emanada por Gafanhoto.
Anunnaki e Gafanhoto prosseguiram com a sua tarefa. O taifeiro de nada entendia. E Gafanhoto somente olhava para o taifeiro para ver se o homem estava e entender o que ele executava. E louvou um tempo, quando o homem do mato passou a contar as pedras da enorme muralha até chegar a uma que ele suavemente apertou e de vez, a porta provocou um estrondo e da parede saiu um degrau. Então, o homem do mato subiu o degrau até alcançar uma parte do portal onde estava gravado um triangulo e, dentro dele uma espécie de sol com os seus raios descendo para o chão. O sol era bem mais parecido com um olho perspicaz. Anunnaki ficou atento ao que estava a suceder. E de repente outro estrondo rouco se fez. E, com muito vagar o portal foi abrindo de vez.
--- Pronto! Os cientistas não tentaram conseguir alterar o esquema do portal. – falou Aquiles ao descer das alturas.
Anunnaki ficou estupefato com aquele Mistério da porta. E nem sabia o que dizer ao ver dentro do salão algo ser parecido com água. Ele ficou extasiado com o que estava a observar.  Aquele panorama era por demais esplendorosos. E Anunnaki não sabia o que falar conservado seus olhos bem abertos à procura de uma ligeira frase a pensar. Porém tal frase não surgia. O homem procurou entrar no recinto e ouviu a advertência de Gafanhoto.
--- Espere. Nem um passo a mais. Veja se não tem alguém a espiar! – disse o homem a Anunnaki.
--- Hum? Alguém?  Ah bom! Vou olhar com certeza. – declarou o homem ainda extasiado com a porção de água ali tranquila.
--- Nem precisa olhar! Tem alguém? Você com certeza nota a presença? – indagou inquieto o mateiro
Anunnaki se pôs a observar e de repente nada viu que denotasse a presença humana. E falou em troca.
--- Ninguém! – fez ver Anunnaki ainda temeroso como querendo saber o porquê de tanta indagação.
--- Bom. Vamos entrar! Eu vou fechar a porta! – relatou por sua vez o homem Gafanhoto.
--- Fechar? – relatou o homem Anunnaki a estremecer de temor.
--- É. Entre de uma vez. Isso é Mistério! – falou o homem do mato de uma forma baixa.
Anunnaki estremeceu de pavor. E longo de alguns segundos voltou a indagar.
--- Você vai prender a nós? – indagou assustado Anunnaki.
--- Sim. Esse é o primeiro Mistério! – falou Gafanhoto com voz grossa e advertida.
--- Mistério? Que diabos de Mistérios? – indagou perplexo o homem.
--- Mistérios! Mistérios são mistérios! Vamos! Entre. A porta vai cerrar de vez! – relatou Gafanhoto ao outro homem.
Anunnaki deu um passo adiante e logo atrás a porta se fechou por completo. Anunnaki estremeceu de pavor. Ele naquele momento estava trancado. De repente um clarão se rompeu. E Anunnaki não saberia relatar de onde veio tanta luminosidade. Para o Templo – se assim fosse: o Templo dos Mortos – não havia nenhuma força energética ter ele tomado conhecimento. E alí, do toda parte vinha um clarão até certo ponto sedutor. Ele por fim indagou perturbado:
--- Luzes? De onde são tais luzes? – quis saber Anunnaki daquela profusão iluminada.
--- Luzes, sim. Das pedras! – arrematou sem muita preocupação o homem do mato.
--- Nossa! E  pedra tem luz? – falou inquieto o estonteante Anunnaki.
Aquiles Gafanhoto sorriu para Anunnaki e não lhe respondeu coisa alguma. Apenas chamou o homem para seguir um determinado caminho orientando ter Anunnaki o devido cuidado porque no caminhar ele encontraria pedras vestais e pedras da extinção.
--- Vestais? O que são vestais? Vestes? – perguntou alarmado o homem.
--- Não! Não! Não! Vestais são mulheres castas, virgens. Elas são vestais. As pedras também são virgens, pois nunca foram pisadas por alguém.
--- Vestais? Nunca ouvi falar. – disse o homem alarmado com a história.
--- Agora você tenha a cautela de não pisar nas pedras Vestais. Pois você vai enfrentar outros Mistérios ao passar pelos os Mistérios da Água. – relatou com franqueza o homem do mato.
--- Essa é boa! E como vou saber se a pedra é ves. ...Vé o que? – indagou por não saber o homem Anunnaki com o rosto franzido pelo temor de não acertar o passo.
--- Eu vou te mostrar. Apenas uma vez! Siga-me! – disse Gafanhoto ao seguir a frente de Anunnaki pelo meio do lago muito longo e a pisar com cuidado as pedras da extinção, pois as demais pedras ele já havia contado por precaução.
Na gruta onde Gafanhoto e Anunnaki estavam era na verdade um pátio bem amplo e a água cobria todo o recinto de ponta a ponta. E não se avistava o segundo pátio onde era o do Mistério do ar. E depois teria o Mistério do fogo para então se presenciar o Oraculo do Hadeano, o mais remoto dos Oráculos, cuja história foi quando tudo começou na formação dos planetas. Dizia o pai de Aquiles ser ali onde os cenobitas faziam suas preces antes de sepultar o homem deus. Na verdade, alí era chamado o Templo das Orações. Os homens das estrelas trouxeram consigo os verdadeiros costumes cujo tempo era perdido em seu mundo conhecido como Planeta Virgem cujo nome ficou dado as Virgens ou Vestais onde eram inumados os Deuses do Olimpo moradores de imensos Palácios construídos nas montanhas ultrapassando o céu. Do outro Universo surgia os Deuses da Cúpula dos Eternos. E como eternos os Deuses faziam suas preces a Deusa Héstia, filha de Cronos e Reia. Ela era uma das doze divindades olímpicas. Seu nome Héstia foi traduzido para Vesta, a mais velha das Deusas.
--- Nós estamos aqui vindos das estrelas, dizia meu pai. – falava Aquiles Gafanhoto ao atravessar as imensas pedras sepultadas no imenso lago tranquilo.
--- Eu não entendo de nada! – fez vez Anunnaki temendo cair na sequencia de Gafanhoto.
--- Eu digo isso porque, certa vez, eu estava caçando peba no mato e fui visitado por uma nave espacial. Isso faz pouco tempo. Então um alienígena veio até onde eu estava e disse:
--- Milhões de naves espaciais já estão preparadas para levar vocês para outro planeta distante da Terra, porque a sua “casa” vai explodir. E em certas regiões a água do mar vai encher todo o local onde vocês poderiam morar. – relatou o homem das estrelas.
--- É por isso que eu digo: não faz muito tempo e o mar invadiu uns Países. Toda a costa desse nosso País vai ser arrasada. Aqui, nós estamos por alguns dias. O mar vai afogar países de todas as Américas. E foram mesmo os alienígenas que deram a data de nós estarmos preparados para decolar para novas estrelas. – comentou o homem Aquiles Gafanhoto passando de uma pedra a outra no seu caminhar cuidadoso.
--- E está longe essa data? – quis saber Anunnaki.
--- Não! Está próximo! Muito próximo! – destacou Gafanhoto tomando todo o cuidado ao atravessar as pedras.

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